O show de Ayana foi incrível, as músicas eram belas, de muita sensibilidade, indo em uma crescente de energia, começando do amor romântico, passando pela paixão, até chegar na última melodia, que recebeu o nome de Almas Gêmeas, a letra misturava física quântica aos sentimentos, e era diferente de tudo o que Marília já havia escutado, a sinfonia e a letra casavam em perfeição arrepiando o público, falava do grande encontro de almas, e quando cessou o som, muitos choravam deliciados, aplaudindo de pé, o DVD com certeza seria um sucesso, da mesma forma o cd, que seria gravado em breve no Big Apple, estúdio mais renomado de New York.

Quando Ayana se despediu, apesar do chamado, resolveu não voltar para o biz, em seu lugar subiu ao palco uma banda local bem conhecida chamada Outras Cores, e já chegaram cantando Equalize, balada muito gostosa de Pitty, deixando o público animado.

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Às vezes, se eu me distraio

Se eu não me vigio um instante

Me transporto pra perto de você

Já vi que não posso ficar tão solta

Me vem logo aquele cheiro

Que passa de você pra mim

Num fluxo perfeito...

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Marília havia rido, chorado, dançado, curtido cada estrofe do show, ficando o tempo todo com a produção, estava tão empolgada que até esqueceu de beber os bons drinks que pensou em tomar.

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- Pietra, já posso falar com a Ayana?

- Só um minuto, ela está vindo falar contigo... – Em meia hora a cantora voltou, estava linda com uma bata branca com desenhos geométricos bordados, que chegava até os joelhos, os cabelos molhados, deixavam que seus cachos espalhassem pingos em seu colo.

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- Lila, vou jantar com a produção, aceita ir ou prefere que o motorista te leve para a pousada? – A pergunta era um teste, mas, Marília não conseguiu captar nas entrelinhas.

- Não...eu vou contigo – Respondeu sem entender e com uma ponta de decepção.

- Então beleza, fica aí com a Pietra que vou terminar de me arrumar, não dá mais para sair sem maquiagem, né? – Marília sentou ao lado da jovem, que tossiu perguntando meio desconcertada.

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- Está decepcionada, não é?

- Se quer sinceridade, sim, esperava que ela fosse mais receptiva comigo.

- Eu sinto muito por você, Ayana é especialista em partir corações, sabe?

- Você também? – Marília olhou a moça levantar os ombros em uma expressão desanimada, respondendo um “faz parte” dito com pouca ênfase.

- Você não é obrigada a ir, aceita tomar um drink comigo em qualquer lugar?

- Adoraria, mas, eu sou daquelas que vai até a última gota, me dá teu número, na semana a gente conversa.

- Tudo bem – Anotou sem nenhuma esperança de receber uma ligação.

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         A chegada ao restaurante foi calorosa, vários fãs que haviam ido ao show, descobriram onde Ayana jantaria, de forma que um grande grupo se deslocou até japonês, alguns chegaram antes mesmo da última música. Quando Ayana entrou o salão, todos levantaram aplaudindo, e ela fez uma menção na cabeça, sorrindo, mas, perguntando baixinho para a empresária:

- Ana Paula, quero saber, quem dessa equipe deixou vasar onde eu iria depois do show?

- Não faço a menor ideia, mas, acho bom disfarçar melhor sua contrariedade, essas pessoas estão aqui para te ver, vai ter que tirar fotos e ser simpática.

- Bolas, estou morrendo de fome.

- Tudo na vida tem o bônus e o ônus, aguente a segunda parte.

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         Os fãs se aglomeraram pedindo selfies, um autógrafo, todos queriam ficar junto de Ayana nesse momento. O Prefeito se aproximou, pedindo uma foto que com certeza estaria na capa do jornal da cidade, a cantora soube ali que ia receber uma menção honrosa como a cidadã mais importante de Armação das Pedras, só assim sorriu para o prefeito. Em seguida pediu licença, sentando na mesa com seu grupo para jantar.

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- Nossa – falou olhando para toda equipe... – eu escalpelo se descobrir quem disse o nome do restaurante que íamos jantar, olhou irritada em sua volta, percebendo que Marília a olhava cheia de decepção nos olhos.

Ayana sorriu para chama-la – Meu bem, senta aqui ao meu lado, desculpe não ter dado a você toda a atenção devida e que merece – A policial sentou, não sem constrangimento, soltando uma risadinha nervosa ao sentir que os dedos da cantora passaram de forma maliciosa subindo em sua coxa, pensou Será que ela esqueceu da minha condição?  Cruzou as pernas, se encolhendo, mas, a cantora parecia não perceber e voltava a pôr suas mãos que subiam pelo macacão, até que a policial se resignou, aceitando os carinhos.

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- Lindeza, reservei um hotel para nós, vem dormir comigo.

- É... acho que esqueceu que eu...

- Eu lembro meu bem, não vai acontecer nada que não queira, não se preocupe, seus beijos já me enlouquecem o suficiente – Falou beijando suavemente o rosto de Marília, que suspirou aliviada, só assim relaxou.

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Armação das Pedras Palace Hotel

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         Ayana segurou a mão de Marília em frente ao hotel grandioso fincado no meio da avenida principal da cidade, havia reservado a suíte luxo, avisando a gerente e a produção que não deveriam avisar a ninguém sobre a sua chegada, não queria ser importunada, precisava descansar antes de entrar na jornada de shows, entrevistas e tantos compromissos que viriam fartos nos próximos meses.

Ayana respirou aliviada quando chegou na recepção, não haviam fãs, nem jornalistas, apenas o concierge as cumprimentou, tentando ser o mais natural possível, neste instante Marília percebeu que Ayana já era uma celebridade na cidade, ficou orgulhosa, sentindo que o namoro estava engatando, e havia sido aceita como era.

 Entraram de mãos dadas, olhando a beleza do quarto, decorado com almofadas de cores fortes e tecidos africanos na parede, tudo a pedido da cantora. Ayana seguiu até o bar pegando a pequena garrafa com o líquido verde.

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- Aceita, meu bem?

- Que cor linda, o que é?

- Absinto, a fada verde que habita nessa garrafa, quer te devorar, essa bebida é intensa, para fortes, eu diria... – Respondeu com os olhos cheios de malícia. Marília achou que não havia duplo sentido na fala, sorriu até quando a cantora sentou ao seu lado, relaxada, deixou-se levar pela conversa agradável e pelo belo par de olhos negros. Os goles na bebida se multiplicaram à medida que os beijos se tornavam mais urgentes, Ayana gemia, passando as mãos no corpo de Marília, que entorpecida não conseguia reagir, até que um instante de lucidez a trouxe de volta.

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- Não, por...favor...eu não consigo...não...gozo.

- Mas, eu sim...eu preciso...desde a primeira vez que te vi naquela pousada que sonho, tenho certeza que será delicioso o sex* contigo, quero...preciso ser sua, e vai ter que ser agora meu bem. Por favor, não me prive, não sei quando vamos poder...

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         Mais bebida, mais beijos, Marília foi levada a cama sem conseguir dizer não, estava se sentindo confusa por dentro, era como se o seu espírito se deslocasse do corpo, um queria uma coisa, e o outro o oposto. No momento, racionalmente, queria ser apenas uma expectadora do ato que se seguia. Pediu um tempo, caminhando até a geladeira da mini cozinha, bebeu água gelada, lavando o rosto na pia, quando sentiu o corpo de Ayana colando no seu.

 - Quero ser sua... – Ayana falou apertando Marília por trás, trazendo sua mão até seu sex* cheio de desejo. A policial foi levada para a cama, suava frio, mas, tentava dar prazer a cantora, uma gota caiu entre os seios de Ayana, mesmo assim continuou mexendo alternando a velocidade em que tocava no clit*ris intumescido. Ayana respondia gem*ndo alto, e quando estava prestes a goz*r levantou, sentando para segurar na guarda da cama, rebol*ndo forte na boca da policial, até que o forte espasmo avisou que havia goz*do.

 Marília estava consciente do que estava fazendo pela cantora, mas, não sabia exatamente o que aconteceria consigo, poderia ter fugido quando tomou consciência de si no meio do ato, mas, quis tentar, quem sabe tudo mudava? afinal os médicos diziam que sua condição podia ser impermanente. E foi com esse pensamento que deitou no travesseiro ao lado, após Ayana ter goz*do pela segunda vez.

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- Lila?

- Oi?

- Você está bem, não está?

- Sim...está tudo bem, vamos dormir.

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         Ayana virou o corpo, acomodando o bumbum no de Marília, que abriu os olhos apenas quando percebeu que a cantora roncava completamente entorpecida pela endorfina do sex* e pelo álcool. Seguiu até o banheiro, deixando que as águas caíssem no seu corpo como se tivesse limpando as marcas que haviam sido deixadas em si. Em seguida, trocou de roupa, deixou um bilhete na mesinha de cabeceira, saindo sem fazer barulho, sua alma estava vazia de tudo, parecia fragmentada. Olhou no celular, e viu que era tarde para pedir Uber, desceu até a portaria, pediu um táxi e saiu sem olhar para trás.

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         Quando Ayana acordou, espreguiçou o corpo bem torneado, percebendo o vazio da cama, pegou o bilhete na cabeceira, leu, fez uma bolinha redonda, jogando na lata de lixo. Deu de ombros, indo em direção ao banho, em seguida trocou de roupa chamando o motorista.

         O caminho para casa foi silencioso, as lembranças da noite voltaram, mas, tentou se distrair cantando uma de suas músicas, para voltar a pensar logo em seguida. Onde foi que eu errei? Nunca fui dispensada por mulher nenhuma, e se Marília se diz assexual acho que ela não teria ficado excitada como senti...ela estava molhada, não estou louca.

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- Renato? – Falou com o motorista sem olhar para o seu rosto.

- Senhora?

- Você me acha uma mulher bonita? Interessante?

- Como?

- Você entendeu muito bem, sou uma mulher bonita e interessante?

- Muito, uma das mais bonitas que já vi em minha vida.

- Certo – Falou olhando o primo que havia sido contratado como motorista, mas, fazia questão de manter o distanciamento necessário.

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         Em casa foi recepcionada pela família que batia palmas para o seu sucesso, agradeceu abaixando a cabeça para em seguida rir, avisando que precisava deitar um pouco, soltou a sandália de salto pelo caminho, colocando as mãos na cabeça quando ouviu os passinhos vindo em sua direção.

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- Olha, é a mamãe Malu, vem... – A menina parecia uma versão em miniatura de Ayana, sorria ao mesmo tempo em que puxava a gêmea bivitelina, que fazia um lindo contraste por ser loira de olhos verdes.

- Maria Luiza e Maria Clara, a mamãe está exausta, vão brincar com a Vovó, preciso dormir.

- Mas mamãe, a gente estava te esperando, pra mostrar a tela de cavalinho que pintamos, a Vó nos deu a tinta, está secando lá na garagem. Vem ver... por favor.

- Depois a mãe, vê... – Ayana falou pedindo a mãe para levar as gêmeas para brincar no jardim.

- Ayana de Deus...elas são crianças, tem só 8 anos, sentem saudades de você...

- Aí mãe, é graças ao meu trabalho que elas estudam na melhor escola, tem babá, fazem mil aulas diferentes...

- Mas isso não substitui a presença da mãe...

- Isso não é hora para esse tipo de discurso, facilita a minha vida, vai...

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         Dona Inês balançou a cabeça, mas, chamou as gêmeas inventando uma brincadeira qualquer que as distraísse.

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         Espaço Esotérico Yáskara Telles.

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         Marília olhou o espaço pintado com pequenas mandalas no muro, entrando ressabiada, foi recebida pelo marido da terapeuta, que pediu para esperar uns instantes, estava aliviada por ter conseguido remarcar, antecipando o atendimento, assim ocupava a mente.

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- Boa tarde, bem vinda, sou Yáskara, pode sentar meu bem, com os dados que me enviou mais cedo pelo WhatsApp, já fiz teu mapa astral, assim, adiantei o nosso trabalho.

- Obrigada...

- Deixar ver aqui: Marília Carla Dias Henrique, nascida em Curitiba, em 28/06/1986 às 22:27.

Como deve saber o seu sol está no signo de Câncer, que se inicia em 22 de Junho e termina em 22 de Julho. É um signo de Água, governado pela Lua. Por isso é um signo negativo, feminino, fecundo, mudo e introspectivo. Os nativos deste signo são extremamente tímidos, instáveis e de difícil acesso; sendo muito sensíveis, escondem seus sentimentos e se fecham em seus casulos quando se sentem ameaçados. Lembram-se dos pequenos caranguejos que se escondem no buraco de areia a qualquer barulhinho? E como defendem com garras o seu refúgio! É claro que escondem por dentro uma carne bem macia. A Lua, que rege o signo, é a própria essência da figura feminina.

Muitas vezes o seu karma está ligado à figura materna e à descendência feminina da família, e dificilmente se livram da mãe! São emotivos e têm uma grande sentimentalidade, possuindo um caráter receptivo e sensitivo. Sua imaginação é fértil e gostam muito de música,  teatro, esculturas, artes de forma geral, onde podem expressar os seus sentimentos mais secretos. Procuram sempre certo conforto e aconchego no lar, muitas vezes com moveis antigos, muitas fotos familiares e lembranças da infância para se sentirem seguros... Sendo extremamente fechados e tímidos, por isso, podem ser suscetíveis ao meio-ambiente e detestam as novidades, principalmente quando se fala em relacionamentos.

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- Nossa, você está me descrevendo com perfeição – Falou animada, não apenas por estar sendo analisada, mas, porque dessa forma entenderia muito melhor o comportamento da vítima, Daniella.

- Fico feliz que esteja gostando, vou dar continuidade, depois você pode perguntar o que quiser, tudo bem?

- Claro, me desculpa...estou atrapalhando seu trabalho, não é verdade?

- Não precisa ficar assim, foi só uma colocação, para não te deixar com dúvidas depois.

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- Então... Se sua sensibilidade for exagerada, pode parecer até mesmo uma lunática, cuidado com isso. O excesso de acomodação e bondade pode resultar em fraqueza, e se machucar seriamente. Não permita que as pessoas explorem você, não se anule pelos outros e muito cuidado, ou será vítima de relações abusivas – Nesse instante Marília não aguentou, deixando que as lágrimas caíssem uma após a outra, escondendo o rosto com as mãos – Foi consolada pela terapeuta, que ofereceu água, perguntando se poderia continuar, com o seu afirmativo, deu continuidade a análise do mapa.

- O seu ascendente também não colabora contigo. O ascendente tem relação com sua aparência física e com o jeito que você se apresenta aos outros. Você que tem o Ascendente em Peixes - considerado o poeta do Zodíaco - seu ar sonhador não escapará à observação alheia. As características do signo podem aparecer através de uma extrema sensibilidade e um nível emocional elevado. Seu olhar, sempre vago e sonhador, é característica deste signo ascendente, muito móvel e volátil, mas tímido também.

- Eu tento, mas, não consigo me livrar de certas características, sabe?

- Se quiser voltar e fazer uma Leitura de Registros Akáshicos, vai entender muita coisa, basta querer.

- Quero sim...

- Mas, voltando... Peixes aparece fortemente no seu mapa, o seu signo ascendente pode criar problemas diversos como mediunidade, depressão e mudanças de humor repentinas, também é inconstante, o que te dá um andar também característico, um pouco balançado como aquele de um patinho! – Marília riu, lembrando de uma ex que a chamava de Patinha –

 

Para você manter seu equilíbrio energético, são necessárias atividades físicas, especialmente a dança e a natação que a deixarão em contato com sua energia natural. E não se esqueça de tomar um banho de ervas ou de cachoeira para descarregar toda a negatividade que você tem tendência a acumular em seu corpo.

- Quer dizer, sou sem solução...

- Não, você tem a lua, quer dizer, o emocional em Áries, por isso possui muita ambição pessoal, coragem e poder de liderança. Sente necessidade de estar sempre ocupado fazendo algo; gosta de atividades esportivas e de movimento para descarregar toda a sua energia. Você tem espírito de iniciativa e gosta de tomar as rédeas de suas ações para conseguir alcançar logo seus objetivos...

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         A conversa com a terapeuta seguiu de vento em polpa, e quase Marília esquece o principal objetivo de sua ida, que era descobrir um pouco mais sobre Dany. Em algum momento a policial caiu em si, balançando a cabeça, como era seu costume, para poder se abrir com Yáskara.

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- Olha, algo em você me passou tanta credibilidade que contigo posso me abrir totalmente. Sou policial, estou investigando a morte de Daniella.

- Policial? Nunca pensei, nem combina contigo.

- Mas, sou – Falou mostrando as credenciais.

- Não posso te ajudar, tudo que a Dany me falou é absolutamente confidencial...

- E se eu te mostrar isso? – Falou mostrando o diário lilás, seguido das anotações feitas com a letra de Daniella.

- Vamos tomar um café, por favor...aqui não é o ambiente...

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         Yáskara deu um beijo no marido avisando que ia tomar um café com Marília, seguiram até a orla, sentando no Café Gourmand, lá pediram um capuccino com bolo de nozes enquanto olhavam o mar um pouco distante e o som das ondas se misturando com as músicas do café francês.

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- Eu me apaixonei perdidamente por ela...meu Deus que loucura, a gente se pegava em qualquer lugar, era aquela fome, aquele desejo de mergulhar uma na alma da outra – Veja falou mostrando a foto de um menino loirinho, de olhos negros.

- Um lindo menino...

- É fruto do nosso amor...quer dizer, do meu amor, pois a Dany não queria nada sério, ela queria apenas experimentar, vários gostos e pessoas.

- Ela soube da sua gravidez?...que o menino era dela também?

- Desconfiou, deu umas indiretas, mas, aceitou que o Eduardinho fosse criado como filho do meu marido – Marília olhou a foto do menino, encontrando os traços de Daniella, também lembrou da foto que viu, quando Daniella ainda não havia feito a transição e era chamado de Daniel, a verdade é que o filho de Yáskara era a sua cópia, não precisava nem de DNa.

- Que bom que ficou essa lembrança dele... quer dizer, dela, desculpe.

- Não se preocupe, Dany transitava entre os dois sex*s, por isso dizia que o que era ainda não havia nome...

- Entendi... – Olharam juntas na mesma direção e objetivo...descobrir quem era o assassino.

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...: ♫ MÚSICAS DO CAPÍTULO ♫:...

 

Equalize – Pitty

Música francesa tocada em Cafés

Fim do capítulo