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Amoras por Klarowsky

Ver comentários: 6

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Palavras: 3421
Acessos: 838   |  Postado em: 13/04/2022

Um brinde

Laura

Mas não é possível que eu não consiga ter sossego nem estando a milhares de quilômetros de distância do Brasil, mais especificamente do Joseph Gordon. É óbvio que essa reportagem ridícula é graça dele. E é ainda mais óbvio que ele não aceitaria perder sem tentar jogar sujo.

Alice viva e ele, capado e, sob a mira da justiça? Já era de se esperar.

Se o intuito era me surpreender, dessa vez, teria que ter feito um pouco mais.

Dei um pulo da cama, peguei o celular na bolsa, liguei e a enxurrada de notificações começou:

28 ligações perdidas de Tom

12 ligações perdidas da Didi

8 ligações perdidas da Bia

6 ligações perdidas da Mayza

Notificações de mensagem:

Tom: Preciso falar com vc urgente!

Laura, atende esse telefone!

Brasil tá pegando fogo! Cadê você, mulher?

Você precisa voltar urgente pra cá!

Não consigo dar conta sozinho.

Didi: Onde vc se meteu? Tô preocupada.

Axé! Iansã te proteja.

Bia: Oi Laura. Como está? Tentei te ligar mas seu celular está desligado. Tenho informações importantes pra vc. Me ligue assim que possível.

Mayza: Oi "prima". Blz? Viu, aqui no BR vc e a Ali tão bombando. Não esquece de mim pra ser a fotógrafa dos "furos" de reportagem hein. Me avisa qdo vai vir pra cá pra eu esperar de surpresa no aeroporto rsrs Não é sempre que a chance de vender foto de famoso rola, c me entende né. Bj prima linda. Dá bj na Lice.

Buguei! Como assim estamos em alta? A mídia internacional noticia que eu tenho uma namorada e que estou na França para a recuperação dela e com isso ficamos famosas? Não faz sentido.Só pode ser famosa por a Veigas Co estar desmoronando, afinal, não tem nada que as pessoas amem mais do que assistir a queda de alguém. Lógico! Só pode ser isso. E o pior, não tenho namorada! Pelo menos, nem eu pedi pra Alice namorar comigo, nem ela pediu para eu namorar com ela. Ri dos meus pensamentos e dei de ombros. Mesmo a distância e sem estar no melhor momento, ela consegue me fazer sorrir. A saudade já começa a machucar. Ficar sozinha é muito bom, relaxar, distrair. Mas voltar pra ela é a melhor sensação possível de se sentir e quero ardentemente sentir isso de novo. Reconheço que estive demais de pegajosa, e vou mudar isso, mas não tem lógica não ficarmos juntas com tanto amor guardado por tanto tempo.

Após a enxurrada de requerimentos e pensamentos que se foram longe, fiz minha higiene rapidamente, coloquei a roupa de quando vim, solicitei um brunch no quarto e enquanto esperava, comecei a via sacra de ligações a fim de acalmar os ânimos do pessoal.

Comecei pela Didi. Me assustei com a ligação atendida à melodia em quatro vozes:

- Laurinha cadê você? Eu vim aqui só pra te ver!!

- Nossa! Que animação é essa? Estou perdendo uma festa? - perguntei sorrindo.

- Siiimm!! - e gargalhadas - Venha logo!! Queremos você aqui.

- Logo chego aí. Só liguei para tranquilizar que está tudo bem. Desliguei o celular para dormir um pouco e me perdi nas horas.

Didi tirou do viva voz e falou sozinha:

- Você está bem? Está melhor?

- Sim Didi. Precisava descansar. Está tudo bem por aí?

- Sim, Laurinha. Venha logo pois temos boas notícias.

- Então conta logo! Estou precisando de coisa boa.

- Só pessoalmente!! Venha logo. Um beijo. Amamos você.

E desligou a ligação. Fiquei olhando para a tela do celular, sorrindo com a atitude.

Tomei coragem e liguei para o Tom, sentindo o coração apertar por isso. Rapidamente ele atendeu:

- Pelo amor dos seus Santos e Orixás! Onde você esteve?

- Oi Tom. O que está acontecendo?

- Está ilhada? Sem sinal de tv ou internet?

- Não. Estava muito cansada, desliguei tudo para dormir e relaxar. Liguei a tv a pouco e vi meu nome rondando por aqui. Se aqui está assim, aí também deve estar. Qual o tamanho do prejuízo?

- Você precisa vir pra cá, Laura! - falou em tom apelativo.

- Tom, explica isso direito - suspirei e me sentei, alisando os cabelos - Peraê, vou te ligar por vídeo.

Desliguei a chamada, e liguei por vídeo para tentar vê-lo e entender o que me dizia.

Ele atendeu com todos os dentes à mostra.

- Bom te ver, senhorita Veigas.

- Oi querido! Bom te ver também. Não ligue para minha cara de acabada.

- Que isso! Não é nada que um dia de spa e um banho de loja não resolvam - sorrimos - Então, senhorita Laura - falou revirando os olhos, em tom de brincadeira - Receio dizer que terá que voltar urgente pra cá. Precisamos de você.

- Mas por que essa urgência Tom? Não entendo! Você tem todo o comando do complexo nas mãos. O que precisar pagar de ressarcimento de ações, pague - dei de ombros - Depois a gente calcula o tamanho da perda e..

- Laura! Não tem perda alguma! - ele me interrompeu - O cenário está a seu favor. As ações das empresas subiram muito de ontem pra hoje. Vou te mandar um gráfico linear só das últimas 12 horas. Veja aí.

Recebi a imagem e não acreditava no que via. Todos os índices em positivo, com crescimento repentino e valorização das ações.

- Isso é de qual nicho de empresas?

- Das telecomunicações, alimentícias, hotelarias e games.

- Como isso Tom? - perguntei surpresa.

- Olha Laura, como eu não sei! - sorriu animado - Só sei que do nada os telefones dos consultores começaram a disparar ligações, o pessoal da bolsa ligando sem parar, e-mails e mais e-mails chegando, uma loucura. Perguntei para o pessoal o que estava acontecendo e daí me falaram para ligar a tv e ver a internet e quando fui ver, você estava nos assuntos mais comentados do twitter, tudo que é página de apoio LGBTQIA+ falando de você, tv passando tudo do complexo, uma maluquice.

Eu ouvia tudo, atônita! Minha cabeça parecia girar e o ar me faltava. Piscava repetidamente na tentativa de fazer meu cérebro assimilar as informações que recebia, e não consegui acreditar ser verdade.

- Tom, eu achava que seria o inverso!!

- Sim, achávamos né?! Mas pelo que um dos consultores disse, tem o tal o "pink money" e isso é alto giro, Laura. Olha, em 12 horas, a Veigas nunca esteve tão forte. Pelos cálculos por cima, já dobramos de valor de mercado, todas as nossas empresas.

- Tom! Estou atônita - falei sorrindo e chorando ao mesmo tempo - Você sabe o medo que sempre tive disso.

- E tem mais! - me interrompeu extasiado.

- Mais?

- Sim! As empresas que a Alice estava tomando conta, já passaram da casa dos bilhões. Se quiser vender agora, será um estrondo!

- Nossa! Ela precisa saber disso - não contive as lágrimas que escorriam pela face em puro êxtase.

- Como ela está?

- Melhorando, Tom! Aos poucos!!

- Você precisa vir pra cá, Laura! É sério. Não pediria se não fosse necessário.

- Eu sei. Vou ao hospital agora e conversarei com o médico. Dependendo do que ele me passar, te aviso para pedir a organização do vôo.

- Estarei no aguardo! Agora vou atender mais repórteres.

Sorri com sua empolgação em ter, de repente, se tornado assessor de pessoa famosa.

Enquanto me servia do brunch, pedi ao sr Tony que viesse me buscar e antes que fosse possível eu tentar entender o que estava acontecendo, fui informada pela recepção que ele chegara. Me apressei em descer, entreguei a chave na recepção para uma atendente muito simpática que me olhou com atenção e um breve sorriso nos lábios.

Ao chegar na porta do hotel, uma multidão de fotógrafos e repórteres de várias emissoras me abordaram. Cada um fazia uma pergunta diferente e mais improvável possível. Desde de quem seria meu affair, até quando seria o casamento. As verdades e mentiras inventadas de uma história mirabolante que brotou no imaginário de metade da população mundial, ou ao menos, dos internautas de plantão. História essa, que apenas eu e a minha doce Alice sabemos a verdade e grandiosidade dos fatos. Nenhuma reportagem a nível estratosférico é capaz de mensurar a pureza e força do nosso amor. Não respondi a nenhum. Rapidamente entrei no carro e ordenei que o Tony saísse imediatamente dali.

- Preciso de tranquilidade e discrição! O senhor pode providenciar isso? - pedi sem paciência.

- Sim senhorita. Vou contatar imediatamente a equipe de segurança.

 - Principalmente no hospital! Exigo segurança, tranquilidade e discrição.

- Sim, senhorita.

- E preciso também, de roupas apresentáveis - sorri e mostrei meu agasalho esporte - Imagine sair em capa de revista vestindo isso?

Ele me olhou pelo retrovisor e sorriu, meneando a cabeça e manteve um sorriso nos lábios durante toda a viagem. Vez ou outra, me olhava ainda pelo retrovisor e sua expressão escondia algo semelhante a quando tentamos fazer surpresa para alguém. Estranhei a postura contraditória ao sempre sério e contido.

Num piscar de olhos chegamos ao hospital. Ele parou na entrada para ambulâncias e saí de modo discreto, sem que ninguém pudesse me ver.

Diferente de como saí do hospital, esse retorno carregava dentro do meu coração uma sensação diferente. Me sentia, estranhamente, mais segura dos meus sentimentos. A distância e a mágoa, não fizeram diminuir o que sinto por ela. Quanto mais eu andava em direção ao quarto, mas distante o quarto parecia estar.

As pernas levemente bambas e o coração descompassado faziam a distância aparentemente aumentar. Distante a dois quartos do dela, era possível ouvir as conversas altas e muitas risadas. Sorri com a alegria que me invadiu por esse som contagiante. Pisquei demoradamente e suspirei com a mão na maçaneta da porta.

Ao entrar, a figura da minha Alice vestida em um conjunto de agasalho esporte verde folha, camiseta branca e um dos seus melhores sorrisos, me fez derreter de amor.

Definitivamente, não tem bem material, quantidade de empresas, fortuna bancária que se iguale a preciosidade dessa mulher. Seu sorriso é de um valor incalculável. O brilho que carrega em seus olhos, nem todas as jazidas de diamantes presentes na Rússia são capazes de se equiparar. Ela é meu Sol e Lua. Minhas estrelas, galáxia e universo particular. Ao vê-la, não consegui ver mais ninguém presente no quarto.

Didi, Chica, Fátima e Carol pareciam não existir. A sede pelo seu abraço quente e forte era maior que toda a consideração possível em ter por elas. A felicidade estampada no seu magro e alvo rosto, me lembrou daquela linda menina dos olhos de amoras verdes debaixo da amoreira, trinta anos atrás.

Fui direto até ela na cama e a abracei forte. Não tem outro lugar que gostaria de estar, se não, dentro do seu abraço!

Alice

- Casa? Ouvi bem, doutor? - perguntei animada.

- Sim! Casa! Chegou a hora de ir embora - me respondeu o gentil doutor Luigh.

- Quando?

- Poderia ser hoje, mas tenho ciência que precisam organizar várias coisas. No entanto, sua alta está assinada e agora, é só continuar os tratamentos e aguardar a evolução do seu corpo - explicou calmamente - Meus parabéns senhorita Stromps. Pode se considerar uma sobrevivente.

- Obrigada - sorri com gentileza e emoção.

Todos à minha volta também se emocionaram com a notícia inesperada, no entanto, muito aguardada. Minha mãe correu me abraçar e aos prantos, repetia:

-  Graças a Deus! Graças a Deus! Louvado seja! Amém.

Didi levantou as mãos aos céus, em seguida segurou forte em suas guias, fechou os olhos e em silêncio agradeceu também. Chica abraçou a Carol e me olhavam felizes, com lágrimas escorrendo pelo rosto. Me senti extremamente amada e querida.

Quantas pessoas preocupadas com minha recuperação. Cada uma com seu jeito de pensar e crer. Entre todas, senti a falta da principal. Aquela que me preenche todos os espaços e tempo dentro de mim. A dona do meu próprio ser e todo amor. Minha amora que não me sufoca, mas me ama, cuida, protege. Ela que esteve comigo em absolutamente todos os minutos dessa etapa, agora, por um descuido meu, não partilhou do melhor momento.

- Meninas - chamei a atenção de todas e minha mãe me soltou do abraço - Preciso de ajuda.

- O que foi filha? - perguntou preocupada minha mãe.

- Calma mãe - sorri e segurei em suas mãos - Não é nada demais!

- Diga logo, Lice - falou Carol, arregalando os olhos.

- Pois é isso mesmo - interrompeu Didi - O que acontece?

Sorri do desespero de todas e continuei:

- Então, como sabem - pausa de suspense e um breve sorriso - Eu e a Laura - sorri timidamente e fui interrompida por um sonoro - Não diga!!!??? - e sorrisos altos. Continuei:

- Então, acontece que quando eu ia pedir ela em namoro, com ajuda da Carol - pisquei pra ela - Fui surpreendida com um sequestro e todos meus planos foram água abaixo.

- Verdade mesmo - falou Carol - Preparei tudo e no fim, não deu nada certo - fez um bico e revirou os olhos.

- Mas agora, é para dar certo! - falei animada - Acontece que, não saio do lugar - dei de ombros e sorri sem vontade - E queria fazer uma surpresa para a Laura quando ela voltasse.

- Estou dentro - falou rapidamente Didi - Para vocês dou minha benção e todo Axé possível.

- Ah! Assim fico emocionada - respondi sorrindo.

- Eu também estou dentro - falou minha mãe - A Laurinha é um doce desde pequena e não me importo com nada que seu pai e irmãos dizem. Para mim, o que vale é a sua felicidade e isso qualquer pessoa vê.

- Obrigada mãe! - falei emocionada.

- Eu nem preciso falar nada - falou Chica - Sou a favor de vocês antes mesmo de se darem conta que já eram feitas uma para a outra. O que precisa da gente?

Pisquei pra dona Chica e continuei.

- Pensei em flores, bombons  ou champagne e bexigas amarelas.

- Amarelas? - perguntou Didi com o cenho franzido - Não é vermelho a tal cor do amor?

- Ah Didi - respondi dando de ombros - É uma loonga história - revirei os olhos - Mas em resumo, para o nosso amor, a cor é amarelo - sorri.

- Ok! Que seja! Pelo menos é a cor de Iansã - falou animada - Protegido está! - e levantou as mãos com alegria.

Após acertarem todos os detalhes, pediram ajuda ao motorista e segurança da Laura que estava à disposição. Carol e Didi foram junto com ele comprar as coisas e rapidamente voltaram. Assim que chegaram, a Laura ligou e foi uma festa só. A euforia tomou conta e estavam em polvorosa. Me arrumaram, pentearam meu cabelo, até maquiagem fizeram com protetor solar e batom. Pareciam meninas brincando com uma boneca nova. Pelo menos, foi assim que me senti dentro das oito mãos, que fizeram questão de trabalhar em cada detalhe.

Quando ouvi a maçaneta se mover e a porta se abrir, meu coração parece que saltou do peito. Ela surgiu, linda como sempre. Agasalho esporte, igual ao meu, tênis, cabelo preso em um rabo alto, brilho nos olhos e sorriso nos lábios. Estava renovada. Que saudade da sua presença ao meu lado. Definitivamente, posso perder tudo, até o movimento dos meus membros, mas não existo sem ela. Meu sol e lua. Minhas estrelas, galáxia e universo. Meu mundo particular. Veio direto em minha direção e sem que houvesse uma palavra em nossa boca, nossos corpos se encontraram em um abraço forte e aconchegante. Um abraço que disse muito mais do que todas as palavras dizíveis. Abraço de perdão, de reencontro.

Não sei precisar se o abraço demorou mesmo o que me pareceu ou se foi profundo o suficiente para transpassar a contagem do tempo. Posso dizer, com certeza, que foi o tempo necessário para nos restabelecer e reviver.

Quando ela se afastou, me olhou com carinho. Acariciou meu rosto e me beijou a testa.

- Laura - chamei sua atenção - Preciso falar com você.

- Oi meu amor - respondeu carinhosamente - O que aconteceu?

- Muitas coisas - sorri com emoção - Mas uma delas é muito importante.

- Ai meu Deus - se afastou e olhou para todas e foi cumprimentá-las - Vocês me matam de curiosidade! - falava enquanto beijava uma e outra - Eu também tenho novidades, mas primeiro quero saber a de vocês - voltou até a mim na cama.

- Então! - continuei, sentindo a boca secar - É o seguinte..

- Fala logo! - me interrompeu afoita.

- Carol - pedi e ela prontamente abriu o armário e pegou as bexigas amarelas em formato de coração, preenchidas com gás hélio e soltou, fazendo-as subir e encostar no teto, decorando todo o ambiente. Laura olhou em volta sem entender - Chica - pegou no frigobar uma champagne e posicionou na mesinha lateral a cama, com dois copos de plástico - Laura continuou olhando tudo com atenção, segurando o riso e as lágrimas - Didi e mãe - entraram no banheiro e saíram, cada uma com um ramalhete de lírios e orquídeas rosas e amarelas e colocaram aos meus pés na cama - Laura já não continha as lágrimas, igual a mim, que teimava em segurar mas não conseguia - Laura - continuei e segurei em suas mãos - Minha doce e linda Laura, minha Amora - beijei sua mão - Na presença das pessoas mais importantes das nossas vidas e nesse dia super especial em que recebi alta..

- O quê? - gritou e me beijou a boca num beijo inesperado e forte - Que demais!!! - beijou novamente e me abraçou forte - Vamos pra casa!!!

- Sim - respondi entre o beijo sorrindo - Mas ainda não acabei - a empurrei levemente - Quero olhar em seus olhos - pedi com carinho.

- Diga! - sorriu - Estou muito emocionada!! - balançou as mãos, junto com as minhas sorrindo.

- Voltando! - sorrimos - Como dizia - suspirei e arranhei a garganta - Na presença das pessoas mais importantes das nossas vidas quero saber se você aceita namorar comigo?

Ela não respondeu! Gargalhou, jogando a cabeça para trás e em seguida falou entre sorrisos e lágrimas:

- Sim!! Sim!! Sim!! - me beijou a boca com carinho - Todos os sins do mundo!! Quero ser sua namorada e já tem muito tempo!

Não vi mais ninguém na sala! Naquele momento só tinha eu e ela e nosso amor estrondoso dominando o ambiente.

Nossos corpos se uniram num abraço quente e com encaixe perfeito. Nossos corações se encontraram e batiam juntos num descompasso melódico de puro frenesi. Um abraço cheio de cumplicidade por toda dor enfrentada juntas, por todos os diagnósticos desfavoráveis à nossa continuação e toda ameaça recebida de peito aberto. Um abraço carregado de história, de encontro, desencontros e reencontros. No meio do abraço, nossos lábios se procuraram e como a polinização que possibilita a continuação das floradas, nosso néctar se misturou num beijo macio a carinhoso, regado do mais puro e sincero amor que habita em nosso ser.

- Eu te amo! - me falou ao final do beijo e encostou a testa na minha, me fazendo olhar em seus olhos - Me perdoa?

- Eu que te peço perdão! - falei com os olhos marejados - Você é a mulher da minha vida! Perdoa por te magoar.

- Está tudo bem! Estávamos cansadas - me beijou mais uma vez.

- Eu te amo! - falei ao final do beijo - Te amo além da vida.

Ao fundo do nosso momento, ouvimos palmas empolgadas. Olhamos ao redor e nossas meninas estavam emocionadas iguais a nós. Sorrimos e nos abraçamos mais uma vez.

Peguei as flores dispostas nos meus pés e a entreguei. Ela pegou com o mesmo cuidado como se pegasse um pote de cristal. Cheirou as flores e me beijou.

- Vamos brindar? - me perguntou sorrindo.

- Sim! - sorri - Você abre!

Brindamos ao nosso amor com os copos de plástico, em um hospital, sem glamour, sem etiquetas e requintes, na presença das nossas mães e amigas, em um dos momentos mais contraditórios das nossas vidas, com a certeza de que não existe nenhuma força contrária capaz de vencer o amor verdadeiro. 



Fim do capítulo

Notas finais:

Notas:


Só quem é apaixonada(o) por Laura e Alice e está na torcida por elas vai comentar aqui. Quero ver quantos são :)




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Comentários para 79 - Um brinde:
jakerj2709
jakerj2709

Em: 26/04/2022

Enfim a paz  e o amor voltou!!

Obrigada autora, elas merecem um pouco de paz ...

Autora que não haja mais sofrimento meu!!!


Resposta do autor:

Muita, assim, muuuuuita paz não te garanto rsrsrs afinal, temos alguns embates a serem enfrentados para que possamos concluir a história com sucesso, mas te garanto que vai valer a pena. Aguarde resrs

Responder

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mtereza
mtereza

Em: 24/04/2022

Esta vendo não a doeu nada deixar a Alice ter um pouquinho de paz e foi lindo amei o pedido de namoro 


Resposta do autor:

Kkkkk não doeu!! Kkk agora Alice tá em paz! :)

Responder

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Eva Bahia
Eva Bahia

Em: 19/04/2022

Muito apaixonada por essas lindas amoras.. felicidades pra elas e pra todas nós!!


Resposta do autor:

Muita paixão e Axé para tod@s nós!!

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 14/04/2022

Que emoção. Chamas gêmeas.

Responder

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Rafaela L
Rafaela L

Em: 13/04/2022

Ahhh,que pedido fofo! Tudo muito lindo.Pura emoção!

A Carol,sabe colocar os pinos de volta na cabeça da Alice.

E quem diria que sair do armário,renderia tantos zeros a mais na conta bancária.

Na minha época,n foi assim não! Rsrsrs

 


Resposta do autor:

Na minha época TB não foi assim, mana. Vai ver que é pq não somos a super Laura rsrsrs

Responder

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paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 13/04/2022

Só amor pelas as minhas meninas.
Resposta do autor:

Um capítulo de Paz para as defensoras de Alice rsrsrsrsrs

Responder

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