Fala meus queridos, tudo bem com vocês?! Nossa... Quanto tempo não é mesmo?! Peço desculpas, mas minha vida tem passado por novas tribulações e realmente não estava bem. Estou tentando ajustar novamente minha vida, dando continuidade aos meus projetos e comecei a escrever o segundo livro da original de Fios.
Espero que gostem do nosso capítulo de retorno, boa leitura a todos!!!
Noite da ambrósia
"Uma Afrodite para almas mortais
Membros nus refletindo a lua
Estarei lá para você em breve
Primeiro desejo para esta noite
Me deixe ser seu deleite"
Com muito sacrifício Clarisse se forçou a sair do torpor causado pela imagem de Annabeth, respirou fundo, afastando o olhar carregado pelas intenções implantadas por Eros e sem qualquer outro gesto ou palavra retirou-se. Retornaria aos seus aposentos e faria o necessário para colocar não apenas os pensamentos em seu devido lugar. Refez o caminho a passos um pouco menos cuidadosos, não queria dar satisfação a quem quer que fosse apenas desejava mergulhar na solidão imediata, apesar de que tivesse lá suas dúvidas quanto a possíveis indivíduos atormentados pela falta de sono assim como ela.
Precisava dormir... Nada como o dia seguinte para trazer novos caminhos e oportunidades, quem sabe o que as tecelãs do destino estariam lhe reservando. Como a filha de Athena bem havia lhe dito, deveria aproveitar o pouco tempo de paz que ainda lhes restava, bem sabia que a campanha contra os persas seria cheia de ardis e ela seria um dos indivíduos a compor a linha de frente terrestre.
Contudo, em seu itinerário foi tomada por uma situação no mínimo intrigante. Já era tarde, mas pôde avistar os contornos inconfundíveis de Silena mais adiante, porém a semideusa que julgava estar sozinha sequer desconfiava que alguém estivesse à sua espreita. Clarisse era o tipo de pessoa que sempre fora guiada por seus instintos apurados e desta vez não seria diferente. Apressou ainda mais o passo em direção aos seus aposentos, mas não seria para qualquer fracassado repouso, apenas iria se munir de alguma segurança antes de desviar-se para mais uma pequena infração noturna... Acompanharia o rastro da semideusa até que suas suspeitas fossem devidamente sanadas.
~***~
Foi um dia agitado, atípico, porém os dias atípicos estavam dando o ar de sua graça com maiores frequências e certamente seria a nova normalidade do povo heleno por um longo período. Apesar de cansada, Silena sentia-se bem por ter cumprido com o seu dever, certamente Perseu e Annabeth estavam compartilhando de tal sensação e não duvidava que fosse ainda mais duro para a filha de Athena.
Recebera inúmeros convites para permanecer naquele primeiro dia de festejo, sua companhia era extremamente apreciada pelos demais, contudo tinha suas obrigações para com aqueles que seguiam devotos ao templo de sua mãe, seja para seguir os caminhos de servindo a deusa, ou procurando por algum alento.
Perseu havia se prontificado a lhe levar até sua atual morada, porém a semideusa recusou gentilmente, bem sabia que o jovem deveria repousar e assim estar disposto para o dia seguinte. Apesar de ser um semideus, certamente deveria estar sentindo dores advindas de sua disputa com Luke na corrida de quadrigas.
Tomou um dos cavalos de seu tutor a conselho do mais velho, somente assim deixaria o general menos apreensivo quanto ao seu retorno solitário ao templo de Afrodite. Temístocles estava ciente de que não conseguiria convencê-la do contrário, Silena era tão empenhada em suas atividades como sacerdotisa quanto Annabeth.
O retorno foi tranquilo como esperado, ninguém ousaria lhe incomodar, nem mesmo algum desgarrado de andar trôpego e afetado pelo álcool e mesmo que tentasse, ela não era qualquer donzela indefesa.
Provavelmente nenhuma das iniciadas estaria acordada, seja pelo horário ou pela falta de maior volume de internos que procuravam algum tipo de tratamento especial. Encaminhou o animal até os estábulos, lá ficaria seguro e abrigado até o dia seguinte e longe de olhares de gatunos que poderiam se aproveitar para afanar a bela espécime.
- Nos vemos novamente amanhã... - acariciou o dócil animal que retribuiu esfregando levemente o focinho contra o seu braço.
O cavalo agitou-se logo em seguida e soltou um resfolego, algo que Silena tomou com extrema estranheza.
- O que houve, rapaz? Não tenhas medo, logo Apolo trará a luz do dia. - seus dedos deslizaram pela crina escura no intuito de acalmá-lo, mas fora em vão.
Era um sinal de alerta, porém a semideusa infelizmente o compreendeu o alarde do animal tarde demais. Sequer tivera tempo de se esquivar quando sentiu um braço envolver fortemente o seu pescoço, lhe impedindo de qualquer reação imediata, mesmo assim, por instinto, tentou acertar as costelas de seu agressor com os cotovelos.
- Você vai me pagar sua vadia... - A voz chegou aos ouvidos da semideusa com raiva, o toque áspero lhe trouxe calafrios pelo corpo. - Vou marcar você como um animal assim como ele fez comigo!
Mexeu-se de forma mais enérgica tentando se soltar assim que o torpor da surpresa se dissipou, não precisava olhar para a cara daquele ser imundo para certificar-se de quem era... Sem grande progresso, ele era relativamente mais forte e lhe pegou completamente desprevenida, porém continuou enquanto possuía forças.
- Vamos... O que aconteceu com toda a sua pose superior e valentia?! - A riso maléfico e cheio de intenções deturpadas se fez presente no rosto rude. - Não torne nossa brincadeira tão fácil.
O homem asqueroso tentou rasgar suas vestes na altura do ombro, mas Silena concentrou-se em pisar com toda a força em seu pé esquerdo, na intenção de desestabilizá-lo de alguma forma. Assim que o aperto afrouxou brevemente a semideusa o empurrou e cambaleou na direção oposta a procura de ar, precisava reagir, mas o desgraçado parecia possuído, investiu furioso contra si, derrubando-a no chão, Silena desferiu golpes da melhor maneira que pôde, ainda estava zonza, porém lutaria até o último segundo.
- Tire suas mãos imundas dela! - A ordem veio baixa, perigosa e carregada de raiva. Clarisse enterrou a lâmina parazônio nas costas do homem que havia investido contra Silena, não teve qualquer piedade, quase lhe atravessando na altura do peito. - Dói, não dói?! - afirmou com uma satisfação quase inumana, torcendo a lâmina em seguida, o som dos ossos se quebrando no mesmo instante.
Jogou o corpo inerte de lado, os olhos verdes vidrados na figura da semideusa que ainda parecia atônita demais com o que acabara de acontecer. Aproximou-se acolhendo o corpo trêmulo em seus braços:
- Ele tocou em você?! - acariciou-lhe o rosto com cuidado e evidente preocupação.
Silena fez sinal negativo com a cabeça e deixou-se confortar pela guerreira, ela sequer ousaria imaginar o que poderia ter acontecido caso a espartana não estivesse ali.
- Como você... - respirou fundo tentando reorganizar os seus pensamentos. Aos poucos seus batimentos voltaram à normalidade.
Clarisse pensou em como contar que estava fora do dormitório reservado, porém era Silena que estava ali a sua frente, ela jamais lhe repreenderia por alguma falta insignificante.
- Não consegui dormir, estava caminhando quando notei uma movimentação suspeita. - trouxe a semideusa novamente para junto de si até que parasse de tremer, demoraram longos instantes apenas escutando a respiração uma da outra até entrarem em sincronia. - Silena... - chamou-lhe acariciando o rosto com extremo cuidado, os olhos azuis voltaram-se aos seus. - Vá para o templo, me livrarei do corpo, não se preocupe, retornarei para saber se está tudo bem.
Escutaram passos se aproximando de forma apressada, Clarisse puxou a lâmina que ainda estava enterrada no agressor e se pôs em posição defensiva, mataria qualquer outro que se atrevesse a encostar um dedo sequer na semideusa. Porém Silena lhe conteve assim que avistaram duas mulheres, uma mais jovem, segurando uma lâmpada de azeite e a outra deveria ter quase a mesma idade que Silena, estava armada.
- Minha senhora, o que aconteceu?! - A voz da mais jovem denota terror para a cena registrada e o estado de sua superiora. - Escutamos a agitação e viemos verificar o que estava acontecendo.
A filha de Afrodite respirou fundo, reorganizando os próprios pensamentos, para enfim tomar alguma decisão. Por mais que tivesse sido atacada, um homem foi assassinado e não era um simples ladrão, teriam de agir com cautela.
- Não, você precisa ficar aqui. - rebateu a filha de Afrodite, Clarisse fez menção de tomar a fala novamente, mas a sacerdotisa levou os dedos até os seus lábios. - Não duvido de sua capacidade, mas existem muitos olhos invisíveis em Athenas, é o meu território. - aproximou-se com cautela e selou seus lábios nos da guerreira de forma delicada como agradecimento. As iniciadas assistiram a cena com certo espanto, pois jamais viram Silena demonstrar tamanha proximidade com qualquer outra pessoa. - Não se preocupe, minhas sacerdotisas cuidaram deste verme. - seus olhos sempre bondosos agora repousaram de forma furiosa sobre a figura sem vida, desejou que tal ser desprezível encontrasse o pior dos destinos no além-vida.
A princesa de Esparta olhou um tanto incrédula para as duas angelicais criaturas que se apresentavam à sua frente, porém elas afirmaram as palavras de sua senhora sem qualquer vestígio de temor.
~***~
Clarisse não era do tipo que demonstrava inquietação, porém mesmo a contragosto, a espartana se pôs a esperar assim como Silena havia lhe aconselhado. Confiava na filha de Afrodite, não tinha dúvidas de que ela e as sacerdotisas fariam um melhor trabalho que o seu; afinal assim como conhecia cada pequeno detalhe de Esparta, Silena sabia de todos os pormenores de Athenas.
Andava de um lado para o outro no recinto em que havia sido deixada, a adrenalina ainda percorria o seu corpo... Desesperava-lhe pensar no que poderia acontecer se não conseguisse chegar a tempo. Olhou para suas mãos levemente manchadas de sangue pensando no que aquele homem queria com Silena, certamente deveria ser algum estrangeiro, pois dúvida que qualquer outro fosse insolente o suficiente para tentar algo contra a filha de uma divindade em plenos jogos.
Sua atenção foi tomada por um cheiro peculiar, provavelmente jasmim, que aos poucos foi preenchendo o ambiente e lhe acalmando. Não demorou para que Silena adentrasse o local, o resto da tensão dissipou-se quase que instantaneamente assim que seus olhares se cruzaram. Trajava uma túnica muito delicada e leve, que abraçava seu corpo de forma generosa e os pés estavam descalços.
- Está feito... - A sacerdotisa caminhou lentamente na direção de Clarisse, tomando suas mãos marcadas entre as suas com carinho. - Me acompanhe, por favor.
Ambas seguiram em silêncio até o anexo que ficava aos fundos do quarto, onde Clarisse aguardou por tortuosos minutos; ali o perfume de jasmim era ainda mais marcante, haviam espelhos, vasos, pequenos utensílios e a claridade amena advinda das velas que iluminavam o local, era uma bela casa de banho.
- Você não precisa fazer isso. - disse Clarisse com um fio de voz, sentindo os batimentos levemente acelerados quando a semideusa abaixou-se e lhe retirou as sandálias. - Não me deve nada.
- Você não veio até aqui por um acaso... - Silena sorriu ao sentir o nervosismo por trás das palavras da guerreira, sabia qual o real significado. - Afrodite lhe guiou.
A sacerdotisa segurou em sua mão e ambas seguiram até um reservatório de água e uma prateleira onde havia lâminas, estrígeis, esponjas e aríbalos contendo perfumes e óleos. Pegou uma das esponjas, mergulhando-a na água perfumada e cuidadosamente esfregou o sangue seco presente nas mãos da guerreira, até que estivessem completamente limpas.
Deixou a esponja de lado e levou as mãos até o broche que prendia a roupa da espartana, de forma silenciosa recebeu a permissão necessária para que continuasse. O tecido deslizou revelando o corpo esculpido a perfeição, os olhos azuis se prenderam aos verdes intensos e misteriosos, voltou a pegar a esponja, pressionando-a contra os ombros, um por vez, deslizando em seguida contra os braços, registrando com a ponta dos dedos o contorno dos músculos, seguiu pelos seios, encerrando seu itinerário na linha do abdômen... A respiração de Clarisse tornou-se mais pesada.
Suas mãos alcançaram um dos aríbalos - um pequeno vaso com óleo aromático - o cheiro de cravo e consolda se fez presente. Voltou a tocar a pele da espartana, desta vez de forma direta, Clarisse fechou os olhos assim que empregou uma leve pressão contra os músculos rígidos:
- Ajuda a aliviar a tensão e a dor. - Sua voz saiu quase como um sussurro; a guerreira gem*u em satisfação quando Silena massageou pequenos nós que necessitavam de maior atenção. - Está machucada... - Os olhos azuis percorreram as curvas da morena com desejo e devoção.
Clarisse piscou por breves segundos, analisou o próprio corpo, não havia qualquer corte, nem mesmo o mais superficial. A filha de Afrodite lhe toca o seio esquerdo com carinho e seu batimento cardíaco falha neste exato momento.
- Sei que seu coração pertence a ela, mas deixe-me lhe ensinar algo que até então lhe foi privado. - explanou de forma leve e singela.
Por mais que Clarisse fosse tratada pelos espartanos como um soldado, Silena tinha ciência de que a semideusa não era completamente tratada como um homem. Tampouco sua condição havia lhe dado os benefícios de compartilhar dos ritos realizados pelas mulheres de Esparta. Se Afrodite havia guiado a guerreira até o templo era porque desejava que Clarisse fosse iniciada.
- Não quero lhe forçar a nada. - repetiu a guerreira unindo sua mão a da sacerdotisa que descansava sobre o seu seio.
Silena apenas sorriu e extinguiu a pouca distância que ainda as separavam, o corpo úmido da filha do deus da guerra transpareceu ainda mais suas vestes, marcando os contornos delicados do seu corpo. Os lábios deslizaram lentamente contra os da princesa, se rendendo ao sabor inigualável que há tanto tempo havia provado de forma inocente.
- Não existe nada que eu possa desejar mais. - confessou mordiscando o lábio inferior para em seguida contorná-lo com a ponta da língua.
Clarisse segurou o rosto de Silena com cuidado, convertendo aquele singelo roçar de lábios em um beijo lento e cheio de curiosidade. Uma de suas mãos se desfez do broche que prendia as vestes da sacerdotisa, para logo o tecido ir de encontro ao chão assim como Silena fizera consigo momentos antes. Suspirou forte contra os lábios adocicados quando o corpo quente entrou em contato com o seu assim que foi envolvida pelos braços delgados.
- Você pode me tocar... - instruiu Silena distribuindo pequenos beijos pelo queixo e maxilar da guerreira. - Se assim desejar.
Clarisse sentiu uma súbita onda de calor, concentrando-se no baixo ventre, não queria ser indelicada, mas em um movimento rápido guiou a filha de Afrodite onde havia uma esteira de junco, prendendo o corpo da semideusa com o seu, sua coxa entrando em contato direto com o centro quente de Silena.
- Como pode ser tão perfeita?! - murmurou contra os lábios bonitos, encarando mais uma vez aquele entorpecente azul como o oceano em um dia límpido.
Toma-a novamente para si em um beijo ainda mais intenso, Silena entrega o controle daquele momento nas mãos de Clarisse, deixando-se ser tocada, beijada e retribuindo as carícias com a mesma intensidade. A guerreira retoma ao ritmo lento de antes, convertendo a troca intensa em uma doce tortura, Silena abraça seu corpo, percorrendo as costas largas com as unhas.
- Tem algo que eu gostaria de fazer. - confessou entre os lábios da amiga e amante.
- O que desejar. - reforçou enlaçando o pescoço da morena de olhos verdes, encostando sua fronte na dela.
Clarisse sorri e desliza seu nariz contra o de Silena em um gesto carinhoso antes de percorrer com beijos suaves por toda a pele da sacerdotisa. A ponta de sua língua entrando em contato com os mamilos já eriçados, fazendo ondas de prazer percorrer por todo o corpo da companheira.
Ajoelha-se na esteira como uma fiel devota a sua musa, distribuindo pequenos e inseguros beijos pelas coxas macias. Silena se posiciona melhor, expondo sua intimidade para a jovem guerreira a sua frente.
- Eu quero... - Clarisse umedece os lábios antes de focar novamente o olhar na semideusa. Sentiu seu próprio rosto corar. - Provar você.
Um som suave escapa da garganta da sacerdotisa e ela observa com mais intensidade a mulher de joelhos à sua frente. Clarisse era simplesmente perfeita, não existiam palavras o suficiente para expressar o quanto, vê-la dessa forma, pedindo permissão para lhe fazer sua, inundou Silena com sensações que ela nunca imaginou que pudesse sentir. Uma mistura de amor e desejo tão intensa que não parecia real, ninguém fora capaz de deixá-la dessa forma. Sua mão alcançou os cabelos castanhos, tirando alguns fios que cobriam-lhe o rosto.
- Tem certeza que é o que deseja? - pergunta de forma sincera e carinhosa.
- Eu quero. - mais uma vez a espartana sente algo atípico, o rubor em seu rosto, fazendo seus olhos se desviar da intensidade azul. - Eu quero que você me ensine.
Silena morde o lábio tentando conter um gemido profundo, ao sentir sua intimidade contrair.
- Me beije... - Seus dedos deixaram o rosto de Clarisse apenas para repousar sobre o ponto que desejava ser tocada, estimulando o próprio centro. - Aqui.
A imagem de Silena se tocando e o som abafado dos seus gemidos fez o corpo inteiro da morena tremer. Seus olhos se fixaram no ponto exato indicado por sua doce tutora e assim ela se inclinou, depositando um pequeno beijo logo abaixo do umbigo e se afastando em seguida para observar-lhe o rosto.
A atheniense solta um suspiro pesado, sequer notara que havia prendido o ar e seus olhos encontraram os verdes. - Mais uma vez... - incentivou com a respiração pesada.
Clarisse lhe obedece prontamente como um soldado bem treinado, movendo-se um pouco mais para baixo e sentindo a umidade contra os seus lábios. Novamente ela se afasta, procurando por aprovação. Há essa altura, a guerreira já sabia o que deveria fazer, mas precisava ver a expressão no rosto de Silena. A filha de Afrodite tinha os olhos entreabertos assim como os lábios fartos.
- Mais... Por favor. - sussurra ela quase que de forma inaudível.
Pela terceira vez Clarisse repete o movimento, dessa vez seus lábios encontram o ponto que Silena havia lhe indicado, fazendo as duas gem*rem com a sensação. A morena de olhos azuis prende a respiração e arqueie o corpo, movendo o quadril em direção à espartana, implorando silenciosamente por mais.
A princesa deposita mais alguns beijos hesitantes pela região, se enchendo de adoração com as reações que está conseguindo extrair. Decide ser um pouco mais atrevida, tentando algo diferente e a ponta de sua língua encontra a pele macia e molhada, pressionando suavemente. Pela primeira vez, Clarisse se permite registrar o sabor de Silena, ela se afasta e lambe os lábios, encontrando os olhos azuis carregados de luxúria.
Sem aviso nenhum, ela ergue uma das pernas de Silena e a apoia em seu ombro. A sacerdotisa abre os olhos e solta um som que indica surpresa antes de registrar os movimentos que Clarisse está fazendo. A língua dela circula seu ponto de prazer firmemente e ela não consegue conter mais seus gemidos que se tornam cada vez mais audíveis.
- Clariseeee... - suas costas arqueiam e a cabeça repousa contra a parede quando os lábios da morena substituem sua língua e sugam no mesmo lugar. Sentiu o sorriso da guerreira se formar contra sua intimidade pouco antes de ser invadida por sua língua.
- Mais rápido... - Silena respira de forma desregular e começa a mover seus quadris no ritmo que a espartana estabeleceu. Ela sente uma contração forte em seu ventre. - Eu vou...
A filha de Ares move a cabeça e atinge um ponto que faz a sacerdotisa alcançar o máximo do seu êxtase, Silena sente seu corpo contrair e relaxar alguns segundos depois. Suas pernas não sustentam mais o seu peso e quando Clarisse remove a que estava em seu ombro, ela se deixa deslizar pela parede e se apoia na esteira de junco no chão em frente à morena.
Seus olhos permanecem fechados por alguns instantes e Clarisse lhe beija diversas vezes, lhe envolvendo com os braços fortes.
- Se sente bem?! - pergunta mordendo o lábio, o gosto de Silena ainda marcado em sua língua.
A sacerdotisa abre os olhos e segura o rosto de sua iniciada com uma mão. - Creio que você sabe muito bem a resposta. - Ela une seus lábios e é arrebatada por mais uma onda de desejo ao sentir seu próprio gosto impresso na boca de Clarisse.
Permaneceram em um silêncio confortador por longos minutos até que Silena levantou-se e a guiou para o cômodo onde havia lhe esperado após o incidente no estábulo. Os lábios mais uma vez se tocando com maciez e suavidade, quase como se fosse o primeiro beijo entre elas, novos suspiros a cada pequeno roçar de lábios e dedos; a cada suspiro a intensidade no olhar aumentava; os gemidos de prazer, a pele marcada pelo suor.
Clarisse deslizava em um ritmo vagaroso e deliciosamente torturante imprimindo seu prazer contra a coxa da semideusa, seus gemidos sufocados pelos de Silena, que se agarrava aos lençóis delicados da cama enquanto os dedos da guerreira lhe tomavam com precisão.
Silena arqueou as costas tentando fundir a cabeça nas almofadas de plumas, sua boca aberta, agora incapaz de produzir qualquer som, o choque percorria seu corpo e a garganta estava seca. Estremeceu mais uma vez antes de desabar contra os lençóis tentando pegar o ar que lhe escapava. Clarisse deixou seu interior com leveza antes de se aconchegar no corpo suado e ainda trêmulo.
Distribuiu pequenos beijos pela linha da mandíbula ignorando a exaustão de seu corpo. Dormir não era uma prioridade, teria muito tempo para fazê-lo no além-vida, queria satisfazer Silena de todas as formas que desejasse.
- Você me roubou todas as forças. - confessou Silena com um murmúrio rouco.
Clarisse sorriu se arrumando contra as almofadas, puxou o corpo entorpecido contra o seu, ajeitando a filha de Afrodite contra seu peito e lhe beijando os cabelos negros. Silena começou a cantarolar uma canção antiga que mesmo a espartana não conhecendo, lhe pareceu familiar, foi relaxando aos poucos e ambas acabaram adormecendo.
Fim do capítulo
E então, o que acharam? Todos querendo me matar?! Espero que não kkkkkk...
Como diz a minha vozinha “Quem guarda pra comer com fome, o gato vem e come”. Vamos ver o que vai se desenrolar a partir de agora.
O senta que lá vem história hoje é curtinho:
“A noite da ambrosia” nome do nosso capítulo, é um rito que mulheres espartanas realizavam as margens no rio Eurotas. Envolvia dança e relações sexuais, Esparta era um dos poucos lugares que incentivava abertamente a relação entre mulheres. Depois trago o nome do documentário direitinho para vocês.
Bem, é isso, espero ver vocês muito em breve e obrigada pelo apoio de sempre.
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