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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 8

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Palavras: 4204
Acessos: 3149   |  Postado em: 28/01/2022

Capitulo 80

 

Capítulo 80º

Alice

            Conversar com Rebeca me fez perceber que as coisas hoje poderiam voltar ao normal. Fizemos tantas promessas e planos de futuro enquanto trocávamos carinhos inocentes. Aquilo me encheu de esperanças. Ainda mais ao saber que ela queria meu nome da certidão do Teo.

            Não que eu precisasse de um pedaço de papel para provar que ele é meu filho. Afinal assim que o vi a primeira vez meu coração parecia que iria explodir de tanto amor. Não tenho me importando em acordar no meio da madrugada com o choro dele. As noites de sono desde que chegou nunca mais foram as mesmas.

- O Teo. – Rebeca falou se virando para mim.

- Eu já estou indo.

            Abri a porta do quarto e ele chorava. Pela hora era fome, o tirei do berço, me sentei na cadeira para amamentação. O que foi uma pena Rebeca não poder usar, afinal não conseguia segurá-lo ainda. Peguei uma das mamadeiras com o leite dela e assim que levei a sua boca ele parou de chorar.

- Você é esfomeado, garoto. – comentei rindo. – Mas é lindo. Você é simplesmente perfeito, meu filho.

            Como se entendesse o que eu falava ele esboçou um sorriso sem dentes. Após alimentado fiz com que ele arrotasse em seguida o pus de volta ao berço. Minhas madrugadas se resumiam a isso agora. Mas longe de eu reclamar. Nenhum cansaço importava quando se trata de cuidar dele. Tudo bem que eu tenho que me virar em muitas. Afinal tem a faculdade, a empresa e a boate. E a noite o Teo.

            Quando vi que ele dormia, sai do quarto. Deixei a porta entre aberta. Mas dei de cara com Lívia que saia do quarto em frente. Ela usava roupas de dormir, muito curtas. Suas longas pernas estavam de fora e eu não pude deixar de notar isso. Percebendo a minha atenção ela falou:

- Está precisando de algo?

- Quem? Eu? N-não, não. Estou voltando para dormir. – respondi nervosa.

- Vi que o Teo acordou e resolvi oferecer ajuda.

- Ele já dormiu de novo. Eu vou tentar dormir também. – sorri para ela.

- Tudo bem. – me deu espaço para eu passar.

            Caminhei a passos largos até meu quarto. Atirei-me para dentro me sentindo constrangida por observar Lívia daquele jeito, e mais ainda por ela ter percebido isso. Meus dias sabáticos por conta do resguardo de Rebeca estão me deixando louca.

- Amor, está tudo bem? – indagou se virando na cama.

- Sim. Já estou indo. – respirei fundo e fui me deitar ao seu lado.

            Sentir o cheiro dela era tão maravilhoso quanto o de Teodoro. Sorri deixando meu nariz se encaixar na curva de seu pescoço e assim adormecemos. Quando a manhã surgiu acordei e Rebeca não estava mais na cama. Espreguicei-me sentindo meu corpo inteiro dolorido. O cansaço vai me matar e não demora.

            Agradeci aos céus por hoje ser sábado e eu só precisar sair à noite para a boate. Olhei o celular e havia ligações das minhas mães. Nem acordei ainda e elas já querem me fazer sair de casa. Tenho certeza disso.

            Sai da cama e fui para o banho. Fechei os olhos deixando a água me banhar. Sai alguns minutos depois. Fitei a nossa cama e vi faltarem as nossas fotos. Então tive uma ideia de fazer outra surpresa a Rebeca.

            Deixei a toalha cair e fui escolher uma roupa para vestir. Ouvi a porta do quarto se abrir e pensei que fosse Rebeca.

- Amor, você viu minha...- parei o que falava.

            Lívia estava segurando nas mãos um dos remédios que Rebeca precisava tomar. Ela me fitou de forma devoradora, indo do meu rosto aos pés. Minha face ardeu, pois, lembrei estar nua. Procurei a primeira coisa que observei pela frente para me cobrir.

- Vim pegar o remédio. – mostrou a caixa nas mãos.

- Claro. Me desculpe, eu pensei ser ela. – sorri sem graça puxando as beiradas do roupão que me cobria.

- Não tem problema. A casa é sua. – afirmou. – Vou descer.

- Certo. – sorri envergonhada e dei as costas voltando para o closet.

- Alice. – me chamou e eu parei me virando em sua direção.

- Oi.

- Não deveria sentir vergonha. Seu corpo está ótimo. – falou isso e saiu.

            Eu abri e fechei a boca tentando dizer algo, porém nada saiu. Aquilo foi uma cantada ou eu estou ficando louca? Não, foi apenas um elogio. Tentei me convencer disso. Quando desci Rebeca babava Teodoro que estava no carrinho tentando engolir as mãos. Lívia me fitou seguindo meus movimentos e eu fiquei constrangida. Tereza estava distraída organizando as coisas do café da manhã.

- Bom dia. – falei beijando a cabeça de Rebeca.

- Oi, meu amor. Bom dia. Suas mães devem estar para chegar.

- Elas vêm para cá? – questionei me sentando perto dela. Lívia continuava me olhando.

- Sim. Falaram que querem babar o netinho. – sorriu abobalhada.

- Tudo bem. Eu estou faminta. Tereza quer matar todo mundo de fome?

- Nem vou responder ao seu insulto. Atrevida. – reclamou e arrancou uma risada nossa.

            Lívia sorriu me encarando e Rebeca percebeu. A enfermeira desviou os olhos, envergonhada. Mas minha namorada sustentou o dela em minha direção. Sabia que iria ouvir algo depois. E isso me fez questionar se eu deveria contar o que havia acontecido.

            Tomamos café enquanto conversávamos amenidades. Mas senti que Rebeca observava as interações de Lívia comigo. Decidi colocar um biquíni para tomar um pouco de sol e nadar. Estava precisando já que estou quase transparente. Assim que comecei a subir as escadas, ouvi os passos de Rebeca em meu encalço.

- O que aconteceu? – indagou entrando atrás de mim no quarto.

- Como?

- Vi o constrangimento da Lívia quando percebi os olhares dela para você.

- Ah! Nada aconteceu.

- Alice, olha para mim. – segurou meu braço. – O que aconteceu? – ela sabia que eu não conseguiria olha-la caso eu estivesse mentindo.

- A Lívia entrou no quarto quando eu estava...

- Espera. Não vai me dizer que ela te viu pelada.

- Sim. Mas juro que foi rápido. Eu pensei ser você quem estava entrando.

- Foi rápido? – ela deu um riso claramente irritado. – Alice, outra mulher te viu apenas de calcinha e sutiã. E para você isso é normal?

- Eu disse pelada.

- Pelada, pelada?

- Peladinha. – confirmei. Não tinha mais como esconder mesmo.

            Ela não disse nada. Apenas fechou a cara e girando nos calcanhares caminhou até a porta.

- Espera. Não vai dizer nada?

- Não. Vou demitir aquela assanhada. – respondeu entre dentes.

- Amor, não é para tanto. Foi apenas um mal-entendido.

- Eu sabia que não era uma boa ideia essa mulher aqui dentro. Desde, que a vi senti que não deveria deixar que ela ficasse.

- Amor, isso é seu ciúme falando.

- Claro que é Alice. Estou horrível, cheia de cicatrizes, impossibilitada até de pentear meus cabelos. Namorar só Deus sabe quando vamos poder. E aquela mulher linda fica desfilando em casa, e agora te vendo nua. O que espera que eu faça?

- Que confie em mim. – pedi. – Pelo que eu vi você a acha bonita. E ela tem te ajudado com seus banhos, isso significa que já te viu nua. Devo sentir ciúme disso? 

- Claro que não. Afinal não é o meu corpo que ela devora. – falou irritada.

- Nada disso, não tem ninguém devorando ninguém aqui. Foi apenas um mal-entendido.

- Tem certeza? – começou a desfazer o bico.

- Sim. Tenho. Ela nem chega aos seus pés. – enlacei sua cintura.

- É bom mesmo. – deu um meio sorriso.  

            Os beijos ainda precisavam ser comportados, mas quem disse que mesmo comportado não despertavam meu fogo? Afastei-me dela. Buscando o pouco de sanidade que eu precisava.

- Não vejo a hora desse resguardo acabar. – sorriu safada.

- Nem eu. – concordei. – Agora vou pôr o biquíni. Deveria fazer o mesmo.

- Eu passo.

- Uma hora você vai ter que me deixar ver o seu corpo.

- Quando tudo estiver de volta ao lugar.

- Amor, isso é bobagem. Você sempre será a mais linda das mulheres. Eu te amo. E morro de saudade de tomar banho com você, mas aparentemente você prefere que Lívia faça isso. – ergui a sobrancelha. – Da próxima vez vou me juntar a vocês. – falei com segundas intenções apenas para a provocar.

- Saudade de ménage, dona Alice? – irritada ela estreitou os  olhos.

            Eu apenas ri e tomei seus lábios em um beijo calmo. Após esse momento fiquei sozinha e vesti o biquíni. Quando desci minhas mães já estavam na sala. Conversando animadas com Rebeca, Tereza e até Lívia.

- Oi! É bom ver vocês aqui. – comentei abraçando as duas.

- Precisávamos ver esse pequeno. – a mammy falou mostrando o Teo que estava tranquilo nos braços dela.

- Sempre disse que a Isa tem calmante nos braços. Os meninos quando choravam só se acalmavam quando ela os pegava no colo.

- Isso é inveja. É inveja sim, dessa sua vovó com espinhos nos braços – fez uma voz típica de pessoas quando falam com criança. Nós rimos vendo a cena.

- Cadê os meninos? – indaguei.

- Foram para um aniversário de uma tal de Paloma e Paulo, um casal de gêmeos que estuda com eles. – Rebeca me olhou com ar de riso.

            Disfarcei colocando outro assunto no meio. Se tem algo que eu não quero fazer é dizer as minhas mães que os bebezinhos delas estão namorando. Apesar de saber que preciso conversar com Bernardo.

- Você está ficando velha. – comentei vencendo a mamma em um desafio na piscina.

- Me respeita, garota. – jogou água na minha direção. – E essa enfermeira?

- Mamma, até você?

- O quê? Só ia perguntar como está sendo o trabalho dela.

- Ah! Acredito que bem, não passo muito tempo em casa então não tenho como saber.

- O que aconteceu?

- Ela me viu pelada. E me cantou. – contei. Pois, sei que o assunto morreria ali.

- Eita! E Rebeca?

- Eu não lhe contei, quer dizer só a parte que ela me viu pelada. Mas sobre a cantada, ou elogio, não contei nada.

- Vacilo. Ela vai descobrir. Vai ser pior.

- Como?

- Olha a mulher ali. – apontou na direção que Letícia estava, na cozinha com Tereza, mas os olhos dela estavam direcionados a nós, para ser mais exata para mim. – Ela não para de olhar. E me cheira a confusão.

- Não posso dispensar ela, me deu maior dor de cabeça conseguir alguém para vir cuidar da Rebeca. Ela tem literalmente morado aqui.

- Alice, o que você tem na cabeça? Como você deixa o inimigo te atentar dentro da sua própria casa?

- Não é como se ela fosse tão bonita assim. – dei de ombros. – Rebeca é mil vezes mais.

- Eu sei que é. Mas já estive no lugar de Rebeca, um pós parto não é fácil. Ela está insegura com o corpo. Aposto que nem te deixou vê-la sem roupa ainda.

- Como a senhora sabe?

- Já estive no lugar dela. Levei meses para conseguir me sentir segura comigo mesma. Imagina para ela ter aquela mulher literalmente te comendo com os olhos como deve ser assustador. Nesse momento ela está frágil. Precisa de cuidado e atenção. E muita, muita paciência da sua parte.

- Mas eu não fiz nada, mamma. – me defendi. – Eu amo a Rebeca, jamais faria nada. Ainda mais na nossa casa. Isso é absurdo.

- Isso não é sobre você fazer algo ou não. É sobre o momento que ela está vivendo agora. Já que está em casa hoje, por que não dá folga para ela esse final de semana? Aproveita e faz o mesmo com a Tereza. Assim vocês se curtem um pouco.

- A senhora tem razão.

- Claro que tenho. – ela sorriu convencida. – Mas agora tenho outro assunto importante para tratar, mas esse é segredo. – olho na direção da mammy e de Rebeca, mas as duas só tinham olhos para o Teodoro, que estava a coisa mais linda usando um dos bonés que Anna deu de presente.

- O que aconteceu?

- Os seus irmãos.

- O que tem eles?

- Estão namorando.

- Como a senhora sabe?

- Não é difícil descobrir as coisas. E eles são meus filhos, assim como você. Sempre sei quando tem algo acontecendo. É o meu super poder de mãe. – ela disse brincando.

- Espero ganhar esse super poder em algum momento. – falei brincando. – Então a senhora sabe que eles foram para a festa dos respectivos namorados?

- Sim. Tenho notado Bernardo me questionando discretamente sobre a bissexualidade.

- Não tão discreto, afinal já foi descoberto. – comentei rindo.

- Exatamente. Mas o meu medo agora é como contar isso a sua mãe.

- Ela vai pirar legal.

- Sim. Talvez possa levar ela para o Caribe, contar enquanto ela toma uma água de coco olhando o mar. Vai ver o surto é menor. – ela me olhou. – Não, ela me faria voltar no mesmo instante e ainda me obrigaria a falar sobre sex* seguro.

- Bem capaz. O que vai fazer?

- O aniversário dos meninos já está perto. Acredito que na festa ela consiga perceber que os quatro são dois casais.

- Acha uma boa ideia deixar que ela descubra sozinha, sendo que a senhora já sabe?

- Não. Mas que opção eu tenho?

- Contar.

- Odeio quando você tem razão. – suspirou derrotada. – Você amadureceu muito. E eu não poderia estar mais orgulhosa de você. – me abraçou.

            Saímos da piscina em seguida. A mamma se juntou a Rebeca e a mammy. Eu beijei levemente os lábios da minha namorada, vesti a saída de banho e fui em direção a cozinha. Lívia sorriu me vendo caminhar até elas. O olhar dela começava a me incomodar.

- Tenho uma boa notícia para vocês. – falei me apoiando a bancada.

- Lá vem. – Tereza limpou as mãos e me fitou curiosa.

- Como eu estou em casa esses dois dias, resolvi dar folga a vocês.

- Isso é loucura, quem vai cozinhar?

- Eu.

- E vai conseguir cuidar do Pedrinho também? – questionou desconfiada.

- Alice, eu não acho uma boa ideia. Rebeca precisa de cuidados.

- Eu vou dar conta. Há mais de uma semana vocês vivem em nossa função. Precisam de uma folga.

- Se você insiste. Mesmo sem concordar que seja uma boa ideia, vou aceitar. Agora eu vou levar esse suco para as visitas. – saiu nos deixando sozinha.

- Tem certeza que consegue dar conta de tudo? Se quiser posso ficar. Você dá folga apenas a Tereza, eu te ajudo nas outras coisas. – Lívia disse com simpatia.

- Não precisa. Eu agradeço. Quero passar um tempo a sós com a minha família. E você merece uma folga. Poderia sair com seu namorado. – ela deu um sorriso de lado.

- Não existe um namorado. E se fosse existir seria namorada. – informou fixando seus olhos nos meus. – Você não está fazendo isso apenas pelo que aconteceu, não é? – queria dizer que sim. E dar a folga era uma forma de não a colocar para fora.

- Não. Só preciso de um tempo a sós com minha namorada e meu filho. – enfatizei. – Mas como você está solteira, deveria ir até a The Valley, já conhece?

- Não. Ainda não fui até lá.

- Então é isso. Vou dar seu nome a Anna e você pode curtir a festa hoje. Quem sabe leva seus amigos.

- Obrigada. Isso é bem atencioso da sua parte. – ela tocou levemente minha mão.

            Mas nesse instante Tereza entrou e ela desfez o contato. Eu insisti que elas fossem para casa e Tereza disse que quando servisse nosso almoço iria. Lívia levou o remédio de Rebeca e depois se despediu.

- Se precisar de qualquer coisa, basta me ligar. – insistiu antes de sair.

- Pode deixar. – ela depositou um beijo no meu rosto e saiu.

            Eu sorri sem graça do momento de intimidade. Rebeca estava parada nos olhando.

- O que aconteceu?

- Dei folga para ela e Tereza. Ela estava agradecendo.

- Te beijando?

- Só foi um agradecimento. – fui até ela. – Esse final de semana seremos apenas nós três. Acredita que damos conta?

- Espero que sim. Afinal eu ainda não posso fazer nada. E nem entendi o motivo de dar folga para elas.

- Queria ficar mais à vontade com você.

- Tudo bem. Agora vamos voltar para a piscina.

            Passamos grande parte da manhã na piscina, conversando e rindo. Eu preferi não ingerir nada alcoólico, pois teria que cuidar de muita coisa durante a noite. Mandei mensagem para Anna, avisando sobre a ida de Lívia com alguns amigos. Ela me disse que na manhã seguinte viriam nos visitar. Alegando estar com saudades de Pedro Teodoro.

            Cerca de umas duas da tarde minhas mães foram embora. Dizendo que a noite iria para um jantar com os meus tios e avós e precisavam descansar. O convite havia se estendido a nós, mas Rebeca ainda não poderia sair de casa. Despedimo-nos das duas.

- Eu preciso de um banho. – Rebeca comentou andando devagar.

- Me deixa apenas dar comida ao Teo, depois te ajudo com o banho.

- Amor, eu prefiro tomar banho sozinha. – respondeu receosa.

            Nesse momento lembrei do que a mamma me disse sobre ter paciência com o momento que ela está passando. Sei que Rebeca tem tentado esconder seu corpo de mim, apesar de achar uma grande bobagem.

- Mas me deixa ao menos te ajudar preparando a banheira.

- Tudo bem. – concordou mesmo a contra gosto.

            Segurei Teo no colo e subi as escadas sendo acompanhada por Rebeca, dei banho nele. Depois disso fiz sua mamadeira e em seguida o coloquei para dormir. Liguei a babá eletrônica, deixei a porta do quarto entre aberta e assim segui até o nosso.

            Ajudei Rebeca a tirar a roupa. E evitei olhá-la, na intenção de não a constranger de alguma forma. Ela percebeu meu cuidado, pois me fitava pelo espelho. Claro que mesmo sem querer acabei observando algumas coisas. A cicatriz do tiro, algumas estrias nas laterais de seu corpo. Mas nenhuma dessas coisas a tornava menos interessante ou atraente. Pois, sempre que descuidadamente meus dedos acabavam tocando sua pele meu corpo reagia e o dela também.

- Vou olhar a banheira.

- Certo.

            A banheira estava pronta. Segurei a mão dela, enquanto entrava, mas tratei de não a olhar diretamente. Quando seu corpo já estava coberto pela espuma foi que me virei em sua direção.

- Obrigada. – sorriu agradecida. E eu entendi que ela agradecia sobre o meu cuidado em não a observar.

- Não precisa agradecer. – sorriu para ela.

- Deveria entrar aqui.

- Sério?

- Sim.

- Tudo bem.

            Comecei a retirar minhas roupas sobre seu olhar atento. Seus olhos cintilavam me admirando. Quando fiquei nua, caminhei até a banheira e entrei na água ficando atrás dela. Nossos corpos se tocaram levemente. Rebeca soltou um gemido rouco o que me causou um arrepio.

- Você está bem? – questionei acariciando sua nuca.

- Sim. Maravilhosamente bem. Sinto falta desses momentos. – confessou.

- Eu também. Daqui a pouco as coisas vão se normalizar.

- Amor, nada vai ser como antes. O Teo não vai deixar. – sorriu.

- Eu sei. Mas vamos fazer as coisas serem normais mesmo que a rotina tenha mudado.

- Por falar em rotina mudar. Precisamos de uma babá.

- Concordo. Daqui a pouco você volta a trabalhar.

- Estava pensando em contratar alguém para cuidar da casa, e deixar Tereza apenas com o Teo. O que acha?

- Acho uma ótima ideia. – beijei seu ombro. – Eu só não acredito que a Terê vá entregar a cozinha dela de bom grado. – Rebeca gargalhou concordando comigo.

- Capaz de pedir demissão.

- Exatamente. – concordei. – Eu te amo.

- Eu também te amo, mas por que está me dizendo isso agora.

- Só para você ter certeza de que eu sou louca por você. E jamais, nenhuma outra mulher me chamaria atenção. Eu sou toda sua.

- Eu adoro ouvir isso. Mesmo assim, tenho que confessar que sinto medo.

- Não precisa. Eu só tenho olhos para você, mesmo que sem poder te ver da forma que eu gostaria.

- Amor, meu corpo mudou. Não aguentaria você me olhar de uma forma diferente da que sempre me olhou, com desejo.

- Não vou te olhar de outra forma. Porque meu amor por você não mudou. – beijei seu rosto demoradamente.

- Tudo bem.   

            Em um movimento cuidadoso ficou de pé. Virou-se na minha direção ficando de frente para mim. Prendi minha respiração. A espuma ainda cobria algumas partes de seu corpo.  Ela continua mais linda, seus olhos estavam aflitos ansiosos avaliavam as minhas expressões.

            A cicatriz no ombro estava um pouco roxa. Seus seios estavam maiores por conta da amamentação. Seu abdômen estava um pouco flácido e em um tom diferente do resto de seu corpo. E então eu constatei a cicatriz da cesariana. Não falei nada, apenas fique de pé, próxima a ela.

— Você não precisa ter vergonha de nada. Essa cicatriz quase tirou sua vida, mesmo assim você continua aqui. – acaricie seu ombro. – E essa aqui, foi o resultado de você ter dado a vida ao nosso bem mais precioso. Nosso filho. Amo você, e ver o quanto você lutou por sua vida só me faz te amar ainda mais. Você continua linda, e atraente. Nada pode mudar isso. Eu amo você.

            Ela estava emocionada algumas lágrimas rolaram de seus olhos. Ergui minha mão e cuidadosamente acariciei seu rosto, secando as lágrimas que caíram. Em seguida tomei seus lábios em um beijo terno, mas cheio de saudade.

- Você é incrível. – falou com a voz falha. – Tenho sorte em te ter ao meu lado.

- Eu que tenho sorte. Sou a mulher mais sortuda do mundo. – ela sorriu tomando meus lábios novamente. Mas fomos interrompidas pelo choro de Teodoro.

- Acho melhor você ir. – me sorriu dando espaço.

            A noite nós ficamos na cama os três. Conversando e cuidando de Teodoro. Tiramos muitas fotos fofas e com certeza serviriam para minha surpresa na manhã seguinte. Acordei antes de Rebeca, preparei o café matinal. E pedi que o motorista fosse fazer algumas coisas para mim. Durante a madrugada Teodoro acordou apenas duas vezes, e desde a última dormia tranquilamente.

            Recebi a encomenda que pedi ao motorista. Preparei tudo para o café da manhã. E segui para nosso quarto. Rebeca dormia serena. Uma expressão de sorriso banhava seus lábios.

- Bom dia! Dorminhoca. – falei afagando seus cabelos.

- Uhhhh! Bom dia! Amor. – abriu os olhos vagarosamente. – Acordou cedo.

- Sim. Já preparei o café da manhã. Vou te esperar lá embaixo. – beijei seus lábios e sai.

            Enquanto esperava por ela caminhava de um lado a outro muito nervosa. Escutei seus passos lentos da escada e sorri indo até ela. Estendi minha mão segurada por ela prontamente.

- Nossa que surpresa. – falou sorrindo.

            A mesa estava posta para nós duas. Flores enfeitavam o ambiente, e espalhei algumas fotos nossas. Fiz isso para substituir as que eu destruí. Rebeca sorriu admirando as imagens.

- Ficaram perfeitas. – me beijou.

- Que bom que gostou. Agora acho melhor irmos comer.

            Ela concordou. Puxei a cadeira para que ela se sentasse em seguida fiquei ao seu lado. Sorriu olhando um cupcake com algo escrito. Fitou-me confusa.

- Sim?

- Sim. Eu te devia uma resposta. E ela não poderia ser diferente. Eu amo você e quero passar o resto da minha vida ao seu lado. A cada dia descubro algo ainda melhor em você que me faz te amar mais. Eu te amo, Rebeca. Não vejo a hora de te ver vestida de branco e se tornando minha mulher. – ela aparecia surpresa e atônita. – Se ainda for isso que você desejar. Mudou de ideia? Não quer mais casar comigo? – questionei nervosa.

- Não seja boba. Eu te amo mais que tudo. – acariciou meu rosto. – Precisamos marcar a data.

            O resto do dia ficamos juntas e isso nos aproximou ainda mais. Foi bom poder escutar sobre os receios de Rebeca, mesmo sabendo que ela não precisava se sentir daquela forma. Dividimos planos para o casamento. Hoje sei que essa data está mais perto do que nunca. E eu não poderia estar mais feliz.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oiê. Olha eu aqui de novo. Juro que estou aos poucos tentando responder todos os comentários. Mas trago boas notícias, tenho conseguido tempo para escrever quase todos os dias. Então quem sabe em alguma das vezes que eu apareça não traga dois capítulos de uma vez.

Beijos. E tenha um ótimo fim de semana.

 


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Comentários para 83 - Capitulo 80:
Baiana
Baiana

Em: 30/01/2022

E não é que a enfermeira oferecida vai cair do cavalo quando voltar ao trabalho? Das duas uma,ou ela passa a agir com profissionalismo ou terá que procurar outro emprego.

Agora o casório sai.

Bem que poderia ter um extra com a mãe da Rebeca pegando geral.


Resposta do autor:

Mulherrr. Ainda quer extra de Carmem? Socorro. kkkk

Vou pedir demissão;

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 30/01/2022

É  uma fase bem complicada, muitas mulhetes desenvolvem depressao pós parto. Bjs


Resposta do autor:

Verdade. Maternidade é um assunto bem delicado.

Responder

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SPINDOLA
SPINDOLA

Em: 29/01/2022

Boa noite, Cruellitita.

Eita eita eita, essa enfermeira está com o olhar muito comprido hein, mau sabe ela o risco que está correndo se ficar até a Bequinha se recuperar, kkkk, esperta seria se arrumasse uma sapinha pra chamar de sua na boate, senão a cobrinha de olho gordo na loirinha da patroa vai é ficar com a boca cheia de formiga em uma vala na beira da estrada quando a Beca quebrar ela no meio, kkkkk, se a morena assistiu Yellowstone como eu, vai dar ruim pra Lívia, kkkkk.

Eu escutei que pode sair capítulosssss, extra extra extra, kkkk

Bjs

 


Resposta do autor:

Olá! Saudades.

Já disse que amo seus comentários? Amo demais. kkk Gargalho. Beijoss

Responder

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Mille
Mille

Em: 29/01/2022

Que enfermeira assanha kkkk 

Alice tem que dar um basta nessa mulher, ou a Rebeca logo põe ela para correr.

Quero só ver como Bella/ Larissa vai reagir quando souber que os bebês estão namorando. Mim atrapalho toda com mamma e mammy

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Lívia é mesmo um tanto direta demais.

É inevitável que os filhos cresçam. Vai ser o atura ou surtaa! Confesso que até eu me atrapalho algumas vezes. Mas mamma é a Lari, e mammy a Isa.

Beijos

Responder

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paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 29/01/2022

Lívia é cobrinha, espero que não se crie hein.

Volta logo autora, trazendo 2 capítulos e extras kkkkkk
Resposta do autor:

Mulherrrr! Deixe de ideia louca.

Responder

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preguicella
preguicella

Em: 28/01/2022

Aeeeeee, boas notícias, foram as velas que acendi pro seu anjo da guarda! hahaha

Lívia é safadinha, hein. Espero que não atrapalhe nossas protagonistas!

Quero esse casamento logo!

Bjuu
Resposta do autor:

Pregui, as velas estão funcionando. kkk A cabecinha melhorou e a inspiração voltou.

Continue com as velas.

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Lea
Lea

Em: 28/01/2022

Nesse momento delicado, realmente uma mulher um pouco mais atraente vai despertar o ciúmes na Rebeca; porém, é a confiança que elas tem uma na outra que tem que falar mais alto! ( Essa Lívia é muito atirada)

Estou só esperando o surto da Mammy Isa,quando descobrir que " os bebês" dela estão namorando!

Esse casamento vai ser lindo!

Obs: uma coisa que amei na primeira parte desta estória e agora nesta segunda parte é,o quão verdadeiros são os personagens com seus parceiros,amo como são sinceros. A estória não é cansativa, é tudo na medida certa! Mas pode exagerar no amor,isso pode! Hahaha

Boa noite Maktube


Resposta do autor:

QUero nem ver o furacão Isabella descobrindo que as crias cresceram.

mais uma vez obrigada pelo elogio. Fico feliz que goste, comente com tanta frequencia. Isso é muito animador para quem escrever. 4

Pode deixar que eu exagero no amor.

beijoss

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 28/01/2022

Alice se livra dessa serpente da Lívia.


Resposta do autor:

kkkk

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