Do you wanna dance and hold my hand?

Tell me that I'm your man

Baby do you wanna dance?

Do you wanna dance under the moonlight?

Squeeze and kiss me all through the night

Baby do you wanna dance?

Now do you wanna dance girl, and hold my hand?

Tell me that I'm your man

Baby do you wanna dance?...

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Jhonny Rivers cantava Do you wanna dance, enchendo o quarto com seus acordes, quando Daisy desligou o telefone, correndo para trocar de roupa, escolheu um vestido curto, acima dos joelhos, de um  estampado alegre, o decote era quadrado, com mangas longas caindo ao longo do braço, estava bonita, muito embora o vestido parecesse casual, quem olhasse pela segunda vez saberia que ela havia escolhido o visual com cuidado, borrifou o perfume em seu pescoço e correu para atender a porta:

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- Oi, posso entrar?

- Claro, entra meu bem... – Daisy respondeu com seu melhor sorriso, deixando que Beatriz entrasse.

- Está linda...

- Obrigada, você também está, um pouco exótica talvez... – A aluna riu, olhando para si após a fala, só então percebeu que na pressa e no nervosismo tinha colocado uma calça pantacourt branca, com uma sandália de tirinhas, um agasalho rosa bebê, e por baixo dele continuava com a blusa do pijama com o Mickey abraçando uma almofada escrito “Sweet dreams”.

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- Senhor se for da tua vontade, tira o meu signo em Aquário e põe em Áries para ficar mais ligada nas coisas – Pensou, mas, falou outra coisa:

- Não acredito que não tirei a blusa do pijama, que louca, me desculpe...eu sou de outro planeta, pode acreditar, que vergonha – Falou corando de fato.

- Eu amo esse teu jeitinho Bia, é por tudo isso que faz você ser quem é...essa pessoa tão delicada, carinhosa, inteligente e espontânea, talvez um pouco desligada, mas, foi por tudo isso que me encantei – Beatriz deu um passo chegando perto, para entregar a rosa vermelha que estava enfiada em sua bolsa, em seguida ajeitou os óculos, balançando os cabelos.

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- Eu colhi no meu prédio.

- Obrigada, flores roubadas e sinceras são perfeitas.

- Não tinha como comprar um buquê de rosas vermelhas uma hora dessas, mas, também como você iria justificar, assim pra tua família? – Falou olhando tristemente para a professora de piano, que se aproximou ainda mais para dizer - Bia, não me deixe pensar muito, ou a coragem que estou vai pelo ralo...não reforce o meu talvez, seja o meu agora.

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         A aluna vendo a fala como um sim, puxou Daisy para dentro do seu abraço, juntando os corações que batiam no mesmo compasso, na mesma emoção, na mesma espera - Vou por uma música, vamos para o quarto de hóspedes, lá deixei o vinho, alguns petiscos e o melhor? Música. Seguiram de mãos dadas, as palmas juntas pulsavam, mais parecia que havia um coração entre elas, batendo da mesma forma, no mesmo querer. Daisy havia esquecido o som ligado, e baixinho tocava Just the Way You Are, de Billy Joel.

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- Quer que eu mude? Acho que não é do seu tempo.

- Meu tempo é aqui e agora com você...e se quiser eu vou ficar – Beatriz caminhou até o som, voltando a música:

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Don't go changing to try and please me

You never let me down before, mmm

Don't imagine you're too familiar

And I don't see you anymore

I would not leave you in times of trouble

We never could have come this far, mmm

I took the good times, I'll take the bad times

I'll take you just the way you are...

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- Dança comigo?

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         Daisy achou que não cabiam palavras, apenas aproximou seu corpo, buscando Beatriz pela cintura, que a apertou entre os braços, para deixar que sua mão deslizasse por suas costas, para logo depois se aconchegar em sua nuca dando um aperto de leve para depois beijar, ao mesmo tempo que cheirava a pele da professora que estava completamente entregue, os olhos fechados, a pele arrepiada, agarrada a quem sonhava há tanto tempo.

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- Vou pegar vinho para nós... – Falou apontando o balde com gelo, mostrando que ao lado haviam frutas e petiscos.

- Agora eu só quero você...

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         Daisy sorriu, apertando ainda mais a aluna em seu corpo, que gem*u, e fez a mesma coisa, beijou e cheirou seu pescoço com vontade de mergulhar em quem tanto queria, mas, a música já tinha trocado, quebrando momentaneamente o clima romântico ao som de Sounds Like a Melody, do Alphaville, grupo musical alemão de synth-pop que ganhou popularidade nos anos de 1980. As duas buscaram o vinho sentando um pouco na mesa, cantando junto a letra da música.

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It's a trick of my mind

Two faces bathing in the screen light

She's so soft and warm in my arms

I tune it into the scene

My hands are resting on her shoulders

When we're dancing away for a while

Oh, we're moving, we're falling

We step into the fire

By the hour of the wolf in a midnight dream

There's no reason to hurry

Just start the brand-new story

Set it alight, we're head over heels in love

Head over heels

The ringing of your laughter

It sounds like a melody

To once-forbidden places

We'll go for a while

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- Como você conhece o Alphaville?

- Pelas plataformas...vamos de Forever Young? Confesso que amei dançar contigo – Daisy sorriu com timidez, colocando a música para tocar.

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Let's dance in style, let's dance for a while

Heaven can wait we're only watching the skies

Hoping for the best, but expecting the worst

Are you gonna drop the bomb or not?

Let us die young or let us live forever

We don't have the power, but we never say never

Sitting in a sandpit, life is a short trip

The music's for the sad man

Can you imagine when this race is won?

Turn our golden the faces into the sun

Praising our leaders, we're getting in tune

The music's played by the, the madman

Forever young

I want to be forever young

Do you really want to live forever?

Forever, and ever...

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         Beatriz levantou primeiro, trazendo Daisy pela mão, novamente se uniram a melodia, os corações acelerados, dançavam embalando os corpos cheios de querer, até que pararam para entrar uma nos olhos da outra, as mãos dadas deram início a tudo, não faziam ideia de quem havia tomado a iniciativa, como o beijo havia começado, mas, o que isso importava? Nada, primeiro um leve roçar de lábios, depois misturam o gosto, as línguas e o desejo, dessa forma o tempo parou dentro daquele instante.

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- Eu sempre soube que seria assim...doce...suave...não para amor.

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         Beatriz puxou Daisy em direção ao sofá cama retrátil, deixando que suas mãos deslizassem pela pele da outra, deixando o vestido largado no chão, olhou admirando o corpo, para em seguida tirar o soutien e a calcinha que restava, encostando a professora na parede, suspirando ao mesmo tempo em que beijava os seios, um e outro ao mesmo tempo em que acariciava o corpo entregue, a professora gemia baixinho, deixando se levar pelo prazer. Olhou cada pedacinho da mulher que amava, soltando um gemido de prazer. Daisy deitou no sofá, olhando de forma convidativa, para uma afoita Beatriz que tirou sua roupa, deitando por cima da outra, fazendo leves movimentos.

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- Eu sonho há tanto tempo com isso...e está sendo como eu esperava...você é deliciosa.

- Pois faça do jeito que sonhou, estou aqui inteira pra você...

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         Beatriz gem*u, desceu do sofá, beijando o pé de Daisy, caminhando em direção as suas coxas que cheirou, apertou, depois deu uma mordidinha de leve, a professora sentiu que seu sex* pulsava de vontade, passou os dedos para sentir a umidade, e em seguida colocou os braços para trás da cabeça gem*ndo baixinho. Sem resistir mais, Beatriz apertou seus quadris, puxando um pouco para frente, em seguida colocou uma perna sua em seu ombro concentrando no centro do seu prazer, seguiu beijando, sugando, dando leve mordidelas no sex* de Daisy que explodiu num orgasmo rápido, mas, intenso o suficiente para deixar seu corpo mole.

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- Deita um pouquinho aqui, você me deixou derretida...

- Claro minha gata...

- Hummm, minha gata...gostei...vem aqui minha menina, deixa eu te aconchegar.

- Foi tão gostoso, nunca pensei que fosse assim...Me espera, quero dedicar uma música pra ti.

- Não sai, eu tenho medo que esteja sonhando e que acorde na minha casa sozinha...

- Para, eu não vou fugir mais, amor.

- Como você me chamou? Repete, preciso ouvir...

- Boba – Daisy falou vermelha de vergonha.

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         Elas deitaram, se amaram mais algumas vezes até que entorpecidas pelo amor e pela endorfina do sex* adormeceram ali mesmo. De manhã acordaram com os corpos doloridos e com o celular de Beatriz que tocava insistente, era a mãe.

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 - Bia, eu posso saber por onde anda? Sabe que não gosto que vá dormir na casa de ninguém sem me avisar...

- Mas mãe, os meus 30 anos não te dizem nada?

- Não importa, enquanto morar comigo vai seguir minhas regras mocinha... – Daisy sorria sem acreditar, mas, como mãe que também era teve que concordar com Cristine, não se sai de casa sem avisar. Terminado o assunto, percebeu que Bia estava aborrecida, a testa franzida avisando que estava brava, achou que tinha como espantar o mau humor com um convite.

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- Meu bem, vamos tomar um banho, precisamos tomar café, mais tarde a gente se encontra, vou te emprestar uma camiseta, o que tua mãe vai pensar se te ver toda arrumada e com a blusa do pijama?

- Vai achar que sou doida...como de fato parece.

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No banho se amaram mais uma vez, e após o café, Beatriz deu um beijo e foi pra casa, Cristine estava irritada com a demora da filha, andando de um lado para o outro, segurando uma Lulu da Pomerânia, e olhou de forma atravessada quando a mesma chegou.

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- Está vendo Zarah, sua irmã chegou, depois de passar a noite inteira por aí, na balburdia, sabe-se lá onde e com quem. Bia, você ao menos se preveniu usando camisinha? Não vou querer criar filho de ninguém, quem pariu Matheus que o embale.

- Para mãe, não é nada disso que está pensando.

- Eu não sou boba Bia, e pode não parecer, mas, já fui jovem, aliás, sempre fui cheia de pretendentes, pensei que fosse seguir o meu legado, abalando os corações masculinos, mas, você espanta todos os que aparecem.

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         Beatriz quis manter a seriedade, mas, riu quando viu que a cachorrinha estava vestida com um biquini rosa e lilás e uma toquinha da mesma cor combinando.

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- Mãe, tira isso, a coitada está ridícula...

- Que história, ela está chique, aliás, ela anda mais arrumada que você, que dessa vez está até bonitinha, mas, de vez em quando sai que não consigo entender como consegue assassinar a moda da forma mais cruel.

- Vou deitar mãe, estou exausta.

- Ao menos a noite foi boa? Conta pra mãe...quem é ele – Falou soltando risinhos seguindo a filha até o quarto.

- Depois conversamos – Bia deu um rápido tchau, fechando a porta, tirando a roupa para deitar, quando o tecido roçou, sentiu uma leve ardência, e olhando no espelho, viu pequenos arranhões nas suas costas, sorriu, dizendo baixinho “onça gostosa”, em seguida, pegou o pequeno controle para ouvir Marisa Monte.

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Ainda bem

Que agora encontrei você

Eu realmente não sei

O que eu fiz pra merecer

Você...

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         Maria Rosa e Samira chegaram por volta de 19h na Barraca Ronco do Mar, amaram o lugar em formato lounge. A área social era aconchegante, com tendas e caminhas charmosas, em um ambiente sofisticado, colorido e um clima que remetia à Bali.  O que mais chamou atenção foi o ambiente com mesas diferenciadas, todas feitas de areia, cobertas por pesadas almofadas. O barulho do mar, a calmaria e a luz de velas deixavam o ambiente ainda mais bonito e diferente de tudo que tinham visto na viagem, tudo muito romântico e inovador.

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- Amor, esqueci a câmera no hotel...

- Não tem importância, vamos tirar uma selfie.

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         As duas chegaram perto, juntando os rostos e a felicidade, estavam radiantes, e saudosas pois só mais dois dias lhe restavam para curtir o lugar que tanto amaram.

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- Precisamos voltar, fazia tempo que não sorria assim tão aberto, obrigada por esses dias Sá, por compartilhar esse momento comigo.

- Está tudo perfeito, obrigada você minha morena – brindaram as taças com Clericot, coquetel feito com morango, kiwi, uva, espumante e vinho branco seco, ao mesmo tempo em que se deliciavam com um Twocombo Blue, prato com camarões no azeite e alho no vapor, além de lagosta grelhada, patinhas de caranguejo e mexilhões ao vinho branco.

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         Em casa, Júnior não acreditou quando o notebook soltou um apito, uma das meninas havia ligado a câmera do celular, coçou o queixo ao mesmo tempo em que ativou o localizador, sorrindo aberto pra dizer “claro, elas não iam perder o Ronco do mar”. Bateu palmas, constatando que teria tempo de sobra para tomar um banho, pois de fato deviam ter chegado a pouco. Escolheu uma bata bordada branca e uma calça jeans, pedindo licença ao irmão.

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- Pierrot, vou tomar meu banho aqui, com licença...não me olha assim, que seu banheiro é mais espaçoso – Depois riu, escolhendo uma música de Marília Mendonça, sabendo que o irmão não gostava do ritmo, estava animado, colocou a cabeça para fora dizendo.

- Irmão, foca na voz maravilhosa da cantora e esquece a sofrência.

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Vai se preparando, que eu não vou ter paciência

Se acha que eu não sei o que aprontou na minha ausência

Não vou deixar barato, não vou fingir que não vi

Eu já fiquei sabendo de outras bocas por aí

Do copo de cerveja, com delicadeza

Ofereceu pra aquela moça sentar na sua mesa

Não venha me dizer que foi só por educação

Eu sei que tá querendo me levar na conversa

Mas se você soubesse o que realmente me interessa

É saber se você faz amor comigo como faz com ela

Se quando beija, morde a boca dela

Fala besteira no ouvido, como faz comigo

Tudo o que eu preciso

É saber se você faz amor comigo como faz com ela

Se quando beija, morde a boca dela

Fala besteira no ouvido, como faz comigo

Tudo o que eu preciso é saber se você faz amor comigo

Como faz com ela, oh-oh-oh

Se é melhor com ela...

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         Júnior saiu molhando todo o caminho só para dançar nu para o irmão, que suspirava irritado.

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- Chora não coleguinha... – Falou para depois rir largado voltando para o banheiro – Chama a mamãe pra te defender como fazia antes. Ah, não pode, ó dó...

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.: ♫ MÚSICA DO CAPÍTULO ♫:.

 

Do you wanna dance – Jhonny Rivers

Just the way you are – Billy Joel

Sonds like a melody – Alphaville

Forever Young – Alphaville

Ainda bem – Marisa Monte

Como faz com ela – Marília Mendonça

 

Fim do capítulo