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Fique por Leticia Petra

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Palavras: 4511
Acessos: 4238   |  Postado em: 07/04/2022

Capitulo 10 - Que sentimento é esse?

      A noite estava bonita, o vento forte adentrava aquele grande espaço, arrepiando a minha pele, mas ainda assim, era incrível. Na cidade não havia nada daquilo, a selva de pedra tomava conta de todo o espaço.

Eu poderia me permitir disfrutar, nem que seja um pouco. Era errado estar aliviada por Fábio ser desmascarado? Não suportava mais a nossa relação.

“Ah, Deus!”

— Eu queria poder estar com você, Oli. – Caio lamentou, mas o que ele não sabia era que ouvir sua voz me deixava melhor.

— Queria que estivesse aqui. – A égua que me encarava há vários minutos, relinchou e parecia estar atenta a minha conversa.

— Onde você tá? – Olhei para Safira, que me mexeu as orelhas. Seu nome estava gravado na porta de sua baia.

Fofoqueira.

— No estabulo, tem uma égua e ela é muito linda, você precisa ver. – Levantei, indo até ela com certo receio.

Toquei em sua crina e ela permaneceu a me encarar.

— Credo! Eu morro de medo... – Caio me fez rir.

— Isso me faz recordar de uma bela história. – O provoquei.

— Não me lembre disso, até hoje sinto dores nas costas...

— Olivia? – Marina surgiu na porteira.

Ela esfregava as mãos freneticamente, denunciando que estava inquieta.

— Podemos conversar?

Marina...

— Amiga, conversa com ela. Vocês são irmãs, ela merece se explicar ou ao menos pedir perdão. – Ele tinha razão.

— Vou desligar, eu te ligo amanhã.

— Tudo bem e vê se pega leve. Te amo.

— Também te amo. – Encerrei a ligação.

Marina deu alguns passos.

 — Apesar de tudo isso, de ter descoberto que o cara que eu sempre venerei é um ser mal caráter, saber que temos também um laço sanguíneo me deixa muito feliz. Mais que isso... não que faça alguma diferença, você é a minha irmã e nada mudaria isso. Eu sei, sei que foi errado te esconder essa merd* toda... droga, deveríamos ter te contado, ter feito diferente. Eu sinto muito, Olivia... – Marina falou de uma vez, quase não respirava. – Me perdoa.

O que eu deveria responder? Não me recordava se alguma vez precisei perdoar alguém.

— Por favor, diz alguma coisa.

Marina me daria uma segunda chance? É claro que daria. Apesar de estar magoada, não posso ser injusta, a minha irmã me ama.

 — Você e eu somos irmãs, o mesmo sangue... – Passei minha mão sobre o meu rosto e somente nesse momento, notei que chorava. – Me promete uma coisa?

— Sim, tudo o que você quiser. – Ela se aproximou, porém não muito.

— Chega de mentiras! Como pode ver, mesmo depois que essa bomba caiu em meus braços, mesmo me sentindo perdida, eu estou de pé. – Eu sou forte! – Então, por favor, não me esconda mais nada. Eu sou uma mulher, uma mulher!

— Às vezes eu me esqueço disso... - Ela sorriu, indo até um amontoado de feno e sentou sobre ele. – Eu prometo, jamais voltarei a mentir ou te esconder algo. De agora em diante, chega de mentiras.

Marina bateu no espaço ao seu lado e eu fui até lá, sentando. Deitei minha cabeça em seu ombro, fechando meus olhos por alguns segundos.

— Sobre a mamãe...

— Uma coisa de cada vez, por favor... vai levar algum tempo, então por favor, não me pressione. – Ela segurou a minha mão.

— Tudo bem, teremos a vida toda. – Marina deitou sobre o feno e como fazia quando éramos crianças, me fez deitar sobre seu braço.

— Travesseiro de braço. – Sorri.

— Travesseiro de braço...

       Marina e eu ficamos por um tempo ali, apenas conversando como há tempos não fazíamos e isso me acendeu uma esperança que sim, as coisas iriam melhorar. Quem sabe em algum momento no futuro, estaríamos livres desse fardo.

Preciso acreditar que sim.

Quando voltamos para o casarão, as luzes já estavam desligadas.

— Vou tomar banho e dormir... – Marina sussurrou.

— Irei comer algo na cozinha e já subo. – Minha irmã apenas acenou em positivo e subiu.

Me perdi no caminho, mas acabei por achar a cozinha e ao chegar lá, vi que havia mais alguém.

— Não consegue dormir? Por que tá nessa escuridão? – Parei na entrada.

— Precisava terminar alguns relatórios. – Zoe me encarou.

      Ela estava com os óculos de descanso e a luminosidade da tela, me permitia ver sua pele do colo através do decote que o roupão que ela usava, deixava aparecer. Não foi por querer, mas os meus olhos correram para aquele pequeno pedaço de pecado. Um nó se formou em minha garganta e algumas memorias resolveram fazer gracinha.

— Bom, eu vou deixar você trabalhar...

— Não iria fazer algo aqui? – Zoe ficou de pé, deixando os óculos sobre a mesa.

— Bem, sim... – Limpei a minha garganta.

Um pequeno alerta disparou em minha cabeça.

— Como você tá? – Ela estava chegando muito perto, eu precisava sair dali.

O meu corpo todo enlouqueceu. Esse poder que a Zoe tem sobre meu desejo, não era nada bom.

— Não consigo responder essa pergunta com exatidão. – Ela ficou a minha frente e outra vez eu estava sendo encurralada.

— Admiro que esteja sendo tão forte... – Perto demais, perto demais. – Você tá crescendo, pirralha.

— Eu não sou mais uma pirralha! Na verdade, nunca fui. Você só é dois anos mais velha.

Cerrei o olhar e mesmo na penumbra, vi um sorriso se formar naquele rosto tão perfeito.

— Você me deixa louca, com tão pouco... – Zoe passou o dorso de sua mão sobre meu colo e a minha pele se arrepiou.

“Traidora.”

— Alguém pode ver... – Faltava apenas um empurrão para que eu perdesse a razão, me jogando no precipício chamado Zoe.

— Que veja...

      Como se uma outra pessoa tomasse conta do meu corpo e controlasse as minhas ações, dei o primeiro passo e encostei os meus lábios nos dela. Coloquei os meus braços envolta de seu pescoço e senti suas mãos segurarem firmes em minha cintura. O que aconteceu a seguir foi algo totalmente diferente das outras vezes em que as nossas bocas se encontraram.

Um beijo gentil, longo e com... paixão?

“É diferente dos outros beijos que trocamos... totalmente diferente.”

      Pude sentir a textura, o sabor, a temperatura daquela boca que conseguia despertar coisas que eu nem sabia da existência. Um frio se apossou de meu estomago, pedindo mais contato, então em um ato que pareceu surpreender até mesmo a Zoe, abri o roupão que ela usava, adentrei a fina regata e coloquei minhas mãos sobre os seios que couberam com perfeição.

São quentes e macios.

— Quer senti-los de outra forma? – A pergunta dela me fez tremer, pois o tom usado foi extremamente sensual aos meus ouvidos. A minha intimidade se encontrava molhada, vergonhosamente derrotada.

      A respiração da Zoe mudou ou é impressão minha? Não, é só impressão. Zoe já deve ter estado com vários homens e mulheres, eu era apenas mais uma. Imaginar isso me fez sentir um leve incomodo.

O barulho de algo se quebrando, me fez empurra-la de imediato.

— Me desculpem, eu não queria interromper...

Maria Eduarda nos olhava, mas não era com surpresa.

— Foi sem querer, acho que devo ter quebrado algo caro. – Tentei me recompor, não conseguia nem olhar em sua direção.

— Eu vou te ajudar a limpar. – Me agachei para juntar os cacos, mas por conta das luzes apagadas, me machuquei em um deles. – Aí...

— O que houve? – Minha irmã perguntou e a luz foi ligada.

— Me cortei... – Muito sangue passou a sujar o meu braço.

— Tem que pressionar... – Zoe se agachou ao meu lado e com a barra do roupão, passou a pressionar o ferimento.

— Merda, isso parece ser profundo. – Maria também se agachou.

Muito sangue.

— Maria, embaixo da pia tem um kit de primeiros socorros.

— Tá... calma, eu não demoro.

— É um corte grande, vai precisar de ponto. – Zoe me encarou.

— Você tá toda suja...

— Aqui... eu não sei fazer isso. – Maria se agachou outra vez ao meu lado.

— Vou apenas limpar para não infeccionar, mas iremos ter que ir até um hospital. Tem uma cidadezinha há quarenta minutos daqui. – Ela passou a fazer o curativo e o corte era grande.

— Eu não... aii... – Fechei meus olhos.

— Aguenta um pouco mais. Já vai acabar... – Maria Eduarda estava com a mão tremula, mas mesmo assim segurava a minha.

Zoe fez uma limpeza e colocou gazes.

— O que aconteceu? Olivia, o que houve? – Marina foi até mim, ficando nervosa.

— Ela precisa de pontos, o corte é grande. – Zoe ficou de pé e me ajudou. – Vou leva-la na emergência.

— Eu vou junto... – Marina e Eduarda disseram juntas.

      Tentei convence-las que não era para tanto, mas perdi nos argumentos. A cidade era pequena e havia apenas uma unidade UBS. Poucas pessoas a minha frente, então o atendimento não demorou.

— Uau! – O enfermeiro olhava para o corte. – Temos belo corte aqui.

— Você irá anestesiar, não é? – Ele colocou as luvas.

— Não se preocupa, não irá doer nada. Vou fazer os pontos e o médico de plantão vai receitar algo pra dor. Ok? – Apenas concordei com a cabeça.

      Enfermeiro passou a fazer o procedimento e de fato, foi muito rápido. Passei com o médico e ele receitou o medicamento, um deles foi dado pela farmácia do posto. Ao chegar na pequena recepção, Maria, Marina e Zoe vieram até a mim.

— Sete pontos, mas vou sobreviver. – Ensaiei um sorriso.

— Está com dor? – Zoe segurou a minha mão com delicadeza, inspecionando o curativo.

Senti as minhas bochechas aquecerem, pois recebi um olhar surpreso de Marina.

— Sem dor, o enfermeiro me deu algo forte e o efeito é prolongado. – Ela estava mesmo preocupada?

— Isso é culpa minha... – Maria Eduarda, assim como a Zoe, ainda estava suja com o meu sangue.

— Ei? Você vai cuidar de mim. – Me partiu o coração vê-la daquela forma. – A culpa foi minha.

Sorri e ganhei um outro sorriso.

— Vamos a uma farmácia... – Marina segurou meu braço. – Agora deve estar fechado, mas amanhã iremos comprar os remédios.

— Eles me deram algo pra infecção e dor. – Mostrei a sacolinha. – Vamos? Acho que já dei muito trabalho pra vocês.

Percebi um clima esquisito entre as minhas irmãs.

— Zoe, você viu isso? – Cochichei, enquanto íamos para o carro. Marina e Maria iam à frente.

— Acho que há uma pequena desavença entre suas irmãs. – Zoe sorriu e diferente dos outros, foi um sorriso genuíno.

Senti o meu coração bater mais rápido.

“O que tá se passando?”

      Quando chegamos a fazenda, fui para o quarto tomar banho e me livrar de toda aquela sujeira. Ao deitar na cama, olhando para aquele teto no qual as sombras da enorme mangueira ao lado se projetavam, tentava encaixar os meus pensamentos e a conclusão foi assustadora.

— Eu me apaixonei pela Zoe... aí. – Bati a mão machucada. – Merda.

— Posso dormir aqui? – Maria Eduarda estava na porta.

— A quanto tempo está aí? – Ela fechou a porta e veio até a cama.

— O suficiente... – Minha irmã sorriu.

— Deita aqui... – E foi o que ela fez.

— O Eric queria vir até aqui, saber como você está, mas ficou com vergonha. Ele... na verdade, nós estamos um pouco deslocados. – Passei a olha-la. – O que foi?

— Nada, eu só me pergunto como teria sido se jamais tivéssemos nos separado. – Me aproximei dela, me acomodando sobre seu braço. – Também me sinto um pouco deslocada, mas agora estamos juntos aqui.

Ficamos em silencio por algum tempo.

— Você e a Zoe, vocês estão namorando? – Olhei para a minha mão machucada que estava sobre o abdômen de Maria.

— Não, acho que isso nunca vai acontecer. – Ela estava diferente, mas ainda assim, continuava sendo a Zoe.

— Você tá apaixonada...

— Tenho certeza que não é reciproco. – Ela passou a fazer carinho em minha cabeça.

— Se precisar de alguém pra conversar, eu estarei aqui... – Não pude deixar de sorrir.

      Aos poucos, o sono me venceu e acabei por dormir abraçada a Maria Eduarda. Naquela madrugada, sonhei que Fábio me sequestrava e me levava para outro país. Acordei, notando que estava no quarto, com a minha irmã ao lado, então voltei a dormir.

Foi apenas um pesadelo.

       Acordamos cedo, bem antes dos outros, pois o administrador da fazenda iria levar o Eric para conhecer o lugar onde trabalharia, a Zoe e o João foram com ele. Resolvi acompanhar o trabalho da veterinária, me oferecendo para ajudar.

Maria e Benjamin estavam comigo.

— Isso, você foi uma ótima menina. – Lanna, a veterinária, conversava com Safira.

— Você parece bem jovem. – Ela me encarou e sorriu.

— Na verdade, sou bem mais velha do que pareço. – Franzi o cenho. – Tenho trinta anos.

Abri a boca de leve.

— Você é muito bonita também. – Maria Eduarda comentou.

As duas se encaram.

— Tias, tias... olhem. – Benjamin saiu nos puxando.

Uma das éguas dava à luz, uma pequena equipe se mobilizava.

— Esse é um dos momentos mais bonitos do trabalho de veterinária. – Lanna comentou.

Passei a observar, me sentindo confortável. Era a primeira vez que presenciava algo assim e posso afirmar, foi emocionante.

 

 

      Meu pai havia montando um escritório na propriedade, no qual trabalhava 10 funcionários que administravam tudo o que entrava ou saia. O abastecimento de carnes dos nossos supermercados vinha da fazenda, o que quase ninguém sabia.

— Vou encaixa-lo na parte de secretariado, ele parece ser um rapaz esperto. – Charles falava.

— Trate ele como qualquer funcionário, ensine o que puder, será algo temporário. – Aspirei o ar puro daquele lugar.

— Pode ter certeza que assim será, senhorita Zoe. – Charles chegou mais perto. – Já que está aqui, que tal sairmos? Um restaurante? Um motelzinho?

— O que rolou entre a gente, ficou no passado. – Peguei meu celular sobre a mesa. – Se coloque no seu lugar.

Charles apenas arregalou os olhos.

— Se algo acontecer, ligue para a fazenda, pois estarei lá até amanhã. – Sai do escritório.

— Estava te esperando, o Eric já iniciou e está sendo orientado por um dos funcionários. – João passou a caminhar ao meu lado. – Podemos ficar até o fim da semana?

— Acho que podemos fazer isso. – Ele abriu a porta do carro para que eu entrasse. – Obrigada.

João deu a volta e entrou.

— A polícia entrou em contato, o Fábio foi visto no Maranhão. Uma câmera de segurança registou um saque em uma agencia bancaria. – Ele deu partida.

— Significa que teremos um pouco de sossego por um tempo. – Pensei em Olivia pela milésima vez.

O acontecimento de ontem ainda não havia sido digerido.

— Fechamos com quatro times e em breve, iremos divulgar. Dois deles então em competição nacional e isso será muito bom para nós. – João parecia contente.

— Graças a você, parabéns. – Ele sorriu.

— Obrigada, Zoe...

      Quando chegamos, vi minha tia na varanda e o Benjamin estava ao seu lado. A cena me chamou a atenção, pois vi um olhar carinhoso dela para o garoto. Os dois estavam entretidos, nem nos viram chegar.

— Vocês voltaram. – Encontramos Marina.

— Cadê a Oli? – João perguntou.

— Ela tá no estabulo com nova irmã e a veterinária. – Ergui a sobrancelha.

— Impressão minha, ou você tá morrendo de ciúmes? – Resolvi provoca-la.

— Ciúmes? Ora, de que? – Marina cruzou os braços.

— Da Olivia e a irmã. – João completou.

— Vocês dois estão malucos. Eu vou pro quarto, preciso trabalhar. – Minha prima subiu as escadas.

João me olhou e riu.

      Subi, tomei um banho rápido e fui para o escritório trabalhar. João e eu participamos de uma longa reunião por vídeo conferencia. Mesmo com a mente ocupada, resquícios da noite passada teimavam em me encher a paciência.

— Bem, hora de um descanso. Quer que eu traga o seu almoço até aqui? – João levantou e passou se movimentar, pois passamos muito tempo sentados.

— Eu agradeceria... – Ele apenas acenou e deixou o escritório.

Tomei o último gole de café e fui até a janela.

      Pude ver Olivia montada em um dos cavalos, um pouco desajeitada. Um sorriso genuíno enfeitou a face bonita. Ela ajudava Maria Eduarda a subir na égua branca. Não podia negar, era bom ver a sua felicidade.

      Ultimamente, eu estava sensível a coisas bobas como essa. Odiava me sentir assim, entretanto, podia admitir isso a mim mesma, aquela pirralha que já não era tão pirralha assim, me deixava rendida.

Talvez passasse quando...

— Bem, aparentemente o almoço já vai ser servido. Podemos comer e voltar pro escritório. – Me afastei da janela. – O que estava olhando?

João foi até a janela.

— Ela é teimosa... deveria estar de molho. – Ele me encarou.

— Vamos comer? – O sorriso presunçoso em sua face me fez rolar os olhos.

      Descemos para a mesa e aos poucos, todos foram se reunindo. Olivia sentou ao meu lado, os curativos foram trocados. Os fios castanhos estavam presos em um rabo de cavalo, ela usava um short jeans desfiado, uma regata solta e um par de chinelos brancos.

Uma delícia aos meus olhos.

— Sem dores? – Sussurrei em seu ouvido e pude ver os pelos de seu braço ficarem eriçados.

— Sem dores, a Marina tá cuidado disso. – Olivia colocou a mão boa sobre a coxa.

Coloquei a minha sobre a dela, fazendo um carinho sobre o dorso.

— Está tomando os remédios direito? – Tia Betina perguntou.

— Sim, Marina e Maria não me deixam esquecer. – Olivia respondeu.

Toquei a pele exposta, brinquei com as unhas bem feitas. Passeei com os meus dedos pela coxa macia, seguindo para um outro caminho.

— O que tá fazendo? – Olivia perguntou baixinho.

— Matando a minha fome... – Ela me encarou desacreditada e eu apenas sorri.

Os meus dedos alcançaram sua intimidade, por cima do short.

— Humm... – Ela gem*u baixinho.

Olivia tentou tirar a minha mão, porém desistiu quando pressionei a região.

— Tá sentindo dor, filha?

— NÃO! Eu só bati sem querer, foi só isso. – Senti vontade de rir, mas fingi indiferença.

      Ela retirou a minha mão e me olhou de forma raivosa. João ergueu as duas sobrancelhas, certamente percebeu o que havia se passado. Apenas continuei comendo, pois ainda teria de voltar para o escritório.

— Os mineiros estão acelerando as obras. Quando a Marina deverá ir? – João digitava algo em seu notebook.

— Acho que em dois meses seria bom. Vi algumas fotos e vídeos e de fato, será a maior unidade do grupo Cavalcante. – Olhei para ele.

— Meu pai mandou uma mensagem há pouco. O aniversario dele será em pouco tempo. – João sempre ficava receoso. — Você vai, não é?

— Farei esse sacrifício. – Ele sorriu.

— No fundo, você me ama. – Apenas o ignorei. – E ama muito.

 

      Quando terminamos todo o trabalho, já era noite. Fui para o quarto, tomei um longo banho e tomei um analgésico. As minhas costas doíam por conta das horas que passamos no escritório. Pensei outra vez em Olivia e movida pelo desejo incomodo, deixei o cômodo e fui até o dela, abrindo a porta devagar e ela não estava. Ouvi o barulho do chuveiro ligado, me aproximei da porta entre aberta, com a intenção de assusta-la, mas a imagem que vi foi a mais excitante da minha vida.

Pude sentir o meu sex* reagir.

— Aaah, Zoe... – Fechei meus punhos com força.

      Olivia se tocava, os olhos estavam fechados, a mão direita brincava com o seu sex*, o seu corpo estava molhado, podia ver as gotas escorrendo pela pele bem cuidada, o lábio inferior era mordido com sensualidade. As curvas femininas, os seios bonitos, não tão grande e nem pequenos, a intimidade exposta.

Fiquei paralisada, me perguntando se deveria ir embora ou ajuda-la naquela tarefa tão prazerosa.

— ZOE! – A voz dela me trouxe de volta.

Olivia cobriu o corpo com a toalha. Adentrei o banheiro, trancando a porta.

— Continua, só mais um pouco... – Me aproximei, tirando a toalha da frente.

Podia ver o peito de Olivia subindo e descendo de forma desenfreada.

— Eu não vou conseguir. – Seu olhar desviou do meu. Ela estava envergonhada e isso só a deixou ainda mais atrativa.

— Então eu o farei por você. – Segurei seu queixo com delicadeza e a beijei, com calma, contemplando aquela obra de arte que é a boca de Olivia.

     Uma de minhas mãos foi até os seus seios, os tocando, descendo entre os belos montes, passando pelo abdômen firme, chegando ao seu sex* molhado, escorregadio. Interrompi o beijo, levei aquele mel até a minha boca, ch*pando meu dedo.

— Você estava se tocando pensando em mim, não era? – Seus olhos fixaram nos meus. – O que quer que eu faça? É só me pedir, e eu o farei...

— Tão obscena... – Sorri. – Eu quero sentir sua boca em meu sex*. Era isso que eu estava imaginando.

Pude sentir o meu sex* se contrair tão forte, que senti uma pequena dor física.

— Então me deixa fazer ser real.

     Me agachei diante daquele espetáculo de mulher, elevando uma de suas pernas, me dando a visão completa daquela área. Passei a língua, sentindo Olivia estremecer, continuei com calma, mesmo que o meu corpo estivesse em brasas.

— Aaah, Zoe...

     Olivia segurou firme eu meu cabelo e aquele ato foi um claro pedido de mais intensidade e foi exatamente o que fiz. Ela passou a rebol*r contra a minha boca, cada vez mais rápido e dizia coisas desconexas.

Mergulhei naquele prazer absurdo que era dar prazer a ela.

— Eu vou... eu vou. Continua, não... não pare.

      Então Olivia gozou em minha boca, afrouxando o aperto em meus cabelos. Eu estava longe de querer parar, queria levar isso para cama e só parar quando os nossos corpos não suportassem mais.

— Sua mão, tá sangrando... – Fiquei de pé.

— Eu bati em algum momento. – Segurei em sua cintura, a olhando nos olhos.

— Irei limpar... o que foi? – Olivia aproximou os lábios dos meus, me beijando com calma, tesão.

Nos afastamos.

— Queria poder tocar em você também. – Não pude evitar o sorriso. – Desculpa por atrapalhar com isso.

Ela mostrou a mão, me fazendo beija-la outra vez.

— Eu também adoraria, o meu desejo é de levar você para aquela cama e não te deixar dormir, te tocar e ser tocada, mas sua mão parece estar contra. – Aquele sorriso genuíno outra vez.

Agora era para mim.

“Os fios invisíveis.”

— Vou te ajudar com isso. – Grudei minha boca na dela, em um selinho longo.

      A ajudei a vestir o roupão, fiz toda a higiene do ferimento e mesmo com o corpo implorando por satisfação, o ignorei e fomos para o quarto. Precisaria de outro banho para acalmar tudo aquilo.

Duas batidas na porta.

— Boa noite, Olivia. – Beijei sua bochecha e me afastei.

— Boa noite, Zoe... – Ela me olhava de uma forma que não pude ler. – Dorme bem.

A olhei por uns segundos.

Abri a porta e dei de cara com o Eric, Ben e Maria Eduarda. Maria ergueu as sobrancelhas.

— Viemos jogar com a tia Olivia. – Ben mostrou o tabuleiro.

Eric e ele entraram, mas Duda não.

— Veio trocar os curativos? – Maria me questionou, mas de uma forma sarcástica.

— Não me olhe dessa forma. – Franzi o cenho.

— Cunhadinha...

Maria Eduarda entrou, me deixando com essa palavra se repetindo na cabeça.

— Cunhadinha?

      Voltei para o quarto, tomei outro banho e precisei aliviar o meu corpo, sozinha, com a imagem de Olivia se tocando, com a lembrança de seu gosto em minha boca, os gemidos, o belo corpo despido, o meu prazer foi a altos picos.

— Ah... – Fechei meus olhos, segurando no azulejo. – Não é o suficiente.

O que se passava? Eu não me reconhecia mais.

      Decidi descer para comer algo na cozinha e ao me aproximar, pude ouvir vozes baixas, mas em um tom alterado.

— Ela é minha irmã. – Marina entoou com raiva.

— Olivia é a minha irmã também, você tá meio velha pra crise infantil de ciúmes? – Era a Maria.

— Velha? Ciúmes? Olha, você deveria abaixar a sua bola, garota. – Então a toda perfeitinha tinha um ponto fraco.

— Olha, não me perturbe a paciência... não vou ficar perdendo tempo com você. – Maria Eduarda passou por mim, pisando duro. – Sua prima é doida.

Sorri, entrando na cozinha.

— Tá olhando o que? – Levantei as mãos

— Calma, não precisa dessa agressividade. – Fui até a geladeira.

— Essa garotinha me deixa puta. – A encarei.

— Marina, você sabe xingar, eu estou surpresa. – Ela apenas rolou os olhos. – Se quer um conselho, você deveria ficar feliz que a Olivia tem mais pessoas pra contar. Você, a Eduarda, o Eric são irmãos dela e isso nada vai mudar.

Marina baixou o olhar.

— Ela só me tira do sério, vive rodeando a Olivia, não me deixar fazer nada. – Sentei no balcão.

— É normal, Marina, Maria Eduarda e o Eric passaram a vida toda privados de conviver com a irmã, eles querem recuperar o tempo perdido. – Mordi o cookie. – Tudo é novo para eles.

— Vocês estão aqui. – Tia Betina sentou ao lado de Marina. – Não consigo dormir, essa frieza da Olivia tá me matando, isso tudo tá sendo um horror.

— Dê um tempo a ela, mamãe... – Minha tia me olhou.

— Zoe, você parece ter influência sobre a Olivia, vocês estão próximas agora, conversa com ela. – O pedido me pegou desprevenida.

Influencia?

— Peça a ela que me escute, eu preciso pedir perdão. – Estava estampado em seu olhar o sofrimento.

O que eu deveria fazer?

— Tia, dê um tempo a Olivia, vocês ficarão aqui por um tempo e talvez isso as aproxime. – Decidi voltar para o quarto. – Ela é uma pessoa com o coração grande, logo vai te perdoar.

Deixei a cozinha, com a cabeça fervilhando. Algo estava me incomodado em demasiado.

— Preciso dormir, apenas isso...

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Só vendo muitas pulando os capitulos.

Só de olho.

Boa tarde, meus amores. :)


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Comentários para 10 - Capitulo 10 - Que sentimento é esse?:
patty-321
patty-321

Em: 09/04/2022

Duda e Marina. Será?


Resposta do autor:

Será?

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Tazinha
Tazinha

Em: 08/04/2022

Sério que vai ser só esses dois cap? Nao né 

Postem mais 


Resposta do autor:

Vai ser só os dois. Tenho 18 capítulos prontos dessa estória, se eu postar mais do que 2, vai acabar os 18 e vai demorar ainda mais pra postar, pois eu trabalho e só escrevo no meu tempo livre. Kkkkkkk então é melhor dois por semana do que 1 a cada duas ????

Mas é gostoso ver a empolgação de vocês. Tô trabalhando nos capítulos novos, não se preocupem.

Responder

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Lea
Lea

Em: 07/04/2022

Zoe, Zoe,se deixa levar por essa paixão. Se permita. A Olívia só precisa vê verdade na Zoe para se permitir também!

Marina e Maria Eduarda disputando a atenção da irmã,estou adorando. Logo,logo elas se entendem!

Será que vai rolar algo entre a veterinária e a Maria Eduarda???


Resposta do autor:

Nos próximos capítulos iremos ver muita coisa nova e muita coisa vai se encaixar. 

Marina tá morrendo de ciúmes e a Duda tentando recuperar o tempo perdido. 

Olha, talvez um affair entre as duas. ;)

 

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laisrezende
laisrezende

Em: 07/04/2022

Concordo com todo mundo, tem que postar mais. 2 cap uma vez por semana é muito pouco, ainda mais porque demora demais uma semana. Está todo mundo envolvido de novo, na história, no site, graças a vocês. Postem mais logo por favor meninas


Resposta do autor:

Bom, como eu expliquei as outras meninas, Mei tempo é contado e estou atualmente escrevendo o capítulo 19. Se for mais do que é agora, os caps se esgotam e aí sim irá demorar muito mais para serem postado, mas essa empolgação de vocês está apressando bastante o processo. Tá animando muito a gente.

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barbara7
barbara7

Em: 07/04/2022

Dona Letícia e Dona Tanny.... pode voltar aqui e postar mais, não é justo depois desse cap DELICIOSAMENTE perfeito vocês só postarem dois. É muito pouco!


Resposta do autor:

Capitulo escrito com teste de qualidade. Selo Tanny Amorim hahaha Ela tá muito empolgada com tudo e sempre vem ler os comentários. 

Então, vamos negociar os caps. Tanny e eu entramos em acordo de postar 1 na segunda e outro na quinta.  Infelizmente, não dá mesmo pra ser mais que isso. A estória já está adiantada em 2 semanas. Preciso desse tempo para terminar os outros capítulos sem atropelo e entregar algo realmente digno da empolgação de vocês. :)

 

 

 

 

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CatarinaAlvesP
CatarinaAlvesP

Em: 07/04/2022

Gente, tudo que todo mundo estava esperando. Ainda bem que Zoe não foi babaca, pelo contrário, está toda carinhosa com a Olivia... posta mais, por favor 


Resposta do autor:

A Zoe é uma fofa quando quer rs

Sou suspeita pra falar, mas sou team Oli e Zoe. 

Vou adiantar um cap pra segunda. Assim não fica uma semana inteira de espera :)

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izamoretti30
izamoretti30

Em: 07/04/2022

MENINAS!!!!!!!!

voltem aqui agora e postem mais! 

Pelo amor de deus 


Resposta do autor:

Amor, não posso postar mais que 2, como o meu tempo é bem louco por conta do trabalho e afins, só escrevo quando tenho tempo e se  eu postar tudo, vai demorar demais pra sair os novos.. 

1/3 da estória já se foi. Curtam ela aos poucos :)

 

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