Fronteiras por millah
Capitulo 34 O que fazemos no tempo livre
Depois de um descanso Lina e eu fomos as cinco horas ao restaurante de Hyong e la já vimos o espaço vazio sem mesas ou obstáculos para nos atrapalhar na aula de kendo.
Já ela estava a nossa espera trazendo a sala principal duas espadas de madeira.
--cinco em ponto.(rs) vejo que realmente se interessaram.—Hyong estava animada com esse treinamento.
--Mari fez tanta propaganda do que fez..ate eu to querendo fatiar alguns contaminados.
--kendo é um ensino sério.—disse ela bem séria a Lina sorridente.
--to vendo. Manda ver.
Hyong nos entregou uma espada de madeira para cada uma de nós e nos ensinou a arte da teoria do kendo e assistir ela tão certa de suas palavras e conceitos de ensinar cada movimento básico me fez ficar fascinada com sua postura e técnica. Parecia tão simples para ela mas não era. A espada tinha seu peso e comigo eu já via que teria dificuldades, bem diferente da Lina que movia sua espada com força e rigidez. Eu já era um desastre.
--posso te guiar se quiser..—Hyong se aproximou de mim cautelosa e eu a olhei desconfiada pois aquela tática eu já conhecia. Logo ela que tinha os olhos brilhantes para mim e o cuidado em me ver com uma espada na mão enquanto Lina enlouquecia logo ao lado com seus movimentos brutos.—você precisa pegar com firmeza.—ela pousou sua mão sobre a minha e apertou um pouco mais.—sente o equilíbrio? Do cabo a ponta? Para cada ataque precisa estar ciente de sua intensidade e a ponta apontada para seu oponente.—ela caminhou para minhas costas e isso não sei porque me lembrou de Marga e suas armas. Isso me assustou e me fez olhar para ela temerosa mas Hyong ajeitou minha posição para o combate.—pronto agora Lina é sua oponente.—Hyong falou e Lina já rodopiando a espada se colocou a minha frente na mesma posição e não nego ela com sua altura se tornou um desafio assustador sem contar na força que ela possuía.
--nem vem me atacar com força Lina.—falei mas Lina tinha um sorriso maroto pronto para atacar.
--(rs) assim não tem graça Mari.—disse ela deixando a posição.
--olha o seu tamanho!
--calma, não precisa se preocupar. Lina por favor.—pediu Hyong para ela voltar a posição e depois de uma boa respirada profunda nos preparamos.
Aquele olhar maroto da Lina sobre mim e o sorriso safado de alguém que ia aprontar so me fez segurar bem firme minha espada e ela com um golpe arrancou ela da minha mão.vi minha espada bater com força no chão e minha mão arder como nunca.
--porr* Lina!!—reclamei sentindo minha palma arder.
--eu fui devagar!—retrucou ela e parecia piada.
--assim seria ponto para Lina.(rs) o proposito do kendo é moldar a mente e o corpo para cultivar um espirito vigoroso mas estamos só conhecendo o kendo né.
--é,e essa safada conseguiu cortar minha mão.—falei vendo o corte bem no meio da palma.
--deixa-me ver.—Hyong pegou minha mão e viu o corte feito pela madeira e o couro.—vem,vamos limpar isso.
--desculpa bonequinha.—disse Lina bem sarcástica ainda a brincar com aquela droga de espada.
--vai se ferrar.—respondi irritada e ela soltou uma risada.
--(rs) Hyong a gente bem que poderia tentar um round não é? Acho que tenho minhas chances de ganhar.—Lina estava se gabando e Hyong a olhou desafiada.
--você?(rs) não pense que só força te salvaria em um combate comigo.
--eu duvido.
Hyong pegou um kit deixado ali no cantinho da sala e limpou minha mão enquanto a exibida da Lina brincava com a espada.
--sabe já que estamos aqui eu queria me desculpar.—disse Lina a concentrada Hyong a cuidar da minha mão.
--por que?—perguntou ela totalmente focada no que fazia.
--acho que você ficou doente por minha causa né.aquela ficada inesquecível.—Lina dissera isso com gosto.
--nem me lembre. Foi questão de horas depois e eu estava fodida. Achei ate que fosse outra coisa. Já foram tantas né.—a indireta deixou Lina com um gostinho de quero mais daquela discursão.
--tantas e bem fogosas loucas para repetir.—dissera ela no ouvido de Hyong.
--eu não!—retrucou Hyong virando seu olhar a ela na hora e devo admitir que ver Lina e suas sacadas com Hyong foi a coisa mais inesperada do dia.
--(rs) logo eu que estou querendo tirar essa má impressão que tivemos com essa doença maldita? Digo que posso fazer uma grande diferença..com outra disposição.—eu olhei para Lina assim como Hyong a olhava e minha nossa ela sabia usar de toda sua lábia para agradar quem ela queria em sua cama.Hyong ate paralisou ou talvez pensava nesta oportunidade.
--se quiser eu posso deixar vocês um pouco sozinhas..para resolver isso.—falei.
--acho ótimo.—Lina ate abriu um sorriso.
--eu não!devo ser uma das poucas opções agora né?—respondeu Hyong a Lina e a carinha de Lina a admirar a cada patada me impressionava.Lina pensou e não levou segundos para achar sua resposta.
--não mesmo.—respondera ela.
--então procure outra para irritar.
--qual é Hy,a gente pode formar uma dupla e tanto!
--sabe como ela cala a boca?—entreguei minha espada a Hyong e ela entendera perfeitamente.
Hyong se posicionou e Lina fez o mesmo. As espadas quase se tocavam com suas pontas mas a concentração de ambas em permitir que tudo se equilibrasse e seus corpos se tornassem certos de que qualquer movimento daria inicio ao combate.
Lina sorriu e tentou o primeiro golpe porem não sei como Hyong em sua rapidez terminou com a ponta de sua espada tocando o pescoço de Lina e Lina desarmada. Deu pra ver como encostava e também pela cara pálida de Lina que o susto foi dos grandes.
--viu que usar a força nem sempre é útil?—Hyong conseguira impressionar não só a mim como a Lina que permaneceu paralisada.
--(rs) pra quê ir tão rápido se a gente pode se divertir?—perguntou Lina sarcástica.
Lina parecia flertar com ela e Hyong em sua seriedade apenas sorriu afastando sua espada.
--como sempre uma pervertida.—dissera ela guardando a espada.
--pervertida não,sou uma amante das mulheres.
--vê isso Mari? Essa safada acha que conhece as mulheres.
--to vendo que isso vai durar um pouco mais do que a aula.(rs) divirtam-se.—sai de fininho deixando aquelas duas a discutirem e era impressionante como Lina gostava.
Na verdade essa aula de kendo só me mostrou o quanto eu estava despreparada para pegar em armas seja ela uma katana ou uma pistola. Nem pra segurar a espada eu conseguia e muito menos tinha coragem de machucar alguém. Eu já sabia que não era depois dessa missão que eu conseguiria mudar.
No caminho para a casa de Marga vi as casas escolhidas para receber os painéis solares e os geradores e a movimentação pelas ruas era animadora. Muita gente já se envolvia na instalação e no alto das casas os eletricistas recebiam os painéis com a ajuda dos moradores.
--legal né?—Rosa chegou com um sorrisão no rosto perto de mim e um copo de café que bebericava.
--muito.
--algo que foi inevitável foi saber que aquele grupinho chato que tava reclamando mais cedo foi embora e nem esperou pela gente. As minas do portão me disseram que tiveram que fazer barulho em outro portão para atrair os safados do portão norte. Eles levaram uns dez carros do morro.
--eles conseguiram sair da cidade?
--não sei ate onde vão conseguir ir mas acho melhor assim. gente filha da puta merece se foder mesmo.(rs) mas olha ali,a rainha da favela já ta pondo a mão na massa.—ela apontou e eu olhei para o alto de uma casa e avistei Marga trabalhando na colocação dos painéis.
Ela estava empenhada e bem determinada a dar ordens também e seus gritos do alto eram ouvidos dali. Contudo Marga realmente estava se empenhando para liderar.
--quem diria né? Ninguém dava credito pra madame quando ela chegou aqui no morro.
--madame?
--ela não te contou?(rs) essa puta vem de uma linhagem de gente rica e elegante. Uma puta de raça. Estrangeira (rs) sua mãe foi a perdição pra ela.
Rosa partiu com um sorriso malicioso no rosto e aquela historia pelo visto já era rodada pelo morro.Marga realmente tinha modos de outro mundo, ate em sua postura porem eu queria saber mais desta historia intrigante. Eu queria saber porque ela me intrigava tanto. A mulher que tanto perturbava meus dias bem ali na altura do entardecer me achando como se soubesse que meus pensamentos estavam presos a ela.
Fui pra casa de Marga e minha mãe me pegou pelo caminho e estava sorridente.
--to adorando essa mudança. Todo mundo unido apesar dos que se foram. Sei que tentou abrir a cabeça dessa gente mas por outro lado também é bom só ter gente boa por perto.
--se me dissesse algumas semanas atrás eu diria que isso é loucura. A maioria cagava pra gente.
--é...era bem isso.hey,o que foi isso na sua mão?
--um acidente com o kendo.
--(rs) não é por falta de provas mas você é maravilhosa com a oratória. Não precisa de armas já que minha filha é super inteligente e muito bem posicionada. Marga fazendo questão de nos colocar no centro de tudo me faz pensar nisso todo dia.
--mãe..ela realmente ficou aqui no morro por sua causa?
--(rs) minha causa?pff ela não gosta muito de contar isso, é tipo uma derrota pessoal para a dona Marga que ela nunca conta a historia toda.
--pra você tenho certeza que ela contou.
--um pouco mais detalhado sim. A família dela faliu por causa do pai que apostava em casinos e todo tipo de coisa que gerava dinheiro. Tiveram que fugir para o pais deixando para trás um império falido. Pra mim ela diz que a máfia a procura, para rosa o fbi, para Lina a yakuza.só deus sabe que merd* eles se meteram...ela era bem diferente mas já tinha aquele fogo de vingança nos olhos. Ela ficou por aqui porque achou uma maneira de reinar.
--e isso é o que todo mundo conta?
--também. (rs) não sei porque quer saber disso.
--ela já me contou umas coisas uma vez no posto mas..sinto que falta algo mais..cadê os pais dela? E esse povo todo?
--Quero que descanse e esqueça um pouco Marga que daqui a pouco teremos luz e poderemos curtir um pouco juntinhas depois. O que acha?
--acho ótimo.
Assim como minha mãe falou seguimos para a casa de Marga e fui descansar. Nem sei quantas horas dormi mas acordei com o céu já escuro e meu quarto iluminado pelo abajur ao lado da cama. Não me lembrava de ter deixado ele ligado. Desci da cama e descalça sai do quarto. Havia luz por toda a casa e as vozes da minha mãe vinda de la embaixo me fizeram descer.
No andar térreo encontrei minha mãe e Marga conversando e minha chegada fez a conversa terminar.
--viu só? Problema resolvido.—disse minha mãe.
--quanto tempo dormi?
--tempo demais. Todas as famílias que estão morando no morro tem luz agora e estão comendo maravilhosamente bem.isso eu tenho que agradecer a você.—debochada Marga brindou no ar com sua taça de vinho.
--você estava dormindo tão profundamente que te deixei ficar mais um pouco.
--tudo bem mãe.
Sentei a mesa e Marga veio logo depois sentar ao meu lado. Minha mãe serviu sua conhecida macarronada com almondegas e o seu molho secreto que nos fez limpar o prato em tempo recorde.
--sabe Marga, você ta deixando Mari bem curiosa.
Minha mãe puxou o assunto e enquanto eu a ajudava lavar tudo eu tive que olhar para ela desacreditada. Ela ia me entregar certeza.
Marga já olhou para mim pronta para me fuzilar se fosse preciso para não me responder.
--mãe.
--ela quer saber do seu passado triste e sofrido.—revelou ela e por que toda mãe era assim?
Marga me olhou de cima a baixo e com desdém me ignorou e partiu e claro que depois daquele deboche da minha mãe era logico que eu esquecesse.
--desculpa.(rs)
--pra que tu foi falar uma coisa dessa mãe?
--eu pensei que ela falaria já que te contou um pouco.
Lavamos tudo e minha mãe me arrastou para o seu quarto. Assistimos um filme ate chegar na metade e ela cochilar no meu ombro. Ela ficava linda dormindo e acomodar ela a cama sempre era a melhor parte. Muitas das vezes que ela chegava do trabalho cansada esse serviço se tornava todo meu. Pareciam inverter os papeis.saindo do seu quarto percebi que Marga ouvia musica ainda na sala então desci a sua procura.
Cheguei na sala e já a encontrei limpando as peças de sua pistola.ao me aproximar mais vi o quanto ela era metódica ao fazer da mesinha a sua frente um verdadeiro quebra cabeça com todos os pedaços da arma.
--gostou da aula?—perguntou ela e isso me foi uma surpresa. Não pensei que ela se importaria.
--kendo é bem interessante. Lina entendeu bem o conceito da coisa toda porem comigo nem se compara em força.(rs)—sentei ao seu lado no sofá enquanto ela voltou a limpar suas peças.—só Hyong para quebrar seu ego inflado e me salvar.devia ter visto ela contra atacando Lina.
--o que houve com sua mão?—perguntou ela me interrompendo com aquele olhar que me sempre parecia uma navalha cortando qualquer sentimento meu, tanto que não soube responder ate ela tomar minha mão e largar sua arma na mesinha.
Ela retirou as gazes que envolvia o corte e quando revelou o ferimento ela me olhou novamente. Ela apertava meu pulso e com o polegar tocava sobre o corte tentando ver a profundidade na minha pele. O estranho era que a dor não me incomodava tanto quanto o seu olhar de julgamento e esperar o que viria dela depois disso era inquietante.
Ela me olhou e vi que já tinha seu veredito e a mim só restava ouvir.
--você é patética.—disse ela retornando para sua arma.
--vai se fuder.Lina só faltou arrancar minha mão.—falei.
--eu estou ansiosa para o dia que o universo vai te obrigar a tomar as rédeas da situação e por uma arma na sua mão. espada de merd* da Mulan já não vai te salvar. Nem sei o que tem de tão de interessante com Hyong e sua espada. Sua mãe com toda certeza vai adorar esse seu entusiasmo com a mulambo.
--ela não vai falar nada porque ela já teve a audácia de ficar com a maior filha da puta que conheço!—me levantei do sofá e dei a volta nele mas ela se levantou e tomou minha frente.
--ah como você é fácil! O que todos precisam é puxar seu saco pra você cair de joelhos. Quando vai comer o sushi dela?—ela sabia como me provoca e eu era burra de não me controlar e voltei meus passos a ela.
--você é tão...ignorante quando quer! E só ver o que te importa também.
--vai dizer que é mentira? Que foi para lá treinar lutinha porque quis?
--é, eu fui pra la pra aprender kendo porque assim poderia meter essa merd* de espada na sua cabeça.—a empurrei e passei por ela tomando meu caminho as escadas.
--você esta pedindo uns tapas na bunda.isso sim.
Eu tive que voltar a ela e me sentir infantilizada me irritava.
--tapas na bunda?(rs) posso não ser fodona como algumas mas posso dizer com tranquilidade que não sou como você.
--e nunca será.
--exatamente e isso é algo positivo pra mim.
--(rs) positivo é?—eu a vi pegar seu revolver sobre a mesinha e apesar daquela visão me assustar um pouco não recuei naquele embate.—gosta de ser a princesa indefesa e eu gosto de atirar nessa puta porem eu não sei...eu não consigo pensar o mesmo com você. Isso só mostra o quanto esta errada a respeito da minha opinião de pessoa mais horrível do mundo ou do seu próprio pensamento sobre si mesma. Você não é uma princesa indefesa..nunca foi Mari.—ela veio a mim e me preocupei ate com seus pensamentos.--(rs) anda,vem comigo.
Ela seguiu em direção a garagem e a acompanhei desconfiada. Saímos da garagem e tomamos um caminho pela mata encontrando uma escada que levava para o topo do morro. Subimos alguns metros entrando na escuridão da noite nos afastando da luz da entrada da garagem para avistar um pequeno terreno no topo onde Marga reservou um cantinho para ela e quando ela abriu as lamparinas com seu isqueiro eu pude ver melhor cada detalhes. O sofá cama, as bandeirinhas e luzes penduradas entre os galhos das arvores ao redor tudo parecia um cantinho tão seu que não percebi o que realmente ela queria me mostrar.
Em um cantinho havia um telescópio montado onde ela me esperava.
--vem cá e olha aqui.
Fui ate o telescópio e o usei e ele era incrível.eu podia ver a entrada de um prédio tão perfeitamente como se ele estivesse na minha frente.
--o que quer me mostrar?—perguntei a ela sem tirar meu olho da lente e senti ela mudando sua posição.
--eu tenho vigiado a cidade desde o começo da epidemia. Se eu diminuir o zoom da lente, vai ver que ela se tornou bem vazia e os únicos infectados que vemos estão próximos aos portões. Voltando ao prédio, ao topo dele, podemos ver este senhorito.ele ta se achando, quase um homem invisível la encima a salvo dos olhos de qualquer abaixo de seus pés porem o que ele tanto faz la encima?o que ele vigia com seu binoculo??—o que Marga dizia realmente me intrigava.
--pra onde ele ta olhando?—perguntei interessada.
Marga fez questão de ajustar perfeitamente a lente ao ponto que ela queria e mudando de posição mais uma vez vi algo grande. Era o estádio de futebol e dali de tão alto eu vi o seu interior e gelei.
A grama verde estava tomada de contaminados.
--tenho a leve impressão de que você já sabe de tudo por aqui. Há quanto tempo sabe do caminhão?—perguntei deixando o telescópio de lado para encarar Marga e seu semblante calmo.
--há uma semana.—respondeu ela apenas e era impressionante.
--Você já sabia e nem nos falou!!?
--foi justamente por isso que permiti a nossa saída para pegar os suprimentos. Eles estão concentrando os zumbis no estádio e eu ate sei por quê. Há alguns dias os portões oeste e sul estavam sem contaminados e do nada apareceram como um bloqueio. Justamente os portões que estão mais próximos e tem ruas de fácil acesso do estádio ate aqui sem contar que a poucas guardiãs vigiando esses mesmos portões.
--perai...(rs) esses caras não podem conduzir os contaminados ate aqui sem notarmos. Você principalmente teria visto..
--eles não precisam vir ate o morro Mari para que os zumbis fiquem nos portões. O morro tem seu próprio barulho. Os desgraçados correm e se atiram nos portões de metal e o som já é um chama.se você olhar ao seu redor verá que o som do morro nada mudou. Ainda estamos aqui e ainda estamos vivos. O negocio aqui se tornou pessoal. Imagina, todos eles nos cercando..
--os portões não iriam resistir...e muito menos o morro.—falei avaliando essa possibilidade.
--eu só sei que quando aquele estádio esvaziar ai sim teremos um problema.
--você fala com tanta convicção do que vai acontecer que acho que já conhece ate nosso inimigo.
--...deve ser o Punk blaze.ele tem um grupinho miserável de idiotas espancadores. Da ultima vez que nos encontramos eu cortei o cabelo dele...e o pinto também. O safado é um viciado em sex*,ele vive em agonia agora.—Marga parecia se gabar do que fez e eu só pensava naquela tortura horrorosa.
--o que ele te fez?
--não fique contra mim.
--você mutilou o cara no mínimo deve ter um motivo.
--ele era irritantemente chato. Não queira saber o resto.
--ele fez algum mal a você?(rs)...desculpa a pergunta. Isso agora parece ate impossível. Você é a rainha do morro da prata. Quase me esqueci.—meu sarcasmo foi recebido com o revirar de olhos dela.
--não sou invencível. Também tenho meus demônios.
--e com certeza não é ele.
--(rs) tenho medo de coisas piores.
--tipo?
--perder para uma coisinha tão insignificante.—disse ela com um sorriso duvidoso no rosto.
--de que maneira?
--...
Ela me olhou tão pensativa e com o sorriso persistente no rosto que lhe faltou sua resposta ela parecia querer me falar mais alguma coisa mas com um longo suspiro ela me puxou para retornarmos.
Fim do capítulo
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