My cop, my blonde por bgc
Mais um capítulo.
E aqui vão alguns avisos.
Capítulo contem Violência e algumas cenas podem causar gatilhos para algumas pessoas.
Capítulo 49 – O lado cruel do ser humano.
Fernanda
No domingo a tarde nos despedimos da casa de praia e voltamos pra casa.
O final de semana foi maravilhoso, ter um tempo com a Gabi longe de qualquer coisa que possa fazer mal a ela foi muito bom. Apesar de não estarmos sozinhas, conseguimos curtir muito uma a outra.
Ela voltou no carro comigo, quando chegamos eu a deixo em casa, lógico que só depois de dar muitos beijos nela.
Depois Rick, Lara, Nick e eu seguimos para a nossa casa. Deixo Lara na casa dos meus pais primeiro, depois os dois irmãos na deles e sigo para a minha.
Entro em casa e vou direto pra cozinha, preciso de uma água gelada, tô morrendo de sede.
Bebo minha água e subo pro meu quarto. Tudo que eu quero agora é um banho e depois dormir bastante.
Abro a porta do meu quarto e entro jogando a mochila no chão em um canto. Começo a tirar minha roupa e entro no banheiro. Tomo um banho longo e relaxante.
Pouco antes de sair do banho ouço um barulho como se algo tivesse caído e quebrado.
Estranho, estou sozinha aqui.
Desligo o chuveiro, me seco e me enrolo na toalha, saio do quarto devagar. Vou até a porta do meu quarto e a tranco. Coloco uma roupa rápido, e pego minha arma.
Destranco a porta e saio do quarto devagar. Olho em todos os cantos da casa e não encontro ninguém, mas vejo que tem algo quebrado na sala, antes de olhar o que pode ser, vou para o lado de fora só pra conferir se não tem ninguém lá.
Depois que vejo que não há ninguém eu entro na sala e vejo que o que estava no chão era um porta retrato. E esse porta retrato era um com uma foto minha e da Gabi. Era uma foto de nós duas abraçadas e sorrindo, a foto foi tirada na noite do aniversário dela. E o que é mais estranho e que no chão está somente os pedaços do porta retrato quebrado, a foto não está aqui.
Pego meu telefone e ligo para a pessoa que preciso que me ajude no momento.
Assim que ela atende eu vou logo dizendo.
_ Minha casa foi invadida enquanto eu estava no banho, e seja quem for levou uma foto em que estamos eu e minha namorada junto.
_ Já estou indo, não saia daí. – Ela diz e desliga o telefone.
_ Droga, que inferno, será que essa pessoa não desiste nunca?
Falo comigo mesma. Essa pessoa que entrou aqui só pode ser a mesma pessoa que está perseguindo e ameaçando a Gabi.
Espero mais uns minutos e logo recebo uma mensagem me dizendo para abrir o portão.
Vou até lá e abro. Assim que eu abro uma loira com a cara fechada passa por ele.
_ Como foi que entraram na sua casa? – Daniele pergunta.
_ Não sei, não tem nenhum sinal de arrombamento eu já verifiquei.
_ Eu já chamei a perícia, eles vão estar aqui em breve.
_ É mesmo necessário? Pelo que eu vi não levaram nada além da foto minha e da Gabi.
_ Você sabe que essa pessoa pode ser a mesma que está perseguindo a minha filha.
_ Eu sei, por isso que eu liguei pra você, não faz sentido ser outra pessoa, nenhum ladrão entraria em uma casa para roubar somente uma foto.
_ Por isso que eu chamei a perícia, eles vão verificar sua casa e procurar digitais.
_ Tudo bem.
Concordo e juntas esperamos a perícia. Quando eles chegam, deixamos eles a vontade para fazer o trabalho deles e eu e a delegada tentamos descobrir como foi que o invasor entrou aqui, e infelizmente não conseguimos.
_ Droga, como ele entrou? Sua casa tem os muros altos e o portão só abre pelo lado de fora com a chave. – Ela reclama visivelmente irritada.
Eu penso por um momento e uma coisa me vem a cabeça.
_ Acho que eu posso ter uma ideia de como ele entrou. – Me olha esperando que eu continue. – Vem comigo.
A levo para o lado de fora de novo. Mais especificamente para o lado de fora do portão.
_ Está vendo esse portão? Há duas maneiras de abrir ele, uma é com a chave normal e a outra é com a chave eletrônica. A chave eletrônica abre o portão grande para que eu possa entrar com o carro.
_ Já que não temos sinal de arrombamento a pessoa pode de alguma forma ter conseguido abrir através da fechadura eletrônica? – Pergunta surpresa.
_ É a única explicação que faz sentido.
_ Isso não é simples de ser feito.
_ Não, não é, e se for assim mesmo que ele entrou, isso me dá mais certeza ainda de que essa pessoa é a mesma que está perseguindo a Gabi.
_ Por que acha isso?
_ Porque para abrir uma fechadura eletrônica sem a chave, a pessoa teria que hackear ela, e isso exigi conhecimento.
_ O conhecimento que o perseguidor possui, afinal ele foi capaz de enviar mensagens sem ser possível rastrearmos ele.
_ Sim, ele parece ter um conhecimento avançado de informática, acho que ele seria capaz de entrar aqui sim.
_ Mas porque ele entraria na sua casa?
_ Isso eu não sei, vou avisar os peritos para verificar a fechadura eletrônica e levar para análise, temos que saber se foi assim mesmo que ele entrou.
Entramos e avisamos aos peritos, depois que eles colhem todas as evidências eles vão embora deixando eu e a Daniele sozinhas.
Antes deles irem ela pediu urgência nas análises. Eles colheram várias digitais, espero que algumas delas seja do invasor.
_ Pegue uma muda de roupa e vamos pra minha casa Fernanda. – Ela diz e eu não entendo.
_ O que? Porque ir pra sua casa?
_ Porque a pessoa que entrou aqui pode voltar e até descobrimos como ela entrou você não vai ficar aqui sozinha.
_ E você quer que eu fique na sua casa?
_ Isso ou você vai para a casa de outra pessoa, não importa, você só não vai ficar aqui sozinha.
_ Não acho que é necessário sair daqui.
_ É claro que é, a pessoa pode voltar.
_ Eu sei me cuidar muito bem sozinha.
_ Não duvido, mas mesmo assim você não vai ficar aqui essa noite. Então vai logo pegar algumas roupas.
_ Espera aí, você está preocupada comigo? – Sorrio. – Cuidado, assim vou pensar que você gosta de mim.
_ Deixa de besteira e vai logo pegar as roupas. – Ela fala com a cara fechada.
_ Sabia que você não ia me odiar pra sempre. – Não espero a resposta, eu subo para separar algumas roupas.
Coloco algumas roupas na mochila e pego minha arma. A partir de hoje, não saio mais sem ela, mesmo que eu não esteja de serviço. Coloco a arma dentro da minha calça na parte das costas, pego minha mochila e desço.
_ Vamos? Vou amar passar mais uma noite com minha namorada em meus braços. – Ela me dá um olhar mortal.
Pena pra ela que eu já estou acostumada com eles.
_ Não brinca com fogo Reis, se não eu mesma que vou atirar em você.
_ Vai não, você gosta de mim.
_ De onde você tirou isso?
_ Não precisa disfarçar, sei que você gosta sim de mim. – Sorrio pra ela. – Não se preocupe, eu gosto de você também.
_ Acho que você ainda está afetada por todo o álcool que consumiu no final de semana.
_ Não, eu estou muito lúcida. E é muito bom nós duas gostarmos uma da outra, afinal amamos a mesma mulher.
_ Acho que você bateu a cabeça, você está delirando. Vou te deixar na casa dos seus pais, lá eles cuidam de você. – Ela diz já saindo de casa e eu vou atrás dela.
Entramos no carro dela e ela da partida.
_ Não vou pra casa dos meus pais, vou pra sua mesmo, você já me convidou e não adianta retirar o convite agora.
_ Eu não lembro de ter te convidado.
_ Quando disse pra eu arrumar minha roupas que íamos pra sua casa, isso foi um convite. – Falo e ela bufa.
_ Tudo bem, que seja, mas que fique claro que se eu ouvir qualquer coisa vindo do quarto da minha filha, eu mato você.
_ Essa ameaça está ficando velha, você não acha? – Provoco um pouco, acho que estou querendo morrer essa noite.
_ Mas continua sendo verdade. – Ela praticamente rosna.
Seguimos o resto do caminho em silêncio. Quando ela para em frente a sua casa, saímos do carro juntas e antes de entrarmos ela me para.
_ O que você vai dizer a Gabi? – Me pergunta.
_ A verdade.
_ Não acha que é melhor poupar ela disso? Pelo menos por enquanto?
_ Eu gostaria de poupa-la sim, mas não acho uma boa ideia e também não quero mentir pra ela.
_ Não será uma mentira, e sim uma omissão.
_ Da no mesmo. E não acho bom deixar ela no escuro, é atrás dela que essa pessoa está atrás, e por mais que eu não queira deixar ela mais assustada do que ela já está, ela merece saber.
_ Certo, você tem razão, é melhor contarmos sim, ela precisa estar em alerta.
Concordo com ela e entramos na casa.
Encontramos a Paula na sala e vamos até ela.
Coloco minha mochila no cantinho do sofá e me sento. Contamos a Paula o que aconteceu e ela fica muito preocupada, mas conseguimos acalmar ela depois de um tempo.
Ficamos conversando por um tempo somente nos três. Paula me disse que a Gabi assim que chegou tomou um banho e foi dormir um pouco, mas que irá acordada para que ela possa jantar.
Quando anoite elas vão preparar a janta e eu vou junto, me ofereço para ajudar e acreditem se quiser, nós três nos divertimos muito cozinhando juntas.
Paula e Daniele são um casal incrível, a Gabi já me contou muito sobre o relacionamento das mães dela, e depois desse tempo que eu as conheço eu as admiro muito, e espero que o meu relacionamento com a Gabi seja tão forte e duradouro como o delas.
Depois que a comida fica pronta, colocamos a mesa e parece que o cheiro está tão forte que atraiu o Caio. Ele se senta a eu peço licença para ir acordar a minha loirinha.
Subo até o quarto dela, abro a porta devagar e entro.
É uma pena que temos que descer por que minha loirinha está muito gostosa. Ela está deitada de bruços abraçada a um travesseiro e com uma perna dobrada. Gabi está usando uma blusa curta e um short também curto. O short é coladinho ao corpo e deixa todo o contorno da bunda dela perfeitamente a mostra. Ela não está usando um cobertor por isso tenho essa visão deliciosa assim que entro no quarto.
Caminho até a cama e me deito devagar ao seu lado. Passo a mão em seu corpo e dou beijos no seu ombro e em sua bochecha.
_ Hora de acordar amor. – Falo baixinho no seu ouvido ainda dando leves beijos nela.
Ela se mexe, mas não acorda.
_ Vamos amor, acorda. – Faço carinho na sua barriga e passo minhas unhas a arranhando de leve.
Sorrio porque ela se arrepia inteira e abre os olhos.
_ Nanda, o que está fazendo aqui? – Pergunta ainda sonolenta.
_ Vim te acordar pra podermos jantar. – Dou uma mordidinha na sua orelha e me levanto um pouco. – Vamos dorminhoca, levanta.
_ Não quero, acho que prefiro ficar aqui, eu você e a minha cama, o que acha? – Pergunta com a voz manhosa.
_ Gostaria muito, mas infelizmente temos pessoas nos esperando lá em baixo, então vamos logo, se levanta. – Dou um tapa na bunda deliciosa dela.
_ Ai vida, isso doeu. – Reclama passando na mão pelo local que eu bati e se vira me olhando com uma carinha de brava.
_ Nem bati tão forte amor.
_ Mas doeu do mesmo jeito. – Faz bico.
_ Okay sua manhosa, desculpa.
_ Só desculpo se você me der um beijo pra melhorar. – Sorri.
_ Você e terrível sabia? – Me deito em cima dela. – Vou te dar um beijo sim, mas será nessa sua boca linda, não na bunda.
Ela sorri, abre as pernas para me acomodar melhor e me abraça colocando as duas mãos por dentro da minha blusa.
_ Tudo bem, eu aceito o beijo na boca no momento, mas tarde você beija o outro local. – Sorri.
_ Ah minha loirinha, você tá ficando muito safada. – Beijo o cantinho da sua boca.
_ A culpa é sua. – Passa as unhas pelas minhas costas me arrepiando. – Ninguém mandou você ser tão gostosa.
Não resistindo mais, eu a beijo.
Beijar a Gabi sempre é maravilhoso, ela tem um beijo muito gostoso, não tenho dúvidas que de é o melhor beijo de toda minha vida... corrigindo, são os melhores beijos de toda minha vida, porque todo beijo com ela é perfeito.
A beijo devagar e com carinho, mas ela tenta aprofundar o beijo. Ela arranha minhas costas de novo e me aperta conta ela, ao mesmo tempo em que ch*pa minha língua. A danada sabe que eu amo quando ela faz isso.
Me rendo por um momento e deixo que ela aprofunde o beijo, pego sua perna a dobrando e apertando sua coxa. Gabi começa a levantar a minha blusa e isso me trás de volta a realidade. Eu interrompo o beijo e me levanto rápido da cama. Preciso me afastar dessa tentação loira.
E que tentação gostosa.
_ Chega, levanta e vamos descer.
Ela tenta argumentar, mas eu a puxo para fora da cama.
Ela vai rápido ao banheiro, quando sai ela vai até seu guarda roupa pega uma blusa mais cumprida, tira a que está usando, ficando com os seios nus a mostra e sorri pra mim antes de colocar a outra blusa.
Deus, essa mulher ainda me mata.
_ Vamos? – Pergunta me dando um selinho.
_ Vamos. – Pego a mão dela e devemos juntas.
Temos um jantar agradável, e divertido.
A família Albuquerque inteira é maravilhosa.
Existem pessoas que não acham normal uma família composta por duas mães, mas essas pessoas são preconceituosas, e não sabem o que estão dizendo. Família não é composta por casais héteros, o que forma uma família é o amor, e independente do gênero, se você tem amor, você tem o bastante. E amor é o que não falta nessa família.
Após o jantar Paula propõe assistirmos um filme, vamos todos para a sala. Na hora de escolher o que vamos assistir a discussão começa. Cada um queria um gênero diferente. Eu disse que já que eu sou a visita eu estava de fora, deixei que eles se resolvesse entre si.
Só que não deu muito certo.
Caio queria ação.
Gabi romance.
Paula comédia.
Daniele terror.
Não conseguiram entrar em um consenso, então fui convocada a dar meu voto.
_ Não é justo, é claro que ela vai escolher o romance por causa da Gabi. – Reclama se sentando no sofá com os braços cruzados.
_ Acho melhor tiramos na sorte. – Gabi fala.
_ Porque você quer tirar na sorte? – Caio pergunta e depois sorri pra ela. – Ela vai escolher outro não é? Não vai escolher o romance.
Ela faz bico e senta no sofá.
_ O que vai ser Fernanda? Vamos logo. – A Dani diz.
Me sento ao lado da Gabi, puxo ela pra um abraço e respondo.
_ Nessa eu vou com a Daniele, vamos de terror. – Ela sorri e os outros reclamam.
_ Muito bem Fernanda, excelente escolha. – Ela diz enquanto seleciona um filme na TV.
_ Você devia ficar do meu lado, não no da mamãe. – Reclama ainda emburrada.
_ Amor, você sabe que eu amo filme de terror.
_ Eu sei, mas mesmo assim, devia ter ficado do meu lado.
_ Das duas últimas vezes que assistimos filmes juntas, era de romance. Só por isso que eu escolhi o terror hoje.
_ Mas eu não gosto de terror. – Reclama com um bico lindo.
_ Eu sei, mas não se preocupe é só um filme e eu te protejo se você ficar com medo.
Daniele finalmente escolhe o filme e todos nós nos ajeitamos no sofá. Caio senta em uma poltrona de um lugar só, Paula e Daniele ficam em um sofá, Gabi e eu no outro.
Deito no sofá e a Gabi logo se deita junto comigo. O filme nem começou e ela já está escondendo o rosto no meu pescoço.
_ Assim você não vai conseguir assistir ao filme. – Fala e acaricio seus cabelos.
_ Não quero ver esse filme, ele me dá medo. Na primeira vez que eu assisti fiquei dias com medo de dormir sozinha. E é por culpa desse filme que eu nunca terei coragem de entrar em nenhum milharal.
Sorrio com a fala dela. Quando o filme começa ela cola seu corpo ao meu mais ainda.
O filme que a Daniele escolheu foi o do monstro do milharal, mais conhecido como Olhos Famintos.
Já assistir esse filme antes, e confesso que eu gosto muito.
Durante todo o filme a Gabi fica grudada em mim. Em toda cena de tensão ela se assusta e solta um gritinho, e olha que ela nem está olhando para a televisão. Ela continua com a cabeça escondida no meu pescoço.
Quando o filme acaba, Daniele sugeri assistirmos ao volume dois, mas todos se opõem. Ela desiste e acabamos assistindo a um de ação.
Depois que ele acaba, cada um segue para seu quarto.
Dou boa noite a eles e vou junto com a Gabi para o quarto dela. Nos trocamos para roupas mais confortáveis e deitamos na cama.
Gabi tentou fazer algo a mais, mas eu não deixei. Eu dei um beijinho na bunda dela onde tinha dado o tapa, mas foi só isso, apenas um beijinho com eu havia prometido. Deitei e a puxei para junto de mim.
Contei a ela o que tinha acontecido. Ela chorou um pouco e ficou bastante chateada. Conversei com ela, e disse tudo o que eu estava pensando.
Ela dormiu nos meus braços. Eu a abracei mais e dormi logo em seguida.
Acordo na manhã seguinte com o som do meu celular despertando. Me levanto e me arrumo para ir trabalhar.
Gabi ainda está dormindo. Dou um beijo nela e saio do quarto. Encontro as mães dela lá em baixo e tomamos café juntas. Estamos prestes a sair quando meu celular toca. Vejo que é uma mensagem no WhatsApp. O número não está na minha agenda e eu não o reconheço.
Mesmo antes de abrir, posso ver que é uma foto.
Outra mensagem chega e é mais uma foto com um texto agora. Abro a mensagem e meu coração dispara.
_ Merda! Mas que inferno. – Falo alto e corro em direção ao quarto da Gabi.
Posso ouvir as mães dela vindo atrás de mim e perguntando o que está acontecendo.
Entro no quarto e ela continua adormecida. Vou para o lado da cama e a balanço de leve.
_ Gabi acorda. – Ela nem se mexe. – Acorda Gabrielle. – Balanço mais forte e falo mais alto.
Ela enfim abre os olhos.
_ O que aconteceu? – Pergunta sonolenta.
_ Preciso que você se levante e saia do quarto.
_ Porquê?
_ Depois eu explico, apenas faça isso, por favor.
Ela faz o que eu peço, e se levanta. Entrego meu celular para a Daniele e levo a Gabi pra fora do quarto. Paro em frente a porta do quarto do Caio e peço para que ela entre e me espere lá dentro.
Ela reclama um pouco, mas faz o que eu peço.
Assim que ela entra eu volto para o quarto dela, encontro suas mães procurando por todo o quarto.
_ Deve está aqui em algum lugar, essa foto que ele te enviou deve ser de alguma câmera escondida que em algum momento esse maldito perseguidor colocou aqui. – Daniele fala.
_ Olha só, pelo ângulo na imagem, a foto foi tirada do alto. A câmera está em alguma parte alta nesse quarto. – Paula diz.
Olho para toda a parte de cima do quarto dela e vejo um quadro pendurado. Vou até ele e o tiro. Atrás dele eu encontro o que estamos procurando.
Encontro uma pequena câmera escondida na parte de trás do quadro. Ela está ligada. A desligo e xingo.
A mensagem que recebi, foi dias fotos e um texto. A primeira foto é minha e da Gabi dormindo abraçadas, a foto foi tirada hoje, posso ver por causa das roupas que estamos usando. A segunda foto é uma em que a Gabi está dormindo abraçada ao meu travesseiro, essa também foi tirada hoje e com ela veio a seguinte mensagem.
Ela é linda dormindo!
_ Como foi que esse maldito entrou aqui e colocou essa câmera? – Daniele fala com raiva.
_ Deve ter sido nesses dias que vocês estiveram viajando. – Falo e a Paula concorda comigo.
_ O que vamos fazer agora? – Paula pergunta.
_ A Fernanda e eu vamos para a delegacia, essa câmera pode nos levar até essa pessoa. Vamos ver com a perícia se os resultados das provas que eles pegaram ontem na casa dela já estão prontos.
_ E a nossa filha, não podemos deixar ela aqui sozinha, pode ser perigoso.
_ Ela não vai ficar aqui. Vou levar ela para a casa dos meus pais, ela não vai ficar sozinha.
_ Certo, vamos logo que eu quero resolver isso o mais rápido possível.
Vou até a Gabi e conto a ela o que aconteceu. Ela e o Caio se arrumam e saímos todos juntos de casa. Caio resolveu ir junto com a irmã, ele disse que não deixaria ela fora da vista dele de forma alguma. Achei super fofo isso.
Deixo a Gabi na casa dos meus pais e antes de sair explico a eles o que está acontecendo.
Dou um beijo e um abraço bem forte nela e vou embora. Deixamos a Paula no trabalho dela e seguimos para a delegacia.
A perícia não conseguiu muita coisa. Apenas uma digital parcial que estava na maçaneta da porta da minha casa. Não conseguimos identificar a quem essa digital pertence porque a pessoa não era fichada. A única esperança que restou foi a câmera. Passamos o dia inteiro tentando colher mais informações, mas não tivemos sucesso. No final do dia quando estávamos indo embora, finalmente tivemos uma boa notícia.
Conseguimos rastrear a loja em que a câmera foi vendida, através do número de série. Daniele, o Rick e eu fomos até lá.
Nas imagens da câmera de segurança da loja não conseguimos ver o rosto da pessoa que a comprou. Ela usava as mesmas roupas da pessoa que foi até a Lan House. Roupa toda preta com uma blusa de capuz também preto.
_ Droga, não dá pra ver nada nessas imagens. – Reclamo.
_ Ele provavelmente sabia que conseguiríamos chegar até aqui, e por isso se preveniu. – Daniele diz e chama o funcionário. – Você se lembra como era essa pessoa? – Aponta para a imagem na tela.
_ Não, aqui é bem movimentado. Não tem como se lembrar de todos, me desculpe.
_ Tudo bem. – Falo.
_ Sabe nos dizer ao menos se ele pagou em dinheiro ou cartão? – Rick pergunta.
_ Foi em dinheiro. Nas imagens dá pra ver. – Eu respondo.
Agradecemos ao funcionário, pegamos uma cópia do vídeo e voltamos para a delegacia. Nossas pistas não nos levaram a lugar nenhum. Essa situação toda é bem frustrante. Sem conseguir fazer nada eu me sinto impotente.
_ O que vamos fazer agora? – Rick pergunta.
_ Eu enviei a câmera para o laboratório novamente. – Falo.
_ Porque? Eles não conseguiram nada da primeira vez. – A delegada diz.
Ela está sentada em sua cadeira, apoiada na mesa com as duas mãos na cabeça. Ela está visivelmente tratada e com raiva.
_ Eu sei, mas pedi que olhassem novamente. A câmera transmite as imagens para algum lugar. Pedi que eles tentassem rastrear para onde está indo o sinal, talvez assim conseguimos encontrar esse maldito Stalker.
_ Boa ideia Reis, não tinha pensado nisso ainda. Talvez isso possa dar certo.
_ Vai dar certo delegada. Tem que dar certo.
O pessoal do laboratório ia demorar mais um pouco, resolvemos ir pra casa e descansar. Quando estávamos saindo recebemos uma chamada de emergência. Uma casa estava sendo assaltada e os assaltantes fizeram os moradores como refém.
(...)
Demoramos bastante para conseguir resolver o caso com os assaltantes, a noite toda na verdade.
Eles não queriam se render e ameaçaram diversas vezes matar os reféns. Depois de muitas negociações a delegada finalmente conseguiu que eles se rendessem e no final ninguém saiu ferido, deu tudo certo.
Prendemos eles e voltamos todos para a delegacia. Fizemos a ficha deles e preenchemos os relatórios. Já era quase 8 da manhã quando saímos da delegacia. Rick foi pra casa dele e a Daniele e eu para a casa dela.
Como tivemos que ficar a noite toda trabalhando a Paula buscou a Gabi na casa dos meus pais e voltaram para a casa delas.
Daniele e eu chegamos na sua casa, entramos e eu me despeço dele indo direto para o quarto da Gabi.
Entro e a encontro dormindo. Tomo um banho rápido e me deito junto com ela.
Assim que eu deito na cama ela se aninha ao meu corpo e logo sinto sua mão segurando meu seio. Sorrio e a abraço. Aos poucos minha respiração vai se acalmando e eu adormeço.
Acordo e percebo que estou sozinha, a Gabi não esta mais aqui. Vou até o banheiro e minutos depois eu desço a procurando.
Quando chego la em baixo encontro somente a Daniele.
_ Boa tarde, onde estão todos? – Pergunto a ela.
_ Eles saíram.
_ Sozinhos?
_ Sim, acordei agora também, liguei para a Paula e ela disse que foi trabalhar e que deixou a Gabi e o Caio na casa dos seus pais novamente.
_ Porque os levou pra lá se nós estávamos aqui?
_ Porque segundo a minha esposa, nós precisávamos descansar e não faríamos isso com os dois aqui.
_ Não acha que pode ser perigoso? Sei que meus pais estão lá, mas mesmo assim pode não ser seguro. Seria mais segura eles terem ficado aqui conosco.
_ Acredite, eu disse a mesma coisa a Paula, mas ela é teimosa de mais, disse que nós duas estávamos praticamente desmaiadas de cansaço, por isso preferiu os levar pra lá.
_ Tudo bem, já que dobramos o turno ontem, hoje estamos de folga, vou ir lá e trazer eles de volta. Prefiro ter ela ao meu lado.
_ Vou com você, só um minuto que vou me trocar.
Ela diz e sobe para seu quarto.
Minutos depois estamos no carro dela a caminho da casa dos meus pais. Peço a ela para parar primeiro na minha casa. Preciso pegar minha moto. Não gosto de ficar dependendo de ninguém para ir aos lugares. Ela não gostou muito, disse que seria mais seguro estarmos no mesmo carro, mas depois de muito argumentar consegui convencê-la.
Pego minha moto e sigo para a casa dos meus pais, com ela me seguindo em seu carro.
Estaciono em frente à casa e aguardo ela para entrarmos juntas.
_ Você não vai bater? – ela me pergunta quando coloco a chave na fechadura da porta.
_ Eu tenho a chave.
_ Mas você não mora mais aqui.
_ Eu sei, mas se eu bater vou escutar um monte da minha mãe, ela vai dizer “Fernanda porque você me fez vir até aqui abrir a porta se você tem a chave?” – Imito a minha mãe e a Daniele sorri.
_ Okay, faz sentido.
Abro a porta e entramos. Encontro meus pais e o Caio na sala no maior papo.
_ Boa tarde mãe. – Beijo seu rosto e depois o do meu pai. – Boa tarde pai. – Me viro pro Caio. – Boa tarde Caio.
Meus pais respondem boa tarde de volta.
_ Por que fui o único que não ganhei um beijo? – Caio diz.
_ Porque o único Albuquerque que eu beijo não está presente no momento.
_ Sacanagem isso, sabe você devia mudar esse seu pensamento. – Ele sorri. – Minha irmã não é egoísta sabia? Ela sempre compartilhou o que é dela comigo.
_ Ainda bem que eu não sou propriedade dala não é mesmo. – Dou uma piscadinha pra ele. – Eu sou a namorada dela.
_ Que pena. – Faz cara de tristeza.
_ Pare com isso Caio. Sei que você está brincando, mas esse tipo de brincadeira não é legar, e você sabe que sua irmã não gosta quando você diz essas coisas. – Daniele o repreende.
_ Claro que ela não gosta, ela é ciumenta igual a você.
_ Isso não vem ao caso, apenas pare. – Ela o corta e ela levanta as mãos em sinal de rendição. – Boa tarde senhor e senhora Reis.
_ Boa tarde querida, mas me chame de Fatima por favor.
_ E eu de Toni, boa tarde querida.
_ Okay.
_ Onde a Gabi está? – Pergunto.
_ No quarto com a Lara. – Minha mãe responde. – Vai lá e aproveita e chame as duas para almoçar o almoço já está pronto. – Concordo e subo.
Quando estou perto do quarto da Lara, escuto as risadas dela e da Gabi. Sorrio, é bom ver que ela está sorrindo e não triste o tempo todo por tudo que está acontecendo.
Abro a porta devagar e encontro elas deitadas na cama. Gabi esta de bruços com os cotovelos apoiados na cama e as mãos no queixo. A Lara esta senta na cama com as pernas cruzadas.
Lara me vê entrando, eu faço o gesto pedindo silencio e ela dá um leve sorriso.
_ É sério Lara você tem que experimentar logo, você vai ver como é incrível. – Gabi diz.
Consigo só pelo tom de voz dela perceber que ela está sorrindo.
_ Eu vou, não agora, mas em breve. Não quero me apressar.
_ Eu sei que estou dizendo pra você fazer logo, mas não estou te forcando a nada, okay? Vá no seu tempo, se não está segura de que quer mesmo isso, então não faça. Tudo tem seu tempo. Tenho certeza que quando você fizer, você vai gostar, vai ver como é incrível estar com a pessoa que gosta, mas não precisa ter pressa.
_ Sei disso. – Lara sorri envergonhada e eu posso imaginar sobre o que elas estão falando.
Estão falando sobre a Lara e a Nick!
Caminho devagar e silenciosamente até a cama. Para ao lado da Gabi e sem ela perceber eu me inclino e sussurro no seu ouvido.
_ Quem é essa pessoa que você gosta de estar, Gabrielle?
Ela se assusta, se vira rápido pra mim e se deita de costa na cama com a mão no peito.
_ Nanda, que susto. – Reclama com as mãos ainda no peito e a respiração acelerada.
Ela pode ter assustado, mas ela também se arrepiou inteira.
_ Não muda de assunto, posso saber quem é a pessoa de que você estava falando? _ Pergunto com os braços cruzados e com a cara fechada fingindo que estou com raiva.
Ela arregala os olhos e se senta na cama.
_ Vida, não me olha assim, é claro que eu estava falando de você. De quem mais séria?
_ Tem certeza? Não está dizendo isso só porque eu escutei a conversa de vocês? – Pergunto ainda fingindo raiva.
Gabi se levanta e se ajoelha na cama.
_ Nanda, você está bem? Você não é assim. – Faz uma cara confusa.
Uma carinha tão fofa que eu quase saio da personagem.
_ Eu estava ótima, até entrar aqui e escutar o que você falou. – Seguro seu queixo. – Como você sabe como é estar com outra pessoa? Pelo que eu saiba, eu fui a sua primeira. – Os olhos dela ficam maiores ainda.
_ O que? Nanda, eu nunca estive com ninguém além de você. – Ela diz com os olhos já começando se encher de lágrimas.
Não aguento e saio do personagem.
Seguro seu rosto com as duas mãos e sorrio.
Me deito sobre ela a fazendo se deitar na cama e dou um beijo rápido em seus lábios.
_ Estou brincando com você amor. – Dou um selinho nela. - Eu sei que era de mim que você estava falando.
_ Isso não se faz Nanda. Você me assustou. – Ela faz um bico lindo.
_ Desculpa. – Outro selinho. – Prometo que não faço mais.
Ela continua com o bico e eu a beijo.
Chamo elas Lara descer e todos nós almoçamos juntos. A comida da minha mãe é deliciosa.
Depois do almoço, os três Albuquerque e eu voltamos para a casa deles.
Eu queria ir pra minha, mas a Daniele não deixou. Ela disse que eu só voltaria para minha casa depois que o sistema de segurança que eu solicitei fosse instalado.
Caio zoou ela por antes não gostar de mim e agora estar toda preocupada. Ela é claro negou, disse que só estava fazendo isso porque se se volto pra minha casa a Gabi vai ir também, e ela quer a filha dela segura.
Eu sorri. Ela pode negar o quanto quiser, mas eu sei que ela gosta de mim. Se não gostasse não teria deixado eu sair com a Gabi. Ela só gosta de implicar comigo.
Fiquei uma semana na casa da Gabi. O sistema de segurança foi instalado e eu finalmente voltei pra minha casa.
O sistema de segurança que instalei, é completo, alarme nas portas e janelas. E câmera de segurança no lado de fora do portão, na porta de entrada da casa e um no corredor que dá acesos ao meu quarto. Fiz questão de que todas as câmeras fossem colocadas em lugares estratégicos e que ficassem bem escondidas.
Quero ver alguém entrar aqui agora e não ser detectado.
As próximas semanas passamos sem nenhum incidente. E sem nenhuma nova pista. A única pista que temos é uma digital parcial que os peritos encontraram na minha casa, mas não sabemos de quem é, a pessoa não tem ficha na polícia, aí fica mais complicado. E nem eu e nem a Gabi, voltamos a recebem nenhuma mensagem.
Não sei como me sinto sobre isso. Por um lado é bom não ser constantemente ameaçada. Mas por outro é ruim, porque sei que seja quem for essa pessoa, ela não para de nós vigiar, está dando um tempo, mas com certeza continua nos vigiando. E o que me preocupa é que quase sempre a calmaria vem antes da tempestade.
Hoje é sexta. Rick e eu acabamos de voltar para a delegacia depois de atendermos um chamado um pouco complicado.
Eu detesto atender esses tipos de chamados. Mas infelizmente não tem como ser evitado. Nós somos a lei, e sempre que for preciso temos que estar lá para proteger os outros de pessoas violentas e as vezes de si mesmos.
O chamado de hoje realmente foi difícil, muito difícil.
Além de difícil, foi triste.
Recebemos uma chamada de uma pessoa dizendo que ouviu tiros sendo disparados na casa do vizinho. Fomos até o local, e quando chegamos, o que encontramos foi uma cena que eu gostaria de nunca ter visto.
Todos os moradores da casa estavam mortos, exceto um. O pai, a mãe e dois dos três filhos morreram. Tinha uma câmera na sala que gravou tudo. O pai atirou na esposa e nos três filhos, logo depois ele se matou. Segundo o que conseguimos verificar, ele tinha perdido o emprego a dois meses, estavam passando necessidades, então ele chegou a decisão de que a melhor forma de lidar com a situação era matando toda a família e se matando depois.
Não sei como um ser humano, como um pai, pode fazer isso com a própria família. Com a esposa, com os próprios filhos.
Não sei como pessoas conseguem cometer esse tipo de violência. E acho que nunca irei saber.
Ele atirou em todos e pensou que os tinha matado. Mas o filho mais novo, de 5 anos, sobreviveu. Por enquanto, o estado dele é grave, quando a ambulância o levou ele estava em estado crítico.
Depois de processarmos a cena, voltamos pra delegacia. Durante todo o caminho de volta pra cá, viemos em silêncio. Entrei na delegacia e vim direto para o banheiro, precisava jogar uma água no rosto e lavar minhas mãos.
Mãos que estavam com sangue.
Sangue, do menininho que não merecia o que foi feito com ele. Quando o encontramos, eu tentei ajudar colocando minha mão em seu ferimento e o segurando até que a ambulância chegou para socorre-lo.
_ Você está bem? – Me assusto com a voz da delegada.
_ Não te vi entrar.
_ Você está distraída demais. É compreensível depois do que viu hoje. – Ela se apoia na parede e fica me encarando
_ Faz parte do trabalho.
_ Mas não torna o trabalho mais fácil.
_ Todos estamos afetados, todos presenciamos aquela cena.
_ Tem razão. Mas você está mais afetada do que qualquer um. – Ela caminha até mim e para ao meu lado. Ficamos olhando para o espelho. – Não precisa se fazer de forte. O que presenciou hoje, é demais pra qualquer um. Você e o Ricardo foram os primeiros a chegar no local, e foi você ficou com aquele menino nos braços tentando o manter vivo até a ambulância chegar.
Não respondo. A cena ainda está bem viva na minha mente. Abaixo meus olhos e término de tirar o sangue das minhas mãos.
_ Não se feche Fernanda. Sei que pode ser difícil, mas precisamos conversar. Se você não quer conversar comigo tudo bem, mas converse com outra pessoa. Não guarde isso dentro de você.
Seco minhas mãos e olho pra ela.
_ Eu vou ficar bem, não se preocupe.
_ Tudo bem. Vá pra casa e descanse.
_ Meu turno não acabou ainda.
_ Eu sou sua chefe, e estou te mandando ir embora. Então vá embora. – Fala sériame encarando.
_ Certo, até mais então.
Me despesas dela e saio do banheiro. Encontro o Rick na minha sala.
_ A delegada te mandou pra casa? – Ele pergunta.
_ Sim. Você?
_ Também. Vem, vamos ir juntos.
_ Eu estou de moto, vim nela e vou voltar nela.
Falo e caminhamos juntos pra fora da delegacia.
_ Tem certeza de que está bem pra pilotar?
_ Estou, não precisa se preocupar. – Subo na minha moto.
_ Okay, me avisa quando chegar em casa.
_ Aviso, mas vou demorar um pouco, viu passar no hospital, quero saber como está o garoto.
Rick fica em silêncio me encarando.
_ O que foi?
_ O garotinho. – Da uma pausa. – O garotinho não resistiu.
_ O que? – Pergunto assustada.
_ Ele não conseguiu, faleceu pouco antes de chegarem ao hospital. – Ele me olha preocupado. – Fernanda, desça dessa moto, eu te levo em cas...
Não deixo ele terminar. Coloco meu capacete e dou partida.
Piloto entre os carros , sem nem perceber pra onde estou indo. Acho que liguei meu piloto automático. Quando percebo estou parada em frente uma sorveteria olhando pelo vidro, para a única pessoa que é capaz de me consolar.
Gabi, está lá dentro, e ela é tudo que eu preciso e quero no momento.
Fim do capítulo
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