Eita!!!!!
Capitulo 95. A Cobra Fumou.
Logo que saíram da casa do agora cabo Arruda Medeiros que até algum tempo atrás era tenente, a coronel se encaminhou diretamente junto com os outros até o presídio militar.
Ao chegar à sentinela se apresentou perguntando quem era Márcia já pedindo os documentos.
-- Bom dia soldado Prata! – Eu sou a coronel Mantovanni e esses são a coronel Monteiro, a minha esposa tenente coronel Mantovanni, e meu cunhado major Paiva Jr. Eu quero falar com o major Malaquias. Ele está?
-- Sim coronel, eu vou avisá-lo da sua presença. Disse o rapaz que estava um tanto assustado. Tanto André como Cláudia haviam percebido.
-- Não soldado, pode deixar que eu mesmo irei até ele.
-- Mas coronel eu não tenho autorização para...
O rapaz parou de falar assim que a coronel levantou a mão dizendo ao mesmo:
-- Agora você tem! – Com licença. E assim entrou.
Quando chegou ao corredor em que ficava a sala do major, a coronel viu que uma policial saia da sala do mesmo, abotoando a camisa da farda. Logo já chamou a moça.
-- Ei você, soldado. Pare ai!
A moça parou e ao se virar viu quem era a pessoa em questão. Trocou de cor na hora e claro que a coronel havia percebido algo.
-- Bom dia coronel!
-- Bom dia! Respondeu com cara de poucos amigos.
-- Em que posso ajudar coronel?
-- Por enquanto em nada e agora você terá três segundos para sumir da minha frente. Ah e vê se arruma esses botões dessa camisa da farda, isso aqui não é um puteiro para a senhora ficar se refestelando com o major.
-- Sim coronel!
Andressa e os demais ficaram olhando para Márcia. A esposa perguntou o que a coronel iria fazer com a moça.
-- Nada! – Afinal, uma goz*dinha não faz mal pra ninguém. Foi só para assustar! Agora ela pensará em fazer isso em outro lugar.
Enquanto Andressa e o irmão, ficaram esperando do lado de fora da sala do major, Gênova e Genaro levaram as crianças ao Mc Donald’s. O major estava de cabeça baixa mexendo no celular quando escutou:
-- Bom dia major Malaquias!
Ao levantar a cabeça e ver quem era, quase caiu da cadeira.
-- Bom dia coronel! – A senhora aqui a essa hora? – A sentinela deveria ter me avisado. Ah, mas eu me acerto com ele depois.
-- O senhor não vai acertar nada com ninguém major. Fui eu que deu a ordem para que ele não o avisasse sobre a minha presença. E agora? – Vai contestar uma ordem minha? – Essa é a coronel Monteiro! – O senhor a conhece?
-- Não, não coronel! – Todos sabemos que depois do nosso comandante coronel Torres, a senhora é a autoridade máxima da corporação. E sim, eu não a conhecia, mas já ouvi falar muito dela. Prazer coronel. Disse dando a mão para ela. A coronel assim como Cláudia, ficou olhando para o major.
-- Major o assunto que traz a mim e a coronel Mantovanni aqui hoje, é muito sério e tanto eu como ela, gostaríamos que o senhor não enrolasse e fosse direto em suas respostas.
O major olhou para Cláudia meio que desconfiado. Afinal, que assunto era esse para que a comandante do Canil e a segunda autoridade máxima da Polícia Militar estivessem ali em sua frente? Pensou.
-- E o que seria esse assunto coronel Monteiro?
-- Sobre um certo policial que está detido aqui há quatro meses ao qual a família não pode visitar. 1ºTenente PM Alberto Arruda Medeiros. Atualmente conhecido como cabo Medeiros. O senhor tem conhecimento sobre isso?
O major trocou de cor na hora, ficou parecendo um semáforo de três fases com defeito. Márcia que gravava toda a conversa, internamente se divertia com a situação. Afinal, a amiga havia entrado de sola no major que estava agora vermelho igual a uma pimenta.
-- Major! O senhor está se sentindo bem? Aceita um copo com água? Perguntou Márcia.
-- Não coronel está tudo bem. Só um pouco quente!
-- E ficará mais quente ainda se o senhor não responder as perguntas que lhe serão feitas. Então? – Vai falar ou não?
-- Está bem coronel, eu vou mandar buscar o processo e a ficha de serviço do cabo!
-- Cabo não! – Primeiro Tenente corrigiu Cláudia.
Assim que foi trazido o prontuário do “cabo” Medeiros e o processo criminal militar contra ele, a coronel Mantovanni foi logo perguntando:
-- Major! – Porquê, esse prontuário e esse mandado de prisão contra o Medeiros, não chegou ao meu conhecimento?
-- Eu não sei coronel! – Só estou fazendo o que me foi pedido e a senhora sabe que eu nunca contestei uma ordem. Sei tanto quanto a senhora.
-- Mas porquê, você então não comunicou a coronel Mantovanni sobre esse pedido ou ordem que lhe foi feita? – O senhor está achando que aqui, na sua frente, estão duas imbecís? Perguntou Cláudia.
-- De maneira alguma coronel, eu só não quero confusão principalmente com as senhoras.
-- E quem foi o comandante que deu a ordem? – Sim, por que isso só pode ter vindo do alto escalão.
-- Não foi do alto escalão coronel Monteiro. Foi do intermediário mesmo, do próprio comandante do Medeiros o major Bergamota.
As duas coronéis ficaram de boca aberta quando o major falou quem estava por trás da prisão do “cabo”, afinal, o major era amigo de longa data das duas e isso que o oficial havia feito com o subordinado para a coronel Mantovanni era inaceitável.
-- O Bergamota? Perguntou Márcia.
-- Sim coronel, ele mesmo. Também não entendi o motivo dele ter feito isso. Mas sabe-se que ele não aceita coisas erradas.
Depois de mais algumas perguntas e respostas até de momento aceitáveis, a coronel falou:
-- Pois bem major! De momento acatarei as suas respostas. E agora eu quero que o senhor avise ao Medeiros que ele ainda hoje irá para casa.
-- Mas coronel, a senhora vai libertá-lo? – A senhora não pode fazer isso, está passando por cima de ordens restritas. Principalmente as minhas.
Agora Malaquias escutaria tudo o que ele não imaginava.
-- Como é que o senhor falou comigo major? Perguntou a coronel.
-- Eu só contestei os seus métodos coronel!
-- O que eu faço com os meus métodos é um problema meu. E quem é você Malaquias para se dirigir a mim assim dessa maneira? Até as cinco horas da tarde de hoje, eu quero esse homem solto. Vou pedir para o Radamés preparar os papéis de soltura e quanto a você major, a partir de agora está afastado de suas funções nesse departamento. O senhor irá trabalhar futuramente na zona Sul junto com o Bergamota já que vocês se dão tão bem. Mas de momento o senhor estará tirando umas férias forçadas até que eu resolva o caso do “cabo” Medeiros. Estamos conversados?
-- Mas coronel Mantovanni, tenha piedade! – Eu vou ter o meu salário reduzido e isso não é justo!
A coronel olhou de cara fechada para o major respondendo:
-- Não é justo major? – O Medeiros ficar aqui detido sem receber a visita da família é justo? Você no final de semana ficar com a sua família no Clube dos Oficiais é justo? – Ficar comendo a sua secretária aqui na sua sala é justo? – Aceitar ordens sem que um superior maior que o senhor e o Bergamota saiba, é justo? Falou gritando para que todos ouvissem.
-- Meu Deus André, eu não queria estar lá agora no lugar do Malaquias!
-- Nem eu! – Imagino eu, que ele já cagou e mijou na calça. Respondeu o cunhado da coronel para a irmã.
-- Então, estamos entendidos major?
-- Sim coronel, estamos!
Antes de sair a coronel ainda falou:
-- Major, eu já tenho o seu substituto, o da sua secretária e também o subcomandante será substituído. E eu ainda vou pensar se o senhor e o major Bergamota voltarão a ser tenentes! – Passar bem major!
-- Passe bem major! Respondeu a coronel Monteiro
Assim que elas saíram, o major se sentiu aliviado, mas não por muito tempo. Ele receberia novamente a visita das duas coronéis. E a conversa Mantovanni X Bergamota, ainda vai render muito pano para a manga.
Fim do capítulo
Voltei!
Novo capítulo!
A cobra fumou, Malaquias com certeza vai dançar e com ele um amigo de longa data da coronel, poderá dançar junto.
Vamos ver o que dará a coronel Mantovanni X major Bergamota.
Beijos a todas.
Beijos minha linda Patty_321.
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