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Marina ama Biatriz por Bel Nobre

Ver comentários: 2

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Palavras: 1808
Acessos: 968   |  Postado em: 07/04/2022

Capitulo 8

 

                                                   CAPÍTULO 8 -

 

 

 

BIATRIZ

 

 

Eu já ia entrando com as compras quando ouvi dona Fabiana brigando com a filha. Alguma coisa me dizia que era por minha causa.

— Quer dizer que eu não posso falar com ela só porque, talvez, ela goste de meninas? O que isso tem a ver, mamãe? Ainda outro dia a senhora estava dizendo que isso era normal, quer dizer que é normal quando é com os filhos dos outros...

— Marina, eu não disse isso. Você está gritando comigo, está?

― Desculpe, mamãe... é que eu não entendo. A senhora, que é minha mãe, está me julgando só porque me viu conversando com a vizinha, imagina o resto do mundo ― eu ouvia ela dizer, mas percebi na voz trêmula que ela também estava chorando.

Dona Fabiana tentou contornar a situação explicando os motivos de ter feito tal comentário, que se a gente fosse amiga, ela estaria por perto para acabar o falatório, essas coisas que mãe sempre fala. A princesinha mais gata que eu já conheci parecia uma gata selvagem, jogou a sacola com o bolo longe. Quando correu para dentro de casa chorando, se arrependeu e pegou a sacola de volta. Eu também entrei e fui para a cozinha guardar as coisas. A campainha tocou e, quando fui atender, minha mãe já estava abrindo a porta.

— Olha só, quem é vivo sempre aparece. Entra. O que foi? Você está com uma cara... — Ela pegou dona Fabiana pela mão e a fez se sentar no sofá que tinha ali perto da janela que dava para o jardim de inverno.

— Discuti com a Marina por besteira e ela se zangou. Eu fiz minha filha chorar, Lu. Pela primeira vez, ela ficou chateada comigo e me culpa não sei nem de quê — dona Fabiana desabafava com minha mãe.

Momentos antes, minha mãe havia recebido um telefonema da mais recente namorada e jurado que já estava chegando no local de encontro, no entanto agora parecia que tinha se esquecido do encontro.

— Fique calma, filhas são assim mesmo. Diferente de filhos homens, as meninas têm os nervos à flor da pele e explodem por tudo, principalmente ela, que está entrando na adolescência, cheia de porquês e se achando a dona da verdade. Se ela tiver esse gênio horrível da mãe, eu tenho pena de você, minha amiga — minha mãe falava e a ligação de amizade das duas era linda de se ver.

— Eu não sou geniosa, Lu. É exagero seu — dona Fabiana falava, fingindo estar zangada com minha mãe.

Subi as escadas sem fazer barulho para não atrapalhar a conversa delas, que estavam sentadas lado a lado, dona Fabiana escorando a cabeça no ombro da minha mãe, que aproveitava para fazer carinho em seus cabelos e cheirar discretamente as pontas. A conversa fluía entre as duas, tive pena do encontro dela, que ia ficar esperando até cansar, pois, se eu conhecia bem minha mãe, ela só iria sair daquele sofá com a amiga quando fosse a hora de dormir.

Entrei no quarto e escancarei a janela. Com sorte eu a veria do outro lado, como sempre. Marina ficava atrás da cortina ou janela pensando que eu não estava vendo. Fiquei ali por um bom tempo, olhando, mas ela não apareceu. Peguei meu violão e fui tocar uma música nova que estava aprendendo. Fiquei por ali, tocando e pensando na morena linda e cheia de atitude que morava em frente, nem percebi quando adormeci com o violão ainda em mãos. Senti alguém tirar o violão da minha barriga e automaticamente tentei segurar.

— Mania que você tem de dormir com esse violão na mão. — Minha mãe o guardou no pedestal no canto ao lado da minha guitarra.

— O que aconteceu com você e a Marina? Ou melhor, o que vocês conversaram? — Estranhei minha mãe me questionar, ela nunca fez semelhante coisa desde o dia em que me assumi.

— Nada demais. Fomos à padaria e voltamos conversando, então eu pedi para que ela me levasse na quadra à noite. Qual o problema, mãe? ― Sentei num canto da cama, ouvindo o que viria a sequir.

— O problema é que, apesar da Marina ter aquele corpão de mulher e aquele ar aristocrático de mulata brasileira, ela é só uma criança. Eu não quero saber de você de gracinha para cima da filha alheia, estamos entendidas? — Minha mãe estava séria de uma forma desconhecida. Nunca a vi assim com nenhum de nós, principalmente  comigo. Nós sempre fomos muito ligadas. Isso era uma grande novidade para mim, acho que a mudança para essa rua mexeu com os nervos dela.

— Mas, mãe! Se ela é menor, eu também sou. Ela tem quantos anos? Quinze? Dezesseis? Qual o problema? Eu tenho dezesete, não vejo nada demais.

— Quinze anos, ela tem quinze anos, está bom pra você? E depois, talvez nem passe pela cabeça dela que existem pessoas homossexuais ou lésbicas.

— Agora a senhora esticou, mãe. Todo mundo, por mais inocente que seja, sabe que existem homossexuais, isso agora é ensinado até nas escolas — tentei me defender, mas o fato de a deusa negra só ter 15 anos me travou legal.

Ela deveria ser muito inocente, talvez nem tivesse tido namorado e eu não tinha o direito de dar em cima dela ou tentar conquistar sua atenção. Era melhor tratar ela só como amiga mesmo.

— Que seja, eu só não quero você com insinuações para o lado da filha dos outros, principalmente dela. O Alberto é o homem mais homofóbico que eu já vi.

— Tudo bem, mãe. Não vou virar a best friend que ela espera, está legal? — Eu sabia que não ia cumprir a promessa, mas iria tentar.

— Eu sei. Aqui mesmo no condomínio é cheio de garotas que vão disputar você no palitinho. — Ela brincava com meus cabelos, bagunçando todo.

— Eu só espero que a senhora esteja certa...

— Posso entrar? — Meu irmão Bernardo entrou no quarto.

Enquanto isso, minha mãe se levantava e dava o assunto por encerrado, saindo em seguida. No quarto, ficamos apenas eu e Bernardo.

— BB, está tendo batalha de rap lá na quadra. Vamos lá dar uma olhada e socializar, está cheio de gatinhas. Vamos lá, levanta essa bunda daí e vamos à caça de gata selvagem.

Meu irmão sempre brincava me chamando de BB. Com isso, as garotas ficavam confusas, achando que eu era um menino, mas eu nunca ficava com uma garota sem que ela soubesse que eu também era mulher. Em Lion, onde morávamos antes, ou até mesmo no Rio, isso nunca foi empecilho, elas nem ligavam.

— Vou sim, deixa só eu tomar um banho e trocar essa roupa. Desço já.

O banho foi rápido, difícil foi escolher a roupa. Por fim, vesti um bermudão de moletom cinza, uma regata preta e, por cima, uma blusa social de mangas curtas aberta nos três primeiros botões. Nos pés, eu calcei um sapatenis da Nike. Borrifei um pouco de perfume e desci. Meu irmão já estava na porta, me aguardando com os skates em mãos, hábito que trouxemos da França. Para onde a gente ia, ia de skate ou bicicleta, metrô, a pé, tudo menos de carro, para ajudar a diminuir a poluição, o que não via aqui. As pessoas faziam questão de sair de carro, pouco se lixando para a poluição.

— BB, você já viu a nossa nova vizinha? Que gata ela ficou. Eu estou afim de chegar junto, o que você acha? — Era sempre assim entre nós, sempre que um de nós via alguém, avisava ao outro, para evitar de ficarmos com a mesma garota.

— Sai fora, ela só tem quinze anos e a mãe só faltou fazer eu jurar de pé junto que não ia dar em cima dela.

— Aí complicou, com essa idade é cadeia na certa, melhor ficarmos longe de encrenca. Pensando bem, você só tem 17, é menor também, qual foi do B.O. da nossa mãe não querer? — ele me perguntou enquanto ajeitava o skate na pista e ficava em pé, aguardando eu fazer o mesmo.

— Sei lá, cara, só sei que vou manter distância dela — eu disse e fiquei em pé.

Dei um impulso com o pé e deslizei na pista, ganhando velocidade. Em seguida, meu irmão passou por mim. Eu acelerei, sem descuidar, curvando meu corpo a favor do vento e passando por ele, que não conseguiu mais me ultrapassar até que chegamos à quadra, que fervilhava. Ficamos por ali e algumas garotas se aproximaram, puxando conversa.

— Oi! Vocês mandam muito bem no skate. Primeira vez que vejo os dois por aqui. Moram no condomínio ou só de passagem? — a garota perguntou para mim, mas meu irmão não me deu tempo de responder.

— A gente se mudou para cá faz pouco tempo, mas viemos para ficar. A propósito, eu sou Bernardo, mas pode me chamar de B e ali no skate... espera, vou chamar. ― Bernardo colocou as mãos em concha na boca para o som sair mais forte e gritou: ― BB, chega aqui, quero te apresentar umas amigas. Meninas, aqui está BB. Somos irmãos.

Nem ouvi o resto da conversa, pois do outro lado da quadra tinha uma garota bem bonitinha fazendo gestos. Fui ver o que ela queria e acabou que ficamos por lá mesmo, dando uns amassos. Antes, porém, falei que sou menina para evitar problemas. Antes, eu nem precisava dar esse tipo de explicaçao, as garotas de Lion eram mais mente aberta, talvez pela educação diferente e pelo pai não ser tão patriarcal como aqui.

Entre um beijo e outro, fui deixando claro que não queria nada sério, era só ficar sem se apegar. Era o que ela queria também.

Era quase meia noite quando voltei para a turma onde o B estava. Se eu não estivesse tão cansada, teria ficado com uma garota da turma, que estava se jogando.

— Então você é o BB que o B tanto fala? Teu irmão está se dando bem com minha amiga. Se você quiser, podemos ficar também, o que acha? — ela perguntava, segurando minha mão e me prendendo em seus braços, buscando minha boca para um beijo.

Foi só um segundo, foi o tempo que meu cérebro levou para decidir que não queria o beijo daquela garota. Gentilmente, eu saí do seu abraço, explicando o motivo de não poder ficar com ela naquele momento. Foi uma mentira das boas, mas ainda bem que tomei essa decisão, pois me livrou de muita dor de cabeça no futuro próximo.


 


 

Fim do capítulo


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Comentários para 8 - Capitulo 8:
Lea
Lea

Em: 01/05/2022

Gosto da interação dos dois irmãos. 

Luiza já conhece a peça ruim que é o Alberto, não que problema para a filha.

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 08/04/2022

Marina está caidinha.

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