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Fronteiras por millah

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Palavras: 4367
Acessos: 458   |  Postado em: 03/04/2022

Capitulo 38 nossas melhores versões

 

--que merd*!!!—disse ela sentando-se ao meu lado com a mão cortada na palma e morrendo em dores.—eu torci o pé!—revelou ela cerrando os dentes para não demonstrar as dores que sentia.

--gente!!!vocês estão bem??!!—gritou Lina e sua voz ecoou no poço.

--Mari!!!?—minha mãe estava desesperada.

Eu estava atordoada já que bati a cabeça bem no teto e depois do choque do meu corpo contra o piso eu estava toda dolorida.

--suas putas!!tão esperando o que??vão para o carro!!—mandou Marga.

Elas sumiram do buraco do elevador e partiram e dali já dava para ouvir os grunhidos dos infectados as perseguindo.

--Marga..a gente tem que sair daqui.

--eu fodi meu pé caindo da escada. Não consigo correr.—me levantei e tentei ajuda-la mas ela logo gritou de dor ao se por de pé e tive que calar ela.

Sua mão também estava ferrada e isso era desesperador. Ela não ia conseguir atirar e do jeito que tava nem andar e só de olhar para a porta do elevador o medo tomava de conta do meu corpo.

A falta de ar já me preocupava mas ela segurou meu rosto e virou meu olhar a ela.

--tem que se controlar.—disse ela calmamente.

--não posso te carregar e atirar Marga, eu vou errar tudo!

--eu não to conseguindo andar Mari!!e a gente vai morrer nessa merd*!!!agora pega a porr* dessa arma!—ela puxou a arma que eu tinha e colocou na minha mão.

--eu não vou conseguir!!!—me tremi de medo só de pensar em sair por aquela porta.

--ok!!!!eu queria ta errada mas é isso. Essa grande bosta!!—ela deu uma cotovelada na parede do elevador furiosa.--vou morrer porque você não serve pra nada!!!Por que me colocou na cabeça que salvar essa velha é importante se nem mesmo você me ajuda!!!?

--para..—eu estava prestes a entrar numa crise vendo ela puta comigo me colocando aquela pressão.

--parar??eu deveria bater nessa merd* de porta e fazer esses putos entrarem aqui e comer a gente!!!Ou melhor, vai embora e me larga aqui de vez já que é tão difícil me ajudar!—ela me empurrou mesmo mal conseguindo se apoiar de pé.

--eu não vou deixar você aqui pra morrer assim!!—retruquei ganhando seu olhar raivoso.

--então faz logo alguma coisa porque esses putos vão vir aqui.

--só me da um segundo!!!Pega a lanterna..a gente precisa chegar ao portão da garagem..alguns metros escuridão a dentro, com essas coisas e os gritos..as corridas..—eu estava toda bugada mas precisava de coragem porque Marga precisava de mim.

Eu respirei fundo. Tentei me concentrar no silencio para não ter mais uma crise e perder as poucas forças nas minhas pernas. Eu só precisava ficar calma quando pegasse naquela arma e esquecesse todo o medo dos contaminados. Por ela. Pelo menos desta vez.

Peguei Marga e a fiz se apoiar no meu lado esquerdo e segura-la pela cintura me deixaria com apenas uma chance de revidar com meu lado direito. Era só eu e ela agora.

--presta atenção, eu vou iluminando e se eles aparecerem, no que eu mirar você atira.

Com um chute empurrei a porta e o estacionamento escuro se fez presente. Marga iluminava o caminho e o barulho de gente correndo em nossa direção me gelava.

Os gritos deles ecoavam pelo local e vinham pela escada a nossa procura. Eu tinha que ser rápida e com aquela simples luz da lanterna eu não teria tanta chance com um revolver com doze balas no pente.

--eles estão vindo.—disse Marga mas eu não queria pensar nisso antes da hora.

--cala a boca!—respondi controlando ate minha respiração.

Marga mirou a luz no portão da garagem e eu esperava que dali houvesse alguma forma de sair porem estava selado e com toda certeza era pesado. virei em direção ao interior do estacionamento e os poucos carros que se revelavam sob a luz não escondiam nada mas ao longe e bem a nossa frente la vinha eles.

Marga mirou a luz certeira neles e para mim ao erguer aquela arma na direção deles veio a mim a responsabilidade de não errar. Eu não podia errar. Eu não podia deixar o tremor tomar conta da arma em minha mão e muito menos meu medo deles tomar contar do meu ser. Eu precisava fazer isso por nós e esquecer que eles já não eram mais como nós.

Atirei e para mim tudo passou tão lento. O recuo da arma que foi sentido, a bala entrando na cabeça deles e minha mira que facilmente achava os mais próximos. Talvez o medo me deu algum tipo de foco ou super poderes mas assim que os via mais próximos eu os achava e Marga ate me encarou desacreditada. Só sei que atirei repetidamente ate o fim das minhas balas e no ultimo estalo eu vi nosso fim ao recuar. Minhas balas acabaram.

Marga me apertou sobre meu ombro e meu coração só faltava explodir dentro do meu peito quando o forte impacto do carro contra o portão da garagem abriu caminho.

--entrem logo suas putas!!—gritou Lina e a porta do carro abriu e nos jogamos no banco de trás.

Lina deu ré com o carro e rapidamente com uma brusca virada deixou o prédio. Ela trocou a marcha e vendo os infectados se aproximarem ela acelerou.

Marga e eu nos ajeitamos no banco sob os olhares da minha mãe, Alice e a senhora perplexa da nossa entrada.

--sabe..você é ótima trabalhando sob pressão.(rs)—Marga riu mas mal conseguia ficar sentada com o pé machucado e depois do que passamos ela devia agradecer.

--você esta acabada! O que houve com vocês?—minha mãe não sabia nem por onde começar a mexer.

--eu torci meu pé e de quebra cortei minha mão naquele ferro nojento.—Marga a mostrou e diferente dela eu só queria minha bombinha e ficar no meu cantinho ainda perplexa do que fiz.

--ah que infelicidade.—o tom sarcástico de Alice foi ouvido pela senhora a frente com atenção.

--Alice!!devo tudo a sua amiga por me ajudar. No mínimo quero a educação que lhe dei. Ela se machucou pelo amor de deus.—a senhora repreendeu Alice e Marga abriu um sorrisinho que deliciosamente se divertia com a situação.

--to adorando sua mamãe.—dissera ela e Alice lhe lançou um olhar mortal e nada podia dizer na presença da senhora para vitória de Marga.

--estica a perna.—pedi a Marga e ela me olhou curiosa.

--agora?

--quanto antes melhor.—retirei a bota dela e seu pé estava começando a inchar e as marcas roxas que já se formavam me preocupava.—é, você deslocou o pé ao pisar em falso no elevador.

--pisar? eu cai!—enquanto ela reclamava peguei da bolsa o kit medico e puxei sua mão para limpar de todo o sangue. A agua oxigenada sobre o corte borbulhou imediatamente e ela já tava com cara de piti.—ai!!!

--eu tenho que falar mais uma vez, obrigada, obrigada a todos. Já tinha dias que estava ali e nesses últimos dias estava sem comida e eles estavam começando a ouvir meus barulhos.—relatou a senhora de olhar gentil.

--agradeça a mocinha ai.—respondeu Marga me chamando a atenção.--foi ela que me fez vir ate aqui foder meu pé pela senhora.

--obrigada minha filha. Mari não é?—perguntou ela curiosa e gentil.

--sim..

--Alice me falou muito de você.—dissera ela com um sorriso no rosto e realmente valeu a pena salva-la.uma típica velhinha bacana pra caralh*.

Marga e eu nos olhamos e Alice apenas bufou balançando a cabeça.

--ela falou foi?(rs)—Lina e seu tom maldoso me fez encerrar esse assunto porque pelo espelho eu via bem o olhar safado dela pra mim.

--mãe, descansa ta.a gente logo vai chegar no morro mas..temos que seguir viagem amanha.—falou Alice lembrando a senhora de sua partida.o que achei breve para uma boa estadia no morro da prata.

--irão amanha??—perguntei curiosa.

--Mari. Tenha modos com a senhora e não seja intrometida.—minha mãe logo puxou minha orelha.

--tudo bem. iremos para minha fazenda. Ela é afastada de tudo e escondida na floresta, um lugar autossustentável. Tem peixes e uma maravilhosa horta. O avô de Alice levava ela para caçar por lá no verão.—o sorriso dela parecia nostálgico e deveria ser um bom lugar para ficar.

--sem contar que não quero ninguém atrás de nós.—completou Alice.

--e quem iria atrás de você?—perguntou Marga.

Alice olhou bem nos seus olhos porem não a respondeu. Fechou a cara e continuou em seu silencio.

Chegamos ao morro e Marga logo puxou minha mãe para ajuda-la a subir a rua e Lina me ajudou com as bolsas de armas.

Foi quando olhei para as duas deslocadas observando a tudo em silencio.

--vocês podem ficar na Marga se quiserem. Posso dizer por mim e minha mãe que vamos adorar ter vocês como companhia na casa da Marga.

--menos ela né?—relembrou Alice observando a partida de Marga.

--(rs) acredite ela ta se esforçando.-- foi Lina quem disse mas poderia ser eu falando.

--desculpa..eu ainda tô achando estranho ter ela nos ajudando. Sempre que venho aqui eu causo uma guerra com vocês. E desde já eu queria me desculpar pela ultima vez.—Alice disse tudo com um sorriso no rosto e por mais que aquele fosse seu trabalho era difícil ainda engoli.

--você quase me matou..mas você não foi a primeira.—respondi e acho que agora dificilmente ela tentaria novamente.

Com Alice e a senhora já acomodadas ao quarto reserva da casa,minha mãe não me deixou escapar de também cuidar de Marga. Ela estava fazendo tudo tão bem no sofá pondo gelo no pé dela que quase não intrometi mas para ela parecia inevitável me jogar para Marga.

--vê se eu fiz certo. O pé dela ta muito inchado.—ela me chamou para conferir Marga e realmente estava.

--repouso também vai ajudar muito seu pé. Por que não sobe?—perguntei a Marga e sua cara embirrada.

--tenho coisas para fazer.—me respondeu ela seca.

--não quando tiver assim. Não vai conseguir pisar com esse pé por ai e essa mão esta muito bem enfaixada para você estragar a atadura.

--quanto tempo?

--talvez uma semana..ou mais.

--e vou ficar aqui sem fazer nada?!—ela me olhou indignada mas nada podíamos fazer além de esperar.

--eu fico aqui te fazendo companhia. —falei com um sorriso no rosto bem irônico e ela jogou seu corpo no sofá deitando-se e pelo visto a dona do morro iria descansar nem que não quisesse.

--palhaçada da porr*!—dissera ela inconformada.

--depois dessa vou tomar um banho e preparar um jantar para nossas visitas. Posso impressionar? A senhora Agatha merece.—minha mãe subiu animada e eu me sentei no sofá ao lado de Marga.

Assim que olhei para ela percebi o olhar incomodado e raivoso pra mim.

--o que foi desta vez?

--uma semana com você me perturbando é pior que cadeira elétrica.—que drama ela fazia.

--(rs) eu te salvei hoje e admita foi...foda.

--você estava cagada de medo.—disse ela negando-se em aceitar que eu a salvei.

--mas fiz!

--(rs) só fez porque foi pressionada. Tenho certeza que se tivesse outra opção você faria.

--claro que faria. Não gosto deles e muito menos atirar neles.

--você adora um cu doce né?ser a passivinha. Tenho certeza que eles não ligam em morrer de vez, na verdade se eu me tornasse um deles era o que eu queria. Um tiro bem na minha cabeça. Faria isso por mim?

--(rs) por que isso logo agora?

--porque quero ter certeza que vai fazer as coisas direito.

--que saco Marga a gente ta aqui e bem. Isso não basta?

--eu quero que você me mate se esses merd*s me contaminarem. Entendeu?!—ela ate sentou-se direito e mais próximo de mim para me confrontar com aqueles olhos de pantera.

--quanto drama..—retirei do bolso o mapa mas o olhar de Marga me fez repensar em ler ele ali.

--posso ver?—perguntou ela.

--depois. Quero ver aonde exatamente essas coordenadas levam.—enrolei o mapa na mão sendo friamente observada por ela.

--por que quer tanto ir embora? Ainda mais agora que não tem nada lá fora a não ser esses contaminados..

--eu sempre quis ir para qualquer lugar fora do morro. E isso pode ser uma garantia. Pra mim,pra minha mãe..e ate pra você. O morro ta seguro mas não impenetrável.

--ta desmerecendo o meu morro?

--uai é a verdade.

--olha aqui, o morro ta seguro.—ela sentou-se mais próxima de mim apontando o dedo na minha cara e sua seriedade nada me assustava.--temos as minas, temos armas e se duvidar ate bombas o suficiente para explodir tudo. Temos tudo para dar certo. Somos a única força dessa cidade se duvidar.

--e também esta cheio de pessoas com problemas diferentes dos nossos e vontades próprias. Não se resume somente ao que você quer. Só to dizendo que chega a hora para todas. Não sei o que tem fora da cidade ou se existe mesmo essa reserva..eu só queria me aventurar. Coisa minha. Você gosta das responsabilidades daqui e acho ótimo porque essas pessoas precisam de você neste cargo..mas para isso também deve haver entendimento,tipo..Lina.

--o que tem Lina?—ela estava interessada mesmo com aquele semblante pronto para discordar de mim.

--você nunca dar sossego pra ela e não sei como ela te aguenta vinte e quatro horas por dia mas ela também poderia ir fácil daqui..—falei e ela me olhou insultada, uma reação esperada por mim já que era a verdade que ela não admitia. Lina era seu braço esquerdo.

--....cala a boca Mari.(rs) e ela me adora.—ela moveu a mão em direção ao mapa e o afastei antes que ela o pegasse. Ainda bem que eu estava atenta.—serio que não vai me mostrar?

--(rs)...descansa.não quero que se preocupe com isso.

--acha que sua mãe gosta dessa ideia? Antes era uma coisa agora..

--ela viria comigo de boa.

--(rs) é mais iludida que pensei.

--você fala com se fossemos te largar as traças. Porque não assume logo que também deseja o mesmo?

--(rs) pff eu não deixo esse morro nem que esses merd*s invadam. Então eu to de boa.—ela acomodou-se no sofá e com isso vi que era hora de seguir para meu quarto.

--viu só? Você não tem porque se preocupar porque tem tudo que precisa. bem diferente de mim.

--me diz porr*,o que mais você quer? Dinheiro não vale mais nada acredito, tudo que tem aqui no morro também é seu já que usufrui mais das minhas coisas do que eu mesma,tem a porr* dessas pessoas na mão graças ao trabalho no posto..eu me pergunto o que te falta?—eu não conseguia responde-la e com isso ela abriu um sorriso mansamente.—não vai me dizer que não sabe que eu faria de tudo só para não te ver partir.—disse ela e isso me pegou de surpresa.

--(rs)..acha mesmo que pode realizar todos os meus desejos?—perguntei e ela me olhou com um tom de certeza no rosto.

--pelo bem do morro sim.

--pelo bem do morro? Ou pelo seu bem?

Nada ia tirar Marga daquele lugar e não sei porque ouvir isso me deixou tão estranha comigo mesma duvidando daquela resposta silenciosa dela a nossa conversa. Enquanto ela não escondeu sua surpresa ao pensar que de alguma forma todos cansariam do seu jeito autoritário eu me preocupava com aquele simples detalhe, porque nenhuma resposta? O que mudou entre nós que não percebi?

 Ainda mais agora onde ela mesmo dizia não haver nada la fora vi um medo se expor e que por segundos implorou para que minhas ideias mudassem. Não era pelo morro desta vez,eu sentia que não. Deixei a sala vendo uma Marga bem pensativa e subi para meu quarto e tomei um bom banho. Minha mãe logo não demorou para avisar do jantar e comigo pronta em meu vestidinho florido e meu cabelo solto deixei o quarto encontrando Alice também deixando seu quarto.

--ela vai ficar um porre por causa do pé né?—era bom ver Alice sem toda aquela agonia e temor pela mãe e agora a sorrir mais tranquila.

--um pouco mais do que já é. Ela esta sentindo algumas dores então..

--sei que também esta louca para sair daqui com sua mãe e talz mas..não acredite nessas coisas do governo. Os abrigos em muitos lugares foram os primeiros a cair e sobre essa reserva..eu nunca ouvi falar de algo assim.

--sei que também não deveria me cegar com isso mas Roberta foi nossa medica no posto do morro e ela com seu diário me disponibilizaram uma visão melhor do que era essa doença. Quando tudo ainda era uma bagunça ela já tinha relatos de meses atrás sobre ela como se já tivesse conhecimento da doença. Querendo ou não ela conhecia alguma organização importante que deu a ela prioridade no estudo da doença.

--faz sentido.

--logo a filha dela veio aqui e a essa hora..deve estar a caminho da reserva. Infelizmente Roberta estava morta no seu apê.

--por isso digo que não fique obcecada com esse tipo de coisa. O morro tem sua estrutura e com o tempo você pode fazer suas viagens em nome dele.

--eu nunca senti que o morro era meu lar.eu e minha mãe viemos da camada mais baixa destas pessoas. Somos as excluídas e mesmo que minha mãe não ligasse que nossa casinha tivesse suas goteiras eu me via cercada de cobras e pessoas estranhas demais para mim.eu era diferente de tudo que eles conheciam.sei lá..só ainda estamos aqui por causa de Marga que nos acolheu quando tomaram a casa.

--pense pelo lado bom, ficou protegida. E mesmo que tenha sido pela Marga que não é lá a melhor opção, você esta aqui..e de verdade, em outros tempos eu já vi Marga deixar pra trás muitos de seus aliados para me deter.eu vi ela duas vezes te arrastar como se fosse a coisa mais importante deste mundo. Primeiro quando entrei no morro e outra no assalto.(rs) nem imagina o que tive que lidar naquele dia.

--me conta.

Ela me olhou feliz pelo pedido e ficamos ali conversando no corredor. Ela me contou de como teve que nos esquecer quando chegou no distrito e viu tantos contaminados presos nas celas e uma perfeita bagunça no local com os que a policia ainda tentava prender. Alice esteve no meio do surto e viu tudo acontecendo na hora e tão apavorante que nem ela sabe como sobreviveu. Era foda ouvir sua aventura de como se juntou a guarda e levou os sobreviventes para os abrigos fora da cidade. Demoramos tanto que minha mãe chamou novamente.

-eu já to indo.—a respondi e mesmo curiosa para saber mais Alice também estava de estomago roncando e sei disso porque o barulho que deixou sua barriga nos fez rir.

--vou chamar minha mãe. Pode ir na frente.—ela sem muito jeito me falou já seguindo de costas a sua porta.

--ok.

Desci e nos últimos degraus fui cuidadosa ao descer pois ouvi minha mãe e Marga conversando na cozinha.

--da pra você se sentar na mesa? Esse pé ta me dando agonia. Vai piorar.—pediu minha mãe quase em agonia com Marga na cozinha atrás dela.

--sério que faria isso mesmo? Com a doida da sua filha querendo te levar pra deus sabe onde você seria capaz de me deixar?—perguntou ela bem interessada na resposta da minha mãe e apesar de espiar essa mania de chegar sempre nos momentos mais intrigantes daquelas conversas não me agradava e me enchia a cabeça de segredos que nada me agradaram ate este exato momento.

Espiei no cantinho da parede e vi Marga esperando minha mãe virar-se a ela e ela assim fez com um duro suspiro.

--se ela quiser ir embora..não vou deixar ela ir sozinha.—falou minha mãe e nem me animei pois vi o quão triste ela falava isso.

--e vai me largar aqui assim??!porque sua filha é doida!

--seu pé logo vai melhorar e você vai estar novinha de novo.

--não to falando disso e você sabe!

--...o que rolou entre a gente Marga nunca vai voltar. Não depois do que eu vi.—disse minha mãe e eu estava tão curiosa quanto Marga ficou. Será que ela estava falando daquele dia com Marga bêbada??

--que?—perguntou Marga distante de lembrar.

--eu não queria pensar nisso mas para Mari se aproximar de você só pode ser isso..—continuou minha mãe e nisso meu coração já se encontrava a milhão.

Eu tive que descer de vez e elas me olharam como se eu fosse um fantasma ate pararam os passos e a conversa. Eu não poderia citar nada e me fiz de doida para tudo.

--o que foi?—perguntei fingida.

Marga sentou a mesa e minha mãe pediu minha ajuda para ajeitar a preparar tudo e organizar os pratos. com isso, pude perceber o olhar fixo de Marga a mim e isso tava me irritando.

--que foi?!?!—perguntei a ela parando meu serviço.

--nada!—respondeu ela voltando sua atenção a mesa e bem pensativa.

Logo Alice desceu ajudando sua mãe e todas nos reunimos a mesa.

--fiz questão da senhora experimentar o que faço de melhor.—minha mãe estava empolgada com sua chegada e a acompanhou ate a mesa para acomoda-la a sua cadeira.

--minha mãe é uma excelente cozinheira.

--ah muito obrigada mas..

--mas nada. ora,a senhora estava lá passando fome e isso pra mim é imperdoável. Faço questão sim de dar tudo que temos. Foi uma vitória sair daquele prédio sem um arranhão.—respondeu minha mãe servindo um prato bem recheado.

--fale por você.—desinteressada Marga comentou desanimada.

--vivas! Pelo menos. Por favor senhora.

--ah me chame de Agatha, esqueça as formalidades.—dissera ela timidamente.

Comemos e falamos sobre toda nossa organização e como foi difícil os dias no posto e toda nossa rotina e vida no morro foi o bastante para fazer a senhora Agatha deslumbrada com todas as historias. Parecia um outro mundo ou realidade para ela que impressionava e cada vez mais naquela conversa a interessava. Ela me perguntava de tudo e eu respondia tudo para sua alegria.

No fim ajudei minha mãe com a louça e a senhora fez questão que Alice também ajudasse e era incrível a relação entre elas. O respeito e o carinho ali não faltavam e Alice atendeu prontamente.

--vou mandar a Lina arrumar um carro para vocês com um pouco de suprimento e algumas armas para amanha quando partirem bem cedo.—disse Marga seriamente e estranhamente ouvida por Alice.

--bem cedo? Logo agora que viramos..amiguinhas?

--Alice pare com isso. Marga foi generosa em nos ajudar..e infelizmente seu passado pode condena-la contudo hoje acho que teremos que relevar muita coisa pela nossa sobrevivência.

--hey não fale difícil porque eu entendo todas as eloquentes conversas da burguesia.—retrucou Marga e Agatha sorriu gentilmente a ela.

--então não tem porque se chatear. Amanha bem cedo partiremos.

--sua mãe me entende muito bem. Poderia ficar? Tem um povo que adoraria se educar melhor.

--(rs) porque a mim se eles tem você?—retrucou Agatha e Marga calou-se por um momento e minha mãe adorou ver-la embirrar por causa de uma senhora.

--eu acho que também vou subir. Cuidar do meu pé né!—dissera ela passando por nós a mancar.

--okay Marga,boa noite.

Marga subiu e minha mãe esperou não ouvir mais seus passos na escada para rir chamando minha atenção e a de Alice.

--ela e esse pé. O que disse a ela Mari? Ela ta preocupadíssima.—minha mãe estava adorando ver Marga confusa mas saber disso também me deixou confusa.

--nada. Só que queria ir embora.

--(rs) como pode dizer isso a ela? Logo a ela?!a rainha do drama.

--ué se a reserva for mesmo um lugar onde se tem de tudo também pode ter a cura não? Uma vacina ou ate um anticorpo para essa contaminação.

--e você acha que vão te dar? Filha você é mais esperta que isso.

--por isso pensei levar Marga. Ela seria uma ajuda.se ela não tivesse pirada e cravado raízes aqui é claro.

--(rs) se ela continuar nesse morro terá uma boa comunidade.na verdade ela já começou com tudo pronto. O morro a quadrilha e a ditadura.—Alice riu tomando um gole de café mas entendi seu ponto de vista.

--ate agora ta tudo bem.os surtados já foram embora.—respondeu minha mãe.

--foi uma grande sorte. A cidade ao norte foi totalmente devastada. As pessoas se comiam na rua e os poucos sobreviventes que me mandaram buscar estavam traumatizados,nem tinham mais um plano de vida eles..estavam quebrados e vazios por dentro..

--engraçado que aqui a gangue que você e marga derrotaram estavam reunindo os contaminados no estádio para um ataque a gente. Isso eu considero sorte.

--se fosse só eles (rs)..eu ouvi relatos piores em outros estados..todo tipo de barbaridade. Seja como for se vai mesmo se arriscar com isso evite as grandes cidades e ate mesmo outros grupos..tem gente pirando com essa historia de mortos vivos e ate entendo do porquê Marga não gostou nadinha disso.—Alice estava seriamente conseguindo me assustar e deixando minha mãe bem receosa.

--como sabe?—perguntou ela temendo sua resposta.

--esta escrito na cara dela. Esse é nosso lance. Sei pensar como ela por isso sei exatamente que ela odiaria. Por que eu odiaria.

--quase não reparei quando tentou atirar em nós Alice.—respondi lembrando do cerco ao morro.

Minha mãe riu e não ousou atolar no deboche já que a safada foi quem acabou com a farra da Alice e ela nem sabia.ao finalizarmos Alice se despediu de nós e subiu para o quarto e minha mãe resolveu tomar um cafezinho comigo.

--nunca pensei que estaria aqui avaliando deixar tudo isso para trás por uma aventura com você. Sempre tive em mente que um dia você cansaria dessa vida sofrida no morro e sairia sozinha e ate mesmo na calada da noite..e mesmo que isso não dê em nada você sabe que eu aceitaria né de boa ir com você ate o fim do mundo.

--disso nunca me enganei mãe.

--vou ter que por em pratica meu lado durona mas eu te pergunto..quer mesmo deixar tudo isso para trás agora? Com Marga e Lina se tornando cada dia mais família do que amigas?

Virei meu olhar a ela e isso só demonstrou o quanto eu queria me enganar com essa parte da nossa historia. Elas eram mais que isso e da mesma forma também me entristecia. Elas não deixariam o morro por nós.

--não quer dizer que vamos embora amanha mãe. Amanha eu vou estudar as coordenadas e ver se bate com alguma informação no diário.se realmente valer a pena..quem sabe.

Fim do capítulo

Notas finais:

tô amando saber que a historia ta empolgante tmb para vocês minhas leitoras que eu amooo.

teve tudo nesse cap e eu quero saber de vcs...

Marga e Mari arrasaram e trouxeram um mapa que provavelmente leva a reserva e toda a preocupação da dona do morro ja teve seu começo.O que estão achando da ideia?Mari teria coragem de seguir viagem deixando para trás o morro da prata e sua protetora?


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Comentários para 38 - Capitulo 38 nossas melhores versões:
Lea
Lea

Em: 22/05/2022

Helena é mais observadora que qualquer uma. 

Sinceramente não me agrada a Marga com Mari. Mas vamos que vamos,o que a autora decidi está valendo. O que importa é que a estória está empolgante!

Responder

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ClaudGisi
ClaudGisi

Em: 05/04/2022

Marga rainha do drama skkskskskaks. Eita que de lerda Helena não tem nada, já tá ligada nas coisas que estão rolando ao seu redor.

Não sei se Mari teria coragem de ir embora sem a marga hein... Mas isso só vou ver nos próximos capítulos 

Já estou ansiosa pelos próximos<3

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