Capitulo 9
ELISA
Era outubro, meu mês favorito do ano. Meu aniversário estava chegando e eu sentia uma atmosfera diferente no ar. Fiquei pensando em quem estaria tramando minha festa dessa vez, se minha mãe, meu pai ou Becca, certamente os três juntos. Todos os anos, fingiam não lembrar e quando o dia vinte e sete chegava, sempre havia uma comemoração. Quando eram meus pais que tomavam a frente era sempre algo mais discreto, mas quando era Becca...
Em meus dezesseis anos, ela fizera uma festa tão grande que o colégio inteiro compareceu, pessoas que nunca vi na vida me parabenizaram. Na ocasião, fiquei bêbada pela primeira vez em minha vida, precisei de algo forte que me fizesse esquecer que estava cercada de pessoas que fingiam gostar de mim. No outro dia, não me lembrava do que aconteceu, mas Becca me disse que foi o momento mais divertido que ela já passou ao meu lado. Por sorte, não cometi o erro de ficar com ninguém. Não acredito em ficar por diversão, não tive uma “fase louca” como Becca. Vi minha amiga passar por uma sucessão de namoros desastrados, eu não queria isso para mim. Prefiro acreditar na força de um amor sincero e tranquilo. Tudo bem podem me chamar de ingênua, mas fazer o que, acredito no romantismo. Mas confesso que nunca me permiti namorar alguém, sempre fui tão focada nos estudos e em meus objetivos que não permitiria que nada me distraísse. Cheguei a beijar alguns rapazes, mas não me fizeram sentir nada demais. Era tudo vazio e sem graça.
Esse seria meu aniversário de dezoito anos. Eu podia esperar por uma comemoração extravagante e esse era meu maior medo. Não queria outra festa como aquela de dois anos atrás, preferia algo mais íntimo, com pessoas realmente queridas. Deixei isso bem claro para meus pais e para Becca, eles se fizeram de desentendidos:
-- Não se preocupe, não faremos nada de mais. -- Desconversou meu pai.
-- Será apenas uma reunião familiar. -- Disse mamãe.
-- Lisa, você sabe sou a discrição em pessoa. -- Essa é Becca. Dá para acreditar?
Enfim, como disse, podia esperar qualquer coisa. Mas eu não tinha como saber que as surpresas que me esperavam aquele dia, me mudariam para sempre.
***
Eu andava uma pilha de nervos com a proximidade de meu aniversário, mas principalmente com a confusão de meus sentimentos em relação à Ágata. Eu preferia não pensar nisso, fingir que nada estava acontecendo. Tentei agir normalmente com Ágata, mas na tentativa de esconder meus sentimentos, acho que acabei parecendo fria. Por isso, não estranhei quando Ágata perguntou, magoada:
-- Elisa, fiz alguma coisa errada? Você anda estranha...
-- Desculpe Ágata, é que costumo ficar esquisita com a proximidade de meu aniversário.
Ela ponderou sobre o que eu disse, não sei se acreditou, pois ainda pareceu triste.
-- Entendo, eu também sempre detestei aniversários.
-- Não é apenas isso -- Falei, sincera -- é que as coisas estão mudando rápido demais. Falta pouco para a escola acabar, é um momento decisivo em nossas vidas.
-- Você já sabe o que pretende fazer? Digo, depois do colégio?
-- Bem, ainda estou em dúvida.
-- De que você gosta?
-- Eu gostaria de dá aulas. Sabe, sempre pensei em ensinar.
Ela sorriu e disse:
-- Acho que isso combina com você, professora.
-- E você, Ágata o que pensa em fazer?
-- Eu tinha alguns planos. Agora tenho outros, mas esses também podem mudar. -- Disse ela, enigmática.
-- Você não me disse nada com nada. -- Comentei.
-- Um dia te conto. -- Disse ela.
Observei Ágata, ela parecia tensa. Pensei o que poderia haver por trás de suas palavras. Se eu a interrogasse e a pressionasse será que ela me diria? Será que estava me escondendo algo? De repente me vi tomada por um grande medo. Medo de perdê-la, de não ter Ágata ao meu lado. Eu queria dizer a ela tudo o que estava guardado dentro de mim, que eu pensava nela em todos os momentos do dia e que sua simples presença era o suficiente para me fazer feliz. Mas em vez disso, tudo o que eu disse foi:
-- Tudo bem, Ágata. Será do que jeito que você quiser.
***
Quando finalmente me colocaram a par dos preparativos para meu aniversário, eles já estavam consolidados. Nem meus pais, muito menos Becca pouparam esforços para fazer um “aniversário inesquecível”. Seria um fim de semana inteiro na casa de praia de meus pais, os convidados ficariam hospedados lá. Becca havia planejado muitos momentos de lazer. Assim, na manhã de sábado, dia vinte e seis, véspera de meu aniversário, me instalei no quarto em que sempre ficava quando ia passar fins de semana lá. Meus pais estavam trabalhando e só viriam no domingo. Os convidados não seriam tantos, havia alguns primos e colegas de sala que foram chegando aos poucos. Eu os recebia à medida que iam aparecendo. Na verdade, era pela chegada de Ágata que eu estava ansiosa, Becca havia me garantido que a havia convidado: “Lisa, se eu não tivesse convidado Ágata, você seria capaz de não vir a seu próprio aniversário”.
Eu esperava ouvir o barulho da motocicleta de Ágata a qualquer momento. Fiquei do lado de fora, na varanda da casa esperando por ela e pensando em como estaria vestida, se ela estava animada com o fim de semana e tão ansiosa quanto eu. Com sua demora, fui assombrada por ideias terríveis sobre o que poderia ter acontecido desde ela ter se perdido no caminho ou se envolvido em algum acidente. Quando Ágata finalmente chegou, me acalmei. Avistei ao longe quando ela surgiu, pilotando sua motocicleta. Ágata vestia calça jeans, jaqueta e tênis. Ela desceu da motocicleta e sorriu para mim. Fui ao seu encontro e a abracei, feliz.
-- Bom dia! -- Disse ela, de bom humor.
A nova Ágata sorridente e bem humorada era uma novidade muito bem vinda.
-- Pensei que você não viria mais -- Falei.
-- E perder a “festa do ano”. -- Brincou ela.
-- Isso deve ser coisa da Becca.
-- Sua amiga é bastante persuasiva, Elisa. Mas eu não deixaria de vir ao seu aniversário por nada nesse mundo.
Enrubesci.
-- Onde estaciono minha moto? -- Perguntou ela, mudando de assunto.
Expliquei a Ágata onde ficava a garagem e depois a conduzi até o quarto em ela iria ocupar. Eu havia reservado um perto do meu, para facilitar a comunicação entre nós. Esse fato não passou despercebido por Ágata, que pareceu bastante satisfeita com o quarto. Deixei-a sozinha para que pudesse tomar um banho, e lhe avisei que segundo a programação de Becca a manhã seria passada na piscina onde iria ser servidos comes e bebes. Eu estava feliz com a perspectiva de passar um fim de semana inteiro com ela, embora eu tivesse que me dividir entre os convidados, eu só teria olhos para ela.
Fui tomar um banho e colocar um biquíni para cair na piscina. Dei um mergulho, depois me servi de um coquetel de frutas e me acomodei em uma cadeira ao lado de Becca.
-- Lisa, o que está achando de seu aniversário até agora? -- Perguntou ela, animada.
-- Está tudo maravilhoso, Becca. Obrigada.
-- É bom ver você feliz, Lisa. Nesse fim de semana tudo que importa é que você se divirta, por isso preparei muitas surpresas.
-- Não esperava menos de você, Becca.
Muitos colegas divertiam-se na piscina ou tomando sol. As meninas do time de vôlei já haviam chegado e improvisaram um jogo de pólo aquático. Chamaram-me para me juntar a elas, mas recusei, pois ainda esperava Ágata. Aproveitei que Becca estava ao meu lado para tirar uma dúvida que eu tinha há tempos, teria que ser cautelosa para não deixar transparecer meu interesse, por isso respirei fundo e perguntei, num tom mais casual possível:
-- Becca, no começo do semestre, quando Ágata chegou ao colégio você disse algo sobre ela, era verdade?
-- Você se refere a que? Eu disse tantas coisas sobre ela...
-- Sim você sempre fala demais -- Falei, para descontrair -- Mas me refiro ao que você falou sobre ela ser lésbica.
-- Ah, isso. Eu tinha minhas suspeitas. Quer dizer, parecia tão óbvio. Mas a verdade é que eu nunca ouvi boatos a não ser os que eu mesma criei.
Não me surpreendi muito. Becca fazia comentários sem fundamento às vezes.
-- Por que o interesse, Lisa. Aconteceu alguma coisa?
-- Não, não. -- Desconversei -- Só estava curiosa, quer dizer, é que não vejo problema nenhum nisso.
-- Tudo bem, Lisa. Mas por falar em sua amiguinha. Onde ela está?
-- Não sei, disse a ela para vir para cá, mas ela está demorando.
-- Então já deve está chegando. -- Constatou Becca.
Becca acomodou-se na cadeira de praia e fechou os olhos, relaxando.
-- Becca. -- Chamei.
-- O que foi agora, Lisa? -- Disse ela, abrindo os olhos.
-- Se eu fosse lésbica, você veria algum problema nisso?
Becca me olhou de viés, espantada e disse:
-- Você? Que ideia, Lisa, você não é lésbica...
-- Mas e se, hipoteticamente, eu fosse, o que você pensaria de mim?
Becca se recuperou do choque inicial, e falou, calma:
-- Eu continuaria a gostar de você do mesmo modo, Lisa. -- Ela falou sincera -- Agora chega desse papo estranho, vamos curtir esse sol maravilhoso. Vou cair na piscina, você vem?
-- Agora não. Vou esperar por Ágata.
-- Foi o que pensei. Vou indo, até daqui a pouco, aniversariante.
Becca me deu um beijo no rosto e correu para piscina.
Ágata demorou a aparecer, quando a vi acenei para que ela viesse ao meu encontro. Ela estava de óculos escuros e vestia short curto, camiseta e chinelos. Ela sentou-se ao meu lado.
-- Você demorou -- Constatei.
-- Eu sei. Desculpe, estava arrumando minhas coisas.
-- Tudo bem -- Disse eu -- Não vai entrar na água?
-- Acho que não.
-- Não trouxe biquíni? -- Perguntei -- Por que se não tiver trazido, nós podemos dá um jeito, se quiser minha mãe tem o seu tamanho...
-- Não precisa Elisa, obrigada.
Fiquei intrigada com aquilo e insisti:
-- Você não sabe nadar, Ágata?
Ela riu.
-- Claro que sei, Elisa. Só que não estou a fim. Só isso.
Parei de insistir antes que Ágata se irritasse comigo. Mas havia algo de estranho naquilo, será que ela estava envergonhada com seu corpo? Talvez fosse apenas timidez. Ágata tinha um corpo bonito, não precisava ter vergonha de exibi-lo. Mas seja lá qual fosse o motivo, decidi respeitar sua decisão.
Ofereci uma bebida para Ágata que aceitou prontamente. Observamos as meninas jogando, pareciam estar se divertindo bastante.
-- Elisa, se quiser se juntar a elas, não precisa se preocupar comigo.
-- Prefiro ficar aqui com você. -- Disse eu.
Ágata sorriu o que encheu meu coração de felicidade.
Tivemos um almoço grandioso. Pela tarde, Becca colocou música alta e todos dançaram e beberam a beira da piscina, a festa provavelmente se estenderia noite adentro. Ágata não entrou na água nem participou da animação dos outros. Passei a maior parte do tempo ao seu lado, a não ser quando solicitavam minha presença, mas logo eu dava um jeito de me esgueirar para perto dela novamente.
Becca fez com que eu dançasse um pouco e confesso que até me diverti. Ágata interagiu com as meninas do vôlei, embora se distanciasse quando Gabi aparecia. Expliquei a Ágata que não fora eu quem escolhera a lista de convidados e Becca havia chamado todas as meninas do time, sem exceção. Ágata não pareceu preocupar-se com isso, mas fez questão de evitar a antiga inimiga.
Em determinado momento, pelo fim da tarde, deixei-me cair numa cadeira. Eu estava exausta de andar de um lado para o outro, acho que cochilei um pouco e quando abri meus olhos novamente, flagrei Ágata olhando para mim. Seus olhos eram puro fogo. Eu me senti queimar. Percebi-a olhando meu corpo coberto apenas pelo biquíni e fiquei extremamente envergonhada, poderia ser apenas impressão minha, mas ao notar que eu havia visto que ela me olhava, Ágata pareceu perturbada e sumiu no meio das pessoas. Eu quis ir atrás dela, mas eu não sabia o que poderia ter perturbado-a tanto. Eu devia ter ido atrás dela, a colocado contra a parede e tê-la feito dizer o que estava acontecendo entre nós. Pois havia algo, não poderia ser apenas fruto da minha imaginação. Mas eu não tinha coragem, se eu fizesse isso as coisas mudariam e eu poderia perdê-la de vez.
Mas Ágata não voltou, fiquei preocupada e fui até seu quarto, ela não estava lá. Tomei um banho, troquei de roupa e fui procurá-la. Perguntei a algumas pessoas se a haviam visto, mas elas não sabiam de Ágata. Sua moto ainda estava lá, por isso ela não poderia ter ido muito longe, seja lá onde ela tivesse ido, Ágata voltaria cedo ou tarde. Talvez ela estivesse precisando de um tempo para pensar, por isso decidi esperá-la.
Já era noite quando fui para o quarto dela. Ágata não trancara a porta. Adentrei ao quarto e o encontrei vazio. Suas coisas ainda estavam lá perfeitamente organizadas. Suspirei e, com o corpo cansado, deixei-me cair em sua cama.
-- Onde está você? -- Falei, baixinho desejando que ela voltasse logo.
Acabei adormecendo. Acordei com passos no quarto.
-- Elisa! -- Chamou uma voz.
Mesmo na meia-luz reconheci Ágata. Não fazia ideia de que horas seriam, mas já deveria ser bem tarde.
-- O que faz aqui? -- Perguntou ela, intrigada.
-- Estava esperando por você. -- Respondi -- Onde esteve? Fiquei preocupada.
-- Eu estava por aí. -- Disse ela, com a voz fraca.
-- Ágata, você está bem?
Ela se aproximou e sentou-se na cama, ao meu lado, cansada. Só então vi seu rosto.
-- Você andou chorando? -- Perguntei exaltada. Me aproximei dela e toquei seu rosto -- Ágata, o que aconteceu?
Ela me olhou, triste. Mas logo se desvencilhou de minhas mãos. E, então, explodiu:
-- O que aconteceu? -- Disse ela, quase gritando -- Aconteceu que a minha vida é uma droga, Elisa. Sabe, eu acordava todos os dias pensando o quanto é injusto que eles tenham ido e me deixado aqui. Às vezes, eu odeio meus pais por terem morrido e me odeio mais ainda por estar viva. Tudo que eu queria era ter tido uma vida normal...
Ela andava de um lado para o outro falando tudo o que estava preso em seu coração todos esses anos.
-- Você os amava muito. -- Constatei.
-- Mais do que tudo.
Ela respirou fundo. Ficamos em silêncio um bom tempo, até que Ágata se sentou na ponta da cama e disse:
-- Sabe por que me recusei a entrar na água hoje, Elisa?
Fiz que não com a cabeça. Então, Ágata fez algo que nunca poderia supor. Lentamente, ela tirou a blusa. Em sua pele clara, mesmo na luz fraca pude visualizar, começando um pouco acima do umbigo e estendendo-se até seu seio direito havia uma profunda cicatriz. Em toda a extensão de seu tórax era possível distinguir marcas.
-- Entende agora? -- Perguntou ela, olhando para mim, constrangida -- Tudo o que restou em mim foram cicatrizes, Elisa. Eu sou uma pessoa quebrada, por fora e por dentro, ninguém nunca olharia para mim, ninguém nunca me amaria...
-- Isso não é verdade. -- Apressei-me em dizer -- Não é verdade. Você é linda, Ágata. De todas as formas que uma pessoa pode ser.
Aproximei-me mais dela e, delicadamente, toquei sua pele. Como era suave. Ela estremeceu, mas não afastou minha mão e deixou que eu a percorresse em seu torso desnudo. Toquei em sua cicatriz, desenhando-a até alcançar seu seio direito. Sob meu toque, senti seu mamilo enrijecer.
-- Elisa, o que você está fazendo? -- Ela sussurrou.
Sua voz estava rouca e ofegante, fazendo com que um arrepio percorresse meu corpo ao ouvi-la.
-- Não sei o que estou fazendo -- Respondi, quase sem voz -- Mas faz diferença?
- Não, não faz -- Disse ela, olhando em meus olhos -- Desde que você não pare...
Aproximei meu rosto do dela e senti seu hálito quente, convidativo. Ela tremia, assim como eu. Ela era tão real e estávamos ali, totalmente entregues uma a outra. Nunca em minha vida me senti tão próxima de alguém quanto naquele momento. Nosso medo só não era maior do que nosso desejo. Lentamente, sua boca aproximou-se da minha e colamos nossos lábios. E naquele beijo nossas dúvidas se dissiparam. No início, o toque era apenas um roçar de lábios, um reconhecimento da suavidade de seu encontro. Entreabri os lábios dando passagem para sua língua me invadir, senti a urgência daquele contato. Sem mais controle de meus atos, coloquei minhas mãos em torno da sua nuca, entrelaçando meus dedos no seu cabelo. Ela deixou escapar um gemido e aprofundamos o beijo. Nos beijamos intensamente, explorando cada centímetro de nossas bocas. Seu gosto estava me levando a loucura. Em algum momento durante o beijo, eu me deixei cair na cama e Ágata deitou sobre mim. Senti todo o seu corpo tocar o meu. E me sufoquei com seu sabor, seu cheiro, sua suavidade.
Apesar da nossa urgência, procurávamos conhecer cada detalhe uma da outra. Beijei sua cicatriz com suavidade e ela gem*u baixinho quando meus lábios tocaram seus seios enquanto minhas mãos passavam por entre os fios de seus longos cabelos. Eu era guiada apenas pelos meus instintos. Não conseguia pensar em nada, todos meus sentidos estavam voltados a ela e as sensações que sua pele quente em contato com a minha me provocava. Suguei seus seios com vontade, Ágata reagiu com gemido que me arrepiou inteira. Ela enlaçou suas mãos em volta da minha cintura e começou a puxar minha blusa para cima, sem pressa. Não fiz objeção enquanto ela se ocupava dessa tarefa. Seus olhos encontravam os meus, hipnotizados. Seu rosto estava vermelho, ofegante. Ela contemplou meus seios à mostra e senti meu coração disparar. Me beijou novamente na boca, depois beijou meu pescoço, seios, barriga. Senti meu sex* reagir violentamente às suas carícias. Gemi diante daquela sensação. De repente, como se dando conta do que estava prestes a acontecer, Ágata acalmou sua fúria. Eu não queria que ela parasse, não queria que aquele momento tivesse fim. Sem dizer nada, ela deitou sobre meu peito e ficamos abraçadas, enquanto nossa respiração voltava ao normal. Depois de um tempo, acho que adormecemos nos braços uma da outra. E naquela noite, nos permitimos sonhar os mais belos sonhos.
Fim do capítulo
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