Fronteiras por millah
Capitulo 33 Não estamos tão sozinhos
Começamos a olhar para os lados e com aquele bolo de pessoas nos encurralando me peguei descansando um pouco daquela loucura. Enquanto os outros pensavam em achar uma maneira de sairmos dali notei o quão perto do teto estávamos e também do quanto perto estávamos de um dos tubos de ventilação. Eram tubos enormes e largos que seguiam pelo teto do deposito e seguiam para outra sala.
--Hyong,o que você acha?—perguntei a ela ainda olhando para cima e avistando a entrada de ventilação esperei por sua resposta.
--não custa tentar.Hayato!
Hayato veio a nós caminhando cauteloso e com Hyong apontando com a katana para o alto ele logo entendeu.
Pegou uma caixa pesada e subindo nela ele estendeu a mão a Hyong que rápida escalou ele e diante de tantos olhos apreensivos ela com sua katana desparafusou os quatros parafusos e abriu a entrada para o tubo.
--me levanta mais.—mandou ela concentrando-se para não olhar para baixo.
--mais?(rs)—ele fez um esforço e ergueu um pouco mais os ombros onde Hyong pisava e ela com um pulo que me deu calafrios se agarrou a borda da entrada do tubo e alguns segundos ver ela pendurada ali me fez rezar para que ela não caísse.
Ela entrou no tubo e depois de alguns segundos virou-se a nós com um grande sorriso no rosto.
--acho que dá Mari.—seu sorriso era a prova que dava.
--então vamos.
--Mari,pode vir.
--ok.—Hayato me ajudou subir nele e olhar para baixo daquela altura fez minhas pernas travarem com a vertigem em ver tantos contaminados a espera de um erro.
--anda, me da a mão.—Hyong estendia ambos os braços e não foi difícil segurar-la. logo ela me puxou e ver o tubo por dentro e o material de que era feito eu via que o metal ia resistir a todos.
E de um a um fomos puxando o restante do grupo.
--pra onde vai esse tubo??—perguntou tsun curiosa.
--só precisamos achar a sala certa para descer e sair daqui.—respondi tomando a frente.
--se querem um incentivo eu não me demoraria.—Rosa me deixou interessada.
--por que diz isso?—perguntei a ela.
--não tinha contaminados la fora antes do barulho porem esses desgraçados não estavam soltos todos por ai e tão perto. E se tivessem teríamos visto.—avaliou ela e era estranho de se pensar.
--o que?
--tem alguém na cidade.—ela teorizou.
--então estamos fodidos. Porque com certeza nos viram.—hyong fechou a cara e continuamos engatinhando no tubo.
--é nessas horas que deveríamos entrar em pânico.—Rosa falou irritada de engatinhar com toda aquela barulheira dentro do tubo.
--Rosa eu entendo sua preocupação mas fica calma.eu não quero pensar nessa possibilidade ate porque temos um caminhão recheado por ai.—falei seguindo em frente sentindo que aquilo não tinha fim.
--não vim ate aqui para uns desgraçados roubarem tudo.—Koji já bufava.
--ai maninho você não teria nem chance. Imagina nós um bando de desajeitados que ficou com medo desses ai enfrentar um grupão de rua.(rs) imagina se eles..—eu tive que olhar para trás e encontrar tsun e vi todo mundo também olhar pra ela se divertindo pensando no quão fodidos estaríamos caso alguém aparecesse.
--desculpa.—desculpa disse ela fechando o sorriso e encolhendo o corpo.
--nem vem com essa tsun.somos um grupo de buscas.se aparecer mais gente aqui ferrou tudo.—disse Hayato e entendi bem seu ponto de vista.enfrentar alguém esta fora de cogitação.
--por que o príncipe asiático dono da razão não aguenta atirar em alguém além de morto?—perguntou Rosa bem provocativa e pronta para uma briga.
--não sou um assassino.—respondeu ele e Rosa soltou um riso debochado.
--(rs) viu Mari você não esta só nessa.—ela me falou e isso estava pronto para explodir.
--você fala isso porque esta acostumada a fazer tudo de pior que Marga te impõe.—ele se exaltou e Rosa na hora virou seu olhar a ele.
--o que eu faço, faço pela minha família parça!quem é você pra me julgar?!—respondeu ela furiosa.
--Rosa!!—chamei sua atenção e ela estava impaciente com Hayato.
--esse mané ta falando merd* Mari!
--eu sei e acho melhor parar de provocar Hayato.querendo ou não se aparecer alguém em nosso caminho a gente tem que saber diferenciar muito bem a situação. Não é porque que eu ache alguém que devemos atirar.—respondi.
--então a gente espera ele atirar antes é?—koji me perguntou.
--é uma boa opção.—falei.
--(rs) o que esperar da arregona do morro.—Hayato disse baixinho mas cheio de rispidez.
--do que me chamou??—perguntei me virando e fui barrada por Hyong.
--Mari esquece! Foca no plano. Estamos indo bem.—Hyong virou a eles e falou algo em japonês. Pelo tom era um esporro que fez Hayato calar a boca.
Segui em frente ate chegarmos a uma grade do primeiro andar do shopping.
--podemos sair aqui.
--ok,assim que sairmos nada de correr.do jeito que tinha aqueles contaminados aqui pode ter mais.
Hyong abriu a grade e saímos já atentos ao silencio do corredor. Tudo estava destruído como se fosse dia de liquidação da Black Friday.
--owwn tem tantas blusinhas ali.eu poderia.—tsun estava quase elevando a voz de tão empolgada com as roupas na vitrine mas a seguramos antes dela correr.
--agora não tsu.—Hyong a parou e ela fez um biquinho.
--você nunca me deixa ficar com a parte legal.
Chegando ao final deste encontramos as escadas rolantes e elas pareciam tentadoras porem dali dava para ouvir o barulho dos contaminados no deposito.
--certo, a gente vai passar bem próximo das escadas do supermercado mas acho que eles não vão ouvir então não derrubem nada.
Assim que dei meu primeiro passo Hyong me segurou pela camisa e me abaixou novamente.
--olha ali.—espiando pelas escadas vimos um grupo armado no andar abaixo.
--quem são esses ai??—perguntou Hayato atento.
--acho que nesses podemos atirar né Mari.
--deixa de brincadeiras koji.se esses caras ver a gente fodeu tudo.
--eles me parecem familiares.—Rosa estava curiosa em relação a eles.
--desafetos de Marga?(rs) a cidade ta uma semana no caos e esses merd*s ainda estão por aqui?
--me deixa ver melhor..—Rosa tomou a frente e com sua arma utilizou a mira para observa-los.
O trio passou rápido e não a percebeu ali agachada na escada espiando. Eles iam conversando baixinho e Rosa foi descendo os degraus me deixando bem apreensiva com sua segurança.
--ela é maluca? Vai por tudo a perder.—koji estava preocupado e não era o único.
--não..não vai.—respondi tentando controlar meus impulsos de ajuda-la.
Não demorou para ela recuar devagar e voltar a nós com um rosto pálido e preocupado.
--a gente tem que cair fora daqui logo.—dissera ela com um tom nervoso o que deixou todos bem apreensivos.
--o que ouviu??—perguntou Hyong.
--eles estão atrás dos contaminados e viram a gente no deposito!
De repente um apito, forte e vindo do lado de fora que fez aquele voraz barulho dos contaminados aumentar e novamente o barulho de correria.
De dentro das lojas ainda escondidos, os contaminados viam vorazes em nossa direção.
--corram!!—mandei vendo do alto todos os contaminados da praça de alimentação e andar acima correr próximo as barras de segurança.
Descemos as escadas e dos andares mais altos corpos caiam e estouravam contra o piso ou batiam nas escadas rolantes acima de nós. Chegando ao andar abaixo seguimos para o mais longe possível das escadarias do supermercado, onde passamos e avistamos dois caras armados que viraram a nós surpreendidos pela nossa presença atirando a queima roupa e Rosa e os outros não economizaram balas também para devolver no mesmo troco.
--não parem!!!—seguindo pelo corredor principal vimos mais contaminados a nossa frente.
Rosa atirava certeira naqueles que vinham pra cima. Tsun e Hayato também tinham uma mira perfeita.Hyong nem se comparava com sua katana e com um movimento ela desembainhou a espada de sua bainha vermelha e cortou um cara da sorveteria do mc que pulou sobre nós de sua bancada.com um golpe vi seu tronco se separar ao meio assustando Koji que vinha logo atrás vendo os dois pedaços cair no chão. Seu grito saiu agudo e foi um incentivo para ele acelerar seus passos passando ate por nós. Ele estava todo sujo de sangue mas estávamos perto da entrada. A luz do dia era nossa salvação.
Peguei o comunicador para avisar o caminhão.
--pessoal, a gente ta indo para a entrada! Cadê vocês??
--tamo chegando, aguarda ai.
Passamos pelas portas principais e corrermos para a rua e o apito mais uma vez soou alto nas costas do shopping.
--que merd* é essa??—perguntei e todos nós viramos olhando para o shopping ouvindo mais uma vez o apito.
--os desgraçados estão coletando contaminados. Eu acho que acertei um deles.—disse Rosa recarregando a arma.
--mas pra que isso??—indagou Hyong a Rosa.
--eu não sei. Tem doido pra tudo.
Logo o nosso caminhão chegou e entramos sem antes vermos os vários contaminados restantes saindo do shopping.
--pega outro caminho além do que o que a gente veio.—pedi a Meg enquanto todos os outros cansados descansavam.
--por que?
--tem uns caras lá atrás do super.
--bota essa joça pra andar!!!esses putos tão convocando uma farra de contaminados aqui!—avisou Rosa da melhor maneira.
Avançamos alguns metros e na primeira rua vimos o caminhão deles em outra quadra. Era um caminhão de carga velho e gradeado feito para carregar animais mas que agora estava cheio de gente e entupidos, eles botavam os braços para fora como uma grande alegoria. Era uma visão infernal porem tínhamos mais uma preocupação. Acho que esse foi o pensamento de todos dali.
Voltamos para o morro e assim que entramos no portão norte eu já vi Marga fumando a nossa espera.
Desci do caminhão e ela me olhou toda cheia de si por ter chegado antes de mim e ir ate ela não foi uma tarefa muito fácil porem Rosa facilitou bem isso correndo ate ela antes de mim.
Vi ela contar tudo para Marga ainda carregada de toda a adrenalina que passamos e o olhar de Marga não mudou muito porem ela exalava aquela sensação que me arrepiava a espinha e me fazia suar as mãos apenas tendo o pensamento que logo era minha vez do seu bom interrogatório. Ela fez questão de me encarar todo o tempo e no final um sorrisinho surgiu e com o dedo indicador me chamou.
Respirei fundo e segui ate ela.
--parabéns. Não miou pra mim te ajudar apesar da merd* que aconteceu por lá.—ela parecia calma demais depois de tudo. Pensei que ela no mínimo se preocuparia e não me provocaria.
--é esse o motivo do seu sorriso? Enchemos o caminhão mas aqueles caras..eu não sei o que eles estão querendo com os infectados.
--sua garotada quase ferrou o grupo.(rs) se eu não tivesse mandado Rosa..
--foram problemas técnicos ok.tenho certeza que também os teve com seu grupinho fodão. Deveria estar preocupada com essa historia. Eles simplesmente levaram todos num caminhão para Deus sabe o que!
--daqui pra frente só vai piorar e não queira saber as motivações de gente doida. Pegamos tudo e mais um pouco e foi ate divertido, vai adorar ouvir a historia por Lina.
De repente um abraço. Minha mãe praticamente se jogou nos meus braços enquanto que Marga se deliciava com a cena.
--não sabe o tanto que fiquei preocupada.—minha mãe certamente mudava da agua para o vinho quando se tratava da minha segurança e nisso ela era obcecada.
--mãe ta tudo bem.—respondi tentando respirar um pouco.
--(rs) ta tudo bem.Rosa me contou o que aconteceu e puta merd* Mari foi um milagre.—o sorriso logo fechou e o sermão era certo como sempre.
--eu disse isso a ela.—Marga se intrometeu.
--você sabe o quanto esses contaminados são insistentes. Ficaram presas no deposito e se não tivessem conseguido??—minha mãe estava super pessimista.
--estariam em pedacinhos.—novamente Marga se intrometeu e ela estava adorando assistir minha mãe acreditar que eu não era capaz de realizar um trabalho como este.
--para de dar corda a ela.—falei cerrando os dentes já irritada.
--não, Marga ta certa.—minha mãe a apoiou e Marga abriu o sorriso vitorioso.
--(rs) você fica linda preocupada sabia.—Marga não perdeu tempo em dar encima da minha mãe e como isso me irritava.
--não fico não.—retrucou ela pelo menos.--Foi uma merd* deixar ela fazer esse trabalho.
--mãe!!para com isso!—falei ganhando sua atenção.--sério,eu não sou uma criança pra estar debaixo do seu braço! Deu tudo certo e ta ok.não é porque não vou mata-los que não consigo fazer isso. Eu to inteira e é isso que importa.—falei e minha mãe estava sem respostas me encarando perdida e talvez ate surpreendida. Meus ânimos estavam exaltados e Marga apenas calou-se desta vez observando cada mudança no rosto dela.
--deixa ela Mari. Ela só quer cuidar do neném dela.—dissera ela rindo e tive que encará-la.
--vai se fuder Marga!—respondi cansada desse deboche o que nada adiantava já que ela adorava me ver com raiva também.
--como se ela não estivesse preocupada também.—disse minha mãe olhando para ela com um sorrisinho que tirou toda graça dela.
--bem menos Helena.
Marga voltou a fumar e minha mãe não escondia o sorriso do rosto. Lina apareceu já puxando Marga pelo pescoço para um abraço toda animada e entrava em total contraste com Marga e sua seriedade.
--você tinha que ter visto Mari! O estrago que a gente fez com aqueles contaminados! (rs) acho que se sobrou algum foi porque fugiu.—Lina estava cheia de adrenalina.
--com a gente foi o oposto. A gente é que fugiu deles.—revelei.
--parentes da samurai de bambu você queria o que?—lembrou Marga e pelo tanto que ela falava aquilo o apelido virou seu preferido.
--ela tem nome Marga. Não é difícil. E se quer saber ela cortou um deles ao meio e com um só golpe.—falei e Marga apertou os olhos balançando a cabeça a negar.
--mentira.—disse ela para me contestar.
--com um só golpe.—repeti para impressionar.
De repente Hyong chegou em nossa roda e nossa atenção se voltou a ela.
--eu só queria agradecer a oportunidade Mari.a gente trouxe muita coisa e apesar do susto gostei de usar uma espada mais uma vez.—ela esticou a espada embainhada para Marga e dali de suas mãos dava pra ver um pouco de sangue que restou manchado de suas mãos.—como prometido,eu cuidei dela.—disse ela a Marga mas Marga apenas a encarou.
--fica pra você. Combina mais.—disse Marga e acho que isso impressionou todo mundo.
Marga saiu sem muito interesse em Hyong e isso ficou tão evidente que ate ela teve que soltar um breve riso indignado.
--qual é a dela ein?—perguntou Hyong observando ela se distanciar.
--não liga.(rs) mãe a Hyong foi incrível.eu ia adorar aprender uns golpes.
--te ensino hoje mesmo se quiser.—respondeu ela e isso seria ótimo ainda mas para a dona Helena parar de me achar uma inútil no combate.
--vai mesmo brincar com uma espada desse tamanho?—perguntou ela observando a katana de Hyong.
--mãe. Acho que posso dar conta.
--eu também..poderia?pelo menos assistir?—perguntou Lina estranhamente interessada.
--se você parar de me chamar de samurai de bambu.to de boa.—Hyong respondeu e Lina acenou.
--as cinco da tarde.
--ok,te vejo no restaurante. Vejo vocês.
Hyong se despediu de nós e minha mãe achou melhor subirmos para a casa de Marga.
--devem estar com fome.
--eu to morrendo.—Lina respondeu bem rápido a pergunta da minha mãe.
--você sempre ta com fome Lina. A proposito um banho seria bom.—minha mãe falou e Lina se animou do meu lado.
--verdade Helena. Que tal Mari e eu dividimos o banheiro.
--nada disso!—respondeu minha mãe na hora e tive que rir.
--economizar agua!—Lina defendeu seu pedido.
--nada disso. Usa o banheiro reserva.
--que medo é esse eu ein.
--nem me venha com essa dona Lina.eu não me esqueci daquilo.—gelei com ela nos encarando toda suspeita.
--de que?—perguntou ela bem sonsa e na verdade eu queria esquecer que minha mãe nos pegou nos beijando.
--você e Marga combinam perfeitamente.—e logico que minha mãe sabia perfeitamente quem era a Lina.
--(rs) estávamos só treinando.um treino muito bom.
--Lina minha mãe ta armada e seu rabinho já ta quente demais para aguentar uma bala.—falei e Lina logo calou-se concordando.
Subimos e depois de um banho toda aquela adrenalina saiu do meu corpo de uma vez. Ver todos aqueles contaminados desesperados para nos pegar me lembrou do terror real fora daqueles muros. O medo pelo visto nunca passaria mas de fato eu agora o controlava melhor.
Depois de pronta desci a cozinha e já encontrei Lina devorando um dos lanches da minha mãe. Aquela gulosa.na sala eu vi Marga sentada no sofá com um caderninho de anotações e do jeito que estava concentrada segui ate a cozinha.
--come logo isso ai que to louca pra ir ver a samurai de bambu. Quero só ver que golpes ela vai ensinar pra gente.—Lina estava ansiosíssima para ver a tal aula que se entupia.
--ela vai tacar a espada dela na sua cabeça se continuar a chamar ela assim.—a lembrei preparando meu suco.
--e pensar que essa gatinha japonesa já ficou comigo e agora ver ela com aquela katana pronta pra cortar um pedaço meu ta me deixando bem cadelinha dela de novo viu.—isso foi uma surpresa de Lina.ela e Hyong já ficaram?me virei a ela no balcão e a cara nem tremia. O sorriso dela estava grande cheio de boas lembranças.
--é por isso que você quer ver a aula sua safada.—falei.
--é claro, sei bem que ela ta afim de..outra pessoa.
--la vem de novo Lina?—minha mãe estava atenta.
--eu não tenho culpa se a Mari é uma..desculpa a palavra, uma gostosa!—eu senti na hora a vontade que ela tinha de falar isso.
--(rs) você não presta.—falei.
--eu vou mentir?—perguntou ela.
Marga veio a nós e pegou um sanduiche com olhos que persistiam em se manter em mim.ela me julgava internamente e nada ia me tirar aquela impressão.
--fizemos a contagem dos suprimentos, um trabalho que deveria ser seu também mas temos comida por dois meses de boa juntando ao estoque que já tínhamos. Os painéis solares e geradores de acordo com os entendidos ficarão prontos ate às sete da noite.—dissera Marga e apesar de nossa missão ter finalizado da melhor forma ela ainda mantinha o semblante nada satisfeito.
--foi um dia produtivo. Tem que admitir.—falei tentando ser otimista.
--(rs) para você nem tanto né.precisa desse encontro..—retrucou ela e essa não entendi.
--olha o ciúmes ai..—disse Lina baixinho ganhando um tabefe na cabeça.
--cala a boca Lina e vamo parar de pensar com a bucet* e ir trabalhar.—Marga se fechou e Lina bufou.
--sério Marga??eu vou com a Mari aprender uns golpes de..kendo...também.—se pudesse Marga a fuzilaria ali só com os olhos.
--daqui ate cinco horas é muito tempo.
--por que ao invés de você apenas mandar e mandar você não para e descansa? Nem parece que saíram. Vocês duas querem bater espadas com hyong e você Marga..—minha mãe tentou faze-la entender que deveria aceitar que íamos no treinamento porque era o que queríamos mas Marga e sua cara seriamente problemática nada mudou.
--....ok..palhaçada da porr*.
Marga largou o caderninho sobre a bancada e subiu. No mínimo ela tava com raiva.
--ela só quer atenção.—disse minha mãe mas eu via que nem ela entendeu essa.
--pode cuidar disso pra mim Helena?—Lina ainda tinha esperanças que a situação melhoraria mas minha mãe soltou uma breve risada.
--eu?(rs) essa fase já passou.—respondera ela e tive que encara-la.
--passou foi?(rs) e esse sorrisão??ela curte a Marga ainda sabia Mari?
Minha mãe ficou calada mas o rosto corado não me foi surpresa. Era obvio que ainda tinha um foguinho restante dentro dela e como sempre fiquei nada a vontade.
--disse que tinha contaminados na loja..como acabou com eles?—perguntei a Lina.
--Marga liderou a equipe muito bem. O estacionamento foi bem punk quando entramos. Estava cheio de carros e tinha alguns contaminados escondidos Marga foi certeira para acha-los.
--como ela fez?—minha mãe queria saber.
--so precisou de uma batida e todos eles se levantaram como no clipe thriller.foi surreal. Atirei na cabeça de todos.la dentro da loja não foi diferente eles estavam espalhados pelas sessões e não sei se percebeu eles ficam em um estado de dormência quando não estão fazendo nada e Marga (rs) ela atirou em um dos ganchos do mostruário de pneus pendurados e acertou um grupo de contaminados que foi hilário.
--arrghr não sei como vocês se divertem com isso.la no shopping foi um terror a parte.tsun bateu com a empilhadeira em uma das estantes e derrubou tudo. Surgiu contaminados do nada, loucos para nos pegar. Tivemos que entrar na tubulação para sair do deposito e entrar no shopping.
--(rs) ah eu nessa.o pau ia torar.
--só não entendi que merd* foi aquela daqueles caras coletando os contaminados.
--serviço publico talvez?
--nem quero saber que fim eles vão tomar..
--sua filha é uma fofa Helena. Fica preocupada ate com os mortos.—ela apertou minha bochecha e quase a arrancou.
--não sente por eles? Poderia ser uma lá fora.
--não mesmo. Dona Roberta me salvou a tempo e se quer saber eu nem ia atrás se você não tivesse ficado no meu pé. Você também tem sua parcela e eu tenho uma divida com você.
--(rs) deve ser a milésima pessoa que me diz isso.
--é bom filha. Assim você se lembra da importância que tem na vida de muitas pessoas.
Fim do capítulo
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Marta Andrade dos Santos
Em: 21/02/2022
Essas caras que apareceu empilhado contaminados aí tem treta.
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