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Ela será amada por Bruna 27

Ver comentários: 1

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Palavras: 3060
Acessos: 1408   |  Postado em: 22/09/2022

Capitulo 25

ÁGATA

A casa de Gabriela era um verdadeiro labirinto. 

-- Como você não se perde em um lugar tão grande? -- Questionei, impressionada.

Ela riu.

-- Se pensa que essa casa é grande demais, pode mudar de ideia quando ver minha família. -- Respondeu Gabriela, sorridente.

Não era exagero de Gabriela. Como eu logo descobriria.

Assim que chegamos à sala de estar espaçosa, fomos recebidas por três criaturinhas barulhentas de cabelos pretos e cacheados. Gabriela quase fora derrubada quando os três pequenos se jogaram em cima dela. Um deles agarrou-se em sua perna e os outros dois ficaram dependurados em cada um de seus braços. 

Gabriela conseguiu dá alguns passos antes de eles se soltarem. Depois, a morena fez-lhes cócegas e brincou um pouco com os pequenos. Observei a cena, intrigada. Aquela era a mesma Gabriela que eu conhecia?

A morena os apresentou como seus irmãos mais novos Guilherme, Gustavo e Gregório.

-- Mas pode chamá-los de Huguinho, Luisinho e Zezinho -- Brincou ela. Seus irmãos eram trigêmeos. Somente as roupas coloridas eram capazes de distingui-los.

Gabriela me mostrou um quarto de hóspedes onde eu iria passar a noite, após isso fomos para a sala de jantar em que já se encontrava seus pais e o irmão de Gabriela, Lionel. Um adolescente que vi algumas vezes andando de skate no pátio do colégio. Logo notei a semelhança física com a irmã. 

Gabriela me apresentou a todos. Fiquei um pouco constrangida por estar na intimidade daquela família. Se me perguntassem dois dias antes se eu imaginaria onde estaria naquele momento, não iria acreditar. Engraçado os lugares onde a vida pode nos levar.

Nunca fiz em minha mente nenhuma imagem de como seria a família da morena. Sempre vira Gabriela como uma garota arrogante e sarcástica, mas seus pais eram totalmente o oposto. Eram pessoas bastante simpáticas. O pai de Gabriela, Fidel, era um homem de meia-idade muito educado. Era calvo e bem mais velho que sua jovem esposa, Dora, que tinha lindos olhos verdes como os da filha. Gabriela explicou que o irmão mais velho, Eduardo, era casado e morava com a esposa. Ele era o médico que ela telefonara mais cedo.

-- Onde estão Gui, Gu e Greg? -- Perguntou Gabriela, intrigada.

-- Coloquei-os para dormir. -- Disse sua mãe -- Eles estavam me enlouquecendo.

-- Só dormindo aqueles pestinhas nos dão sossego. - Comentou Fidel.

-- É uma pena que tenha demorado, querida. Eles esperaram o dia inteiro para brincar com você. -- Disse Dora, dirigindo-se a filha. 

---Desculpe, mãe. Mas precisei treinar duro hoje, a final está chegando, lembram?

-- E você nos deixa esquecer, não fala em outra coisa. -- Disse Lionel, debochado.

Gabriela deu um peteleco no garoto.

-- Ei! -- Protestou ele. -- Viu pai. Ela me bateu. 

-- Parem vocês dois. -- Repreendeu Fidel. -- Temos visitas.

-- Ela não se importa com isso, não é, Ágata? -- Disse Gabriela.

Eu que estivera quieta em meu lugar até então, assenti com a cabeça.

Continuamos a comer. Depois de certo tempo, Fidel perguntou a filha:

-- Então, Gabi, fez alguém chorar hoje?

Abafei o riso. Gabriela abriu um sorriso para o pai e respondeu sem pestanejar:

-- Infelizmente não. Mas quem sabe amanhã.

Pelo visto os pais de Gabriela conheciam bem a filha.

Lionel estava sentado próximo a mim. Notei constrangida que ele dava umas olhadinhas em minha direção, acompanhadas de risinhos abafados. Gabriela também percebeu e confrontou o irmão:

-- O que é tão engraçado, cabeção?

-- Ela é sua namorada? -- Perguntou ele, sem rodeios. Desafiando a irmã com um sorriso cínico.

Quase engasguei.

-- Isso não é da sua conta, babaca. -- Retrucou Gabriela.

-- Lionel, deixe sua irmã em paz. - Disse Fidel. 

-- O que é que tem, pai. Eu quero saber. Ela nunca trouxe ninguém aqui em casa. -- Argumentou Lionel.

Para tornar a situação ainda mais constrangedora, a mãe de Gabriela falou:

-- De certa forma nosso filho tem razão, Fidel. 

-- O que, mãe? Vai levar esse moleque a sério. -- Disse Gabriela, encabulada. -- Ágata é apenas minha amiga.

Pelo visto os pais de Gabriela sabiam da orientação sexual da filha e isso não parecia ser um problema para eles. O problema maior parecia ser o fato de ela nunca ter tido um namoro sério.

-- Você não tem amigas. -- Desafiou Lionel, novamente.

Tinha que reconhecer que o garoto era petulante. Nisso puxara a irmã.

-- Não ponha lenha na fogueira, filho. -- Alertou Fidel.

-- Mas é verdade, pai. O senhor sabe que as garotas do colégio a detestam.

-- Só me faltava essa. Sofrendo bullying na minha própria casa. -- Comentou Gabriela, com algum senso de humor. 

-- Melhor encerrarmos esse assunto. -- Sentenciou o chefe da família -- Não quero mais uma palavra, Lionel. -

-- Deixa pra lá, pai. Esse moleque não tem jeito. -- Disse Gabriela - Já terminei minha refeição. Posso me retirar?

-- Fique a vontade, querida. -- Respondeu Dora.

-- Você vem, Ágata? 

Aquilo foi uma intimação. Preferi não contrariar. Agradeci pelo jantar e desejei boa noite a todos. Segui a morena pela escadaria até seu quarto.

-- Desculpe por fazer você passar por isso. - Disse ela.

-- Você está bem?

 -- Não se preocupe, estou ótima. Meu irmão é um chato mesmo.

-- Me refiro ao que ele disse. É verdade?

-- Bem, eu não sou a pessoa mais amada daquele colégio, você sabe disso. -- Respondeu a morena estirando-se na cama -- Mas eu tenho alguns amigos. Não que eu gosto realmente deles. Sabe, odeio as pessoas daquele colégio. 

Olhou para mim e apressou-se em dizer:

-- Não você. Você não. De você eu gosto.

-- Eu sei. E quero que você saiba que apesar de ter te odiado antes, eu gosto de você.
Gabriela pareceu comovida.

-- Queria que isso fosse o suficiente -- Falou ela, enigmática.

-- O que quer dizer?

-- Deixa pra lá. Estou mais interessada em saber como eu consegui esse feito. -- Refletiu ela. - Fazer alguém gostar de mim.

- Garanto que não foi fácil gostar de você -- Falei, divertida. -- Mas acredito que se você se esforçar bastante, pode fazer todos verem o que você tem de bom.

-- Melhor não. Vou guardar isso apenas para as pessoas especiais.

Por um instante, vi algo mágico naqueles olhos verdes. Sorri, sentindo meu coração aquecer. Não posso negar que havia algo narcísico em ser especial para alguém. Mesmo não podendo corresponder com a mesma intensidade.

-- Então, o que achou da minha família? -- Quis saber Gabriela.

-- Eu não imaginava que você tinha uma família tão grande. 

-- Dos seis filhos, sou a única mulher. 

-- E você tem muito orgulho disso. Não é, Gabi?

-- Tem suas vantagens. Meus pais sempre me paparicam demais por conta disso. “A menininha da casa”. Sempre me deram tudo que eu quis e um pouco mais.

-- Então deve ser por isso que você é assim tão prepotente.

Gabriela pareceu refletir.

-- Tem razão. Sempre tive tudo o que quis na palma da mão. Dinheiro nunca me faltou. Acredite dinheiro abre muitas portas. Desde cedo, faço tudo o que me dá na telha. E se eu quero algo, compro. Se desejo uma garota, basta estralar os dedos. 

Fez uma pausa. Fitou o teto, aborrecida com algo. Depois completou: 

-- Exceto você, Ágata.

-- Exceto a mim. - Confirmei.

-- Você é um desafio, Ágata. E eu gosto de desafios. Mas não tenho pretensões de te afastar de sua felicidade.

-- Fico feliz que pense assim. Não é tão egoísta quanto parece. No fundo você tem um bom coração, Gabi.

Gabriela se aproximou mais de mim. De repente sua expressão mudou. Como se algo dentro dela explodisse, falou quase colando seu rosto ao meu, como se para ter certeza que eu não perderia nenhuma palavra:

-- Você não sabe o quanto é um saco isso de ter um bom coração quando todos os meus instintos me dizem para fazer o contrário. Por outro lado, eu sei que se eu ceder a eles, você vai se afastar de mim. 

Encarei-a sem dizer palavra. Ela continuou:

-- Assim como você tem os seus dilemas, Ágata. Eu também tenho os meus. Mas minhas intenções não são puras quanto as suas. Não se engane, garota. Eu ainda sou a mesma safada egoísta que você conheceu e a qualquer momento você pode descobrir isso

-- Está querendo me assustar, Gabi? -- Perguntei, sem deixar de encará-la. -- Você gosta de ser odiada, não é? Não pense que dizendo essas coisas para mim vai conseguir me afastar. Você só está se sentindo vulnerável porque deixou alguém conhecer seu lado bom e isso faz você pensar que está perdendo sua identidade. 


Fiz uma pausa esperando sua reação, mas Gabriela esperou para ouvir o que mais eu diria. 

-- Agora eu sou sua amiga, Gabi. E amigos não julgam. -- Continuei -- Eu também sou como você. Odeio está no meio das pessoas, mas de vez em quando encontramos alguém que vale o nosso tempo. Não alguém perfeito, mas alguém com tantos defeitos quanto os nossos próprios.

-- Você é a única pessoa que vale o meu tempo. -- Confessou Gabriela, mais relaxada. 

Sorri, encarando aquilo como o pedido de desculpas mais sincero que ouvi na vida.

-- Você é osso duro, Ágata. Outra teria ido embora com o rabo entre as pernas.

-- Então é assim que assusta as pessoas quando elas dizem que gostam de você? 

Gabriela que já não estava irritada quanto a segundos atrás, respondeu:

-- Você não viu nada. Já fiz muita gente chorar.

-- Até seus pais parecem saber disso.

-- Não é para menos quando era criança quase fui expulsa do jardim de infância. Desde pequena não ia com a cara de ninguém.

-- Não mudou muito. 

Gabriela não se abalou com o meu comentário.

-- E quanto a você, Ágata. Me fala sobre esse seu lado sombrio.

-- Você não vai querer ouvir sobre isso. -- Desconversei.

-- Quero sim. Tô doida pra saber. -- Disse a morena, animada. -- Além do mais, ainda é cedo. E você dormiu o dia inteiro, então temos a noite toda pela frente.

Pensei por um momento se estava preparada para falar sobre aquilo. Mas estranhamente naquele momento sentia uma necessidade enorme de contar minha história. E Gabriela havia me ajudado muito naquele dia.

-- Nunca falei sobre isso com ninguém, nem mesmo com Elisa.

 -- Ela não precisa saber de todos os seus segredos. Pelo menos não por enquanto. Deixei-a descobrir aos poucos. -- Aconselhou Gabriela -- Então vai me contar ou não?

-- Eu não sei, Gabi. - Hesitei.

-- Não se preocupe. Qualquer coisa que tenha feito eu vou entender. Tenho certeza que já fiz pior.

-- Tudo bem. -- Cedi -- Houve uma época em que ficava a maior parte do tempo fora de casa. Larguei a escola e me envolvi com uma galera meio barra pesada.

-- Sério? E seus tios?

-- Quase enlouqueceram.

Gabriela digeriu a informação por alguns instantes, depois perguntou:

-- Mas como você se virava na rua, seus tios lhe davam dinheiro? 

-- Depois que meus pais e meu irmão faleceram. Fiquei com meus tios, como ainda era menor de idade, eles assumiram minha guarda e administraram minha herança. Não muita coisa, algum dinheiro e uma pequena propriedade que pertencia a minha família. Além disso, meus pais haviam feito um seguro de vida. Enfim, juntando tudo daria uma boa grana. Acontece que fraudei alguns dados dos meus tios e torrei uma parte da grana sem a permissão deles.

-- Uau! Você é das minhas, Ágata. -- Exclamou Gabriela, impressionada -- Queria ter sua inteligência para essas falcatruas.

-- Não foi certo o que fiz, Gabi. Esse dinheiro poderia garantir o meu futuro. Meus pais queriam que eu e meu irmão estivéssemos seguros caso algo acontecesse com eles. Mas eu não pensava assim. Para mim, esse dinheiro era maldito porque eles precisaram morrer para que eu o tivesse. Sendo assim não me serviria para nada.

-- Entendo, então torrou toda a grana.

-- Nem tanto. Não fazia saques muito grandes para não chamar a atenção dos meus tios. Mas eles acabaram descobrindo. Você imagina a decepção. Mas estavam mais desesperados para me encontrar, tanto que o único modo que acharam foi colocando a polícia atrás de mim.

Gabriela arregalou os olhos.

-- Você foi presa, Ágata?

- Sim, fui.

-- Que legal! Tenho uma amiga que já foi fichada.

-- Não é pra tanto, Gabi. Meus tios não mantiveram a queixa.

-- Engraçado imaginar você como uma delinquente juvenil. -- Comentou a morena -- O que mais você aprontou?

-- Bem, a galera com quem eu andava se aproveitou dos meus “talentos”. -- Continuei -- Esse foi mais um erro. Por sorte, consegui apagar os rastros do que fiz para essa quadrilha e não fui presa por isso. Nem meus tios ou milhares de advogados poderiam ter me tirado da cadeia.

-- Nossa. Essa não parece você, Ágata. Fazendo negócio sujo com um bando de bandidos. Por outro lado, devia ser muito excitante. Viver perigosamente.

-- Ainda tem mais. Eles eram usuário de drogas, mas não só consumiam como vendiam para adolescentes em festas.

-- Agora isso tá ficando mais sinistro. -- Falou Gabriela, tensa -- Ágata, você não...

-- Não. - Respondi, convicta. -- Como você disse essa não era eu. Teria sido mais um erro, o maior de todos.

-- Um caminho difícil de voltar. - Completou Gabriela.

-- Não sabe o quanto me arrependo todos os dias pelo que fiz. Meus tios não mereciam. Nem meus pais onde quer que estejam. Por isso, desisti daquela vida. Mas ainda carrego algumas más lembranças.

-- Ainda assim você está aqui agora, Ágata. Retornou a escola, seus pais iam gostar disso.

Sorri e agradeci Gabriela pelo apoio. Mas ainda havia algo sobre o qual eu não falara.
-- Tem mais uma coisa, Gabi. Algo que não falei para Elisa, mas deveria ter contado. Só que tenho medo da reação dela.

-- E o que é? Pode me contar.

-- Havia um cara. Um dos chefões do bando. Ele vivia dando em cima de mim. Eu nunca havia ficado com ninguém. Uma noite, ele me convenceu de que seria bom, de que deveríamos fazer e acabei cedendo.

Gabriela não conseguiu segurar o espanto. 


-- O que? Você está me dizendo que já ficou com um cara? -- Perguntou ela, boquiaberta.

-- Na verdade, eu não queria, não sei por que fiz aquilo. Eu estava com raiva da vida, cansada de ser a órfã pobre coitada. Era ainda mais jovem e inexperiente do que agora. Mas eu sabia que era furada e mesmo assim me deixei levar. E realmente foi horrível. Ele cheirava a cigarro. Não foi cuidadoso, eu era virgem e aquilo doeu muito. Não só em meu corpo, minha alma também ficou despedaçada.

-- Que pesadelo! - Comentou Gabriela.

-- Não me diga. Daquele dia em diante jurei que nunca mais faria sex* com ninguém. -- Até que você conheceu a Elisa. 

Engoli em seco. Gabriela falava sem rodeios.


-- Elisa e eu nunca, quer dizer...


Enrubesci.


-- Não fizeram? E o que está te impedindo? Ágata, você teve a sua primeira vez com um cara qualquer e não tem coragem de ficar com a garota que você ama?

Gabriela parecia revoltada com a situação.

-- Não é bem assim. Fiquei muito surpresa quando Elisa e eu nos beijamos. Poderia ter acontecido algo mais, mas acho que inconscientemente lembrei daquela noite com o cara fedido e o quanto foi frustrante. Além do mais, acho que Elisa nunca fez isso, nem com um cara e muito menos com uma garota. E ela deve pensar o mesmo de mim.

-- Por isso não contou a ela. -- Adivinhou Gabriela.

-- Você acha que ela vai entender? -- Disse, com receio.

- Relaxa, garota. Conte a ela. Você não a conhecia ainda quando aconteceu. Ela não irá te julgar.

-- Tem certeza? Eu não sei, acho que vou decepcioná-la.

-- Talvez fique apenas surpresa como eu. 

-- De qualquer modo, nem sei o que está se passando pela cabeça da Elisa agora. Ela ainda deve ta confusa com essa história que contei da Becca e sobre o fato de sermos amigas, Gabi.

-- Quanto a isso, Ágata. Será melhor para vocês duas que eu me afaste. Olha, eu nunca namorei, mas sei o quanto essas coisas atrapalham. 


Olhei para Gabriela sem saber o que dizer. A verdade era que eu estava me afeiçoando a ela. 
Ao ver minha cara de confusão, a morena completou:


-- Mas qualquer coisa que você precisar saiba que pode contar comigo, Ágata. -- Você também. Caso se meta em alguma encrenca, eu estarei lá para ajudá-la.


Conversamos um pouco mais até que meu telefone tocou. Fiquei surpresa ao ver o número de Elisa no visor. Mostrei a Gabriela que disse:


-- O que está esperando, atende logo esse telefone.

-- Elisa? -- Falei, hesitante. -- Olá, Ágata. - Disse ela.

- Só liguei para saber como você está.

-- Estou bem. - Respondi -- E você, está tudo bem?


Gabriela fez sinal para avisar que estava saindo do quarto.


-- Bem, está tudo bem. Quer dizer, na verdade está tudo péssimo. Preciso te ver, Ágata.

-- Eu também preciso te ver. 


Ficamos em silêncio por uns instantes, procurando o que dizer.


-- Procurei você hoje no treino, mas você não estava lá. - Disse Elisa.

-- Acho que perdi hora.

-- Queria ter ido a sua casa hoje, Ágata, mas meu pai não deixou.

-- Elisa, você teria dado viagem perdida. Não estou em casa.


Ela fez uma pausa e perguntou, com a voz trêmula:

-- Onde você está, Ágata?

Suspirei.

-- Na casa da Gabriela.

Pelo silêncio no outro lado da linha, a resposta não havia sido bem recebida.

-- E você me diz isso assim. Na lata. -- Questionou Elisa, mordaz.

-- Elisa, eu não quero mentir para você. E Gabi está apenas me ajudando.

-- Tudo bem. -- Disse Elisa, após um tempo. -- Posso te ver amanhã?

-- Claro. Tem certeza que está tudo bem, Elisa?

-- Falamos sobre isso amanhã, Ágata. Boa noite.

-- Boa noite, Elisa.


Ela desligou.

Fim do capítulo


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Comentários para 25 - Capitulo 25:
Lea
Lea

Em: 27/10/2022

Eita que a Ágata foi "porra louca ", não se importando consigo própria!

Amei a família da Gabi!

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