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Ela será amada por Bruna 27

Ver comentários: 1

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Palavras: 2465
Acessos: 1559   |  Postado em: 07/09/2022

Capitulo 7

ELISA

Tap on my window, knock on my door

I want to make you feel beautiful

  

O dia de nosso próximo jogo chegou e Ágata e Gabi ainda continuavam cortadas do time. Quase perdemos sem elas, passamos um grande sufoco para vencer a equipe mais fraca do campeonato. Ágata assistiu ao jogo das arquibancadas. Ela desejou boa sorte a todos antes do jogo começar e eu a observei olhar com tristeza para a quadra. Gabi também estava por lá e pela cara dela tive certeza que após aquele jogo ela finalmente cederia. E foi o que aconteceu, logo que o jogo acabou. Vi quando Gabi dirigiu-se à treinadora para conversar. Mais tarde, Ágata me disse que estava de volta ao time.

 

-- Foi exatamente como você previu -- Contou ela, feliz -- Ela explicou para a treinadora que era provável que tivesse se machucado acidentalmente e que eu não tinha nada a ver com isso.

 

-- Isso é maravilhoso, Ágata.

 

Lembrei-lhe que no dia seguinte eu a esperava em minha casa. Íamos almoçar com meus pais. Becca também ficou de ir com sua mãe. Ágata me olhou tensa. Acho que a proximidade do almoço em minha casa a deixava nervosa, embora ela me dissesse que tudo estava bem, como já sabemos, nada com Ágata era tão simples. Ela confirmou a ida e nos despedimos.

 

 

***

 

Era um domingo ensolarado, levantei da cama ainda cambaleando de sono. Costumava dormir até mais tarde no fim de semana, mas prometi a Becca que iríamos passar a manhã na piscina “pegando um bronzeado”. Tomei café da manhã, pus um biquíni e esperei por Becca, que não demorou a chegar. Durante toda a manhã, não prestei muita atenção nas coisas que Becca dizia, eu estava ansiosa demais com a chegada de Ágata.

 

-- Lisa!

Já devia ser a décima vez que Becca chamava minha atenção.

 

-- Lisa, você pode aterrissar no planeta terra? -- Perguntou ela, chateada.

-- Desculpe, Becca.

-- Sinceramente, desde que você conheceu aquela garota não pensa em mais nada. É Ágata pra cá, Ágata pra lá. A Ágata é órfã. Blábláblá. Eu também existo, lembra?

-- Becca, não consigo evitar, me preocupo com ela.

 

Becca cruzou os braços. E falou ressentida:

 

-- Eu já entendi isso. Mas você anda estranha comigo, Lisa, nada é mais como antes. Fazíamos tudo juntas, tínhamos afinidades. Mas agora parece que vocês duas tem mais em comum uma com a outra do que nós tivemos a vida inteira. Temos uma história juntas, lembra?

 

“E eu e Ágata estamos construindo uma história também”, foi o que pensei, mas não poderia dizer isso, não era o que Becca precisava ouvir. Ela só precisava saber que eu a amava para sempre. Por isso, o que disse foi:

 

-- Você é muito importante em minha vida, é minha irmã e sempre será.

-- Eu sei disso, Lisa. -- Disse ela resignada -- Tenho um ciúme enorme de você, só isso. Não consigo evitar. Além do mais, tenho medo de que possam machucá-la, porque se essa garota te fizer sofrer, ela terá que se vê comigo.

-- Não tem motivos para se preocupar, Becca. Está tudo bem.

 

Becca me olhou séria.

 

-- Lisa, você tem que tomar cuidado. Ágata é uma garota diferente, já passou por muita coisa na vida das quais não poderíamos nem imaginar em nossos piores pesadelos. Se a fizer dependente de você, pode criar mais mal do que bem. E o contrário também pode acontecer... tenho medo por você e não me perdoaria se te fizessem mal. Pense bem sobre isso, Lisa.

 

Becca deu-me um beijo no rosto e pediu licença para ir trocar de roupa e esperar a chegada de sua mãe. Fiquei sozinha na piscina e decidi dá um mergulho. Pensei sobre o porquê de Becca ter dito tudo aquilo, sei que ela estava preocupada comigo, ela sempre me protegera em demasia. Mas sempre achei que devia ter minhas próprias experiências e que Becca não precisava está comigo para dizer o que eu poderia ou não fazer. Ela sempre fora egoísta em relação á nossa amizade e nunca deixava alguém se aproximar o bastante de mim até Ágata aparecer. Por isso os seus ciúmes. Só que dessa vez havia algo diferente, Becca queria me alertar de alguma coisa e talvez suas palavras fizessem sentido. E se eu fizesse mal a Ágata? Será que era uma boa escolha insistir para que nossa amizade desse certo? Eu estava criando dependência entre nós? Essas dúvidas já haviam passado pela minha cabeça antes, mas em nenhum momento eu quis estar longe de Ágata, ficaria tudo bem desde que eu não a abandonasse. E se fosse o contrário e Ágata provasse não ser digna de minha amizade, antes fosse eu a arriscar me machucar do que a ela que já havia passado por tanta coisa. De qualquer modo, não importava o que acontecesse, eu estava disposta a seguir meu coração mesmo que ele me traísse.

 

***

 

Eram onze da manhã quando Ágata chegou, pontualmente. Meu queixo caíra ao vê-la, quase não a reconheci. Estava usando um vestidinho florido um pouco acima do joelho e um par de sandálias. Seu cabelo longo estava solto. Vestia-se com simplicidade e mesmo assim, nunca a vira tão bela.

 

Ágata viera acompanhada por seu tio, o professor Bóris. Meu pai o havia convidado junto com sua família, mas ele se desculpou pela ausência da esposa que estava indisposta com uma séria crise de enxaqueca. Seu filho também não pudera vir, pois estava morando em outra cidade.

 

-- Já estava achando que seu guarda-roupa era igual ao do Batman. -- Eu disse, sem graça, quando vi Ágata -- Até então eu achava que você só tinha roupas pretas, todas iguais.

 

Ágata franziu o cenho, acho que estava ponderando se eu falava sério. Decidi acabar com sua tortura:

 

-- Estou brincando, você está ótima.

-- Obrigada. – Disse esboçando um sorriso -- Foi minha tia quem escolheu esse vestido...

 

-- Acho que você fica bem assim.

 

Conduzi Ágata e o professor Bóris para sala de estar onde meus pais se encontravam, os dois receberam as visitas com muita animação. Meu pai ficou muito feliz ao revê-los. Apresentei Ágata a minha mãe. Notei que Ágata ficara bastante constrangida, principalmente depois que mamãe a elogiara dizendo que ela era uma garota muito bonita. Becca também aparecera e se juntara ao grupo, avisou que sua mãe iria se atrasar, mas que já estava vindo. Permaneci junto de Ágata o tempo todo, estava com medo de ela se sentir deslocada. Enquanto meus pais conversavam com Bóris, decidi mostrar a casa para Ágata.

 

-- A sua casa é maravilhosa, Elisa. -- Disse Ágata, sincera.

-- Que bom que gostou, ajudei minha mãe a decorar o ambiente.

-- Vocês possuem um bom gosto. -- Elogiou Ágata -- A propósito, gostei de sua mãe, ela parece ser uma boa pessoa.

-- A melhor.

 

Mostrei a Ágata meu quarto, ela ficou maravilhada com minha coleção de livros e de Dvds. Enquanto ela se deslumbrava com minhas coleções, observei como era esquisito ter Ágata em meu quarto, mas aquela não era a Ágata que conheci, como disse, ela estava diferente. Parecia mais alegre, era como se as cores que vestia combinassem com seu humor. O preto, seu luto eterno não fazia parte daquela garota que tinha os olhos brilhando quando olhava para um livro de que gostava ou reconhecia um filme que vira na infância. Acho que ela era feliz, ao seu modo. Penso na garota que ela seria, se aquela tragédia nunca tivesse caído sobre sua família. Por outro lado, será que eu fizera bem em levá-la em minha casa e lembra-la das coisas que ela não tinha?

 

Como que adivinhando meus pensamentos, Ágata disse:

 

-- Elisa, não devia se sentir culpada pelas coisas que tem.

 

Olhei-a surpresa.

 

-- Eu não sinto. -- Disse, com receio -- Mas é que às vezes, eu penso se realmente mereço tudo isso. Vê minha casa? Acho que conseguiria viver se não tivesse metade disso.

-- Mas você tem. Não seja boba, Elisa. Aproveite o que lhe foi dado e faça com isso o que quiser fazer. Sabe, desde que a conheci, percebi que você não era nada do que diziam. Mas mesmo assim você acha que precisa carregar um peso, que é responsável pelo o que a vida lhe deu. Dizem que você tem tudo e isso acaba com você, pois acha que não merece nada disso. Entendo o que você está tentando fazer por mim, Elisa, e realmente acho que é sincera quando pede para que eu não vá. Mas não quero que faça nada por pena, só quero que goste de mim pelo que eu sou, nada mais.

 

Fiquei espantada por ela ter percebido essa parte de mim, ela me conhecia melhor do que eu poderia imaginar. Quando falei, o que disse foi:

 

-- Isso não será difícil, pois já gosto de você do jeito que é.

 

Ela me olhou tímida e se aproximou a poucos centímetros de mim. Assim de perto, senti seu cheiro e o calor que emanava de seu corpo. Mas nunca soube o que ela pretendia com aquela aproximação, pois naquele momento Becca apareceu nos chamando para o almoço, sua mãe enfim chegara.

 

***

 

Tia Drica, como eu costumava chamá-la, era uma mulher espantosamente deslumbrante. Ofuscava a todos assim que irrompia em qualquer lugar. Na verdade, tia Drica vivia para se embelezar, fora modelo na adolescência. Depois que se casara com o pai de Becca, nunca mais precisara trabalhar, vivia viajando, mesmo sem o marido que trabalhava demais. Ele não pudera vir, pois estava em algum lugar do sul do país, onde ficava a matriz da empresa em que era sócio.

 

Tia Drica me abraçou fortemente. Quando a apresentei Ágata, ela a examinou minuciosamente. E disse:

 

-- Então, essa é a garota órfã.

 

Ser discreta definitivamente não era o forte de tia Drica. Olhei para Ágata apreensiva, mas surpreendentemente ela não parecera se importar com o comentário. Tia Drica continuou a examiná-la e por fim, deu seu diagnóstico:

 

-- Você é uma menina interessante, acho que fotografaria muito bem, já pensou em ser modelo?

 

Antes que Ágata pudesse responder qualquer coisa Becca interrompeu:

 

-- Mamãe, vamos almoçar. Já esperamos bastante por você.

 

Mentalmente agradeci a Becca por salvar a situação. Ela já era acostumada a tirar tia Drica de todo tipo de situação. 

 

Correra tudo bem no resto do dia, a não ser por mais alguns foras de tia Drica. Após o almoço, todos voltaram para a sala de estar e passaram a conversar sobre muitos assuntos. Em determinado momento, mamãe puxara Ágata para um canto para conversarem sozinhas, fiquei pensando o que ela poderia está lhe dizendo. Depois aconteceu uma coisa curiosa, o professor Bóris também pediu para ter uma conversa comigo em particular, fiquei pensando se ele e minha mãe não tivessem combinado alguma coisa.

 

-- Aconteceu alguma coisa professor Bóris?

-- Não se preocupe, não é nada de mais. Só que eu gostaria de lhe agradecer pelo que você tem feito por minha sobrinha.

 

Examinei o seu rosto, ele era um homem que já se aproximava da meia-idade. Penso que ele sofrera muito com a morte do irmão, da cunhada e do sobrinho.

 

-- Eu não fiz nada, professor Bóris, Ágata é que é uma garota incrível.

-- Você fez sim, Elisa, fez mais do qualquer um já fez. Olhe para ela. Há muito tempo que não a vejo sorrir.

-- Professor Bóris, tenho algo que gostaria de lhe perguntar sobre sua sobrinha. Por que ela não mora com o senhor e sua esposa?

 

Ele me olhou com seriedade.

 

-- Porque ela é simplesmente a pessoa mais teimosa do mundo.

 

Rimos ao mesmo tempo.

 

-- Eu gostaria de tê-la novamente morando conosco. Sabe, ela era uma garota muito travessa antes do acidente, sorria á toa e contagiava a todos com sua alegria. Uma menina muito doce. Mas depois de tudo, ela deixou de falar com as pessoas, vivia sempre calada pelos cantos. Nunca se podia dizer se ela estava entre nós, pois ela tornou-se tão taciturna. Eu fazia de tudo para ela voltar a se encantar por matemática. Na escola, não interagia com os outros alunos, não prestava atenção à aula, mas sempre tirava notas boas. Todos se espantavam com isso, pois ela nunca era notada em sala de aula, era como se fosse invisível para os demais. Depois de um tempo, passou a ficar até tarde na rua e a andar com companhias estranhas, pessoas que nem conhecíamos, minha esposa e eu ficamos com medo de ela se envolver com drogas ou outras coisas ruins. Nós a levamos a psiquiatras e psicólogos, mas ela se recusava a ficar. Graças a Deus não aconteceu nada de mal com ela. No fim das contas, Ágata é uma garota esperta não faria nada de errado. O problema é a tristeza que carrega. Elisa, costumo dizer que ela é um milagre, é uma sobrevivente.

 

-- Eu não sabia de nada disso. -- Falei, refletindo sobre o que ele me contara -- Ágata não gosta muito de falar sobre o que aconteceu, já tentei algumas vezes, mas acho que não está preparada.

-- Espero que quando ela estiver pronta, você possa dá-la o apoio de que precisa. Acredito que seja capaz disso, Elisa. Apesar da pouca idade, você tem o bom-senso que falta a muitos adultos.

-- Não se preocupe. Gosto muito de sua sobrinha, professor.

-- Ah, por favor, não me chame mais de professor, não estamos na escola.

-- Tudo bem, Bóris.

-- Assim está bem melhor. -- Falou ele satisfeito.

-- Tem mais uma coisa que gostaria de saber, Bóris -- Disse eu -- Visitei o apartamento onde Ágata vive, mas não entendo porque ela escolheu um lugar tão sombrio como aquele para morar.

-- Estou surpreso que ela tenha levado você lá. Ela não gosta que ninguém a visite, acontece que aquele lugar é importante para ela, foi onde meu irmão viveu com a esposa enquanto ainda estavam na faculdade. Eles eram um jovem casal de namorados, ainda sem filhos. Foram muito felizes lá, mudaram-se assim que o filho mais velho nasceu.

Entendi porque Ágata era apegada aquele lugar velho. Ela ainda vivia no passado, talvez se sentisse mais próxima de seus pais assim. Mais a vida seguia para frente, ela precisava deixar para trás seus fantasmas. Acho que ela sabia disso e no fundo tudo que desejava era alguém que estivesse ao seu lado.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 7 - Capitulo 7:
Lea
Lea

Em: 25/10/2022

O luto da Ágata será eterno!!

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