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Ela será amada por Bruna 27

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Palavras: 2076
Acessos: 1594   |  Postado em: 07/09/2022

Capitulo 4

 

ELISA

I drove for miles and miles

And wound up at your door (…)

 

 

Os dias passaram-se. Minha amizade com Ágata crescia cada vez mais. Sentia-me próxima dela a cada palavra, cada sorriso que ela provocava em mim e todo pensamento brilhante que elaborava. Nossa amizade não foi bem vista diante dos olhos de alguns, na opinião destes Ágata e eu éramos tão diferentes que vivíamos em galáxias distantes. Mas para mim, pouco importava seus julgamentos, nenhum deles nos afetou de verdade e acho que com o tempo todos foram se acostumando a nos ver sempre juntas, passamos a fazer parte da paisagem.

 

Durante o mês de setembro tivemos três jogos do campeonato de vôlei feminino. Foram três vitórias esmagadoras. E foi com satisfação que vi minha amiga ser a maior pontuadora dos jogos. Todos a elogiaram, ela conquistou o respeito de praticantes e admiradores do esporte. Sem exageros, Ágata era tão boa que eu já conseguia vê-la jogando em um time profissional.

 

Depois de nossa terceira vitória, comemoramos em um restaurante com música ao vivo. Era uma sexta-feira, nossos pais autorizaram a treinadora Helena a ser responsável por nós e evitar que as menores de idade bebessem. As meninas estavam muito animadas, brindamos ao sucesso e à Ágata que ficou muito constrangida com a homenagem. Fiquei feliz por ela ter o reconhecimento das meninas e da treinadora.

 

Ágata e eu brindamos com refrigerante enquanto algumas meninas que já tinham idade suficiente arriscavam uma cerveja, somente a treinadora Helena e Gabi tomavam uma bebida mais forte.

 

-- Você não bebe álcool Ágata? -- Perguntei quando ela havia se juntado a mim no refrigerante.

-- Não, nem uma gota -- Respondeu ela -- E você?

-- Ás vezes, quando estou em casa, meus pais não têm problema com isso desde que possam me supervisionar, mas hoje eles me fizeram prometer que não chegaria nem perto de bebida alcoólica.

-- O diretor Roger pega muito no seu pé? -- Questionou Ágata referindo-se a meu pai, Roger Freitas que era diretor da nossa escola.

-- Mais ou menos. Sabe, ele quer que eu me divirta, pois diz que sou muito séria. Ele me protege mais por causa da minha mãe. Ela é médica. Mamãe me mantem longe de todos os males que existem e eles são tantos que eu praticamente vivo numa bolha.

-- Nossa! -- Espantou-se Ágata, -- Sendo assim, você nunca vai poder dá uma volta na minha moto...

-- Isso não é justo! -- Eu disse, brincando.

 

Á medida que a hora avançava, algumas meninas embriagaram-se e puseram-se a dançar com alguns rapazes. Já passava das duas da manhã e comecei a ficar preocupada, pois nunca havia ficado até tão tarde fora de casa.

 

Em determinado momento, Ágata pediu licença para ir ao banheiro. Enquanto ela não voltava pensei em ligar para casa e pedir que viessem me buscar, mas fiquei com receio de acordar alguém, por isso decidi que ia pedir um táxi. Paguei a conta e esperei Ágata voltar, mas como ela estava demorando muito, fui procurá-la. Desvencilhei-me de algumas pessoas no caminho, a música alta me incomodava e alguns baforavam fumaça de cigarro em meu rosto. Eu só queria ir embora dali e cair na minha cama.

 

Para minha surpresa, não encontrei Ágata no banheiro, para onde ela teria ido? Não queria ir embora sem avisá-la. Mas como não a encontrei, voltei à mesa e fui logo me despedindo de algumas meninas. De repente, Ágata apareceu furtivamente, parecendo bastante atordoada. Com o rosto afogueado e um brilho de ódio transparecendo em seu olhar.

 

-- Estou indo embora, Elisa -- Ela disse, sem cerimônia -- Vem comigo?

-- Eu já estava indo mesmo. Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

-- Nada demais, só que isso aqui já deu o que tinha que dá. Vamos?

 

Segui Ágata para fora do restaurante até o estacionamento. Lá, ela subiu na sua moto. E eu fiquei olhando para ela, confusa.

 

-- Você não vem?

-- É que, eu pensei... eu nunca...

-- Ah, não se preocupe, eu tenho outro capacete aqui -- Ela disse, mas ao ver que eu continuava parada ali sem reação, ela completou: -- Elisa, confia em mim.

 

Percebi que eu estava agindo como uma garotinha assustada, então peguei o capacete e subi na garupa da moto.

 

-- Segure-se em mim -- Disse Ágata.

 

Obedeci, colocando de leve as mãos em torno da cintura de Ágata. Mas quando a moto deu a partida, instintivamente agarrei-me com toda força a ela. Bem, eu não era uma garotinha assustada, mas não se pode arriscar, não é mesmo?

 

Aos poucos fui me acostumando com o vento em meu rosto. A sensação de liberdade era indescritível. Não havia tráfego àquela hora da madrugada, por isso em alguns trechos Ágata acelerou um pouco mais e eu não sabia se ficava mais apreensiva ou aproveitava a crescente adrenalina. Era como voar.

 

Ágata diminuiu a velocidade para que pudéssemos conversar, disse a ela que estava adorando a sensação.

 

-- Sabia que você iria gostar. -- Disse Ágata -- Para onde vamos agora?

-- Você poderia me deixar em casa?

-- Sem problema. Mas antes gostaria de convidá-la para conhecer a minha casa, isto é, se você quiser... Poderíamos conversar um pouco mais. É pertinho daqui.

 

Tenho que reconhecer que aquele convite me pegou de surpresa. Meus pais não gostariam nada de eu chegar em casa tarde, no entanto, aquela seria uma oportunidade perfeita para saber mais sobre a vida de Ágata. Conhecer onde ela vivia.

 

-- Tudo bem -- Disse eu -- Mas só se você prometer me deixar em casa mais tarde.

-- Sim, senhora.

 

 

***

 

Ágata morava no quarto andar de um prédio de apartamentos. O elevador estava quebrado, por isso subimos por uma escadaria estreita. Confesso que fiquei com medo de subir por aquelas escadas irregulares, em determinado trecho a escuridão era quase total. Ágata explicou que as luzes daquele andar não funcionavam havia muito tempo, era necessário trocar toda a antiga fiação.

 

No escuro, tateei buscando a mão de Ágata que segurei com firmeza. Sua mão era quente e trouxe-me uma sensação de conforto e segurança tanto que não a soltei mais até chegarmos ao seu apartamento. Para mim todos os andares eram assustadores, observei que aquele era um prédio já bem antigo e perguntei a Ágata se ela não tinha medo de que um dia pudesse desabar sob sua cabeça, ela riu e me disse não se importar com isso.

 

-- Como quem você mora? -- Perguntei curiosa.

-- Comigo mesma.

-- Espera! -- Parei abruptamente na soleira da porta -- Você mora sozinha? Eu pensei...  pensei que morasse com seu tio.

-- Não, ele vive com a esposa. Ele tem um filho, mas acho que ele não ta morando mais lá.

-- Mas... mas você já tem idade para morar sozinha? 

-- Sim, fiz dezoito em julho - Disse ela -- Está frio. Por que não entramos logo e eu explico melhor.

 

Ela estava certa, em algum lugar naquele corredor deveria haver uma janela aberta deixando passar uma corrente de ar fria.

 

-- Esse lugar me dá arrepios! -- Comentei.

-- A mim também. Dizem que há fantasmas aqui.

-- Para! Você esta me assustando! -- Disse eu.

 

Ela riu.

-- Hey, calma. Está tudo bem.

 

O apartamento de Ágata diferia de todo o resto do prédio: era aconchegante e convidativo. A porta de entrada dava para uma pequena sala de estar, com sofá e TV. À direita havia uma porta trancada que provavelmente dava para o quarto de Ágata. Em frente, visualizei a cozinha que era separada da sala por um pequeno balcão.

 

-- Pode ficar à vontade -- Disse ela.

-- É muito bonito aqui.

-- Obrigada. A vista da janela não é das melhores. Mas posso mostrar a vista do terraço, é magnífica.

-- Isso significa subir mais andares? Melhor não. -- Disse, divertida.

-- Bem, garanto que valerá a pena.

-- Quem sabe um dia.

 

Ágata me ofereceu um copo de água que aceitei prontamente. Acho que a emoção de meu primeiro passeio de moto e subir os oito lances de escadas para chegar ao apartamento de Ágata me deixaram com bastante sede.

 

-- Agora me explica, por que você não mora com seus tios?

-- Bem, fiz um acordo com meu tio logo que fiz dezoito anos.

-- Que tipo de acordo? -- Perguntei curiosa.

-- Há muito tempo que eu queria morar sozinha, ter mais privacidade. Meu tio sempre quis me convencer a não desperdiçar meu talento, aquele blá blá blá todo que você já conhece. Ele administra os bens que meus pais me deixaram, precisava que me ajudasse a bancar as despesas.

-- Então, você pediu para morar sozinha e em troca estuda no Yves Freitas -- Concluiu -- Mas e se você precisar de algo?

- Já sei cuidar de mim mesma há muito tempo.

 

Fiquei envergonhada, eu tinha quase a mesma idade de Ágata, mas nunca me imaginaria morando sozinha, quem sabe no futuro. Eu gostava de ter o carinho e a dedicação de meus pais. Mas diferente de Ágata, eu tinha pais e os dela não estavam mais ali para darem o amor de que ela necessitava.

 

-- Deve ser muito triste, viver aqui sozinha... -- Falei sem pensar -- Quer dizer...

 

Enrubesci.

 

-- Eu sei o que você quer dizer -- Disse Ágata, sem se abalar, já devia estar acostumada com aquele tipo de coisa, pessoas que se compadeciam com ela o tempo todo -- Na verdade, eu gosto muito de viver sozinha. Por isso escolhi isso. Posso fazer tudo o que eu quiser, não preciso obedecer a regras, posso fazer minha própria rotina e decidir se quero ou não ir a aula.

 

-- Mas nada disso substitui uma família, Ágata.

 

Ágata ficou em silencio fitando seu copo de água vazio.

 

Eu não devia ter comentado aquilo, mas eu já estava tão envolvida com o drama de Ágata, que eu não poderia deixar de querer ajudá-la, mas como ajudar alguém que não queria ser ajudado? Eu havia sentido que finalmente ela se abriria para mim e que ela desejava isso, mas o momento passou e a perdi novamente.

 

-- Acho melhor deixá-la em casa -- Disse Ágata, de repente -- Já está bem tarde, não quero prejudicá-la com seus pais.

 

-- Tudo bem -- Respondi.

 

Pedi a Ágata para ir ao banheiro antes de ela me levar para casa. O banheiro ficava no quarto dela, como eu havia imaginado, ela disse que eu poderia ficar à vontade. Não pude deixar de observar seu quarto, era o maior cômodo do apartamento, havia uma cama grande no centro, ao lado um guarda-roupa embutido na parede e por fim uma escrivaninha cheia de livros e papéis quase tão organizada quanto a minha. Bem, quem nunca foi tomado pela curiosidade que atire a primeira pedra. Confesso que nunca fui bisbilhoteira, mas havia algo mais forte me conduzindo ali. Aproveitei que Ágata me esperava na sala e abri de leve a primeira gaveta em que havia alguns materiais escolares. Na segunda gaveta, encontrei alguns livros de bolso e Dvds. Já estava sem esperança de encontrar algo, mas o que eu esperava encontrar? A resposta estava na última gaveta.

 

 

***

 

 

Tomei cuidado para não me cortar no vidro estilhaçado. Peguei o porta-retratos quebrado entre as mãos para observá-lo mais de perto. Um bonito casal sorria com uma garotinha sapeca nos braços, ao lado um rapaz de cabelos pretos também sorria. Fiquei hipnotizada, não conseguia deixar de olhar para aquela linda família. Eles não poderiam imaginar, ninguém poderia imaginar o que estava por vir, se pudessem ter lhes avisado...

 

De repente me dei conta do que estava fazendo e guardei ligeiramente o porta-retratos na gaveta. Quando sai do quarto, encontrei Ágata me esperando à porta de entrada segurando os capacetes.

 

-- Vamos? -- perguntou ela, me estendendo um capacete.

 

Fiz que sim com a cabeça e a segui pelo corredor, mais uma vez tive aquela sensação de frio e medo. Mas dessa vez, eu sabia de onde vinha aquilo. Era verdade, aquele prédio era mesmo assombrado. Assombrado pelos fantasmas de Ágata.

 

 

 

Fim do capítulo


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