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Ela será amada por Bruna 27

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Palavras: 2418
Acessos: 1134   |  Postado em: 28/09/2022

Capitulo 39

 ELISA

 

Ágata havia acabado de deixar meu quarto. A mesma garota que antes tentara me impedir de sair de sua casa, agora deixava a minha. Eu não fizera nada para refreá-la, na verdade, eu havia pedido para ela ir embora. E agora que restava apenas o vazio, eu tentava convencer a mim mesma que tinha feito a coisa certa.

 

As duras palavras de Ágata ainda reverberam em minha mente quando Becca entrou ansiosa em meu quarto. Num gesto rápido, enxuguei alguma lágrima que ainda restasse em meu rosto e a encarei profundamente, perscrutando-a. Ela me olhou séria e perguntou:

 

-- Está tudo bem?

-- Está sim. -- Menti.

-- Muita ousadia daquela garota vir até aqui na casa da sua família, cumprimentar sua mãe e ainda por cima trazer a amante -- Comentou Becca, irritada -- Fora isso, tive que aguentar aquela safada da Gabriela bancando a santinha na frente da tia Marta. Sério, Lisa, fiquei chocada quando você aceitou recebê-la. Pensei que nunca mais quisesse vê-la na vida...

 

Observei Becca enquanto ela começou a enumerar defeitos em Ágata, tecendo suas próprias impressões a respeito do que ela considerava uma cena lamentável e sobre a falta de caráter de Ágata e Gabriela. Então, interrompi-a com um apontamento sobre algo que me veio à cabeça e que cabia precisamente no relato de Becca:

 

-- Eu me lembro Becca, quando há alguns anos atrás você namorava meu primo Thiago. Que nome você dá a cena que ele presenciou quando pegou você na cama com o melhor amigo?

 

Becca ficou momentaneamente sem fala. Com toda certeza ela não esperava por isso. Eu também estava chocada com minha sinceridade. Estranhamente, a conversa com Ágata havia alterado minha tolerância às inverdades ao vê-la por às claras todos os seus medos e mágoas. De repente, eu me sentia aberta a desafiar as falsidades de Becca. E eu conhecia todas elas.

 

Meu primo Thiago, filho de tio Carlos, sentia-se atraído pelo jeito desbocado de Becca. Achando que seria uma boa ideia, incentivei os dois a ficarem. O fica virou namoro que acabou de maneira desastrosa. Becca estava saindo com outro garoto, amigo de Thiago.

 

Após toda aquela cena, meu primo acabou magoado e triste. Foi o maior período de tempo que eu e Becca ficamos sem falar uma com a outra. Ela veio chorando e pediu desculpas pelo seu jeito despretensioso de lidar com os sentimentos dos outros. Ela confessou um prazer mórbido em conquistar o amigo do namorado. Becca não sabia de onde vinham esses impulsos que a dominavam. Ela culpava a falta de amor de seus pais. E eu sempre a acolhia.

 

Ágata tinha razão. Há muito tempo eu fechava os olhos para a influência que Becca tinha sobre mim. Sempre perdoei minha amiga, amei-a apesar de seus erros. Na verdade, eu fora egoísta em relação à Becca por muito tempo. Com minha mania de perfeição, eu me fechava em meus estudos. Era preciso toda sua insistência para que eu a acompanhasse em um momento de lazer. Becca praticamente implorava minha companhia. Às vezes, eu me sentia realmente culpada, por isso aquiescia a qualquer coisa que ela pedisse. Por outro lado, meu descaso com nossa amizade, não me permitia perceber todos os erros de Becca até que fosse tarde demais e ela voltasse para mim, sentindo-se arrependida pelas coisas que fez.

 

-- Lisa, isso é diferente -- Becca tentou argumentar diante de minha afirmação chocante.

-- Diferente por quê? Por que foi comigo?

 

Becca engoliu em seco.

 

-- Lisa, não estou reconhecendo você. -- Disse ela -- O que aquela garota andou dizendo de mim?

-- O que ela teria para me contar sobre você, Becca? -- Questionei.

-- Ela diria qualquer coisa para me afastar de você, Lisa.

 

Becca continuou com seus comentários maldosos acerca de Ágata. Engraçado como ela não tinha censuras nem pudor para falar mal da garota que ela sabia que, apesar de tudo, eu amava. Mas eu não poderia esperar menos de Becca. Quando era para depreciar alguém, ela conhecia todos os adjetivos.

 

Quanto mais ela falava, mais eu sentia a verdadeira Becca se revelar. Com paciência, ouvi como ela se defendia, atacando.

 

Quando Becca terminou, puxei-a para um abraço apertado. Ela ficou surpresa com esse gesto de carinho repentino. Senti seu corpo, seu cheiro, a suavidade de sua pele. Era assim que eu gostaria de lembrar-me dela, com a familiaridade de uma pessoa amada. Ao seu ouvido, eu disse:

 

-- Amo você, Becca.

-- Também amo você, Lisa.

 

Desfiz nosso abraço e acariciei seu rosto tão conhecido. Becca sorriu.

 

-- Amo você, Becca. -- Repeti -- Mas não quero voltar a vê-la nunca mais.

 

O sorriso de Becca desapareceu.

 

-- O que? -- Ela falou, quase sem voz -- Enlouqueceu Lisa?

-- Nunca estive tão sã, Becca. Por favor, não me questione. Apenas aceite, vai ser melhor assim.

-- Aceitar? Não vou aceitar esse absurdo. Você enlouqueceu, Lisa. Aquela sapata fez sua cabeça de novo...

 

Precisei de todo meu autocontrole para não responder à altura.

 

-- Becca, sai daqui. Em consideração ao que sinto por você, não vou te enxotar da minha casa como você mereceria. Seja superior uma vez na vida e vá embora com dignidade.

 

Becca protestou, mas continuei irredutível.

 

-- Lisa, pelo menos me diga o que eu fiz para você me expulsar da sua vida assim?

-- Não finja que não sabe, Becca. Só está insultando sua própria inteligência. Tenho certeza que você tem esperteza suficiente para descobrir. Você me fez muito mal.

-- Eu nunca faria mal a você. Eu te amo, Lisa. E você também me ama. -- Becca apelou.

-- Becca, vá embora.

 

Becca começou a chorar. Disse que eu estava sendo injusta. Continuei pedindo para ela sair, até que se dando por vencida. Becca falou:

 

-- Tudo bem. Eu vou embora, mas não pense que isso vai ficar assim, Lisa. Você não está pensando direito, quando seu bom senso voltar, estarei disposta a perdoá-la. Porque é óbvio que você perdeu o juízo.

 

Dizendo isso, ela finalmente foi embora.

 

Rapidamente, passei a chave na porta. Deitei a cabeça sob o travesseiro e comecei a chorar. Às vezes, é preciso reconhecer nossa covardia para ter coragem. Ágata me chamara de covarde, não é? Ela realmente me conhecia melhor do que eu mesma me conhecia.

 

Num mesmo dia, eu havia perdido a garota que eu amava e minha melhor amiga. Pedi para ambas irem embora. Expulsei-as de minha “vida perfeita” como Ágata havia chamado. Por um momento insano achei que o melhor seria me distanciar de Ágata, pois vê-la na cama com outra garota havia me abalado profundamente. Era como ter o próprio coração arrancado. Fiquei cega de tal modo pelo ciúme e a decepção que não consegui enxergar o quanto estava sendo injusta com Ágata. Ela me acusou de me deixar cair facilmente na teia armada por Becca. Ela estava certa, afinal. Abri os olhos tarde demais e da maneira mais dolorosa possível.

 

Não tive reação enquanto Ágata desabafava, ela havia tentado de todas as formas me fazer mudar de ideia quanto a decisão de terminarmos até que se cansou e desistiu. Seu orgulho estava ferido, eu a havia machucado mais do que ela a mim.

 

Refleti sobre o que ela falou acerca do futuro. Ágata não estava totalmente certa, eu tinha sim pretensões de ter um futuro com ela. Mas no tempo que ficamos juntas, pensava apenas em aproveitar nossos momentos. No entanto, Ágata tinha razão sobre queixar-se quanto a isso. Eu não havia feito esforço algum para contar-lhe sobre meus planos. Nem consegui contar a meus pais sobre nosso relacionamento. Mesmo que fosse um choque para eles em um primeiro momento, cedo ou tarde, compreenderiam. Já a reação do resto de minha família era imprevisível. Talvez eles nunca aceitassem por serem conservadores.

 

Após refletir durante muito tempo sobre todos os pormenores de minha atual situação, sentia-me exausta. As coisas só tendiam a piorar, Ágata dificilmente me perdoaria. Já Becca nunca aceitaria fácil nosso afastamento, ela moveria céus e terra. Prevendo todo o desgaste que eu teria pela frente, permiti-me descansar um pouco e adormeci. Mais tarde, fui acordada com batidas na porta e a voz de minha mãe me chamando.

 

-- Filha, você está bem? -- Perguntou ela, quando me viu.

 

Meu rosto deveria está inchado de tanto chorar.

 

-- Sim, mamãe. Tô bem. -- Falei com voz fraca.

 

Mamãe olhou-me desconfiada. Respirou fundo e falou:

 

-- Precisamos conversar, filha. Estou preocupada com você.

-- Mãe, já disse que estou bem.

-- Elisabete, não precisa mentir para mim. -- Ela falou, séria -- Becca me contou o que aconteceu com você.

-- Becca o que? -- Perguntei, sem acreditar. Era impressionante com que rapidez Becca acabava de cravar a faca em minhas costas.

-- Filha, esperava que você pudesse se abrir comigo, se soubesse tudo o que estava acontecendo poderia tê-la ajudado.

-- Ajudado em que? O que Becca falou mamãe? -- Exigi saber, prevendo que a resposta seria a certeza que tanto temia.

-- Becca me contou que você foi enganada. Que uma garota, dessas garotas homossexuais, havia seduzido você e a enlouquecido.

 

Mamãe falou isso com a voz embargada. Engraçado o modo que ela se expressou ao se referir a “garotas que são homossexuais”. Talvez para atenuar alguma expressão pejorativa que Becca tenha utilizado para se referir às lésbicas.

 

-- Mamãe, Becca está mentindo. As coisas não aconteceram assim -- Tentei explicar -- Eu nem acredito que ela foi falar com você. Acontece que Becca e eu não estamos nos entendendo.

 

Mamãe olhou me chocada.

 

-- O que? Vocês brigaram? Mas Rebeca e você são como irmãs.

-- Mamãe, Becca mentiu para mim, tá? Na verdade, ela sempre mentiu para mim. E já estou cansada disso.

-- Mentiu para você? -- Perguntou mamãe, incrédula -- Elisabete, eu não estou entendendo mais nada. Por favor, diga-me o que está acontecendo?

 

Eu não poderia mentir para minha mãe. E mesmo que ela não estivesse pronta para verdade, falei:

 

-- Me apaixonei por uma garota. Becca não aceitou isso e fez de tudo para me separar dela.

 

O rosto de minha mãe adquiriu uma expressão sombria. Mesmo que Becca já tenha lhe contado a verdade ainda que distorcida por sua mente maldosa, o baque que ela sentiu não foi diminuído quando me ouviu confirmar suas suspeitas.

 

As coisas realmente não saíram muito bem. Qualquer cenário que eu imaginasse contar a verdade para meus pais, não chegava nem perto desse total desastre. Talvez se eu tivesse sido corajosa no momento em que eu devia ser, as coisas não teriam chegado a esse ponto catastrófico. Desse dia em diante eu teria apenas uma certeza na vida, quando mais cedo uma verdade é dita pode-se evitar dezenas de problemas.

 

-- Você não vai dizer nada, mamãe? -- Perguntei, após um tempo.

-- Filha, eu não sei o que dizer... -- Falou ela, hesitante.

-- Isso realmente não era o que você esperava, não é? Nunca vi você ficar sem saber o que dizer, mamãe.

-- Elisabete, sempre deixei que você tivesse sua privacidade e vivesse sua adolescência da maneira que bem entendesse. Sei que existem certas coisas que os jovens não compartilham com os pais, acredite já tive essa idade. Mas uma coisa assim é algo muito importante. Por outro lado, eu não quero julgá-la.  Você é jovem e está tendo novas experiências. Eu mesmo tive as minhas. Coisas que eu nunca contei para você ou mesmo seu pai. Enfim, só quero que seja feliz. Ainda tem uma vida inteira pela frente para descobrir o que quer fazer, quem você quer ser. Mas eu preciso fazer meu papel de mãe, por isso estou aqui para ajudá-la no que precisar e para repreendê-la se seguir por um caminho errado.

 

Mamãe falou com o bom senso que lhe era característico e não fez alarde, mas me pediu para esclarecer melhor a situação pela qual eu estava passando. Fiz um pequeno resumo sobre o que havia acontecido, ocultei algumas coisas, entre elas que Ágata era a garota que eu estava apaixonada. Mesmo que mamãe desconfiasse de que fosse Ágata, ela não chegou a citar isso. Quando terminei meu relato, ela falou:

 

-- Nossa! Tinha esquecido como é complicada essa vida de jovens e seus amores. -- Comentou ela -- Querida, eu entendo que você não está passando por um bom momento. Mas, infelizmente isso faz parte de crescer. Queria que as coisas fossem mais fáceis e que você não precisasse passar por tudo isso. Você está amadurecendo, Elisabete.

-- Obrigada, mamãe. Por me ouvir. Sabe, tive medo de decepcioná-la. -- Falei, as lágrimas começando a cair novamente pelo meu rosto.

-- Querida, você nunca poderia me decepcionar. Nem em um milhão de anos. Você é a filha perfeita. Inteligente e amável.

-- Não acho que sou a filha perfeita. Durante um tempo eu tentei, mas isso acabou não me fazendo muito bem. -- Refleti, com tristeza.

-- Filha, você não precisa fazer nada para ser perfeita para nós. Apenas ser você mesma.

 

Vendo que eu não continha mais minhas lágrimas, ela me abraçou e disse que tudo ia ficar bem. Quando finalmente, consegui me acalmar. Perguntei:

 -- Acha que fiz errado quanto a Becca?

-- Conheço Rebeca desde que ela nasceu. Acho que apesar de tudo, ela é uma boa garota, mas cheia de problemas. Você sabe como a Drica pode ser cruel às vezes e que ela é uma péssima influencia para a filha. Mas, pelo que você me disse, ela errou feio. Prefiro não influenciar sua decisão, mas prometo tentar ser mais presente na vida dela, quem sabe eu consiga ajudá-la.

-- Ela realmente precisa de ajuda, mamãe. Se puder fazer isso seria maravilhoso. Mas eu não posso, não consigo mais. Eu queria poder arrancar toda essa mágoa e ser capaz de esquecer isso.

-- Querida, dê tempo ao tempo -- Aconselhou mamãe -- Agora, quero que você tome um banho. Vamos sair para comer alguma coisa. Você precisa se distrair um pouco.

Concordei com ela. A conversa com minha mãe foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido e pela primeira vez naquele fatídico dia, tive esperanças de que as coisas poderiam melhorar.

Fim do capítulo


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Comentários para 39 - Capitulo 39:
Lea
Lea

Em: 28/10/2022

Finalmente tomou uma decisão sábia. ( Um pouco tarde)

Cheguei a pensar que,a mãe iria surtar!

 

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