Capítulo 7

 

“Muitas das falhas da vida acontecem quando as pessoas não percebem o quão perto estão quando desistem.” (Thomas Edison)

 

O tocar da campainha me fez largar o artigo que estava estudando e ir atender a porta.

_ Enfim, deve ser o profissional da empresa que o condomínio contratou pra resolver esse transtorno no encanamento do banheiro social que já se arrasta por mais de sete meses – murmurei chateada – Mas, o sindico disse que ele viria à tarde, como vou estudar em meio ao barulho?

Abri a porta e um senhor sorridente carregando uma mala de ferramentas me saudou.

_ Bom dia dona! – falou com simplicidade – Eu sou Tonho e vim olhar o encanamento do banheiro.

_ Pode entrar! – convidei-o a entrar acompanhando-o até o banheiro – Tomara que resolva este problema, pois não aguento mais ver esse esgoto entupir!

_ Pode deixar que vou consertar! – disse o senhor sorridente.

O deixei trabalhando e voltei ao meu escritório e ao meu artigo médico.

Duas horas depois o homem parou à porta do escritório chamando minha atenção.

_ Dona, está quase pronto – informou – porém faltou uma ferramenta específica pra um ajuste na tubulação, não a tenho aqui, porém já liguei pra empresa e dentro de pouco tempo o entregador a deixará aqui. Enquanto isso irei almoçar num restaurante próximo daqui, ok?

_ Tudo bem! – confirmei checando o relógio e constatando ser horário de almoço – Eu recebo o entregador.

_ Ele terá que pegar minha assinatura pra então deixar a ferramenta, é regra da empresa – esclareceu o funcionário – Mas, não se preocupe que já estarei aqui pra recebê-lo quando chegar.

O homem partiu e resolvi almoçar também, estava esquentando uma massa que sobrara do dia anterior quando meu celular tocou; suspirei impaciente ao ver quem era no visor do aparelho.

_ Oi Claudio! – cumprimentei meu colega e ficante casual – Como estão as palestras por aí?

_ Já terminou minha querida; esqueceu-se que foi divido entre hoje e amanhã? – respondeu ele alegre – Estou perto do teu apartamento e pensei em passar pra te ver; estou com saudades.

_ Querido – apressei-me em dar uma desculpa e evitar sua vinda – estou com funcionário de uma terceirizada do Condomínio tentando resolver um problema aqui; então, não acho que teríamos muita privacidade...

_ Meu bem! – o homem insistente – Não me demorarei, é uma breve visita, deixa vai!

_ Certo, deixarei autorização pra sua entrada – falei vencida – vai almoçar comigo?

_ Não, já almocei – Claudio malicioso – Queria mesmo experimentar você, mais essa obra me impede...

_ Segura esse pensamento – acabei entrando no jogo da sedução – Quem sabe à noite, você não tenha mais sorte...

A campainha tocou.

_ Querido, tenho que desligar – informei – Fico no aguardo.

Coloquei o aparelho sobre o sofá e atendi a porta ainda sorrindo; sorriso que morreu ao encarar quem era...

 

Zaira

Eu toquei aquela campainha suando frio; sete meses sem por os olhos naquela que me virara a cabeça e, de repente, um chamado de entrega urgente que dei o sim de imediato sem atentar pra qual apartamento era! Quando dei conta, não havia mais como cancelar.

Agora estava parada e paralisada diante de um lindo sorriso com o qual a Virg abriu a porta. Infelizmente, ao reconhecer-me, o sorriso apagou-se fazendo meu coração apertar-se.

_ Boa tarde – saudei formal – tenho uma entrega para o Sr. Antônio Pinheiro.

_ Boa tarde – Virg friamente respondeu-me – O Sr. Antônio saiu para almoçar, pode deixar comigo.

_ Desculpa, senhora! – retruquei chateada com a indiferença dela comigo encostando-me à parede deixando a caixa pesada no chão ao meu lado– Só posso entregar ao próprio e obtendo a assinatura dele. Assim, não se preocupe, o aguardarei.

_ Mas... – Virg olhou-me indignada – Vai ficar igual a um dois de paus no meu corredor?

_ Bem, a entrega é no seu apartamento – irônica respondi – O responsável pelo recebimento não se encontra, não sei se a senhora sabe, mas o elevador de serviço está quebrado! Subi quatro lances de escadas com essa caixa nada leve...

_ Porque não pegou o social, criatura? – Virg falou surpresa olhando-me atentamente.

Fiquei sem jeito ao perceber que a subida cobrou o seu preço, a camiseta que usava estava molhada de suor.

_ Serviçais não podem subir por eles – esclareci e dei mais passos pra o lado afastando-me discretamente dela tentando evitar que sentisse meu cheiro de suor –Assim, se não for muito incômodo, esperarei no corredor pra efetuar a entrega; poupando-me de descer e ter que voltar a subir tantos lances de escadas sob esse peso.

Vi a doutora trocar o peso da perna enquanto me olhava perdida.

Desviei meus olhos de sua figura; ela estava linda. Vestia uma bermuda jeans surrada e desfiada; uma blusinha preta curtinha e nos pés uma simples havaiana.

_ Isso é ridículo! – ela bradou.

Ergui o olhar pra encará-la surpresa e confusa com aquela explosão.

_ É ridículo você ficar em pé neste corredor – suspirou – entre, o Tonho não deve demorar.

_ Eu agradeço senhora, mas estou bem aqui – declinei tentando fugir de entrar naquele apartamento molhada de suor como estava.

_ Não me irrite além do meu limite, senhorita! – Virginia segurando a porta - Entre logo! Estou morrendo de fome e quero comer!

_ Diabo de mulher mandona – resmunguei pegando a caixa do chão obedecendo-a – Se sua casa ficar malcheirosa, não reclame, pois estou pra lá de suada.

_ Como se eu nunca tivesse visto você assim! – retrucou a abusada – Vai no banheiro lavar as mãos, vai almoçar comigo.

_ Eu agradeço senhora, mas...

_ Se você me chamar de senhora mais uma vez Zaira, eu vou te matar! Saco isso – esbravejou indo pra cozinha.

Eu dei de ombros; entrei naquele quarto que tinha o perfume dela e lavei minhas mãos! Quando voltei à cozinha ela já estava sentada, apontou emburrada pra cadeira a sua frente e começou a servir meu prato.

Comecei a comer em silêncio; ela também não parecia ter vontade de conversar...

Do nada, levantou-se e pegou uma garrafa de vinho e duas taças! Encheu a sua com vinho e na minha sobrou água, bufei chateada, mas conformada bebi minha água já que estava pilotando.

_ O que tem feito da vida? – Virg perguntou sem me olhar – Continua namorar aquela menininha? Parecia sua sobrinha...

_ Oxeeeeee! – olhei irritada pra ela – Sei disso não.

_ Acho horrível essa necessidade de autoafirmação dos quarentões que os leva a se expor ao ridículo namorando novinhos ou novinhas – espetou me olhando debochada.

_ Não é o meu caso – devolvi irritada – Visto que tenho 36anos de idade; você tem quantos anos mesmo?

_ Não te interessa! – retrucou a doidivanas – De qualquer forma você devia envergonhar-se de estar naquela situação com uma menina.

_ Mas rapaz – pousei o talher ao lado do prato e a olhei curiosa – porque a fixação neste assunto? Incomoda-te de alguma forma meu envolvimento com a garota?

_ A mim?! – Virg me olhou espumando – Pouco me importa com quem você anda trans*ndo por aí...

_ Porque me procurava naquela noite? – indaguei segurando o queixo – Uma funcionária me contou...

_ Eu não te procurei! – Virginia enchendo a taça de novo – Eu lembrei que trabalhava lá e perguntei; mas nunca estive te procurando.

Estiquei a mão sobre a mesa e toquei a sua.

_ Tem certeza que não me procurava? – acariciei seu pulso com o polegar, eu perdi o juízo total e não ligava – Fiquei feliz em saber que foi atrás de mim.

_ Pois enganou-se – a voz da médica estava trêmula – E mesmo que tivesse ido a sua procura, teria dado com os burros n’água; você já estava acompanhada.

_ Te juro que se, em meus sonhos mais loucos, tivesse essa possibilidade de ser procurada por ti, eu teria te esperado porque não trocaria sua companhia pela de ninguém mais... Sabia?! – falei sincera encarando-a.

_ Está brincando comigo? – perguntou segurando minha mão.

_ Nunca falei tão sério nesta vida, Virg! – apertei seus dedos.

_ Me senti ridícula... – falou desviando os olhos – Eu... Você com sua namorada e eu te caçando na boate; devo ter sido motivo de chacota pra sua colega.

Ergui-me e fiquei de cócoras ao lado de sua cadeira pra ficar com o rosto à altura do dela.

_ Eu sim me senti ridícula ao ser flagrada, naquele estacionamento e naquelas circunstâncias! – confessei segurando seu queixo – Queria ter oportunidade de ter sua companhia em outro momento; Quer sair comig...

A campainha começou a tocar interrompendo-me; a Virginia engoliu em seco e continuou aguardando-me concluir a frase. Abri a boca pra fazer isso, mas quem estava lá fora parecia ansioso por ser atendido.

Sorri e dando-lhe um beijo na face me levantei.

_ Deve ser o Antônio – disse – Atenda ele, por favor.

Virginia, em silêncio e sem parar de me olhar ergueu-se; Depois seguiu apressada. Fui atrás pra realizar minha entrega e lamentei ter perdido a oportunidade de convidá-la pra sair.

Mas, Deus sabe o que faz... Talvez seja melhor assim.

Ela abriu a porta e eu fechei o cenho contrariada ao ver um homem bem apessoado, com um buquê de rosas nas mãos, tomá-la pela cintura erguendo-a contra seu corpo e roubar um beijo dela que espantada ficou sem ação.

Logo atrás apareceu um senhor, que pigarreou chamando-lhes atenção e assim o casal de comercial de pastas de dentes separaram-se.

_ Me desculpem! – falou o senhor risonho.

_ Er... Não, desculpe-nos o senhor – o mequetrefe louro falou sem arrependimento – Essa minha namorada me deixa louco, esqueço tudo ao redor quando a vejo...

_ Ah os enamorados! – gracejou o homem a quem eu deveria realizar a entrega.

_ Boa tarde – me fiz conhecer – É o Sr. Antônio?

_ Sim! – confirmou o homem.

_ Vim fazer uma entrega para o Senhor – apontei a caixa e lhe dei o comprovante pra assinar – Por gentileza, assine as duas vias.

Senti o olhar da médica queimando minha nuca. Eu estava pau da vida com ela se esfregando no mequetrefe; Assim, quando o Tonho me entregou minha via apressei-me em partir sem olhar pra trás.

_ Merda! – xinguei-me enquanto descia as escadas – Idiota você mesmo, viu Zai?! Para de sonhar com castelos se sua realidade são barracos!

Peguei minha moto e parti acelerando pra minha realidade, deixando pra trás sonhos que só podiam ser vividos no sono.

 

Virg

_ Deuses! – pensava desesperada vendo Zaira ir embora sem que eu pudesse impedir – Mas que inferno de azar esse meu... Ela ia me convidar pra sair e o Cláudio chega!

_ Querida?! – Cláudio chamava-me pelo visto há algum tempo – Tudo bem?

_ Ahh, sim... Sim tudo bem! – abri um sorriso sem graça dando uma desculpa – É que isso aqui hoje tá uma loucura e estou tentando estudar um artigo sobre um caso semelhante ao de um paciente e parece que não conseguirei findá-lo hoje nesta bagunça.

_ Você conseguirá sim! – Ele entrando e puxando-me com ele entregando-me as flores– Não tomarei seu tempo; trouxe-as pra você e quero como gratidão muitos beijos...

Enlaçou minha cintura e iniciou outo beijo; meu corpo estava ali; mas minha mente tinha ido com aquela malcriada da Zaíra que nem deu tchau!

_ Ei? – o homem me chamou ao encerrar o beijo– Você está dispersa mesmo...

_ É o artigo – falei constrangida – E também não me sinto bem de estarmos assim aqui na sala com o operário logo no final do corredor; desculpa.

_ Você está certa mesmo querida! – ele sorrindo compreensivo – Eu que perco o tino quando te vejo; deixemos isso pra mais tarde! Vou agora, volte ao seu artigo para que esteja totalmente pra mim logo mais.

_ Claro! – sorri amarelo e tendo que beijá-lo mais algumas vezes, enfim, o vi partir.

Sentei-me no escritório e tentei retornar ao estudo do artigo; três horas depois desisti porque nada que li consegui reter ou compreender; a mente só repassava tudo que a Zai dissera:

“_ Te juro que se, em meus sonhos mais loucos, tivesse essa possibilidade de ser procurada por ti, eu teria te esperado porque não trocaria sua companhia pela de ninguém mais... Sabia?!”.

Levantei-me passando a mão na testa. Andava nervosa pela sala.

_ Mas porque diabos eu tinha que encontrá-la de novo?! – xinguei irritada – tudo tava nos trilhos de novo, eu estou saindo com um homem lindo, que meus pais conheceram na última visita e aprovaram! Já tinha até decidido esquecer essa louca atração que sentia pela mecânica e aí ela aparece... E agora estou aqui enlouquecida por um possível convite que ela me faria! Céus...

_ Oh dona? – seu Tonho me olhando desconfiado ao me ver falando sozinha – terminei o serviço e já vou.

_ Muito obrigada! – agradeci abrindo a porta pra ele.

_ Ahhhh... – o homem voltou-se me impedindo de fechar a porta – Esqueci de pegar a caixa com a ferramenta alugada pra deixar na portaria para que o entregador a leve de volta.

Abri a boca sorvendo o ar que me sumiu diante das possibilidades que aquela informação abria para um possível reencontro com a negra linda que estava a me enlouquecer.

_ Não precisa pegar um peso destes! – sorri pra ele – Pode deixar aqui mesmo, não sairei mais hoje então solicite que peguem comigo.

_ Não tem problema pra senhora? – o velho homem aliviado.

_ Nenhum problema – afirmei eufórica – Só peço que o entregador venha antes das 18h, ok?!

_ Pode ficar tranquila! – o funcionário sorridente - Boa tarde!

Assim corri pra o celular que chamou até cair na caixa postal onde deixei uma mensagem.

_ Claudio? – falei vermelha pela mentira deslavada que contaria pra me livrar dele – Querido, estou exausta e com uma enxaqueca terrível; tomarei um analgésico e deitarei. Perdoe-me, mas não tenho condições pra nada essa noite... Vemo-nos amanhã no hospital. Beijos.

Corri ao banheiro, tomei um longo banho. Coloquei um vestidinho com um decote generoso que ficava à altura das minhas coxas e sentei esperando a chegada da Zaira.

_ Desta vez ninguém nos impedirá de conversar – murmurei pra mim enquanto bebia uma taça de vinho pra me acalmar.

 

Zaira

_Você tá brincando comigo, né Sérgio? – explodi no celular com meu encarregado dando mil desculpas pra não voltar ao condomínio da doutora – Eu não vou voltar na paralela neste horário, aquilo lá fica num engarrafamento cabuloso, manda outro...

_ Sem chances – o encarregado – Você é a mais próxima do material; anda garota que pediram pra que busquem a encomenda antes das 18h. Tchau!

A ligação foi encerrada.

_ Diabos!!!!! – xinguei colocando capacete – Ao menos é só pegar na portaria, porque juro que perco a cabeça se tiver que vê-la se esfregando, de novo, naquele mauricinho!

Trinta minutos depois e parava defronte a portaria.

_ Boa tarde, vim buscar uma encomenda do apartamento da Dra. Virgínia.

_ Pode subir – falou o homem sem tirar os olhos da TV – Ela está aguardando.

_ Mas... – iniciei uma reclamação, mas logo parei – Certo, hoje estou sendo provada mesmo!

Subi os quatro lances de escada espumando de raiva e toquei a campainha.

A porta não demorou a se abrir e meu coração disparou com a visão da Dra. dentro de um vestidinho que lhe deixava os seios em evidência num belo decote em V e as torneadas coxas à mostra.

_ Boa tarde Zai – a voz rouca dela acabou de desestruturar minha vida – Veio pedir desculpas pela má educação de mais cedo?!

_ Humpffff! – bufei saindo do torpor que aquele corpo tentador me causara – Sei disso não, vim buscar a peça que trouxe mais cedo. Posso pegá-la? Estou com pressa.

_ Claro, entra – convidou sorrindo e afastou-se um pouco.

Ao passar meu corpo roçou no dela e eu estremeci de pura excitação.

_ C-Com licença – gaguejei nervosa e direcionei-me com urgência ao banheiro pra pegar a ferramenta.

Quando ia saindo notei que o serviço não fora bem feito; a peça estava mau encaixada e certamente o esgoto teria problemas novamente e talvez piores.

_ Doutora? – chamei-a ainda contrariada.

_ O que foi? – Ela chegou ao banheiro curiosa – Não achou a ferramenta?

_ Achei – esclareci ainda de cócoras observando o ajuste da peça – Infelizmente o encaixe da peça não está perfeito. Aconselho que chame o operário de volta pra que ele coloque-a ajustada ou os transtornos serão maiores...

_ Droga! – Virg aborrecida – Eu não aguento mais isso! Tem quase oito meses nessa novela e quando achei que acabou, ainda tem enredo?? Eles vão levar mais dois meses pra mandar outra terceirizada...

Suspirei agastada e tomei uma decisão.

_ Bem, estou te devendo uma mesmo pela noite que me deu guarida – Tirei as luvas de couro, os tênis, a jaqueta e a camiseta ficando só com um top que usava por dentro – Vou aproveitar a ferramenta e farei esse serviço pra você, tudo bem?

_ C-Claro que tudo bem, te serei grata pra sempre... – respondeu Virginia olhando meu abdome e desviando rapidamente o olhar ao ver que notei a secada.

Sorri sacudindo a cabeça e comecei a fazer força com a ferramenta pra retirar a peça.

 

Virg

_ Deus do céu, não vou sobreviver a isso... – pensei vendo os músculos das costas e dos braços de Zai contraírem-se com o esforço da retirada da peça – Deus de misericórdia, que calor infernal estou sentindo...

_ Doutora, poderia me arranjar um trapo? – ela pediu sem se voltar enquanto deitava-se no chão pra terminar de retirar a peça – Vou ter que enxugar antes de reencaixá-la...

Peguei uma flanela e aproximei-me para entregar.

_ Pronto aqui! – falei próxima a ela que estava deitada no chão.

Zai saiu um pouco de debaixo da peça para pegar o pano e sua respiração pesou, senti seus olhos queimarem minhas coxas. Após um minuto de hesitação ela pegou a flanela voltando pra baixo da peça.

Eu trêmula com aquele olhar de desejo que ela me dera, encostei-me na porta e fiquei deliciada vendo-a trabalhar...

_ Ela é linda... – pensava excitada – deuses os braços dela não são masculinos, mas são tão fortes e divididos!! E essa barriga tanquinho, molhada de suor?! Isso está me causando uma vontade louca de lambê-la.

Neste momento ela terminou o serviço e ergueu-se sorridente, molhada de suor limpando as mãos.

_ Prontinho madame – brincou – Agora não haverá mais problemas neste banheiro. E não te devo mais nada!

Guardou a peça na caixa mais uma vez e começou a pegar a camiseta pra vestir-se e ir embora.

_ Poxa, muito obrigada Zai – falei nervosa a vendo se aprontar pra partir – Me deixa retribuir sua delicadeza partilhando contigo um lanche?

_ Sanduíche de queijo quente e suco de laranja? – falou gulosa – Dentrooooooooooooo, aceito porque estou faminta.

_ Fechou – sorri feliz – Esse será o menu então... Mas, você não quer tomar um banho antes?

Zaira olhou-se e ficou envergonhada.

_ Tou fedendo né?!

_ Bem, não estou sentindo nenhum odor desagradável – falei enrubescendo ao pensar que o cheiro dela estava delicioso... Afrodisíaco mesmo! – Sugeri porque está muito suada e talvez quisesse se refrescar um pouco, mas deixa pra lá...

_ Não! – ela meio sem jeito – Eu gostaria sim de banhar-me, pode me dar uma toalha?

_ Claro – abri o armário que estava atrás de mim e lhe passei uma toalha limpa – Estarei na cozinha...

Meu coração estava aos saltos numa mistura de alegria e nervoso enquanto preparava nosso lanche. Liguei o aparelho de som e a casa foi inundada com a voz da Kell Smith cantando “Nossa conversa”:

https://www.youtube.com/watch?v=Cu_6YFqbhqc

Eu, que amava aquela música, comecei a cantarolá-la e distraída não percebi a chegada da mecânica no local. Só notei quando uma mão passou por cima de meu ombro roubando a fatia de queijo sobre o pão que eu preparava. No susto voltei-me de vez pra ela e me vi esmagada em seu peito. Estremeci ao ver que ela estava com a camiseta, mas sem o top justo que lhe apertava os seios e notei que eles eram médios e lindos.

Ergui o rosto e os nossos olhos se encontraram, engoli em seco quando o braço dela me envolveu a cintura. Meu olhar caiu na sua boca sexy que se abriu num sorriso, mediante meu olhar esfomeado.

Aquele sorriso me desarmou e eu pensei como ouvi na música: Já era!

Não sei quem tomou a iniciativa, mas me peguei gem*ndo de encontro aquela boca deliciosa da Zai.

Ela mordiscou meu lábio inferior e lambeu em seguida, provocantemente deixando a ponta da sua língua invadir um pouco minha boca. Aquilo me enlouqueceu; meus braços foram ao seu pescoço e meus lábios abriram-se capturando aquela ousada língua.

Meu mundo girou a 180 graus!! Eu mergulhei na gostosura de maciez que era a boca da negra linda. Se eu algum dia tivera alguma dúvida em fazer aquilo acabava ali qualquer hesitação. Aprofundei o beijo e minhas mãos acariciavam sua nuca.

Meu corpo foi esmagado no dela e eu umedeci na hora! Sentia cada centímetro do corpo dela no meu, cada músculo de sua coxa imprensada na minha.

_ Morri e estou no paraíso – pensei.

Quando pensei que não podia melhorar, surpreendi-me mais uma vez naquela tarde... Zaira capturou minha língua entre seus lábios e passou a sugá-la lentamente. Senti uma fisgada no intimo... Mais uma onda de excitação encharcou minha calcinha e eu gemi descaradamente roçando meu sex* na coxa dela.

Ela cessou o beijo e mordiscou minha mandíbula fazendo isso até alcançar o lóbulo de minha orelha; ali, perto do ouvido fez um pedido misturado com ordem:

_ Afasta as pernas um pouco pra mim, Virg?!

Imediatamente o fiz e o gemido estourou alto naquela cozinha ao sentir a coxa musculosa pressionar meu clit*ris endurecido.

_ Shiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii – gemi perdendo a estribeira, eu respirava pesadamente e Zai não estava diferente. Minhas mãos invadiram sua camiseta e minhas unhas arranharam suas costas musculosas.

Excitada e em pleno descontrole mordi-lhe o pescoço com uma nova pressão de sua coxa em meu sex*.

_ Ahhhhhhhhhh – Zai gem*u – A gata não só arranha, morde também!

_ Você está me enlouquecendo Zai, e-eu estou próxima ao gozo – sussurrei louca quando ela encaixou o sex* no meu dando leves roçadas – ohhhhhhhhhhhhhhhh.

_ Não goz* ainda– retrucou ofegante – posso fazer isso melhor...

Nesta hora seu celular começou a tocar nos fazendo assustar. Ela parou de esfregar o sex* no meu; porém não se afastou. Pegou o aparelho na jaqueta e olhando o visor fechou os olhos por um momento.

_ Meu encarregado, preciso atender bebê! – falou me olhando.

_ A-Atende! – falei um pouco frustrada – Terminarei nosso lanche enquanto isso...

Me afastei saindo dos seus braços e virei-me pra pia tentando, de mãos trêmulas terminar a montagem dos sanduíches enquanto ouvia a conversa.

_ Oi Sergio! – Zai rouca e tentando controlar a respiração – Não, não posso pegar outro chamado... Sei, a peça, entregarei amanhã. Estou exausta e irei direto pra casa, ok? Certo, até mais...

Ela encerrou a ligação e eu virei com os sanduíches prontos colocando-os na mesa.

_ Pega o suco na geladeira pra mim Zai? – pedi envergonhada do olhar de desejo que ela tinha – já podemos comer.

Zai deu um passo a frente enlaçando minha cintura.

_ Esse lanche vai ter que esperar... – roçou o nariz em meu pescoço me fazendo arrepiar – antes, terei que matar essa fome de você!

Sua boca esmagou a minha não me dando tempo de concordar ou não... Embora, jamais eu diria não a aquela sugestão porque também estava faminta dela. Zai me suspendeu e eu de imediato enlacei com as pernas sua cintura.

_ Onde?! – ela perguntou em meio aos beijos que me dava – Sofá?

_ Não! – meio que falei e gemi porque ela me movia em sua barriga e meu clit*ris roçava gostoso ali me tirando a sanidade – Quarto, agora Zai!

 

 

-------------------------------

Bem miaus, este foi o último capítulo da degustação, espero que tenham aproveitado sem moderação. kkkkkkkk

Conforme combinado, voltei pra colocar link da estória completa, postada na Amazon!

Psiuuuuu? ... agora é só clicar neste belo link abaixo e descobrir o que acontece depois deste capítulo. kkkkkkkkkkkk

https://a.co/d/cnuSXxT

Beijinhooooos felinas! Até breve.

Fim do capítulo