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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

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Palavras: 4683
Acessos: 2380   |  Postado em: 25/04/2022

Capitulo 99

 

Capítulo 99.º

Narrador

            Era apenas nove e meia da noite, mas a “The Valey” já estava lotada. Muitas pessoas conversando enquanto esperavam os portões abrirem. Anna havia acabado de voltar de casa. Estava dento do carro. Seus pés estavam inquietos, batendo insistentemente.

— Você precisa se acalmar. — Heloísa falou-lhe. — A festa vai ser um sucesso. Olha só a quantidade de gente esperando. — apontou para a entrada.

— Eu sei. Eu sei. Vai dar tudo certo. Eu só preciso fazer o nome da boate crescer. E esse Dj é o cara que vai me ajudar. Fez tantas exigências. Uma delas é que um dos camarotes fosse reservado apenas para os seus convidados. — contou revidando os olhos.

— Mas valeu a pena o esforço. A casa vai ser lotação. E eu não tirei uma noite de folga atoa. — disse rindo.

            Foi um verdadeiro “Deus nos acuda” para fazer Heloísa vir para a festa. Anna usou de todas suas artimanhas de persuasão. Só quando fez cara de gato de botas que desarmou completamente qualquer argumento que Heloísa pudesse ter. Por fim ela aceitou. Fazia tempo que não ia para festas, pois, passava quase todas as noites no pub. Por fim acreditou que valeria a pena acompanhar Anna.

— Acredito que é melhor entrarmos. — Anna falou.

— Como quiser. — concordou.

            Caminhavam uma ao lado da outra. Conversando sobre quem iria beber mais aquela noite. Anna fez questão que elas viessem de Uber. Assim ninguém se preocuparia em dirigir para casa.

            Quando já estavam próximas da entrada, começou ficar difícil caminha lado a lado. Anna foi na frente, mas antes agarrou a mão de Heloísa. A mulher sorriu com o gesto, queria muito controlar o que sentia, mas Anna sempre dava uns sinais de que também estava interessada.

            Um exemplo foi quando ela perdeu completamente a fala ao ver Heloísa apenas de calcinha e camiseta enquanto cozinhava. Anna ficou completamente muda. Ou quando ela deitava em seu ombro quando estavam vendo algum filme. Tem também as horas que passam madrugada adentro conversando na varanda. Enquanto Anna faz questão de massagear seus pés.

            Tentou manter a postura. Sacudiu a cabeça afastando as lembranças. Sabia que Anna ainda estava muito magoada pelo que havia acontecido. Por mais que ela não tocasse no assunto era notório o quanto a traição pesou sobre ela. Heloísa não queria criar falsas esperanças.

            Atravessaram a multidão. Assim que o segurança avistou Anna liberou a entrada das duas. Logo que seus pés tocaram a parte de dentro, ela soltou a mão de Heloísa. Claro que a mulher deu um leve sorriso, mas não conseguia disfarçar seu desejo que as mãos continuassem unidas.

— Sapa, ainda bem que a senhora chegou.

— Qual o problema, Thiago? — Anna questionou.

— Uau! Quem é essa deusa? — afastou Anna empurrando seu ombro. Ela revirou os olhos.

— Eu sou Heloísa. — sorriu sem graça pelo jeito escandaloso do rapaz.

— Prazer, sou Thiago, seu escravo. — estendeu a mão. Heloísa sorriu apertando-a.

— Foco, Thiago. — Anna pediu.

— Ah! Claro. Vem comigo. — segurou seu braço.

— Vai para o camarote. Eu logo estarei lá. — disse enquanto era arrastada por Thiago.

— Menina, diz que você está pegando aquela deusa.

— Não.

— Ah! É uma pena. Ela é solteira? Tenho algumas amigas para apresentar.

— Não! — falou rápido demais, Thiago sorriu vitorioso. — Quer dizer, sim, ela é solteira.

— Que pecado. Uma mulher linda daquela. Mas vou apresentar alguém a ela hoje.

— Ih! Nem perde seu tempo. Heloísa acabou de sair de um relacionamento. Não está pronta ainda. — Anna não fazia ideia do que a fez mentir daquela forma. Heloísa estava solteira há muito tempo. E era obvio que ela ficava com algumas mulheres, já presenciou ligações dela com algumas. — Thiago, me poupa a dor de cabeça, diz logo o que aconteceu.

— Claro.... O problema, eu já esqueci. Então, sabe o fornecedor... — seguiram caminho.

            Heloísa fez o que Anna disse, foi direto para o segundo andar. Como o bar já estava funcionando pediu um drink. Enquanto esperava pegou o celular e respondeu algumas mensagens.

— Obrigada. — sorriu agradecendo.

            Pegou seu copo e foi para a mesa. Apoiou-se nas grades e ficou observando o andar de baixo. Anna conversava com Thiago ainda. Ao perceber que ela olhava acenou com entusiasmos. Heloísa retribuiu da mesma forma. Mas logo a perdeu de vista. Gradualmente as pessoas começaram a entrar. Barbara foi a primeira Dj da noite. Já havia tocado algumas músicas quando Anna se aproximou de Heloísa.

— O que está bebendo? — questionou. — Sem bem que não importa. — tomou o como de sua mão e bebeu alguns goles.

— Fique à vontade. — disse com desdém.

— Só estava com muita sede, posso te pagar outro.

— Não só pode, como deve. — brincou. Anna acenou pedindo mais dois. — Alice ainda não chegou?

— Nem me lembre, quando ela aparecer vou jogar ela aqui de cima. — reclamou sentando-se. Heloísa fez o mesmo.

            Iniciaram uma conversa enquanto saboreavam seus drinks. Para Anna era fácil sorrir quando estava na companhia de Heloísa. Ela sempre tinha as melhores piadas, as melhores histórias. As conversas eram leves.

— Olha só quem nós deu o ar da graça. — Anna comentou ao ver Alice se aproximar. — Você está maravilhosa. — afirmou fazendo-a dar uma girada. Mas assim que os olhos de Anna avistaram Rebeca ela soltou a mão da amiga. — Esquece o que eu disse. Ela está mil vezes mais bonita. — disse apontando para Rebeca.

— Vou ter que concordar. Ela está muito sexy. E nós, e a torcida do flamengo concordamos. — Heloísa disse fitando Rebeca.

— Fica na sua! — Alice e Anna falaram em simultâneo.

            Por onde passava muitos pescoços viraram para admirar a beleza de Rebeca. A mulher caminhava na companhia de Amélia e Letícia. Todas conversavam e a CEO nem parecia notar todos os olhares.

— Acho que você vai deixar metade dessas pessoas com torcicolo hoje. — Letícia brincou.

— Nem vem. Ninguém está...- só então ela olhou em volta.          

            Muitos olhos estavam em cima de si. Alguns curiosos, outros admirados. Só então Rebeca percebeu sentir falta disso. De se sentir o centro das atenções. Seus olhos percorreram alguns outros. Até que, parou em um rosto familiar.

— Olha só se não é a Carlice. — Amélia disse ao notar a presença da moça.

— Clarice. — corrigiu. Clarice sorriu, Rebeca acenou e tratou de caminhar para perto de Alice.

— Quem é Clarice? — questionou Letícia.

— A moça que trabalha em um restaurante que fomos almoçar outro dia. Ela deu em cima da Rebeca. — Amélia explicou. Rebeca parou de andar e se virou para a irmã.

— Ela não deu em cima de mim. — afirmou. — Sua namorada que exagera.

— Bom, ela pode até não ter dado no dia, mas hoje com certeza ela vai dar um jeito de se aproximar de você.

— Vocês precisam parar com isso. — deu de ombros.

— Garota, quero saber como a senhora conseguiu esse corpão de volta. Acabou de ter um filho. — Anna disse-lhe.

— Já faz quase três meses. Não exagera. Como vai? — a abraçou.

— Bem. Amélia, Letícia. — as cumprimentou.

— Olá! — responderam juntas.

— Deixe apresentá-las a Heloísa. — falou apontando para ela.

— Oi!

— Oi!

— Então o que vão beber? — Alice questionou.

— Quero o que elas estão bebendo. — Amélia apontou.

— Eu vou ficar na água. Alguém precisa dirigir.

— Eu te faço companhia. — disse se sentando.

— Então vou pedir para nós servirem.        

            Logo começaram uma conversa sobre a boate. Claro que parabenizando Anna e Alice pelo trabalho que veem fazendo. Até que começaram a fazer perguntas mais íntimas. Sobre o que faziam da vida. Essa era uma forma de se conhecerem melhor. De cara Letícia adorou Heloísa. E a reciprocidade logo aconteceu.

— Prontinho. — Alice falou sentando-se ao lado de Rebeca. — A partir de agora não vai faltar bebida nesta mesa. — disse empolgada.

— Essa sem dúvidas é a melhor notícia da noite. — Anna disse empolgada.

            Alice enlaçou seus dedos nos de Rebeca por baixo da mesa. Já que anteriormente ela apoiava apenas a mão em sua perna.

— Você está uma delícia neste vestido. — sussurrou em seu ouvido. Rebeca sentiu seus pelos arrepiarem. Sorriu abertamente. — Nem posso contar o quanto meus pensamentos estão impróprios agora. — Alice sorriu de forma descarada.

— Não é Alice? — Amélia questionou algo.

— Desculpe, eu não ouvi.

— Claro que ela não ouviu, tá falando safadeza no ouvido da outra. — Anna completou rindo. Rebeca corou. — A cara da Rebeca nem treme. — arrancou risos das outras. Inclusive de Alice e Rebeca que tratou de esconder seu rosto na curva do pescoço da namorada.

— Pelo visto a Alice colocou botou o croped e reagiu. — Heloísa completou. Foi impossível não gargalhar.

— Essa foi boa. — Anna bateu sua mão na dela.

            As conversas seguiram. Assim como os drinks foram sendo servidos. Todas estavam soltas pela quantidade de álcool ingerida. Heloísa estava completamente enturmada com elas. Anna não podia conter seu olhar que vez ou outra ia em direção a ela. Quando era notada, Heloísa sorria e voltava a conversar.

— Julgo que deveria ficar com ela. — Rebeca diz baixo para Anna.

— Oi? Com quem? — a mulher aponta com a cabeça para Heloísa. — Bobagem. Somos apenas amigas. — afirma.

— Ela não te olha como uma amiga. — afirma. Anna não diz nada. — Não tem que se sentir culpada por sua vida seguir. As coisas com você e Tália não terminaram como deveriam. Mas acabou. Você precisa seguir sua vida. A prova disso é que tem conseguido voltar a trabalhar, então, já superou uma fase.

— Não quero me envolver com ninguém agora. Estou bagunçada demais. Heloísa é perfeita e não merece a minha bagunça.

— Isso tudo é medo de dessa vez dar certo? — questiona fitando-a com a sobrancelha erguida.

— Às vezes penso que não sou digna do amor. Só faço escolhas ruins. — confessa triste.

— Então deixe as coisas fluírem naturalmente. — aconselhou. — Heloísa é uma mulher madura e independente. Tem uma personalidade forte. Fora que ela é linda. — completa.

— É sim. — sorri concordando.

— Olha! O Dj John vai começar. — Alice disse empolgada ficando de pé.

            Assim que a música começou os dois casais já estavam dançando agarradinhos. Anna e Heloísa permaneceram distantes uma da outra. Estavam incertas sobre uma aproximação durante uma dança. Já que as outras quatro dançavam completamente envolvidas pela batida.

            Rebeca rebol*va de encontro a Alice. A loira sempre prendia a respiração, deslizando as mãos pela pele exposta da noiva. Estava inebriada pela forma como ela se movimentava. Seus pensamentos não eram nada descentes.

— Só queria avisar que minha calcinha não está mais no lugar. — sussurra no ouvido dela. Rebeca sorri negando com a cabeça. Fica de frente para ela. Segura as pontas do blazer e a traz para mais perto. Colando suas bocas em um beijo arrebatador.

            Ao observarem a cena suas amigas gritam empolgadas, o  que faz com que alguns olhares se voltem para elas. Pessoas com celulares gravavam o momento íntimo do casal. Quando notou o que acontecia Anna tratou de puxar Heloísa pelo braço para que tomassem a frente do casal de amigas que continuava se beijando sem se importar com ninguém a sua volta.

            Os corpos de Anna e Heloísa estavam próximos demais. A primeira corou desviando o olhar da outra. Mas ao fazer isso avistou alguém que ela não queria ver aquela noite. Anna mudou sua expressão o que não passou despercebido por sua acompanhante.

— Está tudo bem? — indagou se aproximando dela. Notou os pelos de Anna se arrepiarem. Prendeu o ar quando ela se virou e seus rostos ficaram perto. Anna olhou dos olhos de Heloísa para os lábios carnudos. Percebendo o que estava acontecendo e movida pelo desejo de que algo rolasse, Helô passa lentamente a ponta da língua umedecendo seus lábios.

— E-e-eu preciso beber algo mais forte. — Anna foge a passos largos em direção ao bar. Deixando uma grande confusão na cabeça de Heloísa.

— O que foi isso? — Amélia perguntou.

— Não faço ideia. — deu de ombros. — Vou sentar. — forçou um sorriso.

            Anna virou três doses de uísque seguidas. Não acreditava que Lívia ainda teria a audácia de colocar os pés naquele lugar de novo depois de tudo que aconteceu. Sentia seu coração acelerado. Sem saber ao certo se era por conta da presença de Lívia ou se pela aproximação de Heloísa.

            Virou mais uma dose. Fechando os olhos e tentando focar na música que tocava ao fundo, quando percebeu estar mais calma virou-se para ir até à mesa, mas para sua surpresa havia alguém sentada ao lado de Heloísa. A ruiva ria abertamente para ela. Acariciava seu braço vez ou outra.

— Pensando bem, me dá essa garrafa. — a moça entregou o objeto pedido.

            Enquanto caminhava até a mesa. Anna tentava se acalmar. Não fazia ideia por que estava tão irritada com Heloísa conversando com outra.  Talvez estivesse começando a gostar da outra. E apenas esse pensamento já fazia com que ela tivesse vontade de andar na direção oposta. Parou na mesa, bateu a garrafa na mesa, chamando atenção principalmente de Heloísa e a ruiva.

— Está na hora de brincar como gente grande. — falou para Heloísa. — Será que sua amiga pode sair do meu lugar? — diz em um tom nada amigável.

— Anna, pode sentar aqui. — Alice tenta amenizar a situação.

            Como resposta recebe um olhar um tanto ameaçador, com uma carranca enorme, Anna se atira na cadeira. Alice apoia um braço em seu ombro.

— Bom trabalho hoje. Você é muito competente.

— Hum! — fala sem interesse, sem tirar os olhos de Heloísa e a ruiva sem sal — segundo o que ela pensava — conversavam como velhas conhecidas.

— Isso é ciúme? — Alice questiona.

— Me erra, Alice. — dá de ombros.

— Você insiste em tentar se enganar que não tem sentido nada por ela, mas tá bem na cara. — afirma.

— Eu vou ao banheiro. — diz ficando de pé.

            Até chegar aos banheiros ela cumprimenta algumas pessoas. Se apoia na pia encarando seu reflexo no espelho. Se lembra da última vez que viu Tália, quando descobriu da traição. Aperta a borda do mármore com tanta força que seus dedos ficam brancos.

— Parece que você adora me encontrar em banheiros.       

            Não era preciso virar para saber quem era. Jamais esqueceria aquela voz. Anna encarou-a pelo reflexo. Sua expressão continuava a mesma. Estava irritada.

— Vi que está acompanhada. Nem esperou o corpo esfriar. — foi a gota d’água.

            Anna virou-se, partiu cega de ódio. Lívia recuou um passo para trás, sentindo suas costas tocarem a parede. Constatou o quanto Anna estava irritada apenas pela forma com a qual lhe olhava.

— Você não tem direito nenhum de falar sobre mim. — falou baixo, a voz fria e calculada. — Estragou minha vida. Fez Tália morrer. — acusou.

— Não foi atrás de mim que ela foi após uma briga. — cuspiu as palavras e aquilo a abalou. — Aí está! Esse olhar eu sei reconhecer. Foi o mesmo que teve quando soube que ela dormiu comigo.

            Anna já não tinha mais forças. Estava se sentindo humilhada. Lívia sorriu ao perceber haver conseguido desestabilizar a outra.

— Se pensa que eu menti aquele dia, você está enganada. Ela quem me procurou. Ela que foi para a minha cama.

— CALA A BOCA!

— Isso. Grita mais alto. Seus clientes irão adorar uma cena.

            Anna passou as mãos nos cabelos. Precisava se acalmar. Caso contrário sairia dali em uma viatura. Acusada de homicídio. Respirou fundo, buscou algo que pudesse a acalmar. Lembrou dos momentos com Heloísa.

— Tália não te amava. Ela iria voltar para mim. Tudo era questão de tempo. E foi sua culpa ela ter morrido.

— Talvez você tenha razão. Talvez ela não me amasse, mas eu a amei. Amei com cada pedaço de mim. Ela foi a mulher que mais amei na vida.

            Nesse momento Heloísa que estava prestes a abrir a porta desistiu. Entendeu o rumo da conversa. Não queria atrapalhar. Ou talvez apenas não quisesse ficar ouvindo o quanto Anna ainda amava Tália. Deu meia volta.

— O único culpado sobre o acidente é Aírton. Ele mandou sabotar o carro. Eu não tive culpa. E se quer saber, nem você teve. — deu de ombros. Entendia que talvez aquela conversa fosse necessária. — Não me importa quantas vezes vocês ficaram. — engoliu com dificuldade sua saliva. — Eu a amei. Fiz tudo que pude para fazê-la feliz. Agora ela se foi. E nem eu e nem você poderá ficar com ela. Acredito que isso tudo seja uma grande piada do universo. — deu um riso forçado. — Por favor, não fale mais comigo. — pediu. — Tália se foi. Acabou para você e para mim.

            Dizer aquilo para Lívia, serviu para ela de uma forma que não pensou que poderia. Entendeu que sua história com Tália havia se encerrado. Não precisava se sentir culpada por isso. Teria que seguir sua vida. Saiu do banheiro e percebeu que Lívia chorava.

            Respirou fundo buscando o ar. Suas mãos estavam trêmulas. Da mesa, Alice a fitou. Forçou um sorriso tentando tranquilizá-la. Mas a loira desviou o olhar para o lado. Só então conseguiu ver Heloísa e a tal ruiva se beijando.

— Ótimo. — revirou os olhos. — Era tudo que eu precisava. — resmunga.

            Caminha lentamente até a mesa. Senta-se ao lado de Alice. Tenta ignorar as carícias do casal logo a sua frente. Começa então a contar o que aconteceu no banheiro. Alice escuta com atenção cada parte. Ficou orgulhosa por a amiga ter pensado na reputação da boate e só isso justificava o fato de ela não quebrado a cara de Lívia.

— Vou pedir um drink sem álcool. — Rebeca anunciou.

            Caminhou em meio as pessoas. Até que conseguiu chegar ao bar. Fez o pedido e ficou olhando em volta. Avistou Clarice. A garota já parecia um tanto bêbada. Caminhou com dificuldade até Rebeca.

— Juro que quando te vi pensei ser uma miragem. — falou abrindo um sorriso.

— Como vai, Clarice? — pergunta.

— Você lembra meu nome? — questionou impressionada.

— Claro.

— Não me leve a mal, é que geralmente eu sou invisível naquele lugar. — afirma. Rebeca sentiu um pouco de pena da garota.

— Acredito que você precisa parar de beber um pouco.

— Está se preocupando comigo?

— Sim.

— Não deveria. Vi que está acompanhada. Não sabia que era casada com uma mulher.

— Ainda não somos casadas.

— Mas tem um filho juntas?

— Isso.

— Então quer dizer que tenho chances com você? — indaga enlaçando a cintura dela.

— O que está fazendo? — Rebeca pergunta confusa.

— Sei que você gosta de garotinhas. Afinal aquela loira deve ter a minha idade. — passou o dedo no maxilar rígido de Rebeca.

— Essa garotinha vai arrancar todos os seus dedos se não soltar minha mulher. — a voz de Alice fez com que Clarice a soltasse.

— Eu só...- ficou pálida.

— Dá o fora daqui, garota. — ordenou. A menina não ousou falar nada. Apenas começou a caminhar na direção oposta delas. — Quem era essa atrevida? — perguntou apertando as têmporas.

— Ela é apenas uma garota bêbada. — tentou se aproximar.

— Vamos para o escritório. — disse prendendo seus dedos nos dela. Saíram caminhando apressadas pela multidão.

            Abriu a porta dando passagem para Rebeca entrar primeiro. Em seguida a fechou. Foi até o frigobar, serviu uma água. Entregou um copo para a noiva. Rebeca não estava entendendo o que acontecia.

— Você está bem? — questionou.

— Não! Como posso estar bem com outra pessoa tocando você? — seu tom saiu desesperado.

— Amor, isso é ciúme? — deu um passo em sua direção.

— Claro que sim. Todos os olhares estavam em você hoje. Mas aquela menina, ela foi longe demais. — apertou as têmporas.  

— Isso é bobagem. O que adianta todos eles me olharem, desejarem. Se você pode me tocar como eu gosto. — sussurrou a última parte. — Sabe, desde que a mamãe me traumatizou falando o quanto o sofá era confortável, fiquei com vontade de vir te visitar. — mordiscou sua orelha.

— Rebeca. Não brinca comigo. Estou furiosa de ciúmes.

— Ótimo. Quero que você prove para todo mundo que apenas você pode me ver nua. — diz isso e caminha em direção a janela.

— Eu poderia começar te fodendo bem aqui. Em pé, de frente para todos que te desejaram hoje. — diz isso já deslizando uma das mãos pela parte interna de suas pernas.

            Rebeca sorri. Sentindo uma dor no ventre. Mordeu o lábio inferior, imaginar Alice a tocando enquanto todos dançavam lá embaixo era muito excitante. A mão ágil da loira, tocou a calcinha de renda. Solta um gemido ao perceber sua excitação.

— Olha só como você já está. — sussurra. — Pronta para mim.

            Alice prendeu sua mão livre no pescoço de Rebeca. Sem fazer colocar força, queria fazê-la inclinar sua cabeça para trás. Mordeu seu maxilar, descendo a língua pela lateral de seu pescoço. Rebeca havia perdido todo e qualquer resquício de sanidade. Alice parecia feroz, desejosa em maltratá-la, mas de uma forma tão maravilhosa que estava prestes a goz*r sem nem ao menos ser tocada.

— Você fica cada dia mais gostosa. — sussurra. — Seu corpo é maravilhoso. Você é maravilhosa. — sorri afastando os cabelos dela, beija sua nuca em seguida.

— Eu sou toda sua. — responde com a voz rouca ao sentir os dedos de Alice massagearem seu seco por cima da calcinha.

— É mesmo. Você é toda minha. — aperta seu pescoço novamente. — Agora se vira e vem beijar minha boca. — ordena.

            Antes que ela pudesse raciocinar, em um movimento rápido Alice a virou para ela. Os corpos colados, respirações ofegantes. Olhos presos na magia do momento. Rebeca podia sentir o pulsar de seu sangue, correndo rapidamente em suas veias. Até que a loira toma seus lábios em um beijo intenso.

            Com cuidado começam a se movimentar. Rebeca sente suas costas tocando o vidro blindado já janela. O objeto gelado faz com que ela solte um gemido abafado pelo beijo. Já não conseguia se controlar, seu corpo ansiava por um contato mais íntimo.

            Alice interrompe o beijo. Dá dois passos para trás. Puxa sua cadeira, se senta nela. Seus olhos vidrados em Rebeca, que no momento não sabe o que a noiva está fazendo.

— Tira a roupa. — diz seria.

            Rebeca ri de nervoso. Alice cruza a perna. Apoia os cotovelos, juntas as mãos, deixando os dedos indicadores próximos aos seus lábios.

— Tira a roupa. Eu quero te ver. — seu tom sai um pouco mais delicado.           

            Percebeu então que ela falava sério. O olhar intimidador era algo novo para Rebeca, aquela Alice em nada parecia a mesma que fez amor com ela mais cedo. Mas não negaria que estivesse adorando essa nova versão.

            Obedecendo ordem que recebeu começou a retirar lentamente seu vestido. Como não estava de sutiã, ficou apenas de calcinha. Os olhos de Alice permaneciam presos nela, atentos a cada movimento que suas mãos faziam.

— Eu amo cada pedaço seu. — diz com a voz baixa. — Você é uma maravilhosa obra de arte. — dá alguns passos em sua direção. — Mas agora, eu preciso te tocar. Ou irei enlouquecer. — diz beijando seus seios.

            A outra está completamente entregue. Tinha total consciência de que Alice poderia fazer o que quisesse com ela. Os carinhos se intensificaram. Alice fica de pé. Segura uma das pernas de Rebeca, encaixando-a em sua cintura. Desliza seu dedo indicador por toda a extensão de sua pele até chegar à cintura, onde aperta delicadamente.

— Ahhh! — Rebeca não contém o gemido. — Preciso de você dentro de mim. — suplica. Os olhos de Alice brilham ansiosos.

            Começa uma leve carícia. Enquanto sente as unhas de Rebeca cravarem em seus ombros. Estava apenas com o top, pois, retirou o blazer.  Sem dificuldade um de seus dedos deslizou para dentro da cavidade úmida. Rebeca gem*u alto, com a voz rouca. O vai e vem do dedo de Alice foi ritmado pelos movimentos que o corpo de sua noiva exigia. Era delicioso o barulho, o cheiro, os sons roucos e desconexos que saiam da boca de Rebeca.

            Ela continuava com uma das pernas sendo seguras para cima, facilitando o acesso direto ao seu sex*, completamente excitado.

— Eu te amo. — Alice sussurra. — Você é gostosa para caramba! Rebola para mim, goz* para mim. Mostra o quanto me ama. — dizia com a voz excitada.

— Sim. Mil vezes sim. — respondeu Rebeca.

— Diz que você é minha. — puxou levemente seus cabelos, fazendo-a olhar para ela.

— Eu sou sua. Única e exclusivamente sua. — falou com urgência para em seguida se beijarem.

            O vai e vem é intensificado. Rebeca sente seu corpo inteiro estremecer. Alice está sugando desesperadamente um de seus seios. Aquilo é alucinante demais. A posição, o local, como ela está sendo tomada.

— Vira para mim! Quero você de costas. Quero que todos vejam que apenas eu posso te possuir desse jeito.

            Como se fizesse apenas no automático fez o que ela pediu. Espalmou suas mãos no vidro. Se abrindo inteira para Alice.

— Nem preciso pedir e você já empina para mim. — o barulho de uma tapa ecoa no cômodo. Rebeca sorri.

— É tudo para você. Minha mulher. — disse a frase olhando por cima do ombro. Alice enlouqueceu ao escutar aquilo.

            Sem demorada a penetrou com dois dedos. Iniciando movimentos rápidos, fundos. Rebeca gemia descontrolada. Alice também. Saber que aquela mulher em sua frente era única e exclusivamente dela era algo que a entorpecia.

— Amor, eu vou goz*r. — Rebeca anunciou quase em um grito.

— É isso que eu quero. Goz* para mim. Minha gostosa.

            Alice observou o corpo de Rebeca estremecer para logo em seguida ficar mole. Sustentou sua parceira pela cintura. Segurando firme para que ela não caísse. Beijou seu rosto com carinho. Enquanto esperava que a outra se recuperasse. Não conseguia esconder o sorriso de satisfação que dançava em seus lábios.

— Isso foi incrível. — a mais velha fala com a voz ainda ofegante. — Não sabia que você com ciúmes conseguia tudo isso. — brinca.

— Odiei aquela garota. E não vamos mais falar disso. — diz afastando uma mecha de seu cabelo. — Finalmente inauguramos essa sala. — disse rindo.

— Podemos não falar sobre isso também? Pois, vou lembrar que a minha mãe fez sex* aqui. — fez careta.

— Claro. Suponho que se demorarmos mais Anna vem nos buscar.

— Não duvido. Afinal ela está com uma cara péssima depois que viu Heloísa com aquela mulher.

— Isso é bom para ela acordar para vida. Agora vamos nos limpar.

            Após se recomporem o casal voltou. E claro que todas sabiam bem o motivo da demora. As marcas no pescoço de Rebeca evidenciavam isso. Apenas sorriram quando escutaram as provocações. Não dariam margens para estragarem o resto da noite que segui madrugada adentro.

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 102 - Capitulo 99:
Mille
Mille

Em: 27/04/2022

Rebeca arrasou e teve uma inauguração da sala. Kkk Alice ciumenta esquentou o clima.

Bjus e até o próximo capítulo 

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Baiana
Baiana

Em: 27/04/2022

Pronto! O mistério foi desvendado e Talia traiu mesmo a Anna,bem que eu preferia a Iara,mas...

Anna e Heloísa em negação com os sentimentos e assim vão acabar se machucando e machucando a outra por tabela,mas agora que ela está finalmente livre o seu passado com Tália,nada que uma conversa franca não resolva 

Por mais cenas de ciúmes entre Alice e Rebeca kkk

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SPINDOLA
SPINDOLA

Em: 26/04/2022

Bom dia, caríssima.

Saiba que sou uma das que sou paciente viu, kkk, não abandonei a história e nem você cara autora, só andei meio sem inspiração para comentar, mas continuo lendo este espetacular romance.

Tu andou inspirada nesses capítulos que li na moita, kkk, botou a traíra da Tália pra comer formiga, ressuscitou a Virginia, pra quase matar a coitada com o olhar mortal da Rebeca e Letícia, kkkk, e de quebra tua boneca foi perfurada por algumas leitoras enfurecidas, kkkk, quase contratei um segurança pra te proteger, kkkk. Gostei do André e dos irmãos, e espero que as meninas consigam adotá-los.

Agora aguardo ansiosamente o sogrão criminoso ser jogado do grand canyon, por que se vc deixar ele machucar nem que seja o dedinho mindinho da Alice, cancelo a contratação do segurança e contrato um matador de aluguel pra te pegar, kkkk.

Sei que toda história tem um fim, mas essa não deveria acabar nunca, e já assinei e carimbei meu nome no abaixo-assinado para que uma terceira temporada seja escrita. Enquanto não sai, ficarei jogada na moita em estado depressivo, kkk.

P.S. - Eita, eita, eita, antes tarde do que nunca, até que enfim  o escritório da boate foi devidamente inaugurado, a outra não valeu, kkk, simplesmente fodástico e perfeito. Eu não quero só a Alice não, eu quero a Rebeca também e juntas formaremos um trisal para a eternidade, kkkk, sonhar não custa nada não é mesmo.

#alicerebecaforever

Um forte abraço

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Lea
Lea

Em: 26/04/2022

Nossa, ciúmes para todos os lados,e no final quem ganhou com o ciúmes foram Rebeca e Alice. Quanta conexão tem essas duas. Os momentos mais íntimos delas são perfeitos.

Lembra muito Larissa e Isabella, tão bons quanto!

 

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