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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
  • Capitulo 87

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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 9

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Palavras: 4381
Acessos: 2505   |  Postado em: 11/03/2022

Capitulo 87

 

Capítulo 87º

Narrador

— Amor, nós vamos nos atrasar. — era a terceira vez que Rebeca apressava Alice.

            O esperado dia de seu retorno ao trabalho chegou. Havia dormido mal durante toda a noite. Teodoro acordou várias vezes, ainda tinha toda a sua ansiedade. Odiava saber que iria se ausentar durante todo o dia. Apesar de terem escolhido com cuidado a pessoa que cuidaria do filho não conseguia deixar de se sentir culpada.

— Amor, ainda nem são sete horas. — Alice respondeu colocando seus brincos. — Você está muito ansiosa.

— Eu sei. Não dormi nada. — Rebeca respondeu angustiada. — E se algo acontecer com o Teo enquanto estivermos fora?

— Amor, relaxa. — aproximou-se dela. Segurando suas mãos. — Estamos a alguns minutos de casa. A Têre estará aqui o tempo todo. Sabemos bem que ela não confia nem em nós duas que somos as mães do Teodoro. Imagina se ela vai confiar na babá que acabou de conhecer? — conseguiu arrancar um sorriso da mulher.

— Você tem razão. Vou só ficar mais um tempinho com ele. Já que você vai nos atrasar. — tocou levemente seus lábios e saiu em seguida.

            Alice levou alguns minutos até ficar pronta. Chegou ao quarto de Teo e viu a esposa conversando com a babá, passando as últimas instruções.

— Na hora do almoço venho para casa.

— Claro. — a mulher de pouco mais de trinta anos respondeu.

— Filho, se comporta. A mamãe volta logo.

            Beijou a testa do menino. Depois entregou o garoto para a babá. O menino parecia sentir que a mãe iria sair. Iniciou um choro, como se fizesse cena para comover a mulher.

— Podem ir daqui a pouco ele para. — a moça  balançava o menino que parecia inconsolável.

— Vamos, amor. — Alice esticou a mão.

            Rebeca olhou para o filho que continuava chorando, já adquiria um tom avermelhado. Em seguida fitou a mão de Alice que se mantinha estendida em sua direção.

— Amor?

— Qualquer coisa me liga. — disse saindo do quarto.

— Ele vai ficar bem. — sussurrou Alice, se pondo atrás dela.

— Eu sei.

            Concordou mesmo com o coração apertado em seu peito. Seguiram para a empresa no mesmo carro, conduzido pelo motorista. Rebeca não conseguia tirar a imagem de seu filho chorando por ela. Alice preferiu deixar que a esposa lidasse com seus sentimentos. Apenas segurou sua mão, como se falasse que ela não estava sozinha.          Os olhares dos funcionários em direção ao casal, quando adentraram a empresa foi de muita curiosidade. Algumas pessoas apostavam que Rebeca não iria voltar. Pois, Alice estava fazendo um ótimo trabalho.

— O que aconteceu?

— Parece que o seu retorno é o evento mais esperado. — brincou.

— Não acredito que você tenha sido uma chefe tão ruim assim.

— A pior. — completou dando uma gargalhada maléfica.

— Rebeca, que bom tiver. — Tália disse com um largo sorriso.

            Saiu de trás da mesa e caminhou até a amiga. Deu-lhe um abraço apertado. Ao se afastar fitou Alice. O clima entre elas não era o dos melhores desde que a loira escutou a conversa de Tália com Rebeca. Apesar de não terem conversado sobre o assunto Alice não conseguia deixar de sentir raiva pelo que a secretária estava fazendo com sua melhor amiga.

            Depois do porre que o trio tomou no pub, não haviam mais se visto. Anna continuava na casa de sua mãe. Talvez fosse uma forma covarde de fugir da verdade. Mas para Alice o pior era ver que Tália não se importava em tentar resolver as coisas com a namorada. Se é que ainda podia dizer isso. Afinal não sabia qual o patamar do relacionamento das duas.  

— Alice.

— Tália. — respondeu sem muita emoção. O que não passou despercebido ao olhar atento de sua noiva. — Bom, vou entrando para a sala de reuniões.

— Daqui a pouco eu te encontro lá. — sorriu para ela. Alice acenou, pediu licença e saiu deixando-as sozinhas.

— Nossa que clima entre vocês.

— Ah! Rebeca, me poupe. Acha mesmo que eu não sei que você contou a ela sobre o beijo? — Tália se irritou, caminhou de volta para sua mesa.

— Ei! Nada disso. Não contei nada.

— Então vai negar que ela já sabe? — indagou um pouco mais rude.

— Acho melhor termos essa conversa lá dentro. Estamos chamando atenção. — Tália olhou em volta e algumas pessoas as observavam. — Olha, eu não contei nada para Alice.

— Então como ela sabe?

— Ela escutou. Mas antes que você pense, em momento nenhum ela me pôs contra a parede.

— Claro. A santa Alice. — falou com certo deboche. Provocando irritação em Rebeca.

— Não. Alice não é santa. E desde quando você fala dela dessa forma? – indagou.

— Olha, me desculpa. Não quis ser rude.

— Não foi o que me pareceu. Acho que você precisa resolver sua vida. Está muito irritada com todo mundo. Talvez seja melhor você ir atrás de Anna...

— Não. Anna não quer falar comigo. Estou respeitando.

— O que você quer?

— Eu a quero.

— Então faça o que seu coração mandar. Mas pare de descontar nos outros a sua culpa e frustração. — ordenou. — Agora eu vou para a sala de reuniões. — pegou a bolsa e saiu.

            As palavras de Rebeca acertaram em cheio Tália. Pensativa em relação ao que fazer em relação a Anna. Havia ligado e insistindo para conversarem. Mas acabou desistindo devido à recusa da outra.

— Está tudo bem? — Alice indagou assim que Rebeca adentrou a sala.

— Está. Podemos começar?

— Como você quiser.

            Percebeu que algo estava errado. A cara fechada de Rebeca era típica de quando era contrariada. Na tentativa de evitar mais aborrecimento aceitou iniciar o trabalho. A manhã passou mais rápida do que previam. Alice teve que passar tudo o que aconteceu durante os dias que Rebeca esteve afastada. Só pararam na hora do almoço.

— Podemos parar. Está na hora do almoço.

— Vamos sim! Com tanta coisa eu acabei esquecendo do meu filho.

— Impossível você esquecer do Teo. — afirmou Alice.

            Rebeca nada disse. Saíram da sala de reuniões juntas. Tália já havia saído para almoçar. O que Rebeca acreditou ser o melhor. Odiava o clima que se instalava sempre que  estavam no mesmo ambiente. Alice abriu a porta do carro para a noiva entrar fazendo o mesmo em seguida.

— Estive pensando, precisamos marcar o jantar para contar sobre nossa decisão. — Alice falou enquanto afivelava o cinto.

— Pensei o mesmo. Mas como se não bastasse o fato de você não está falando com a minha irmã, agora também não está se dando bem com a minha melhor amiga. — reclamou.

— O que esperava que eu fizesse? Você sabe bem a situação com Tália. Quanto a Amélia, eu já disse que estou trabalhando nisso. — respondeu estreitando os olhos, odiava a insistência da futura esposa sobre sua relação com Amélia.

— Amélia já sabe que vamos casar. Chegou a cogitar que não seria convidada. Tem ideia do que é isso?

— Tenho sim. Ela sabe o que a atitude dela quase me custou. — respondeu entre dentes.

— Alice, nada aconteceu. Eu estou aqui, Teodoro está bem...

— Eu sei. Já disse que no momento certo as coisas voltam ao normal. Será que podemos não falar sobre isso?

— Tudo bem. — o assuntou foi encerrado.

            Seguiram o resto do percurso em total silêncio, cada uma perdida em seus pensamentos. Antes de chegarem em casa o celular da loira tocou. O número exibido no display era um desconhecido.

— Alô.

— Dona Alice?

— Sim. É ela.

— Aqui é da oficina. Só queria avisar que seu carro está pronto. Pode vir busca-lo.

— Ótimo. Será que posso passar aí no final da tarde?

— Claro, sem problemas.

— Então fica combinado. Obrigada.

— De nada. Até mais tarde.

— Até. — encerrou a ligação.

— Quem era?

— O mecânico. Meu carro está pronto.

— Quer ir busca-lo?

— Não. Só no final da tarde. Quando eu for para a boate.

— Você vai para a boate hoje?

— Sim. Eu preciso. Anna não me parece bem para ir.

— Hum. Tudo bem.

            Apesar de saber que Alice tinha responsabilidades na boate, Rebeca detestava vê-la trabalhar a noite. Ainda mais ir sozinha. Sentia ciúmes ao imaginar a quantidade de mulher solteira que frequenta o lugar, e o quanto devem observar e desejar sua esposa. Mesmo confiando em Alice, não conseguia deixar de sentir ciúme. Sabia ser apenas mais um trabalho como outro qualquer, porém isso ainda lhe deixa insegura.

— Oi! Chegamos. — falou deixando a bolsa e o casaco no sofá.

— Maravilha. O almoço está quase pronto.

— Aposto que está uma delícia. — Alice falou agarrando a mulher. — Igual quem fez.

— Me respeita e respeita sua esposa. — Terê bateu na loira com o guardanapo.

— Imagina só se ela sai, por aí agarrando outras desse jeito. O que eu devo fazer? — Rebeca comentou.

— Posso dar uma lista de opções para a senhora. — a cozinheira respondeu.

— Nossa! Mas que complô. Vou ver meu filho, por enquanto ele é o único nessa casa que não fala bobeiras. — Alice respondeu com ar de riso.

            Correu escada a cima. Rebeca acompanhou o caminhar dela. Tereza já conhecendo o casal olhou para a patroa e indagou:

— O que aconteceu?

— Nada. — desconversou.

— Aconteceu sim. Conheço você tal qual  como conheço cada choro do príncipe Teo. — insistiu.

— Ai Terê! — sentou-se na bancada. — Alice é cabeça dura. Continua sem falar com a minha irmã. E agora está chateada com Tália. Eu não sei o que faço.

— Mas isso é algo para elas resolverem, não a senhora. Não podemos mandar nas emoções dos outros. Sei que para a menina foi complicado aceitar ver que sua irmã decidiu algo tão importante sem nem ao menos questiona-la do que deveria fazer.

— Eu sei. Mas a culpa disso foi minha.

— Foi sim. — Rebeca arregalou os olhos surpresa. — O quê? Acredita que por gostar muito da senhora não teria coragem de dizer quando você errou?

— É que você foi direta.

— É apenas a verdade. A conversa deveria ter sido com a Alice. Ela que estava planejando uma vida com a senhora. E antes que diga que ela não saberia como viver com a culpa, acredito que ela não escolheria por nenhum. Lutaria pelos dois.

— Eu só queria deixar isso no passado.

— Isso vai fazer parte da história de vocês. Quanto a Tália, acredito que Alice tenha os motivos dela. Mas mesmo assim em momento nenhum lhe fez escolher um lado. — Rebeca analisou o que a senhora disse.

— Você está certa. — concordou. — Me diz como foi o primeiro dia com a babá?

— Ela tem jeito com criança. Fiquei até enciumada. Ela conseguiu fazer o pequeno gargalhar... — a mulher começou a narrar o que havia acontecido durante a manhã.

            Após ouvir os relados de Tereza, Rebeca foi ficar um pouco com Teodoro. Depois almoçaram em um clima um pouco mais descontraído. A conversa com Tereza serviu para alerta-la sobre os motivos que Alice tinha para estar afastada de Amélia e Tália. Passava das duas quando saíram de casa. Rebeca ficou presa em reuniões até o final do dia. Alice estava com saudade de observar a esposa em ação. Adorava o ar fatal que a mulher tinha.

— Você fica um pecado quando dá ordens. — sussurrou.

— É mesmo? Então, se, eu te mandar ir para casa comigo. Você obedeceria? — segurou sua cintura, cortando o espaço que havia entre elas.

— Séria maravilhoso. Mas infelizmente eu não posso. — beijou seu pescoço. — Tenho mesmo que ir para a boate. Anna não está legal.

— Eu sei. Só queria que as duas se acertassem. — falou com pesar.

— Se depender do interesse de Tália acho pouco provável. — respondeu Alice.

— Nada disso. Ela procurou a Anna, mas não teve resposta. O que quer que ela faça? Vá se humilhar atrás da sua amiga? — o tom já não parecia mais sereno.

— Uau! Como você pode ficar do lado dela? Sabe que ela ficou com a ex, mesmo namorando a Anna. Acha isso certo?

— Não falei isso. Em momento nenhum falei que a atitude dela foi certa. Mas ela tentou conversar com a Anna. Entretanto, a única coisa que recebeu foi silêncio. Anna está agindo igual uma criança. Fugindo da situação.

— Claro. Você não tem ideia de como ela está se sentindo. Nem se deu ao trabalho de ligar e saber se ela está bem. Para mim claramente você escolheu um lado. E foi o da sua amiga.

— Ela é minha melhor amiga, esteve comigo em todos os momentos da minha vida. Então claro que vou ficar ao lado dela.

— Acho melhor pararmos esse assunto. Você tem um lado e eu outro. Mesmo sabendo que o seu lado está errado.

— Alice, você não pode julgar Tália.

— E você não pode julgar a Anna. Ou você estaria diferente dela se fosse eu que tivesse ficado com a Virgínia? — indagou.

— São situações diferentes. E por qual motivo você traria o nome dela, nesta conversa? Por acaso tem algo acontecendo que eu não saiba? — Alice deu um riso sem graça.

— Rebeca, você se escuta? Eu só dei um exemplo, fiz uma comparação. Só isso.

— Acho melhor você sair. — deu as costas.

            Ouvir o nome de Virgínia ainda causa insegurança em Rebeca. Apenas por acreditar que a história das duas não havia sido encerrada da forma que ambas queriam. Não conseguia deixar de sentir que atrapalhou a relação delas.

— Tudo bem. Você que sabe. — conhecendo bem a namorada achou melhor lhe dar espaço.

            Como estavam juntas no mesmo carro precisava chamar um táxi. Estava abrindo o aplicativo quando escutou passos se aproximarem.

— Filha? Está indo embora? — Larissa questionou.

— Oi! Mamma. Estou. Preciso ir buscar meu carro na oficina. — sorriu sem graça. Já que não havia contado as mães sobre o acidente.

— Vamos, te dou uma carona.

— Vou aceitar. O uber vai demorar e eu estou com pressa.

— Então o que houve com seu carro? — questionou dando partida.

— No dia da festa de aniversário dos meninos, um cara bateu em mim.

— Filha, como assim? Como não nos contou isso?

— Não foi nada de mais. E sabia que a mammy iria fazer um grande alarde. Me obrigar a andar de motorista. Então acabei não contando.

— Eu entendo. Mas você não pode esconder as coisas de nós.

— Desculpa.

— Tudo bem. Como está Rebeca? — Alice deu um longo suspiro.

— Possivelmente com raiva de mim. Por uma bobeira que eu disse.

— O que falou?

— Falei em Virgínia.

— Nossa! Você tem sorte de estar viva. — brincou para amenizar o clima.

— Não entendo essa insegurança da Rebeca em relação à Virgínia. Já que desde que foi embora não dá notícias.

— E isso te incomoda?

— Em partes sim. Só queria saber se ela está bem. Nada mais. Sinto-me mal por ela ser sozinha.

— Imagino. — concordou. — Me sinto culpada por isso. As coisas poderiam ter terminado de forma diferente para a Alana. — respondeu pensativa.

— É. — concordou.

— Bom, você está entregue. — parou em frente à oficina.

— Obrigada. — agradeceu lhe dando um abraço apertado. — Eu te amo. — falou ao se afastar.

— Eu também te amo filha. Se cuida. Beijo.

            Alice acenou já do lado de fora. Esperou que o carro da mãe dobrasse a esquina para só então caminhar até a entrada da oficina. O lugar era amplo e arejado, apesar do cheiro forte de óleo e graxa. Observou muitos carros de luxo e dentre eles estava o dela.

— Boa tarde! Sou Alice, vim buscar meu carro.

— Boa tarde! — o homem a fitou. — Cleytin, mostra o carro da madame. — gritou para outro rapaz que logo apareceu.

— Xá comigo! — limpou as mãos no macacão cinza, com manchas pretas. — O carro tá prontim, madame. Ficou como novo. Eu mesmo fiz o serviço. — exibiu orgulhoso o resultado.

            A loira concordou com o que o homem de porte magro falou. Olhando o carro nem parecia ter sido batido. Agradeceu o serviço, prometendo que só traria seu carro para lá. Efetuou o pagamento e em seguida saiu em direção a boate.

            A noite já dava seus sinais. O céu exibia suas várias cores ao por do sol. Alice dirigiu tranquila. Percorreu alguns quarteirões até chegar ao seu destino. Não percebeu que do outro lado da rua alguém a observava. Esperando ansioso para que a loira adentrasse a boate para só assim se aproximar de seu carro.

— Droga. — reclamou lembrando que o celular havia ficado no carro. Destravou procurando o aparelho. Fechou as portas, travou-as e seguiu para a entrada.

            Cumprimentou o segurança assim como fez com alguns outros funcionários que já estavam ali. Seguiu direto para o escritório. Sua mesa estava repleta de papéis. Contas a serem pagas.

— Anna, você me faz uma falta. — suspirou cansada. Tirou o paletó deixando-o na parte de trás de sua cadeira giratória. Assim iniciou a segunda parte do seu dia.

            Perdida em todas as coisas que tinha que fazer para tentar deixar tudo em ordem antes de abrir nem se tocou o avançar das horas. Cansada girou a cadeira e viu Bárbara passando o som. Só assim se tocou que já estava tarde. Desligou o computador, caminhando até a saída.

            Ajudou o pessoal a organizar as coisas. Apesar de se tratar de um dia comum na semana, sempre tinha alguns filhos de papai que não faziam nada da vida, apenas curtir  até lá para dançar e namorar.

— Anna vai ressuscitar quando? — Thiago questionou.

— Estou quase chamando Jesus. Quem sabe Ele consiga esse milagre. — respondeu forçando um sorriso.

— Ela está mal. Para abandonar isso aqui desse jeito.

— Pois é. — nesse momento entrava uma turma de amigas rindo alto.

— Esse grupinho tem frequentado aqui vários dias seguidos. — Thiago falou para mim. — Aquela de rosa é a filha de um governador. Adoro as gorjetas que ela me dá. — disse rindo.

— Aposto que são boas.

— Consigo pagar meu aluguel. — completou sorrindo feliz.

            O rapaz caminhou em direção ao quarteto. Que não conseguiu disfarçar que notaram a presença de Alice. Mas o olhar que uma delas deu foi algo mais assustador. Parecia que a morena conhecia a loira. Mesmo sem ela fazer a menor ideia de quem se tratava. Lentamente o lugar foi ficando cheio. Alice já cansada de sorrir e ser cordial resolveu passar um pouco de tempo no escritório.

            Abriu uma água com gás, tomou o líquido enquanto observava a pista de dança cheia de pessoas. De repente a porta foi aberta fazendo-a virar na direção.

— O que faz aqui? — indagou entre dentes.

— Achei que Anna estava aqui.

— Bom, sinto decepcionar. — voltou a ficar de costas.

— Você se acha incapaz de errar, não é?

— Não. Não me acho incapaz de cometer um erro. Mas pode ter certeza que jamais trairia a mulher que eu amo. — cuspiu a verdade de uma única vez. — Ou será que você não ama a Anna?

— Não se atreva a duvidar do meu amor. — bateu as mãos na mesa.

— Quem deve estar duvidando dele é a Anna.

— Você contou a ela?

— Não. Apesar de sentir que eu deveria. Mas ela não merece sofrer mais do que já está sofrendo.

— Eu já tentei de tudo. Ela não me atende. Não me responde às mensagens. O que espera que eu faça?

— Que tente mais. Que insista! Que conte a verdade a ela! Para que ela decida o que deve fazer.

— Ela vai me deixar. — lamentou.

— Ela já te deixou. Será que não percebeu isso ainda? Acho que você quebrou a Anna de um jeito que ninguém nunca quebrou.

— Não fale assim. — suplicou.

— É apenas a verdade. Agora será que você pode me deixar sozinha? — apontou a porta.

            Completamente mexida com tudo que Alice lhe disse. Tália foi até o bar e pediu uma bebida. De onde estava Alice observou tudo. Não conseguia entender como alguém que jura amor consegue trair. A porta de abriu novamente.

— Anna! O que faz aqui?

— Vim trabalhar, mas vi Tália no bar. Então vim me esconder aqui. — confessou.

— Como você está?

— Viva. Talvez sem o fígado, mas viva. — tentou brincar.

— Ela veio aqui para te procurar.

— Acredito que pelo estado dela, você tenha dito algumas coisas.

— Muitas. — confessou. — Mas talvez seja hora de vocês conversarem.

— Talvez. Mas antes eu preciso de algo para beber.

— Toma. — jogou uma garrafinha de água em sua direção.

— Não vou tomar remédio. — reclamou.

— Acho que deve estar sóbria quando escutar o que ela tem a dizer.

— Você sabe de algo?

— Não. — Anna a fitou. — Sei. Mas quem deve te contar é ela. 

            Anna não insistiu. Sabia que a hora da conversa entre elas já havia chegado. Os dias sem vê-la serviram para ela entender algumas coisas. Via que Tália estava tentando se aproximar de todas as formas. Mas ela se manteve firme em castigar a outra. Só não imaginaria que no processo acabaria se castigando também. O silêncio na sala durou alguns minutos.

— Bom, acho que eu preciso ir. — se pôs de pé.

— Boa sorte. — tocou seu ombro.

            A mulher desceu as escadas já procurando por Tália. Mas a namorada não estava mais no bar. Mordeu os lábios, ansiosa. A boate estava lotada.

— Será que ela foi embora? — indagou-se.

— Eu não quero falar com você. — escutou a voz alterada de Tália vinda do banheiro.

            Curiosa para saber o que estava acontecendo seguiu para os banheiros. Abriu a porta e viu uma mulher segurando a cintura de Tália. Anna segurou a raiva, não queria se fazer ser vista.

— Você diz que não quer falar comigo, mas foi ao meu hotel para trans*r. — a mulher afirmou com um sorriso vitorioso.

— Então foi isso? — Anna falou já sentindo as lágrimas descerem por seu rosto.

— Anna! — Tália se virou em sua direção.

— Responde. Você me traiu com ela? — parecia que debaixo dos pés de Anna havia se aberto um alçapão.

— Anna, não é nada disso. — fez menção em toca-la.

— Não encosta em mim. — falou se afastando.

— Tália conta logo. Ela já escutou. — a moça falou.

— Cala a boca Lívia. — só então Anna se tocou que aquela não era qualquer uma, era a ex-namorada de Tália. — Anna, meu amor. Me escuta.

— Não me chama de amor. Você não sabe o que é isso. Nunca soube. Olha, para mim chega. — tirou a aliança do dedo. Atirou em cima dela. — Vocês se merecem. — saiu batendo a porta.

— Olha o que você fez. — reclamou fitando Lívia que sorria satisfeita. — Anna, me espera.

            Tália correu, mas não a alcançou. Esbarrou em Alice, enquanto seu rosto estava banhado em lágrimas. Estava arrependida pelo que havia feito, mas talvez fosse tarde mais para conseguir o perdão de Anna.

— Ei! — Alice reclamou ao sentir o corpo da outra ir ao encontro do dela. — Aonde vai com tanta pressa. Cadê a Anna?

— Ela acabou de sair. Eu preciso ir atrás dela. Será que você me emprestaria seu carro? — perguntou desesperada.

— Não. Você está nervosa demais para dirigir. — foi enfática.

— Mas eu preciso ir atrás dela.

— Deixa que eu vou. É melhor.

- Eu fui culpada. Eu vou.

Ficaram discutindo por alguns segundos. Passos apresados ecoaram no estacionamento da boate. Uma pessoa entrou no carro apressadamente. Desbloqueou o celular, discando o número de Anna repetidas vezes, já que a outra não atendia.

— Droga! — bateu forte na direção do carro.

            Não sabia para aonde ir, estava apenas imaginando que Anna poderia ter ido para casa a casa da mãe. O carro em alta velocidade, cortando outros veículos, apressado, ligeiro. Avistou o carro de Anna a alguns metros. Pisou o pé no acelerador na esperança de se aproximar mais. Entretanto, o sinal que Anna estava parada abriu e ela seguiu. Alguns carros estavam à frente do carro de Alice. Na certeza de que o sinal iria fechar não diminuiu a velocidade. Mas o sinal da esquerda abriu, o primeiro carro arrancou com toda potência. A única coisa que viu foram os faróis, iluminando sua janela. Tentou pisar nos freios, porém eles não funcionaram. Sua vida passou como em um ‘flash’, o desespero tomou conta dela. Sentia a adrenalina correr em suas veias. Fechou os olhos esperando o impacto que não demorou a acontecer.

            O barulho do choque foi estrondoso, e em seguida apenas se podia ouvir as buzinas tocando juntas. Os estilhaços dos carros misturados como uma fusão de um só. Vidros e ferragens. Gemidos de dor e o som da buzina. O cheiro do sangue misturado ao cheiro de gasolina. Os olhos da ocupante do veículo se fecharam lentamente. Cansados demais para se manterem abertos.

— Moça, você está bem?

            Escutou a voz ao longe, mas não tinha forças para responder. Tudo era confuso demais. As vozes gradualmente foram ficando mais longe, quase inaudíveis. Assim perdeu completamente a consciência. Torcia apenas para aquele não ser o fim.

           

           

           

Fim do capítulo

Notas finais:

Volteiiiiii. Com um suspense de leve. Algum palpite de quem estava no carro????w

Que comecem os jogosss. Se forem boazinhas e comentarem muitoooo. Posto a continuação amanhã.  Beijossss


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Comentários para 90 - Capitulo 87:
Master
Master

Em: 13/03/2022

Tomara que a tália não tenha traído a Ana e tenha uma boa explicação para tudo isso, gosto muito delas duas juntas e a amizade das quatro também, que não seja Alice nesse acidente meu Deus acho que é a talia e tomara que ela fique bem.


Resposta do autor:

No próximo capítulo vamos saber de tudo isso.

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 13/03/2022

Será que a Tália foi no hotel para conversar,a ex imaginou que era para transar e rolou só o beijo? E como ela vai explicar isso para a Anna?

Alice e Rebeca já tiveram suas cotas de acidentes,e acho que a vítima da vez,foi a Talia.


Resposta do autor:

Bora ver se está certa!

Responder

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NeyK
NeyK

Em: 12/03/2022

Pra tá correndo dessa forma só pode ser Talia. Só assim pra Alice abrir o olho e entender q ela está sendo alvo. 


Resposta do autor:

Será que agora ela vai mesmo se tocar que tá correndo risco?w

Responder

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paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 12/03/2022

Descobrir uma traição assim é foda, pobre Ana. Espero, espero muito que não seja a Alice no carro viu, e se for Talia que não morra, Rebeca vai sofrer muito.

Menina tô sentindo falta de um capítulo extra, tá na hora de aparecer né kkkkk
Resposta do autor:

descobrir uma traição sempre é foda.

Xiiiii. Quietinha sobre esses extras. Estou em negação.

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 12/03/2022

Misericórdia!


Resposta do autor:

Sò muita providência divina.

Responder

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Lea
Lea

Em: 11/03/2022

A traição foi descoberta,e como pensei a Anna não iria suportar!

No carro, espero que esteja a Talia! Espero que não morra!

Acertei em pensar que o carro da Alice iria ser sabotado!!!!


Resposta do autor:

Seu palpite foi bom.

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preguicella
preguicella

Em: 11/03/2022

Mulherrrrrr, com coisa séria não se brinca, hein! Que não seja Alice nesse carro! Pior que pode ser Tália, ixi!

Tu tá sanguinária nessa história, hein. Não vejo necessidade dessa sofrência toda! Vamos voltar pro amorzinho, viu! haha

Bju

Ah, percebi que me ignorou no meu pedido extra, mas não esqueci deles não, tá! muahahaha hahah
Resposta do autor:

Eu tô boazinha.

Beijos.

VOu te mandar a resposta no whats, não quero descer o nível aqui. kkkk

 

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Mille
Mille

Em: 11/03/2022

Acho que seja a Talita. 

Poxa a Alice confia muito nas pessoas.

Anna soube da pior forma a traição da Talita.

Só espero que tenha o próximo capítulo pronto para postar e assim não ter leitora a menos.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Também acho que Anna soube no pior cenário. Ainda mais pela outra. Tenho uns 10 prontos. kkk

beijos

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JeeOliveira
JeeOliveira

Em: 11/03/2022

que seja a Talia no carro pq sinceramente a Talia pra mim já se perdeu, eu não consigo gostar do rumo dela na história pq o amor dela e da Anna era tao bonito, mas foi a ex aparecer q ela mudou e isso não é pra Anna e nem pra ela


Resposta do autor:

Vai ver que no fundo ela tinha esquecido totalmente a ex.

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