Convite Aceito
Laura
Ainda estou me acostumando com a ideia de ter alguém que me ama e me aceita do jeito que sou. Alice saiu para uma reunião e me percebi, observando os detalhes do seu apartamento, como já tinha feito, mas em uma semana, esse espaço até então desconhecido, se tornou minha casa. Uma casa muito diferente da que tenho e por anos tive, com espaços fúteis e muitas coisas que por vezes, nem usei. Uma casa com mais quatro quartos, além do meu, e que, se alguém me perguntar agora, como está a disposição dos móveis não saberei dizer, pois quem entra lá é apenas a faxineira e às vezes a Didi. O apartamento da Alice, é pequeno e confortável. Todos os espaços são úteis e aconchegantes. Percebo que ela às vezes fica apreensiva por não ter luxos como estou acostumada, mas quero tanto demonstrar a ela, que é exatamente a ausência disso que faz desse espaço um lar, onde estamos juntas construindo nossa história.
Ontem tive um dia muito difícil com a transferência da mãe do Joseph para um lugar seguro. Não queria jamais atrelar a ilha que tanto amo e foi tão significativa pra mim junto com a Alice, a algo tão perturbador como essa incógnita com o Gordon, mas depois do bilhete anônimo e intrigante que recebi na empresa, terça-feira, falando que a dona Neusa corria risco iminente de assassinato, não me restou outra opção a não ser levá-la a um lugar seguro e completamente desconhecido. Afinal, achava eu que só nós e a insuportável da Bia sabíamos onde ela estava, mas com esse aviso, passei a desconfiar de tudo e todos. Após um dia tenso, tudo o que mais desejei foi chegar de volta em casa e poder receber o abraço forte da Alice, que me protege e me transporta a uma dimensão só nossa.
Alice é a melhor surpresa que a vida poderia me proporcionar. Ela me faz querer ser melhor dia a dia, encarar meus medos e fraquezas e me passa a segurança de estar sempre ao meu lado, tanto nos momentos felizes quanto nos tensos. Estar passando essa semana, completamente cheia de emoções e medos, sóbria, está sendo a maior de todas as conquistas que já alcancei. Marquei psiquiatra para a próxima semana, junto com o retorno da Alice na neurologista e irei começar um tratamento para me livrar do álcool. Quero ter uma vida estável e linda com ela, e, para isso, preciso vencer esse vício que já se tornou uma doença em mim.
Nessa madrugada, logo que adormecemos, sonhei coisas que me deixaram aflita. No sonho, eu estava passeando no barco que navega o rio Sena em Paris, onde conheci a Tati, e estava sozinha e muito triste, num dia nublado e de repente, chegava um garoto bem novinho, com roupas rasgadas, sentou- se ao meu lado e falou: "Não existe nada mais forte que o Amor. O Amor é mais forte que a morte. É o poder supremo que nos rege. Você verá e sentirá a força do Amor", levantou e saiu. Acordei assustada e o coração disparado, com a lembrança do que o menino me disse no sonho e me recordei, que no dia que a Didi leu os Búzios para mim, disse a mesma coisa. Abracei forte a Alice e pedi em silêncio pra Iansã nos proteger e em seguida adormeci novamente. Agora pela manhã quando me falou que teria reunião com um acionista francês, senti um arrepio percorrer todo meu corpo, no entanto, ela estava tão empolgada com as conquistas, que não quis ser a chata do rolê e a preocupar. Preciso começar a trabalhar em mim que Alice é uma pessoa responsável e independente. Exatamente essas qualidades que me fizeram apaixonar e me encantar por ela. Não posso permitir que minha necessidade por controle, também doentia, me consuma a ponto de controlar a vida da Alice como se ela não fosse capaz de fazer isso sozinha.
Entre meus desvaneios, ainda sentada na cozinha, com a xícara de café já frio em mãos, percebi que a hora tinha se avançado e estava próximo os minutos do sr Pedro me pegar.
Rapidamente terminei de me arrumar e o porteiro interfonou que meu motorista estava a minha espera. Já no leilão, recordei dos primeiros encontros com Alice, o quanto evoluímos desde então, e a saudade começou a me visitar. Enquanto ouvia os lances e propostas de empresas decadentes, fiz reserva para jantar no Terraço Itália e mandei mensagem ao Tom para solicitar ao meu ateliê de alta costura preparar um vestido para nós duas. Sorri com o coração disparado em praticamente ver Alice em meus pensamentos, belíssima em um vestido preto de tafetá, colado ao corpo, com um colar em pedras Swarowsky sorrindo com a surpresa. Ela é o motivo dos meus mais ávidos sonhos e desejos, qualquer coisa que possa proporcionar, ainda é pouco para conseguir demonstrar a importância que tem na minha vida. Peguei o endereço e a enviei:
Laura: Oi Amora da minha vida. Segue o endereço de onde estarei te esperando: Av Ipiranga, 344 – 41º andar, às 19:30h. Detalhes do que vai vestir e qual carro vai usar, mando mais tarde. Mal posso esperar pra te encontrar. Já não aguento de saudade. Te Amo.
Tomada por euforia e riso apaixonado, arrematei uma empresa que não faço ideia do que seja. Apenas levantei a mão e efetuei a compra. Estava saindo em direção ao carro, recebi a ligação da Didi, o que muito me estranhou.
- Bom dia Didi. Axé – atendi ao telefone.
- Axé Laurinha – me respondeu rapidamente – Onde está a Alice?
- Trabalhando Didi, por quê? – respondi assim que entrei no carro.
- Porque preciso falar com ela urgente, mas ela não atende o telefone.
- Ela tinha uma reunião com acionistas agora pela manhã – dei de ombros e sorri com a possessividade da Didi – Está pior que eu, Didi – sorri.
- Sei muito bem que está pensando que eu quero tomar conta dela, mas não é isso. Preciso falar com ela, mesmo, urgente – falou com a voz afoita.
- Mas o que é de tão urgente? Acabei de enviar uma mensagem pra ela, e ainda não visualizou. Quando acabar a reunião, certamente ela retorna a ligação.
- Laura, eu estou com pressentimento ruim! Preciso falar com ela.
Meu coração gelou! Quando a Didi tem pressentimentos ruins, é melhor levar a sério, pois sempre é algo a acontecer.
- Credo Didi! Que tipo de pressentimento?
- Não sei Laura! Não é coisa boa. Já acordei assim hoje, sonhei coisas ruins e meu coração não se aquieta. Preciso que ela passe aqui pegar uma guia de proteção que separei pra ela.
- Assim você me assusta Didi – falei sentindo todos os pelos do corpo se arrepiar.
- Caso ela fale com você antes de falar comigo, por favor peça pra ela vir aqui, urgente. Vou rezar por ela.
- Ok Didi. Qualquer novidade te informo também.
- Axé Laurinha.
- Axé Didi. Te amo!
- Também te amo minha menina.
Desliguei e imediatamente liguei pra Alice, também em vão. Repeti a ação por todo o caminho, até chegar na empresa. O senhor Pedro me olhava pelo retrovisor, em silêncio, observando que a cada ligação, ficava mais nervosa pela falta de contato.
Estacionamos em frente do complexo e antes de sair do carro ele me perguntou se poderia ajudar em alguma coisa.
- Por enquanto não, obrigada – agradeci gentilmente – É só a Alice que não responde mensagens nem ligações.
- Ela não está na empresa hoje?
- Não. Teria uma reunião com um acionista francês que marcou ontem de emergência, estava toda feliz.
- Acionista francês? – franziu o cenho e olhou pra trás – Que tipo de acionista?
- Não sei dizer – dei de ombros – Só me falou isso, que marcaram ontem enquanto ainda estávamos na ilha e marcou uma reunião de emergência para hoje.
- São acionistas já conhecidos?
- Não, senhor Pedro. A Alice está com uma carta nova de acionistas que ela está conquistando e eu não estou por dentro. São negócios dela. Por que a pergunta?
- Nada demais, senhorita Laura. Vamos aguardar que logo ela chega aqui toda feliz comemorando mais alguns milhões – sorriu e acenou.
- Isso, vamos aguardar – sorri e abri a porta – Estamos todos assustados com os recentes acontecimentos, não é?!
- Sim! Estarei por aqui, qualquer coisa só me chamar.
- Obrigada! Até mais tarde.
Tom já me aguardava no saguão, espirituoso e com expressão alegre. Após me cumprimentar me informou que minha sala estava preparada para me receber com provas de roupas, maquiador e a fotógrafa Mayza Dunham. Assim que saí do elevador, fui surpreendida por um abraço apertado e cumprimento caloroso da dona Chica.
- Laurinha, desculpa te abraçar assim – falou ao se afastar – Mas tinha que te agradecer pelo presente de namoro. Foi tudo tão maravilhoso.
- Oi dona Chica – respondi sorrindo – Não se desculpe. Fico muito feliz que tenha aproveitado e gostado.
- Eu amei! Nem sei o que te falar ou fazer pra agradecer.
- Apenas continue sendo essa pessoa encantadora – apertei sua bochecha – A senhora é uma luz que nos ilumina com sua alegria.
- Obrigada por toda a vida, e sua sala está cheia hoje – sorriu e olhou em direção a porta.
- Estou sabendo – pisquei a ela e me dirigi ao escritório – Obrigada por deixar tudo organizado.
- É meu trabalho, querida – piscou e sorriu.
A sala estava transformada em um stúdio. Mayza, a prima da Alice, ao me ver levantou-se e me cumprimentou.
- Bom dia pessoal – cumprimentei ela e o maquiador – Fiquem à vontade. Tem bebidas no frigobar e logo chegam os lanchinhos.
Começamos os trabalhos de maquiagem e acertos de tipos de fotos que ficariam legais para uma capa de revistas de negócios. De tempo em tempo conferia o celular à espera de alguma mensagem ou ligação da Alice, mas o silêncio começou a me perturbar e me irritar. Quando começamos as fotos, ouvi burburinhos que vinham da recepção. Pedi licença aos profissionais e me dirigi à porta. Dona Chica e Mirela falavam enfáticas no telefone que não era pra receber pois eu não estava disponível.
- Pois não meninas – as interrompi – O que está acontecendo?
- Senhorita Laura – começou Mirela – A recepção já nos ligou inúmeras vezes que tem uma moça que insiste em falar contigo, mas não quer informar o nome, e sua agenda hoje está cheia.
- É aquela moça do shopping, Laura – falou dona Chica – Eu mesma falei que ela não pode subir.
- Moça do shopping? – franzi o cenho ao perguntar - Me deixe ver nas câmeras quem é – e olhei as televisões atrás do balcão com todas as câmeras espalhadas pelo complexo. Na recepção, insistindo com os seguranças, Bia gesticulava e passava as mãos na cabeça, impaciente. Estranhei a presença dela na minha empresa, em um dia tão atípico – Liga na recepção por favor – pedi para Mirela que prontamente obedeceu e me passou o telefone.
- Recepção, pois não – a recepcionista atendeu cordialmente.
- Laura Veigas aqui, passa o telefone pra moça que quer entrar, por favor – e acompanhei pela câmera o telefone ser direcionado a ela.
- Alô – falou Bia ao atender.
- Oi, Bia, sou eu, a Laura – suspirei profundo – O que deseja?
- Laura, é urgente! Preciso falar com você em particular.
- Pode falar por aqui, é o máximo de particular que terá comigo – respondi mordendo o canto da boca e sentindo a mão suar de raiva por essa insolente estar em minha empresa me procurando.
- Ok! Antes de tudo saiba que só eu posso te ajudar – ela passava a mão na cabeça, impaciente – E eu sei onde a Alice está.
- Como assim? O que você sabe sobre a minha namorada? Eu também sei onde a Alice está e não preciso que você venha até a minha empresa me falar isso – vociferei no telefone – Francamente Bia, passar bem.
- Laura, é sério! Por favor, não desliga. Se sabe onde a Alice está, então liga pra ela e tenta conversar. Vou ficar aqui na recepção aguardando – desligou o telefone e seguiu para o sofá.
Bati o telefone com raiva e pisando forte, fui até a sala, peguei o telefone e liguei para Alice que mais uma vez não atendeu. Liguei outras oito vezes, e nada. Mensagem, sem visualização e nenhum sinal. Me lembrei do sonho e da ligação da Didi.
Ainda em pé, ao lado da minha mesa, liguei para a recepção e autorizei a entrada da Bia.
- Vocês, por favor, podem esperar ali fora? Surgiu um imprevisto e terei que atender uma pessoa agora – pedi ao me sentar, apoiando os cotovelos na mesa e a cabeça nas mãos.
- Posso ajudar em alguma coisa, Laura? – prontificou-se Mayza.
- Não Mayza, obrigada – sorri sem vontade – Pode aguardar ali fora que jajá continuamos a sessão de fotos.
- Ok. Precisar de alguma coisa, pode contar comigo – sorriu gentilmente – Somos praticamente – sorriu novamente – Família – deu de ombros.
- Obrigada mais uma vez.
Sentada em minha mesa, minhas pernas balançavam incontrolavelmente e mordia o canto da boca, ansiando por tomar uma dose de whisky na tentativa de me acalmar, mas, resistia pela causa de tentar me libertar disso. Minha mente girava e passavam milhões de pensamentos ao mesmo tempo que não conseguia me concentrar em nenhum. Nisso ouvi o apito do elevador e rapidamente me levantei e me dirigi à porta.
Bia saiu da caixa metálica e antes de me ver, olhou pra Mayza que estava sentada no sofá na recepção e arregalou os olhos. Observei que Mayza retribuiu o olhar e rapidamente levantou-se e foi em sua direção.
- Bia? – sorriu – O que faz aqui? Que surpresa boa! – a abraçou e eu, não entendi como alguém como a Mayza, poderia dizer que ver a Bia, seria uma surpresa boa. Se abraçaram e o silêncio da Bia me chamou atenção. Olhou em minha direção e percebi estar tímida.
- Pode entrar Bia – dirigi a fala para ela e estendi a mão para entrar na sala.
- Licença Laura – falou ao entrar – Não viria aqui se tivesse outra opção.
- Deseja tomar alguma coisa? – perguntei ao fechar a porta e a olhar da cabeça aos pés.
- Não, obrigada – respondeu olhando para baixo e esfregando as mãos copiosamente.
- Sente-se – apontei a cadeira da mesa de reuniões e sentei-me à sua frente – Em que posso te ajudar?
- Laura, terei que ser direta e breve, peço por favor que me ouça com atenção e só depois fale ou faça alguma coisa.
- Está bem! Siga em frente – cruzei os braços e as pernas e a olhei atentamente.
- Eu fui escolhida pelo Joseph Gordon para ser a cabeça da operação para te destruir. Me mudei para frente da sua casa e .. – Bia contou toda sua participação no plano mirabolante de Joseph contra mim e enquanto ela ia contando, meu sangue fervia e a vontade de jogar aquela moça miúda pela janela do 10º andar do meu prédio, só aumentava. Só consegui me controlar quando ela contou que na segunda-feira nos livrou da morte por três vezes seguida e que com isso, despertou no Joseph desconfiança de que ela estava contra ele – E então, hoje, pela manhã ele mandou um dos capangas dele me buscar em casa para ser garçonete em uma operação. Só que quando fui servir a água batizada com Flunitrazepam, era a Alice que estava conversando com o Adam e eu não pude mais evitar.
- Adam? Quem é Adam? E onde foi isso?
- Adam é o correspondente direto do Joseph em Paris quando ele está aqui, e quando ele vai pra lá, o Adam vem pra cá. É o braço direito dele.
- E o que ele fazia com a Alice? – perguntei sentindo meu corpo todo tremer.
- Ele que marcou reunião de negócios com ela, mas não eram negócios Laura. Nesse momento estão levando-a para Europa.
- Como isso? Que absurdo está me falando? – me levantei e fui em direção à parede de vidro, olhava pela janela – Como vou ter certeza que está me falando a verdade? Qual seu interesse nisso?
- Laura – levantou-se e veio ao meu encontro – Você é a única pessoa que confio de falar essas coisas – começou a chorar – Eu não tenho mais ninguém em quem confiar e não posso permitir que façam com a Alice, o que fizeram comigo.
- Você permitir o que garota? – desdenhei e sorri debochada – Olhe pra você, é só uma menina contando uma história mirabolante, a troco de não sei o que ainda. É dinheiro que você quer?
- Você não está me ouvindo!! – meneava a cabeça e chorava – Por favor, eu preciso que você acredite em mim, por favor!! – segurou em minhas mãos e me olhou profundo, enquanto escorria lágrimas pelo seu rosto – Laura, o Joseph é um monstro, acredite em mim. Só você tem poder pra lutar de igual pra igual com ele. Se você ama a Alice como demonstra em todos os lugares, você tem que fazer alguma coisa, por favor.
- E como vou saber que isso tudo não é maluquice da sua cabeça? – perguntei ao soltar nossas mãos e voltar para a mesa.
- Eu tenho tudo dele gravado, Laura. Tudo! Fui eu que mandei o bilhete anônimo aqui te alertando que a dona Neusa corria risco. Ele pediu para eu matar a própria mãe.
- Que absurdo você está me falando? Você me seguiu até o hotel e sabia onde ela estava. A Alice te viu.
Bia sentou-se a minha frente e colocou o celular dela em cima da mesa. Procurou um arquivo e colocou em som alto. Na gravação, reconheci a voz de Joseph falando: " Entendi! Bom, é uma grande notícia. Obrigado! Agora reúna nosso pessoal e dê o descanso feliz para minha mãe. Ela merece descansar." Pausou e me olhou fixamente.
- E agora? Vai ficar esperando ele te ligar e colocar a Alice no fundo, gritando?
A olhei profundo, mordendo o canto da boca, coração acelerado, sem saber direito o que fazer.
- Como sabe que estão indo pra Europa?
- Porque fui eu que preparei tudo! – respondeu, sem desviar o olhar.
- Estão indo como e pra onde?
- De jato particular da empresa do Gordon, e estão indo pra Paris. Vão pousar no hangar particular do Charles de Gaulle. Lá já tem os carros esperando e vão direto pra mansão do Gordon, em Montmartre. A Alice ficará lá até se acalmar o suficiente pra começar a fazer visitas. Temos esse tempo pra agir.
- Visitas? – dei de ombros – Que tipo de visitas?
- Sexuais – sorriu com sarcasmo – Joseph é traficante de pessoas. É isso que ele faz. É assim que ele construiu o império dele e agora, Alice é uma mercadoria dele.
- Chega!! – levantei e andava de um lado pra outro pela sala, impaciente e furiosa. Olhei o whisky em cima do frigobar e não resisti. Me servi de uma dose dupla e virei toda em um gole só, bati o copo na mesa e limpei a boca com a costa da mão – Joseph poderia mexer com tudo, menos com Alice.
- E então? – me perguntou com expressão séria.
- Agora eu te convido a ser cabeça do esquema para destruir Joseph Gordon.
- Convite aceito, senhorita Laura Veigas.
Fim do capítulo
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