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Minha Chefe Me Odeia por jmalchanceux

Ver comentários: 4

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Palavras: 2301
Acessos: 1195   |  Postado em: 29/08/2022

Prólogo

  As noites mal dormidas a deixam distraída, não pela falta de sono em si mas sim pelos pensamentos que a assombram por horas antes da mente finalmente descansar. As preocupações que caem em seus ombros cansados pouco antes da meia noite e adentram madrugada, as contas a se pagar, o aluguel prestes a vencer e os trabalhos da faculdade se acumulando na escrivaninha. A vida de uma jovem adulta recém-saída do conforto da casa dos pais, uma universitária falida, lutando para sobreviver sozinha em uma grande cidade. Ana respirou fundo e virou a esquerda em uma rua estreita de duas vias opostas, a jovem para a moto em cima da faixa de pare, onde deveria ser um lugar seguro, mas que o pequeno espaço de curvatura quase fez um carro escuro esbarrar na moto amarela. Ela nem mesmo se assustou com o quase contato, já que mal percebeu o que aconteceu, olhando para os dois lados, um pouco frustrada com a tráfego. Uma rápida olhada para cima e outra para baixo antes de decidir seguir em frente para virar à esquerda, pega pelo ponto cego do estacionamento. Um carro branco em sua direção e por um segundo o coração dela para, esperando a pior das situações enquanto acelera para evitar a colisão. Mas nada veio, apenas uma quase subida na calçada. Por trás da viseira do capacete ela visualizou o rosto preocupado da motorista, as sobrancelhas franzidas detrás dos óculos escuros, seguidas pela expressão de raiva, as sobrancelhas juntas e os dentes cerrados. Ela entendeu completamente a reação da mulher, passou por diversas situações parecidas em seus caminhos de casa para o trabalho, do trabalho para a faculdade e da faculdade para casa tarde da noite. Como a vez que um carro entrou em sua frente na avenida, um ônibus escolar a jogou para outra pista ou quando quase derrapou em um asfalto por causa de um carro que parava a cada 10 segundos pois a motorista estava conversando no telefone. Merdas acontecem, há dias ruins.

- Merda. - ela sussurra enquanto continua seu caminho, girando o pulso no acelerador para escapar da situação o quanto antes. Envergonhada pelos seus atos que quase levaram a um acidente feio. 


  Duas quadras depois, Ana finalmente consegue respirar normalmente, aos poucos se recuperando dos acontecimentos recentes e decide limpar a mente enquanto espera a sinaleira abrir, feliz por seu destino estar a apenas algumas quadras dali. Antes que a luz verde se acendesse, ela viu de relance uma placa sendo colocada na vitrine de sua loja favorita, um sebo localizado na esquina do outro lado do cruzamento, a fachada de tijolos crus e placas em tons neutros criando uma aparência mais antiga e séria ao seu local de conforto. Sem pensar duas vezes, assim que o sinal abriu, ela sinalizou e estacionou em frente ao estabelecimento, correndo para tirar o capacete lilás e entrar na loja o quanto antes, não só por já estar atrasada alguns minutos mas também por querer garantir as melhores pechinchas pelos melhores titulos. A dona da loja, uma senhora de cabelos louros enrolados e óculos pequenos demais para seu rosto redondo, mal se virou após colocar a placa e se depara com a jovem vasculhando a pilha de livros, a reconhecendo imediatamente como uma de suas clientes frequentes. Ana suspirou ao encontrar um exemplar bem conservado de Orgulho e Preconceito, uma versão em tons rosas com letras grafais vermelhas, uma versão que ela nem fazia ideia da existência e achou atraente, um pouco diferente de suas outras duas versões do livro, escondidas entre a centena de livros em sua estante. Depois A Megera Domada, de Shakespeare, e se interessou ao lembrar-se que Dez Coisas que Eu Odeio em Você fora inspirado na obra, além disso, seria uma boa maneira de iniciar uma leitura do autor além do cliché e saturadissimo Romeu e Julieta. E por fim, encontrara, quase no final da pilha o thriller psicológico A Garota no Trem, um pouco danificado nas bordas mas a capa escura com Emily Blunt na capa fez a promoção valer a pena. Ela ficou surpresa por conseguir escolher três livros em cinco minutos e por um momento se sentiu orgulhosa, até se encontrar questionando trocar o último titulo por um livro sobre uma bruxa caçadora de outras bruxas, mas decidiu por manter os três em mãos e completar a promoção de "um por 15, dois por 20 e três por 30". Ela não perdeu tempo ao passar pelo caixa e pagar, se ficasse por mais um minuto ali acabaria com todo o dinheiro extra do cartão de débito e teria que comer miojo pelo resto da semana caso algum imprevisto acontecesse. E mais uma vez a jovem se jogou no trânsito, mais atrasada e mais feliz também, animada com os presentes para si mesma embrulhados dentro da mochila. Não aconteceram mais acidentes ou distrações no resto do caminho, o fluxo de carros pareceu menor de repente e isso a deixou aliviada, o incidente se remoendo no fundo da mente, pensando nas possibilidades do que poderia ter acontecido se a outra motorista não estivessea uma velocidade segura ou se ela não conseguisse freiar a tempo, a ideia de cair e se machucar a fez estremecer, os cabelinhos atrás da nuca enrijeceram só de imaginar. O caminho da entrada do prédio até o andar do escritório é quase automático, o mesmo porteiro distraido, os mesmos homens de terno ao telefone fingindo falar de assuntos sérios que ela não entenderia, o mesmo elevador que range depois do terceiro andar e dá uma balançada no sétimo, onde Ana para todo dia há dois anos.


- Você está atrasada. - Sofia comentou assim que ela saiu do elevador, sem levantar os olhos do computador - Segunda vez na semana, na próxima eu vou avisar o Rafa. - as duas ficaram silenciosas por alguns segundos antes de começar a rir - Eu já bati o ponto para você, corra antes que alguém perceba. - e a loira pisca, apontando a cabeça em direção ao supervisor no final do corredor, distraido demais flertando com uma das estagiárias. 


  Ana caminhou até sua sala, um cubículo 2 por 3 que ela compartilha com os novatos, há duas mesas frente a frente e uma estante ao canto empilhada de arquivos do RH, ao menos é ventilada por uma janela de vidro. Rafael não a notou, em nenhum segundo desviou a atenção da garota com quem conversava, e ela suspirou aliviada ao fechar a porta, se sentindo em algum filme 007 onde ela é a espiã e precisa passar por guardas treinados até o objetivo. Para seu alivio, não há nenhum novato essa semana, ela odiaria passar mais 15 dias dividindo a caixa de sapatos com outro adolescente maior de idade ou filhinho de papai, os novatos geralmente são as duas coisas, que mal sabe usar o excel e não tem noção de limites. Já não lhe bastou Felipe, Mirela e a dupla Vitor e Laura no último mês, os dois últimos entrando juntos a empresa e a obrigando a ceder sua mesa a um deles. Segundo seus superiores, eles são jovens, o futuro da área e precisam de recursos para aprender. O último que usou seus recursos deixou o computador cheio de vírus por causa de pornografia e jogos, dando muito trabalho para a moça do TI. Ela se senta na escrivaninha de frente para a porta e tenta agir como se estivesse ali mais tempo, lendo as revisões da semana, haveria uma seleção de emprego na sexta feira e sua chefe lhe mandou pensar em dinâmicas para filtrar o recrutamento. "Porque eles não contratam uma psicóloga de verdade para isso?" ela murmura revirando os olhos e liga o monitor para começar a pesquisa, desde que entrara na empresa Ferrer & Meurer nunca viu algum psicólogo ser contratado, o trabalho sendo jogado para ela, uma simples estudante e assistente administrativo. Ao abrir as abas usuais, se deparou com o whatsapp web cheios de mensagens, assim como o email pessoal, todos de uma pessoa só, seu ex namorado. Ana havia trocado o número de telefone há alguns dias depois dele passar a noite ligando, porém esqueceu de mudar o número no aplicativo de mensagens e não sabia que ele tinha seu email, logo ele, antes sempre desinteressado nela. E assim começou sua jornada em apagar novamente todas as mensagens, ignorar cada uma em que ele promete mudar e ser uma pesssoa melhor, o que levou cerca de meia hora pois apesar de negar a si mesma ela leu a maioria antes de decidir não responder, depois começou a fazer o mesmo, para ser interrompida no meio de sua missão pela porta sendo aberta repentinamente por Rafael. Atrás dele há uma mulher alta, de terno escuro e cabelos negros perfeitamente cortados, as pontas caindo delicadamente sobre os ombros, a boca destacada pelo batom vermelho e os olhos castanhos pelos cílios longos. Ela sorri sem muita expectativa, mas com interesse. Ana retorna o sorriso, sem saber muito bem como agir, já que não parece outro novato desinteressado. 


- E essa é Ana Lúcia, ela é nossa assistente administrativo mas é mais conhecida como nossa faz tudo. De café a uma mãozinha, se você me entende. - o homem tentou fazer uma piada de duplo sentido, como qualquer babaquinha trintão liderando uma mulher, e causou um silêncio constrangedor entre as mulheres, a jovem chocada demais para dizer qualquer coisa - Bem... - ele tossiu, pensando em algo para continuar - Ah, ela também estuda pedagogia, psicologia tá muito caro sabe. - ele fez outra tentativa de piada a rebaixando e lhe deixou ainda mais desonfortável. Ele nunca havia sido tão baixo antes em suas brincadeiras sem noção.


- Eu acho que terminamos por aqui, Rafael. - a mulher disse firmemente, já impaciente com o comportamente desrespeitoso dele e tomou frente, se aproximando da mesa dela, em seguida estendeu a mão - Estela Camargo.


- Ana Lúcia Souza. - a jovem apertou a mão da morena e sorriu, ainda envergonhada. E então analisou o rosto dela, parecendo ser familiar de alguma forma - Seja bem vinda? - ela diz em tom de pergunta.


- Obrigada, Ana. - Estela responde simplesmente, sem mais detalhes, e se vira para ir embora, mas os fios desorganizados deixados pela moça do TI no di anterior após arrumar o computador lhe pregaram uma peça, enrolando seus tornozelos nus a fazendo cair. Ana a segurou antes que pudesse cair ao chão e uma das mãos da mulher se apoiou no mouse do computador, sem querer clicando em um dos emails da caixa de mensagens, a foto de um nude anexada, sem mensagem ou assunto - Oh.


- Meu Deus! - a jovem sussurra quando levanta o olhar para o monitor e se depara com a foto do p*nis do ex - É... Não é...


- Porr*, Ana! - Rafael grita e caminha até elas, rapidamente ajudando a mulher a se desenrolar dos fios, já Ana procura fechar a aba antes que ele também visse essa foto vergonhosa e que a comprometeria, falhando miseravelmente pois o computador travou na tela - Cuide das tuas coisas, é lesada?!


  Ela apenas nega com a cabeça e tenta ajuda-lo, mas o homem lhe empurra, a fazendo cair de bunda no chão. A mão dele treme enquanto tira os últimos fios enrolados no tornozelo de Estela, acabando por puxar o fio principal e desligar o computador, para a sorte da assistente, que escondeu um sorriso aliviado ao ver a tela se apagando. Sumindo com os vestigios da indiscrição, vulgo perversão sexual, do ex dela.


- A senhora está bem? - a jovem perguntou, se levantando do chão ao mesmo tempo que Estela - Me desculpe, ainda estou desorganizada.


  A mulher apenas massageou os calcanhares doloridos e lhe deu um olhar de desaprovação, os sobrancelhas juntas e os dentes cerrados, como se tudo ao redor estivesse a irritando no momento. Ana a encarou, consciente de que sua pele já deve estar vermelha como tomate de tanto corar, e implorou silenciosamente que não dissesse nada sobre o que acabou de ver. Estela apenas se virou e se retirou da sala, Rafael atrás dela tentando consertar o desastre que fora o que deveria ser uma simples apresentação de funcionários. A expressão próxima da fúria da mulher ficou marcada na mente da jovem, outro resultado de seu dia miserável e parece estar apenas começando, primeiro o quase atropelamento... a mulher do carro. Ela não reconheceu imediatamente, havia visto apenas de relance, mas com certeza era Estela detrás dos óculos escuros e sem o blazer escuro, a mulher que quase a atropelou. E pela segunda vez, a mulher salvou sua vida. 


- Merda. - ela xinga e cai na cadeira, colocando a cabeça entre as mãos, frustrada pelos acontecimentos, com tudo o que está a tornar este dia um péssimo dia. 


  No fundo, ela espera que a mulher não lembre dela no trânsito, a consideraria uma maluca se juntasse a + b de seus encontros atipicos, que também aceite suas explicações sobre o que aconteceu. Depois de tantas situações embaraçosas ela se tornou mestre em pedir desculpas, por coisas que nem mesmo fez ou são totalmente sua culpa, mas acabam por ser devido as circunstâncias. Como da vez que derrubou o pudim de natal ao tirar da forma mas sua tia quem mudou a receita, falou mal de um dos chefões do escritório durante um encontro inteiro sem saber que o mesmo era irmão de seu par, deixou a motocicleta cair no meio do posto de gasolina por não verificar a elevação do chão, ou quando derrubou o notebook na rua por causa de um ziper velho de sua mochila.


 Merdas acontecem, com Ana Lúcia acontecem frequentemente.    

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá! Meu nome é Júlia Karla, eu escrevia aqui anos atrás (2017) e agora, aos 21, voltei a escrever romances. Eu adorava a plataforma e fico feliz em ver que continua sendo o mesmo espaço de conforto, respeitos e com estórias maravilhosas. Ainda estou tentando exercitar minha habilidade enferrujada, mas espero que tenham gostado e aproveitado a leitura. Beijos!


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Comentários para 1 - Prólogo :
Endless
Endless

Em: 23/01/2023

Seja bem vinda de volta. Tá muito interessante esse início. Boa sorte com o restante. Há pessoas que são escolhidas por Murphy.

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Raf31a
Raf31a

Em: 02/09/2022

Bem vinda novamente Júlia! Adorei seu texto, espero que dê continuidade. 

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 29/08/2022

Misericórdia!

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Lea
Lea

Em: 29/08/2022

Boa noite Júlia!

Minha nossa,a vida da Ana é totalmente desastrosa! Seria cômico se não fosse trágico!

*

Já estou preparada para o próximo capítulo!

Responder

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