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Amoras por Klarowsky

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Palavras: 3550
Acessos: 1154   |  Postado em: 25/03/2022

Encontros da vida

Laura

Enquanto a banheira se enche, abro um Rosé Piscine e separo cerejas para acompanhar. Depois de uma semana carregada de tantos acontecimentos, faz parte do merecimento, um belíssimo banho relaxante. No home, uma playlist diversificada. Sou uma pessoa bem eclética, apesar das preferências clássicas. Provo e aprovo a temperatura da água e me submerjo de súbito, por entre as espumas e água quente. Tenho a impressão de ser limpa de todas as preocupações e problemas, quando assim o faço. Levanto do fundo da banheira, com um sorriso faceiro pelas sensações que isso me causa.

Sirvo-me de uma taça do delicioso vinho rosé, gelado e recosto-me sobre a banheira, apenas sentindo o calor da água me tomar em dicotomia do líquido que escorrega garganta abaixo. Meus pensamentos me deixam no ambiente e voltam ao tempo, no período da manhã, me fazendo sentir emoções e vivenciar sensações novamente.

O frio na barriga ao ligar para Alice, sem saber se ela me atenderia e aceitaria meu convite para ir ao meu encontro, seguido do descompasso cardíaco quando a resposta foi positiva, despertou em mim uma agitação, pouco vista antes. Coloquei todos que podiam atentos na empresa. Tudo teve que correr na mais perfeita ordem, e assim aconteceu. Brindei a isso!

A chegada dela no escritório... Meu Deus... que mulher!! - suspiro por sua beleza – Hoje estava absurdamente maravilhosa, em um macacão marrom, arrojado e sutil ao mesmo tempo, com maquiagem leve, completamente diferente da mulher que estava ontem no hospital. Onde ela chega, o ambiente se preenche. Antes dela chegar, chega sua alegria e espontaneidade. Em seguida chega seu sorriso e olhos brilhantes e por último, seu corpo, esculpido por deusas. Essa mulher, vem me tirando do eixo. O nível de concentração que tive que desprender para que a reunião ocorresse da forma mais profissional possível, ainda não tinha testado ser possível conseguir. Os olhares intensos e penetrantes que ela dirige a mim, me levam a um universo paralelo. Até o sentimento de raiva que ela despertou em mim, ao negar meu pedido de trabalhar exclusivamente para mim, foi diferente de sentir. Ninguém, absolutamente ninguém, diz não para mim! Exceto, Alice! É claro – sorrio por isso - Indomável e implacável! Essa é Alice. Não é fácil conseguir propor o que se quer a ela. Personalidade forte, marcante, disfarçada numa carinha angelical e sorriso tímido. Quando me propôs algo completamente difícil de se conseguir, em um prazo mínimo, cheguei a pensar que estava de zombaria comigo. Mas, seus olhos firmes e postura irretocável, me fizeram tremer por dentro, com tanta certeza do que me propunha. Não me restaram opções! Quero ela por perto. Preciso dela por perto. E se ela está disposta a mostrar o poder que tem, que seja. Estou ansiosa por esse resultado – Brindo também a isso - Agora, o ponto alto do dia, foi lhe encarar o máximo que pude. Ela é linda demais. Seu rosto é coberto por uma fina camada de pelos tão brancos, quase imperceptíveis. Sua sobrancelha, é cuidadosamente desenhada pela genética. Alguns fios são bagunçados, o que desperta uma graciosidade que combina com o cabelo, igualmente despenteado, na medida exata. A cor dos seus olhos..Ah! Seus olhos! É possível mergulhar naquele verde oceano, profundo, enigmático. A boca, mediana, desenhada à mão pelo divino. Ela é estonteantemente linda. Sua beleza me hipnotiza. E quando decidi convidá-la para ir ao concerto comigo, tive que me segurar como nunca, para não a agarrar pela cintura e beijá-la com todo o meu ser, ali mesmo, no escritório, sem o menor pudor, sem a menor consciência de meus atos. Imagine! Logo eu!! A reservada e ainda escondida dentro do armário. Seria desastroso fazer isso. Ainda mais em uma mulher que tem se mostrado tão especial, que já me ajudou e que, ainda estou me observando se não estou confundindo gratidão com atração. Ao mesmo tempo que sinto ela corresponder aos olhares e também ficar completamente desconcertada com as situações que veem acontecendo, não consigo saber ao certo se é o que eu quero ver ou, se é de fato o que está acontecendo – Brindo também a isso.

Termino meu banho, completamente imersa nessas sensações e pensamentos que veem me roubando a noção da realidade, visto-me com um hobbie de seda e desço para a sala de música, me perder definitivamente nos meus pensamentos, debruçada no dedilhar do meu cello. A concentração nas técnicas de Kodály foi interrompida por uma notificação no celular de mensagem recebida. De súbito, peguei o aparelho, ainda com o cello sobre os ombros e meus olhos brilharam ao ler:

Alice: Passando pra agradecer a oportunidade e confiança. Darei o meu melhor.

O sorriso que nasceu ao receber essa singela mensagem, preencheu meu rosto todo. Não hesitei e continuar:

Laura: A gratidão é recíproca. Estou certa de que me surpreenderei com seu desempenho. Como foi hoje?

Deixei o cello encostado no sofá e me deitei, com os pés pra cima e o celular recebendo todas as atenções. O coração disparado e o sorriso estampado, me põe em xeque, sobre o que estou me permitindo vivenciar.

Alice: Me senti lisonjeada com tanto cuidado e disponibilidade. O Cris é um fofo. Ainda não conclui a análise dos dados, com precisão, porém, já comecei a desenvolver o organograma das ações.

Laura: Alice Eficiência Stromps, então?

Alice: Posso considerar isso como elogio?

Laura: Como quiser! rs

Alice: E o seu dia, como foi?

Laura: Melhor do que imaginei.

Alice: Que bom!

Laura: E como está se sentindo, em relação ao seu quadro clínico?

Alice: Estou bem. Os remédios mantêm a dor estabilizada e agora, não vejo a hora de deixar de ser Frankstein rsrs

Laura: Nunca vi um "Frank" tão bonitinho rs

Alice: Já que gostou, farei o possível para manter a aparência no domingo rs

Laura: Você é sempre assim?

Alice: Assim como, fantasiada de "Frank"?

Laura: Espontânea, indomável..

Alice: Faço o possível! rsrs às vezes sou destrambelhada também e costumo derrubar coisas, trombar com pessoas...

Laura: Isso eu também já percebi!rs

Alice: Veja só quem fala! rsrs ... estou a um passo de começar a pensar que já está sendo de propósito.

Laura: Que injúria! Jamais faria isso rsrsrs

Alice: Se me diz....

Laura: Desculpa, estarei mais atenta!

Alice: Por mim, não precisa! Daria tudo para outro "tropeço" ou "trombada" agora.

Laura: Podemos combinar rsrsrs

Alice: Combinar, me despertaria altas emoções, ainda estou em convalescença rs

Laura: Verdade! Um "frank" em recuperação e emocionada...rs

Alice: Nada disso! Um "frank" bonitinho, como disse. Não abro mão do meu novo apelido rsrs e sim, muito emocionada rs

Laura: Emoção recíproca, "frank" bonitinho.

Alice: Onde esteve por todo esse tempo,hein?

Laura: Te pergunto o mesmo!

Alice: Eu sempre estive aqui, e bem perto daí! Você que nunca me viu.

Laura: Tenho minhas dúvidas!!

Alice: Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar – Shakespeare.

Laura: E o que poderia ganhar?

Alice: Pergunta errada, senhorita! A correta seria: O que poderia perder.

Laura: Então me diga!

Alice: Já te convidei a descobrir... tic tac ... tic tac...

Laura: Poderia ser uma descoberta mútua..

Alice:  :x

Sentir o coração disparado por trocar mensagens pelo celular, é a mais nova sensação do momento. Os diálogos, carregados de emoção e procura por saber um pouco mais de quem está do outro lado, me parece cada vez mais intrigante.

Laura: Domingo, às 18h? – resolvi puxar outro assunto, visto que Alice ficou sem palavras – sorri com isso.

Alice: Pode ser! Estarei à sua espera. Ainda sabe o caminho?

Laura: Sim. Jamais esquecerei. Em especial o 12 andar.

Alice: Quiser aparecer para terminar a conversa de ontem, fica à vontade.

Laura: Domingo, às 18h.

Alice: Ok! Boa noite. Boa sexta!

Laura: Para você também. Se cuida.

-- x --

Alice

Depois da surpresa do dia e de analisar minuciosamente os dados das empresas que me propus fazê-las serem potências em pouco tempo, voltei para casa. A Carol marcou de sair com o Léo e os invejei por isso. É tão mais simples nascer hétero. Não precisar ter dúvidas quanto a sentimentos e desejos, nem ficar com um pé atrás, planejando minuciosamente suas atitudes para não se passar por ridícula. Basta querer, e fazer. Desejar, e ter. Marcar, e sair. Simples assim, e mesmo nessas circunstâncias, ainda tem tantos que reclamam e não aproveitam as oportunidades. Quem dera pudesse agir assim. Já teria também agendado uma sexta-feira de passeio com a Laura. A levaria para ver a lua, que hoje está linda, tomaria um chopp ou sorvete, jogaria papo fora e a levaria para casa, onde antes de ir embora, a beijaria. Simples assim, como ocorre com os héteros. Um luxo que não é destinado a todos.

Tomei um banho, fiz curativo nos pontos, cozinhei um spaguette e fui ver séries. É entediante, ser obrigada a ficar sozinha e quieta, quando se está com o coração inquieto. Não consigo desviar o pensamento dos acontecimentos do dia. O jeito da Laura me olhar, me faz disparar todos os sentidos. Aquela trombada na porta, nossa respiração ofegante e o convite para o concerto. Se naquele momento ela tivesse me pedido para fazer alguma loucura, certamente eu diria que sim, sem ao menos tentar refletir. Ela me domina. Mas não posso deixar transparecer isso. Apesar de querer me entregar, não posso. Ela já me falou que procura uma amiga, e serei a amiga que ela deseja. Optei então, por fazer a linha amiga-grata. Mandei uma mensagem agradecendo a oportunidade e ela, de imediato me respondeu. A conversa foi se entrelaçando, e quando dei por mim, lá estávamos mais uma vez com o joguinho de palavras. Essa mulher me intriga. Preciso muito foco para não por tudo a perder.

Meu desejo era saber o que estava fazendo, se iria querer sair, passear, simplesmente para estar por perto, juntas. Tenho a impressão de que me encontro quando estou ao seu lado. É como um imã que me puxa. Um agasalho confortável que se encaixa perfeitamente ao corpo. Porém, como não tive o privilégio de nascer em um corpo com orientação sexual vantajosa, tenho que me conformar com a solidão, quando se deseja estar junto de quem te faz bem. E com esse aperto no peito, vendo série no sofá, adormeço.

Acordei no susto, com o interfone tocando incontrolavelmente. Rolei do sofá, meio engatinhando e meio andando e atendi ao telefone, com o coração disparado:

- Pois não? – falei com voz de sono.

- Senhorita Alice, a dona Chica está aqui – falou o porteiro.

- Dona Chica? – franzi o cenho – Pode deixar subir.

Contemplo a manhã que já se faz alta. Procuro as horas que marcam dez e trinta minutos. Aperto os olhos na tentativa de entender quanto tempo passou desde que dormi no sofá, até agora com o telefone tocando. Dona Chica apertou a campainha e corri abrir a porta.

- Oie! Que surpresa – a recebi bocejando – Entra! Vou lavar o rosto.

- Te acordei, Maria dorminhoca? – me falou sorrindo, adentrando o apartamento.

Após fazer minha higiene matinal, fui recebê-la adequadamente. A abracei e externei o quanto estava feliz em vê-la. Ela me olhava com olhos sapecas.

- Tive que vir né – falou sorrindo com os olhos semi cerrados – Estava me mordendo de curiosidade.

Comecei a preparar o café enquanto falava com ela:

- Curiosidade com o quê? – dei de ombros – Não sei do que está falando – revirei os olhos sorrindo.

- O que você foi fazer na sala da patroa? – examinava-me.

- Ela me chamou e ofereceu uma vaga de emprego! Nos conhecemos semana passada. Foi ela que eu ajudei no shopping e que pagou o hospital para mim – falei puxando uma cadeira.

- Não pode ser! – ela levou as mãos à boca – A patroa minha é a mesma que a sua!!!

- Eu nem fazia ideia! Estou tão surpresa quanto você! – sorri em resposta.

- Ontem pela manhã, ela estava impossível – falava agitada – Colocou todo mundo pra trabalhar. Falava muito brava, que tudo que sair perfeito – fez uma careta - Que a entrevistada era muito importante. Que nada podia dar errado.

Estranhei essas revelações e arregalei os olhos.

- E a entrevistada, era eu? – franzi o cenho.

- Sim! Depois de você, ela só resolveu assuntos da feira que vai ter essa semana.

Foi impossível conter o sorriso que brotou em meus lábios e lógico, dona Chica entendeu na mesma hora.

- Alicinha!!! – me falou olhando de lado – Não me diga que vocês..- ela apontou os dedos e mexeu em dupla.

Sorri com o que estava pensando.

- Não, dona Chica!! – dei de ombros – Não tem "vocês" – fiz sinal de aspas com os dedos - A Laura, é uma mulher fantástica, mas, não me cabe na vida dela.

Levantei e fui terminar o café e preparar a mesa.

- E por que não caberia? – ela falava balançando a cabeça – Vocês duas juntas, seriam a coisa mais linda da minha vida!

Gargalhei com seu entusiasmo enquanto servia uma xícara de café a ela.

- Dona Chica – falei amigavelmente – Infelizmente, não são todas as mulheres que são do meu time – revirei os olhos – me entende, não é?!

- Eu sei né, Lice – deu de ombros enquanto tomava um gole do café – Mas a Laura, quer dizer, senhorita Laura – revirou os olhos e em seguida olhou dentro dos meus olhos e sorriu.

Franzi o cenho, enquanto tomava um gole do café também, olhando-a os olhos.

O café cresceu na boca, tornando-se difícil de engolir, passou raspando pela garganta. Meu coração disparou ao entender o que aquele olhar da dona Chica queria me dizer. Deixei a xícara sobre a mesa.

- O- O – balançava a cabeça tentando assimilar a informação – O que você está querendo me falar? – franzi o cenho.

- Alicinha – revirou os olhos – Todo mundo lá na empresa comenta que a dona Laura, é do seu time, dããããrrr!! – e sorriu – Até já teve escândalo e tudo!

- Como assim? – sorri e me animei com as informações matinais – Que escândalo?

- Ah! Sabe como é empresa, não é?! – falava enquanto passava manteiga em uma fatia de pão – A Mirela, que é minha amiga, me conta tudo – ela deu de ombros e sorriu sapecamente – Ela disse que uns anos atrás, a dona Laura teve uma namorada, nada vê com ela, e que pegou a secretária lá na empresa – fez uma careta.

- Gente!! – arregalei os olhos – Isso é o que eu chamo de ba-ba-do! – sorri enquanto tomava o café para tentar digerir a informação.

- Então! – ela continuou animada – E pelo que a Mi contou, ela ficou muito mal, tadinha – balançava a cabeça inconformada com o que contava – Imagine, ela pegou as duas nos rola lá em uma das salas de reuniões.

- Não creio – perguntei boquiaberta – Que horror!!!

- Sim! – ela mastigava e falava – Diz que.. colocou as duas..pra fora..pelos cabelos!

Gargalhei com a informação.

- Que braba!! – fiz uma careta sorrindo – Eu não faria diferente!!!

- E desde então – continuava a contar agitada – dona Laura não apareceu com mais ninguém por lá! Ela é muito reservada. Um doce de pessoa, mas reservada.

- Entendi! – falei também pegando uma fatia de pão – E a mocinha, veio me contar tudo isso – dei de ombros – Assim, do nada!

Ela sorriu e me olhou nos olhos, sapeca que só ela sabe ser.

- Não foi do nada!! – fez uma careta – Eu vi sua carinha quando saiu da sala – e balançou as sobrancelhas.

- Que carinha? – sorri despretensiosa

- Carinha de quando você voltava das ficadas com as garotas, quando era adolescente! – me olhou sorrindo – Eu te conheço, menina! Me respeita!

Gargalhei com sua fala.

- Está vendo coisas – dei de ombros e tomando café – Não sou mais a adolescente que lembra.

- Não é adolescente, mas seu olho é o mesmo e sua cara vermelha também – sorriu alto – Você pode tentar se enganar, mas a mim não - fazia sinal de negativo com o dedo indicador, cerrando os olhos em minha direção.

Revirei os olhos para ela.

- Ela me convidou para ir a um concerto amanhã! – mordi um pedaço do pão – Na ... sala.. São Paulo.

Ela batia palmas agitada, sorrindo.

- Sabia!! Sabia!! Sabia!!! – falava extasiada – Sabia que tinha alguma coisa!!

- Para de ser boba, dona Chica – falei sorrindo – Não tem nada!! É só um concerto – revirei os olhos.

- Ahãm – falou revirando os olhos também – Só um concerto, que Laura Veigas te convida a ir – olhou fixamente nos olhos – Quando ela quer alguma coisa, vai até o fim.

- Ela nem sabe que eu sou sapatão! – dei de ombros – Falou que quer ser minha amiga, e estou sendo!

Dona Chica deu uma gargalhada, arcando a cabeça para trás.

- Alice!! – e sorria – Você não se olha no espelho?

- O quê? Por quê? – perguntei dando de ombros

- Só de olhar pra sua cara, já está escrito sapatão na sua testa – e ria copiosamente – Deixa de ser besta, menina!

Sorri com o jeito dela falar e rir de mim.

- Dou tanta pinta assim, é?! – perguntei despretensiosa.

- Imagine!! – ela revirou os olhos, segurando a xícara de café à frente do corpo, com os cotovelos apoiados à mesa – Só de você ter a moto que tem, usar os tênis que usa e as roupas que veste – sorria – Já seria o suficiente!

Gargalhei com as observações.

- Dona Chica – falei apertando suas bochechas – Tu é terrível!!! Senti tanto a sua falta!

- Eu também, meu amor – retribuiu o carinho sorrindo gentilmente – E agora que estou entre vocês, vou mexer meus pauzinhos – deu uma risada gostosa – Não descansarei enquanto não por vocês duas debaixo do mesmo teto – e sorriu me olhando fixamente.

Continuamos a conversar e a sorrir sobre o assunto. Dona Chica é a pessoa mais incrível que conheço. Ela está comigo desde sempre e às vezes, tenho a impressão, que me conhece melhor do que eu própria. Após o café, me ajudou a dar uma arrumada na casa, pedi comida por delivery e aproveitávamos a companhia uma da outra, quando ela me pergunta:

- Como você vai vestida amanhã?

- Ainda não pensei! – dei de ombros – Sei lá, alguma roupa social.

- Simplesmente assim? – me olhou intrigada – Alguma roupa social?

- Sim! Por quê?

- Porque você não vai só assim, com alguma roupa social – falava séria e com expressão indignada – Você vai muito, mas muito gata!

Sorri com a preocupação dela.

- Ande! Vá se arrumar! – me deu um tapa no ombro – Vamos ao shopping e você vai enfiar a mão no bolso!

- Vamos onde? – falei sorrindo

- Shopping!! – falou séria – Vou te vestir de um jeito que você vai deixar a dona Laura sem palavras!

- Nossa!!! – continuava a sorrir – Então agora, além de cupida, virou estilista?

Ela balançou os ombros, deu um beijo de cada lado, fez uma careta, sorriu e falou:

- Serei sua madrinha, querida! – balançou as sobrancelhas – Aguarde!!! Agora vá se arrumar. Já vou chamar motorista pelo aplicativo.

Sorri e dei um beijo em sua bochecha, a abracei forte e resolvi me arrumar. Dona Chica é mais teimosa que uma porta. Quando coloca uma ideia na cabeça, é mais fácil tirar a cabeça do que a ideia.

- Estou pronta!!! – falei me mostrando e rodopiando pela sala – Vamos!!

- Está linda!!! – falou me olhando toda encantada – Quero um shopping de bacana! Fala um aí.

- Shopping de bacana? – sorri e consenti – Ok! Vamos para o JK Iguatemi!

-- x --

Laura

Acordei largada no sofá, do mesmo jeito que estava enquanto falava com a Alice à noite. As costas doem pela falta de conforto e a cabeça dói, de ressaca do vinho. Passei um café forte e tomei enquanto assisti a um programa matinal. Liguei para a Didi e o tio Jorge quase não me deixou falar com ela, de tanto que contou das suas peripécias nos últimos dias, e me convidou para almoçar com eles. Estou sem nada melhor para fazer. Me arrumei e fui.

Didi fez uma feijoada deliciosa, regada a muito samba e caipirinha. Amo esses encontros em família, com muita dança, euforia, primos juntos. Logo após o almoço, Didi me pediu para levá-la ao shopping, fazer a troca de uma roupa que deu para o tio Jorge e não serviu. Despedi do pessoal e saímos.

- Qual shopping que vamos, Didi? – perguntei quando entramos no carro.

- Preciso ir no JK Iguatemi, Laurinha – respondeu enquanto colocava o cinto – Foi lá que comprei a camisa do tio.

E assim, seguimos. 


Fim do capítulo


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Comentários para 38 - Encontros da vida:
Rafaela L
Rafaela L

Em: 25/03/2022

Essa empresa vai pegar fogo!!!

A Laura,ama manter o controle real! Alice que lute!

Finalmente,ela descobriu pra quem D.Chica trabalha.Ela pode ser um bom cupido! O encontro com D.Fatima vai ser lindo de ver.

Acho que ela vai faze-las lembrar que brincavam juntas.

 

Pena que acabou as atualizações! 

P.s leva pro pessoal não.. Foram casos isolados com minha pessoa. 

Beijo! Até os próximos!

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paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 25/03/2022

Ah meu Deus do céu, tá difícil..

Responder

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