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Ela será amada por Bruna 27

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Palavras: 1542
Acessos: 1257   |  Postado em: 24/09/2022

Capitulo 34

 

ELISA

 

Depois de passada a euforia pela vitória na Liga Estudantil de Vôlei Feminino, tive de encarar a realidade do colégio. Embora tivesse adiantada em diversas matérias, fui obrigada a reconhecer meu desleixo. Eu que sempre fora obsessiva por organização, que não deixava nenhuma atividade atrasada, quase tive uma crise de ansiedade quando os professores passaram o conteúdo programático das provas do último trimestre. Por algum motivo mórbido, eles decidiram acrescentar simplesmente toda a matéria do ensino médio. Mas o pior ainda estava por vir, Érica e Renato chamaram minha atenção para o fato de praticamente ter abandonado o clube de matemática às moscas.

 

Ágata acompanhou meus surtos de perto. Com sua calma inabalável, ela me ajudou a devolver a ordem à minha vida estudantil. Durante o resto do mês de novembro, Ágata dormiu quase todos os dias em minha casa. Ficávamos estudando até muito tarde.

 

Dezembro chegou e pegou a todos do colégio no clima pavoroso das provas finais. Graças a Ágata, eu estava tranquila, não havia mais pendências. Era só esperar pelas provas.

 

Minha amiga Becca não estava nada preocupada com as finais, ela já esperava pela recuperação. A novidade sobre ela era que Becca estava namorando um universitário chamado Marcos. Fazia o tipo de Becca, alto, musculoso e sem muita coisa na cabeça. Becca dizia não ser muito exigente quanto ao Q. I. masculino.

 

No último mês, Becca não desgrudava do namorado. Eu quase não a via. Desconfiei um pouco desse seu novo comportamento. Mas talvez Becca enfim se apaixonara por alguém. Ela demonstrava estar feliz. Voltou a sair para festas e dançar a noite inteira sempre acompanhada de Marcos. No colégio, desfilava pelos corredores, muito bem-vestida e curtindo o que ela chamava de popularidade.

 

As novidades não paravam por aí, quem também estava namorando era Gabriela. Segundo Ágata, a morena conhecera alguém e finalmente decidira tentar algo sério. Foi difícil engolir aquela notícia, afinal, nada me tirava da cabeça que Gabi tinha uma queda, ou melhor, um abismo por Ágata. Por outro lado, torcia para que aquela tentativa de Gabi desse certo.

 

***

 

Já era noite quando cheguei ao apartamento de Ágata em um sábado de dezembro. Ela me recebeu com um beijo caloroso que não pude deixar de retribuir. Ágata estava melhor do braço, em breve estaria recuperada.

 

-- Tenho um convite para te fazer -- Disse ela, com um sorriso enigmático.

-- Hum... qual a surpresa? -- Perguntei, curiosa.

-- Bem, você vai ter que confiar em mim.

-- Confio em você, amor. -- Falei, convicta.

 

Ágata colocou uma venda em mim, fiquei totalmente às escuras.

 

-- Ágata, o que você ta aprontando, hein? -- Perguntei, desconfiada.

-- Quietinha! É surpresa! -- Falou ao meu ouvido me provocando um arrepio.

 

Ela segurou em minha mão e começou a me guiar. Fiquei tensa quando começamos a subir pelas escadas. Ágata estava me levando para os andares superiores.

 

-- Estamos chegando. Não precisa ficar com medo. -- Assegurou ela.

 

Assenti. Mesmo morrendo de medo, Ágata estava comigo.

 

-- Pronto chegamos! -- Anunciou ela retirando a venda dos meus olhos.

 

Estávamos no terraço, como eu suspeitara. Uma brisa fria, mas agradável circulava. No alto de nossas cabeças, apenas o céu.

 

-- Vem! -- Disse ela, me puxando para sentarmos num colchão que tinha sido improvisado. -- Então, o que achou?

 

Eu olhava para a vista, as luzes da cidade ao longe.

-- Aqui é lindo!

Ágata sorriu.

 

-- Viu? Não havia motivo para preocupações. Você estava com medo?

-- Morrendo! -- Respondi -- Eu sou muito medrosa.

-- Estava querendo te trazer aqui há um bom tempo. Queria fazer você perder o medo. -- Disse ela, tímida.

-- Obrigada por me trazer. E agora que estamos aqui, quero aproveitar...

 

Dizendo isso a puxei para um beijo.

 

Ficamos um tempo abraçadas. Ágata acariciava meus cabelos.

 

-- Quero contar a meus pais sobre nós -- Falei quebrando nosso silêncio reconfortante. -- Isso vem me preocupando há bastante tempo. Preciso ser sincera com eles.

-- Tem certeza disso? -- Perguntou Ágata, preocupada -- Você acha que eles estão preparados, Elisa?

-- Bem, acho que nenhum pai está preparado para ouvir que a filha é lésbica. -- Refleti -- Eles vão surtar.

-- Você não acha melhor esperar pelo momento certo -- Sugeriu Ágata.

-- Não sei. Estou preocupada. Acho que iam preferir que eu confiasse neles a esconder isso durante muito tempo.

-- E você, Elisa. Está preparada para dizer a eles? -- Indagou Ágata, me deixando confusa.

 

Suspirei fundo.

 

-- Eu não sei. -- Falei, sincera -- Eu tenho medo. Não é fácil.

-- Vai ficar tudo bem, Elisa. -- Confortou Ágata. -- Afinal de contas, eles são seus pais e querem sua felicidade.

-- E você é minha felicidade, Ágata.

 

Seu olhar pousou sobre o meu. Ela abriu um grande sorriso.

-- Você me faz feliz, Elisa. Obrigada por estar aqui comigo. Por fazer minha vida mais iluminada.

 

Eu trouxe sua mão para meus lábios e beijei de leve cada um de seus dedos delicados enquanto olhava em seus olhos.

 

Tudo estava tão perfeito, o céu iluminado, o clima agradável e o melhor de tudo a companhia de alguém que eu amava.

 

-- Sabe que dia é hoje? -- Disse ela ainda sem tirar seus olhos dos meus.

 

Forcei minha memória e de repente me veio a resposta. Dei um tapinha na testa, repreendendo a mim mesma por ser tão esquecida.

 

-- Claro, hoje faz quatro meses que nos conhecemos.

-- Exatamente -- Falou ela.

-- Nossa, apenas quatro meses, mas parece que te conheço desde sempre.

-- Também tenho a mesma sensação. -- Revelou Ágata.

-- Você me trouxe aqui em cima para comemorarmos? -- Indaguei, curiosa.

-- É, você me pegou -- Disse ela -- Queria que essa noite fosse especial.

-- Que noite não é especial ao seu lado, meu amor? -- Falei, feliz -- Mas como você chegou aqui, Ágata. O proprietário te deu as chaves?

-- Quanto a isso, tem mais uma “coisinha” que não te falei sobre mim.

-- O que?

-- Bem, é que eu sou a proprietária.

 

Demorou um tempo para cair a ficha. Ágata sempre com suas surpresas.

 

-- Proprietária? Como assim, Ágata? -- Perguntei, exaltada -- Você é a proprietária desse prédio? E chama isso de “coisinha”?

 

Ágata me olhou, culpada.

 

-- Desculpa, Elisa. Eu ia te contar...

 

Eu já estava de pé, andando de um lado para outro. De repente, muita coisa fazia sentido. Eu nunca havia visto nenhum outro inquilino daquele prédio enorme. Não havia carros na garagem. A única pessoa com quem eu havia topado era com o porteiro, Antônio. Um homem já de idade avançada.

 

-- Por que está tão nervosa, Elisa? -- Perguntou Ágata se aproximando de mim.

-- Não estou nervosa, Ágata. Só chocada. -- Disse -- Por acaso há mais alguém morando nesse prédio além de você?

-- Não. -- Admitiu ela -- Apenas eu.

-- E me esquece de dizer isso? Teve todas as oportunidades para me falar sobre esse pequeno “detalhe”.

-- Elisa, é que eu simplesmente esqueci, tá? Não fico pensando nisso o tempo todo. -- Defendeu-se Ágata.

-- Você esqueceu? Como consegue esquecer que está totalmente sozinha nesse prédio vazio?

-- Não estou totalmente sozinha. Tem o Seu Antônio. Ele mora no primeiro andar. Ele sempre cuidou daqui. Quando preciso de algo ele me ajuda.

-- Um senhor de oitenta anos de idade é sua única garantia de segurança? -- Questionei -- E se algum bandido invade isso aqui já pensou?

-- Se é isso que está preocupando você, garanto que estou em segurança, Elisa.

 

Não fiquei nem um pouco convencida com isso.

 

-- Ágata. Só você mesmo...

-- Você está achando que sou maluca não é?

-- Não, não acho isso de você. Entendo que teve seus próprios motivos para querer viver isolada dos outros, mas me preocupo com a sua segurança.

-- Eu sei, Elisa. Você pode me perdoar?

-- Não tem que pedir perdão, Ágata. -- Disse, compreensiva -- Quer dizer que você é dona desse prédio antigo?

-- É verdade. Eu e meu primo, filho do tio Bóris, somos os donos. Este prédio pertenceu a família do meu pai. Nos últimos anos essa área valorizou bastante e tem muita gente interessada em comprar e demolir tudo para construir algo neste bairro.

-- E vocês pensam em vender?

-- Sim. Vamos vender.

-- Quer dizer que vão demolir?

-- Provavelmente. -- Respondeu ela -- Acho melhor assim. Está na hora de o passado ficar para trás.

 

Percebi certa tristeza em seu olhar. Puxei-a para um abraço carinhoso e me recusei a soltá-la.

 

-- Desculpa por brigar com você -- Falei em seu ouvido.

-- Está tudo bem.

 

Acho que depois de muito tempo, Ágata estava preparada para seguir em frente. Aquele lugar que em breve não existiria era um dos últimos elos com seu passado. A menina de olhos negros e longos cabelos pretos que um dia lutara pela vida estava finalmente voltando a viver.

Fim do capítulo


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