Oooooi gente!!! Tudo bem com vocês?? To de volta!!!
Agora livre da faculdade, parcialmente formada e com uma nota maravilhosa depois de ter sido aprovada no TCC.
Eu atrasei bastante né? Eu realmente sinto muito por isso, mas foi tudo corrido demais. Eu apresentei o meu TCC 4 dias antes do Natal e eu planejava, assim como falei no Twitter, atualizar antes do natal, mas ai o que aconteceu? Eu gripei. E meu Deus do céu, como eu gripei. Eu nunca fiquei tão mal com uma gripe. Então pelo amor de Deus, se cuidem!! Quem pegou essa gripe, espero que tenham superado e já estejam bem! Quem não pegou, por favor tomem cuidado por que é terrível. Aqui em casa foi um absurdo, começou comigo, em seguida foi meu irmão, meu pai e por fim minha mãe. Um horror. Atrasei por que com saúde ninguém deve brincar, mas to de volta!
Espero que gostem do capítulo!
Ah e um novo aviso! Estamos começando a entrar na reta final da estória, então comecem a se preparar pro fim, ein? Ah e não esqueçam de me seguir no twitter: @Patty5hepard
Capitulo 34
A mente trabalhava com rapidez, muito contrário de todo o seu corpo que estava completamente relaxado no sofá do escritório de Amélia, enquanto a mesma dormia em seus braços em um sono profundo onde Mia claramente gritava o quão cansada estava. Os dedos finos não paravam, acariciavam os cabelos de Mia, desciam e coçavam a nuca com carinho. O braço esquerdo estava apoiado no encosto do sofá, as costas apoiadas no braço do mesmo e os olhos fixos no céu já escurecido através das grandes janelas. Mia havia dormido com a cabeça pousada contra a sua barriga há algum tempo, no meio da conversa, sem nem perceber... E Helena sabia o motivo disso, ela estava cansada, trabalhara demais e provavelmente ficara com a mente tão cheia nos últimos dias que mal conseguira descansar o suficiente.
Estava feliz. Mas ao mesmo tempo ainda se culpava, era impossível não o fazer. Olhou para baixo no momento em que seus dedos se emaranhavam nos cabelos sedosos e escuros da namorada, sorriu fraco enquanto o coração batia um pouco mais rápido dentro do peito, inconscientemente, naquele momento em silêncio observando aquela mulher, fazia juras de amor a ela. Promessas de nunca machuca-la novamente, por que só a ideia de fazer Mia chorar por alguma decisão sua, era absurda demais. Teve vontade de rir, por que naquele momento percebeu mais uma vez o quão apaixonada estava por aquela mulher dormindo em seus braços e parecia surreal a ideia de que ela havia tentado negar aquele amor de algum jeito.
Quando um som atípico e mais distante chegou a seus ouvidos, ergueu a cabeça e olhou em direção a porta no momento exato em que Hernando adentrava a sala de Mia sem cerimônia, mas parava repentinamente com um olhar surpreso que fixava-se ao de Helena em segundos. A expressão conformada do arquiteto veio logo em seguida, pouco antes de ele sorrir para a Artista Plástica.
— Que bom que voltou. — ele falou baixo e respirou um pouco fundo antes de negar com um aceno de cabeça ao ver Mia dormindo. — Ela vai acordar em algum momento desesperada por que perdeu a hora... Só diga que eu passei aqui e pedi que ela descansasse, vou levar a Rose novamente pra me ajudar.
Helena acenou positivamente com a cabeça, imaginando que Mia e Hernando tinham algum compromisso marcado.
— Eu cuidarei dela. — Helena falou baixo, mas mesmo um pouco distante, Hernando ouviu bem e acenou de volta, a expressão claramente aliviada por ver Mia descansando de forma tão serena.
Hernando não precisou falar mais nada, muito menos Helena, a troca de olhar dos dois foi o suficiente para que eles se entendessem e quando o arquiteto saiu da sala deixando o casal a sós novamente, Helena quase riu enquanto inclinava-se um pouco para cheirar os cabelos de Mia, ela sabia e sentia o quão protetor Hernando era e dava razão a ele, ela havia errado de certa forma e entendia isso, mas tinha certeza que não faria novamente.
E assim, perdida nos próprios pensamentos ela não soube exatamente quanto tempo se passou, estava tão pensativa que sequer teve sono para se juntar a Mia, o carinho nos cabelos da namorada não parou um segundo sequer, porém, repentinamente o furacão Mia despertou e se afastou dos braços de Helena numa velocidade que arrancou uma risada de Helena. Se não soubesse que ela tinha um compromisso com Hernando, com certeza teria estranhado o momento.
— Eu estou atrasada? — questionou de repente, os olhos atentos olharam em volta como se procurasse por algo. — Eu estou atrasada! — constatou no momento em que viu o céu escuro lá fora.
Helena tinha um sorriso nos lábios, sorria por lembrar-se de todas as vezes que a morena saíra correndo de sua casa por ter algum compromisso e estar completamente atrasada.
— Mia! — Helena chamou, mas a designer já erguia-se do sofá. Helena ergueu-se logo em seguida e deu alguns passos em direção ao furacão e segurou-a pela mão de forma um pouco firme para fazê-la parar. — Ei! Calma! — pediu em tom um pouco mais firme enquanto envolvia a cintura da namorada de forma lenta enquanto mantinha os olhos bem abertos e fixos nos dela.
— Eu tenho um compromisso com o Nando, ele odeia quando eu me atraso, eu prometi que iria com ele. — a morena explicou um pouco rápido enquanto as mãos passavam pelos cabelos um pouco desalinhados.
Helena negou com um aceno de cabeça enquanto erguia a mão esquerda e tocava o rosto de Mia com carinho.
— Ta vendo como você perde a noção do tempo quando está comigo? — provocou em tom baixinho enquanto sorria de forma orgulhosa.
Mia encarou a namorada com aquela típica expressão de quem perguntava “É sério, Helena? Agora?”, tentou escapar dos braços dela, mas Helena não deixou, laçou-lhe a cintura com mais firmeza enquanto ria com a reação da namorada.
— Calma furacão. Você não está atrasada por que não tem mais compromisso, ele veio aqui mais cedo, te viu dormindo e pediu que você descansasse, avisou que levaria a Rose no seu lugar. — explicou de forma um pouco pausada para que Mia entendesse bem. E viu o momento exato em que a expressão da morena se transformou em puro alívio e ela voltou a derreter em seus braços enquanto gemia e envolvia o corpo de Helena enquanto escondia o rosto no pescoço dela. A mexicana sorriu enquanto a abraçava, virou o rosto apenas para dar alguns beijos na cabeça de Mia. — Você é toda minha essa noite.
Mia sorriu contra o pescoço da namorada e a apertou um pouco mais, quis falar que ela era de Helena não só naquela noite, mas preferiu ficar em silêncio por enquanto.
— Você precisa descansar, não deve exigir tanto assim de você, você vem trabalhando aqui e no restaurante Amélia.
— Mamma já contratou um chef novo, uma mulher na verdade. Ela começou ontem. — falou baixo enquanto afastava o rosto para poder olhar para Helena, sorriu fraco, como havia sentido falta dela... — E você não é o maior exemplo de descanso, Helena, não brigue comigo.
— Nós não estamos falando sobre mim. — inclinou-se um pouco até roçar seus lábios nos da namorada por breves segundos antes de selá-los em um selinho estalado e carinhoso.
— Desculpa... Eu dormi no meio da nossa conversa. — Mia sussurrou enquanto colava a testa a de Helena e fechava os olhos.
— Perfeitamente compreensível, eu sabia que você estava cansada. — avisou e sorriu fraco antes de erguer um pouco o rosto e beijar com respeito à testa da namorada. — E pelo menos não foi durante o sex*.
Mia deu uma pequena risada.
— Isso seria impossível com você. — estava totalmente derretida com os carinhos de Helena e o olhar preguiçoso focou-se alguns segundos nos lábios carnudos da namorada antes de dar um sorrisinho safado no canto dos lábios. — O que você faz comigo é algo surreal. — inclinou-se e selou os lábios da namorada em um selo estalado. — E delicioso é claro. — outro selinho seguido de uma risadinha cúmplice de ambas as mulheres.
— Posso fazer mais disso agora. — Helena sugeriu em tom baixinho enquanto as mãos deslizavam pelo corpo da namorada daquele jeito que já deixava muito claro o que ela queria.
Mia riu por breves segundos, mas ao contrário do que queria, afastou-se dos braços da namorada.
— Podemos fazer isso à noite inteira... — começou a justificar-se enquanto se afastava. — Mas preferencialmente na sua cama, no seu sofá, na sua mesa, onde você quiser, mas longe daqui por que eu estou saturada do meu escritório e precisamos ir embora, por favor!!
— Talvez na minha banheira? — questionou e arqueou uma sobrancelha claramente sugerindo a ideia.
— Onde você quiser. — repetiu as próprias palavras e piscou para Helena.
Um sorriso largo estendeu-se pelos lábios da mexicana e ela riu logo em seguida, riu de felicidade enquanto dava meia volta e ia atrás de suas coisas.
— Você já dormiu no meio do sex*? — questionou repentinamente enquanto via de relance Mia passando em direção ao banheiro.
— Com certeza. — Mia respondeu, a voz um pouquinho mais distante e a forma natural com a qual ela respondeu isso arrancou uma risada breve de Helena. — Bebida e sex* nem sempre dão certo quando combinados e ter uma noite de sex* ruim com um homem é algo extremamente comum, então eu já dormi ou cochilei várias vezes, na maioria das vezes eles nem percebiam.
— Eu simplesmente amo a naturalidade com a qual você fala das suas péssimas experiências sexuais.
— Só me resta rir das minhas próprias desgraças. — respondeu enquanto voltava para seu escritório ao mesmo tempo em que ajeitava um de seus brincos, bocejou logo em seguida, ainda estava cansada e não era pouco, mas aquele cochilo fora extremamente revigorante.
Helena estava em frente às grandes janelas do escritório de Mia, olhando a paisagem da noite escura lá fora e Mia sorriu fraco enquanto se aproximava da mulher, o maior motivo de sua saudade nos últimos dias.
— Esse lugar não te trás lembranças? — questionou enquanto se aproximava e calmamente a abraçava por trás.
— Ah sim, com certeza. — olhou para Mia por cima do ombro por breves segundos antes de ser abraçada e suspirou com satisfação, apreciando o momento. — Palavras extremamente ácidas e um temperamento muito forte.
Mia riu brevemente e deu um beijo no ombro de Helena.
— Você também me falou coisas horríveis.
— Eu sei, eu não te conhecia. — Mia sussurrou.
— Nem eu te conhecia, mas que bom que eu conheci.
Ficaram em silêncio por alguns segundos, apenas apreciando o abraço, os corpos bem colados, Helena sentia o coração de Mia batendo contra suas costas, adorava aquela sensação.
— Helena...
— Hm?
— O que você realmente esperava vindo atrás de mim? Digo, desde o começo.
Helena franziu o cenho com aquela pergunta e olhou por cima do ombro por um breve momento como se quisesse encarar os olhos de Mia.
— Sexo? — Mia complementou seu questionamento.
— Eu não sei. — Helena falou em tom baixo antes de voltar a olhar através da janela. — Eu só sei que tudo mudou depois que eu te beijei naquele dia, foi como despertar. Quando eu incorporava a dançarina era como se eu fosse transportada para uma realidade totalmente paralela, eu realmente saia de mim. Mas quando eu te beijei naquela noite e fui embora logo em seguida, lembro de ter tido um lampejo de consciência que me fez questionar: O que merd* eu estou fazendo? E foi a primeira vez que isso aconteceu desde que eu comecei com a dançarina. E o gosto da sua boca não saia da minha de jeito nenhum, era como se o universo estivesse jogando na minha cara que eu não deveria te deixar pra lá de jeito nenhum. — franziu um pouco o cenho enquanto pensava nas próprias palavras, as mãos tocaram os braços de Mia em torno de sua cintura, numa carícia cheia de sentimento, até que suas mãos chegaram às mãos dela e entrelaçaram seus dedos. — Então eu acho que eu só queria me sentir viva, de volta a realidade. Então eu não vim atrás de você querendo exclusivamente sex* ou qualquer coisa do tipo, eu só queria entender, eu acho que estava tão desesperada em busca de algum tipo de conforto... E isso foi muito intrigante, era por isso que eu vivia te desenhando, por que minha cabeça sempre estava cheia demais com os questionamentos em torno de você.
— Stalker. — Mia sussurrou.
Helena sorriu de forma um pouco preguiçosa.
— Eu realmente só vim descobrir que você era você quando te vi aqui na sala de espera... Então antes disso foram muitos dias de agonia pensando quem diabos era você e por que diabos você mexeu tanto comigo.
— Sabe que naquele dia que eu te vi aqui, eu pensei que você era a dançarina. A boca... O queixo marcado, eu pensei, Deus, é ela! Depois o Hernando riu de mim e falou “Por Deus, Mia, você confundindo a Helena com uma stripper?”.
As duas riram juntas.
— Surreal, mas não impossível. — Helena falou enquanto sorria.
— Também fiquei louca pensando em você e sempre que eu achava que estava superando de alguma forma, vinha o gosto de menta na minha boca, ou um cheiro semelhante ao seu. Deus... Eu tive tanta raiva de você. — sussurrou enquanto balançava a cabeça de forma negativa.
Helena riu, mas seu coração batia mais forte dentro do peito, assim como o de Mia, era impossível não se derreter com tantas confissões, sem enrolações, estavam apenas sendo completamente sinceras.
— Te trouxe a força para o vale. — Helena se vangloriou por isso. — Quem diria que acabaríamos desse jeito. — concluiu ao puxar uma das mãos de Mia para cima apenas para beijar o dorso dela com carinho.
— Pelo menos algo bom aquele bar nojento me trouxe. — Mia concluiu e apertou o corpo de Helena contra o seu, um abraço bem apertado antes de inclinar-se um pouco e dar alguns beijos no pescoço e no maxilar de Helena.
— Fred ainda continua indo não é?
Mia acenou de forma positiva com a cabeça.
— Isso já se tornou um vício sério para ele, não sei que solução dar para isso se não contar para a Mamma, mas essa solução iria também acarretar muitos problemas para mim. Mamma brava é verdadeiramente assustadora. — franziu um pouco o cenho com as próprias palavras, não havia sido uma brincadeira.
— Tal mãe, tal filha. — Helena sussurrou e isso arrancou uma risadinha de Mia. — Mas você toda séria é algo absurdamente sexy, contanto que não seja comigo é claro, eu com certeza vou vir aqui mais vezes, só pra te observar.
— Você me fez perder a minha linha de apresentação quando te vi sentada lá fora. — Mia confessou e gem*u de forma pouco contente com isso, mas logo em seguida acabou rindo com as próprias palavras, baixou um pouco a cabeça mais uma vez e roçou os lábios na pele macia de Helena, estava com tanta saudade que não conseguia pensar em se afastar de Helena, muito menos conseguia pensar na possibilidade de parar de beijá-la.
Helena sorriu fraco com o que ouviu, mas não conseguiu reagir imediatamente, estava inteiramente derretida com as carícias que recebia, chegou a pender a cabeça um pouco para o lado como se silenciosamente pedisse por mais.
— Às vezes eu me orgulho um pouco por conseguir te tirar do eixo, do seu mundinho de perfeição. — sussurrou e sorriu com as próprias palavras.
Ambas se perdendo no próprio momento e esquecendo que há minutos atrás estavam decididas a ir embora.
— Não é ruim. — Mia rebateu em tom baixo e em seguida afrouxou só um pouco o aperto de seu abraço quando Helena se movimentou e devagar virou-se de frente para Mia.
As duas se encararam em silêncio por alguns segundos, olhares extremamente apaixonados. Helena ergueu ambas as mãos e tocou as laterais do rosto de Mia, toques calmos e cheios de carinho. A mexicana pendeu um pouco a cabeça para o lado enquanto admirava a namorada e sorriu fraco.
— Obrigada. — Helena sussurrou.
Os braços de Mia voltaram a apertar o corpo de Helena, deixando o corpo dela bem colado contra o seu em um aperto gostoso.
— Pelo que? — questionou, o cenho se franzindo suavemente por não entender o agradecimento repentino.
— Por tantas coisas, Amélia. Faz parecer que um simples obrigado não é suficiente.
Mia sorriu fraco.
— Você está mais radiante.
Helena deu de ombros.
— Felicidade sempre deixa as pessoas radiantes. — rebateu, estava se sentindo tão apaixonada por aquela mulher que sentia vontade de se declarar para ela em cada palavra que saia de sua boca.
Mia sorriu de forma um pouco larga e derretida, mas não soube o que responder aquilo, por isso a sua resposta fora inclinar-se até que seus lábios se colassem aos lábios de Helena, inicialmente em um selinho, mas que em nada demorou para tornar-se um verdadeiro beijo intenso cheio de saudade. Como podia sentir tanta falta de uma boca? Foi como tivesse passado não só três dias, mas sim semanas sem beija-la. Era surreal, mas tornava o beijo absurdamente mais gostoso do que normalmente era.
As mãos de Helena deslizaram do rosto para a nuca de Mia e em seguida os braços o rodearam, acabando de uma vez com qualquer espaço que tinha entre elas, estavam totalmente unidas.
— Eu sei que você quer ir pra casa por que está saturada do seu escritório... — Helena sussurrou contra a boca da namorada e sorriu daquele jeito safado que sempre tirava Mia do eixo. — Mas tenho uma solução maravilhosa pra tirar essa impressão de só trabalho que esse escritório passa. — completou. Abriu os olhos em seguida e olhou em volta rapidamente como se estivesse procurando algo.
— E o que você sugere? — Mia questionou apesar de já saber o que Helena estava sugerindo, afinal, já conhecia bem demais os tipos de sorriso que ela dava, principalmente o safado.
— Me fode em cima da sua mesa. — falou assim que os olhos voltaram a ficar fixos nos da mulher em seus braços.
Mia sorriu de forma extremamente safada ao ouvir as palavras da namorada, definitivamente aquelas palavras, naquele momento, pareciam ainda mais lindas do que qualquer declaração.
— Sim senhora. — falou baixinho, o sorrisinho safado ficando agora marcado no canto de seus lábios enquanto envolvia o corpo de Helena novamente com seu braço direito e a puxava. Deu meia volta. — Realmente me pergunto o que você não me pede nesses momentos que eu não faria imediatamente...
Helena deu uma risadinha satisfeita.
— Você vai me deixar muito, mas muito mimada desse jeito, Amélia. — dava alguns passos para trás sendo guiada cegamente por Mia.
— E quais seriam as consequências disso? — Mia estava hipnotizada enquanto andava, os olhos completamente focados em olhar para a boca e para os olhos de Helena.
— Absolutamente nada que te faria se arrepender. — foi erguida brevemente do chão e sentou-se então sobre a mesa de Amélia, isso fez o sorriso safado em seus lábios crescer moderadamente, seu corpo ferveu com a ansiedade que aquilo lhe causou e suas pernas se ergueram uma pouco até rodearem a cintura de Amélia de maneira bem firme, quase possessiva. Não deu chances para que Mia lhe respondesse, sua boca já tomava a boca da mulher entre suas pernas em um beijo extremamente sedento, repleto de saudade e de muito desejo, tão gostoso que fez ambas as mulheres gem*rem em um uníssono, de forma quase cumplice.
As mãos de Mia agiam e deslizavam pela pele macia das coxas de Helena, toques firmes que pareciam dizer que cada centímetro daquela pele macia era seu. As mãos adentravam o vestido com facilidade, era com certeza uma das grandes vantagens de Helena sempre usá-los. Espalmaram-se nos quadris até sentir bem o tecido da calcinha na palma de suas mãos, então o agarrou de maneira bem firme e foi automática a cooperação de Helena ao soltar o corpo de Mia abrindo as pernas e usar as mãos ao apoia-las na mesa para erguer só um pouco o corpo, o suficiente para que Mia puxasse sua calcinha com facilidade.
E em momento algum os lábios se desgrudavam um do outro, pareciam se recusar a findar um beijo tão gostoso e isso em conjunto com a saudade que uma sentia da outra era mais do que suficiente para tornar aquele beijo ainda mais gostoso. A calcinha de Helena ganhou o destino do chão em segundos e, repentinamente, o beijo foi quebrado pelo gemid* de Helena, um gemid* um pouco surpreso, mas completamente derretido de quem parecia totalmente rendida as carícias de Amélia e aos dedos lhe penet*ando tão repentinamente e com facilidade, afinal um simples beijo de Mia era totalmente capaz de deixa-la pingando e era exatamente esse o seu caso naquele momento. O corpo inteiro tremeu e Helena teve que rolar os olhos, a cabeça pendeu um pouco para trás, as pontas dos fios escuros do cabelo roçaram na mesa, a boca se abriu um pouco mais junto com um gemid* gostoso e rendido de quem aprecia agradecer pelo prazer que sentia. Céus, como aquilo era gostoso.
A expressão de Amélia era fascinada, os olhos intensos estavam fixos em todas as reações de Helena enquanto sentia a bocet* se apertando em torno de seus dedos, fazendo a sua boca salivar com a vontade de senti-la, sua língua perpassou pelos próprios lábios devagar, como se eu estivesse contendo um pouco da vontade de cair de boca naquela bocet*. Ainda não era hora. Os dedos iam e vinham, dois deles, devagar, sentindo centímetro por centímetro do interior apertado, quente e tão molhado de Helena, o polegar esfregava o clit*ris sempre que conseguia e era nesses momentos que Mia sentia a bocet* se contrair ainda mais em torno de seus dedos, a sensação fazia o seu próprio interior contrair-se na mesma intensidade e não tardava nem um pouco para sentir o mar que sua calcinha se tornava.
Quando os olhos de Helena tornaram a abrir-se encararam Mia fixamente e não resistiu, inclinou-se novamente até que seus lábios voltassem a se encaixar nos dela mais uma vez, um beijo tão intenso quanto o anterior, tão safado quanto e quase no mesmo ritmo em que os dedos de Mia lhe fodiam, lento e gostoso. Ergueu as próprias mãos devagar e puxou, com um pouquinho de dificuldade, as alças do próprio vestido, até libertar os próprios seios e também todo o tronco, já que o vestido se amontoou em seu quadril.
— Você me viciou na sua bocet*. — sussurrou contra a boca de Helena e a Mexicana sorriu, um sorriso que parecia escorrer safadeza, em conjunto com um gemid* arrastado e uma mordida de lábio que deixou Mia praticamente hipnotizada.
— Se alimentar esse vício for te fazer me foder tão gostoso assim mais vezes... — a voz falhou quando Mia inclinou-se de repente e tomou um dos seios de Helena com a boca. A mulher jurou que iria derreter naquele momento, os dedos dos pés chegaram a se encolher por alguns segundos enquanto gemia ao sentir as sugadas gostosas e a língua ávida em torno do bico de seu seio. Que delícia. Até mesmo perdeu a linha de pensamento, esqueceu o que iria falar pra sua boca agora se ocupava unicamente em gem*r, era impossível não fazê-lo já que os gemid*s vinham com intensidade como se isso fosse o único alívio que conseguia ter diante a tanto prazer, estava quase surtando em cima daquela mesa.
Uma última lambida bem generosa no mamilo eriçado, lambida que continuou subindo pela pele macia, passara pelo pescoço até chegar ao queixo e enfim a boca, o corpo inteiro de Helena arrepiou-se com o ato e gem*u em meio ao beijo que não durou mais que alguns segundos antes que Mia se afastasse novamente e Helena naquele olhar intenso de Mia, teve certeza de quais seriam seus próximos passos e morreu de vontade disso, porém, quando Mia começou a abaixar-se pronta para matar a vontade que sentia de sentir o gosto de Helena, as mãos da mulher tomaram seu rosto rapidamente e a puxaram de volta para a mesma posição de antes, rosto rente rosto e lábios quase colados.
— Não... Quero goz*r beijando você. — selou os lábios de Mia num selinho estalado. — Depois você pode matar a sua vontade pelo tempo que quiser, eu quero goz*r na sua boca até que se sacie.
Mas Mia não teve como responder as palavras da namorada, sua boca já se ocupava em beija-la com desejo, enquanto seus dedos agora a fodiam com mais força e enquanto a sua língua se enroscava a de Helena, os gemid*s dela no meio do beijo pareciam uma sinfonia deliciosa em sua cabeça, como aquilo podia ser tão gostoso? Sua bocet* chegava até mesmo a queimar, sem nenhum toque, sentia que podia goz*r junto com Helena, mesmo sem ser tocada.
E quando o beijo findou-se mais uma vez, novamente fora com um gemid* de Helena, mas desta vez um gemid* mais arfante, mais aliviado de quem goz*va tão gostoso quanto queria nos dedos da namorada, as perninhas chegavam a tremer enquanto a bocet* apertava os dois dedos em seu interior, quase como se implorasse para que eles continuassem ali a fodendo por mais tempo. Mia estava levemente ofegante pela intensidade do beijo, mas Helena estava muito mais, mas mesmo assim, mesmo ofegante, o sorriso satisfeito não saia de sua boca, ainda mais por saber que aquela era só a primeira rodada.
****
— Preciso te confessar uma coisa. — Mia falou e encarou Helena brevemente, se ocupava em terminar de vestir o macacão novamente enquanto Helena se ocupava em subir o próprio vestido. — E sei que você vai gostar de ouvir isso.
Helena riu assim que ouviu isso e encarou a namorada, não conseguiu deixar de sorrir já com a ansiedade de saber o que Mia falaria.
— O que? — questionou enquanto passava os braços pelas alças do vestido.
— Meu local de trabalho é quase um antro sagrado pra mim. — alegou e respirou fundo antes de erguer as mãos e pentear os cabelos meio úmidos, estava ainda com o corpo quente. — Então eu nunca, em hipótese nenhuma, transei com alguém aqui.
— Você tá me zoando né? — Helena questionou enquanto sentava-se na poltrona de Mia, atrás da mesa. Inclinou-se em seguida para pegar a sua calcinha no chão.
Mia negou com um aceno de cabeça.
— Trabalho é trabalho, sex* a parte.
Helena deu uma boa gargalhada com as palavras da namorada e Mia acabou sorrindo de forma larga enquanto via a morena rir, riu um pouco alguns segundos depois e balançou a cabeça de forma negativa, sabia que aquela seria a reação de Helena.
— É claro! O seu lado certinho supera o seu lado safado, isso é absolutamente incrível. Estou me sentindo absolutamente sortuda agora.
Mia riu enquanto andava em direção a Helena e logo se acomodou no colo da namorada, sentando-se de lado, quando os braços de Helena envolveram seu corpo, relaxou de imediato enquanto suas mãos tocavam o rosto da mulher abaixo de si.
— Deveria mesmo, por que isso não vai acontecer novamente. Foi apenas por que eu não estava mais no meu horário de trabalho. — sussurrou enquanto se inclinava um pouco e selava os lábios de Helena com carinho.
— Hmm... Você tem certeza disso? — Helena questionou, olhou para a boca da namorada por breves segundos antes de voltar a encarar aqueles olhos azuis tão hipnotizantes. — O que você fez comigo há minutos atrás vai totalmente contra a suas palavras.
— Isso foi mérito da saudade que eu estava sentindo de você. — sussurrou e colou sua testa a de Helena.
Helena sorriu com carinho.
— E em casa eu posso repetir isso mais vezes. — Mia completou.
— Então vamos pra casa agora!!! — Helena se afobou na poltrona, arrancando uma gargalhada de Mia que logo em seguida já saia do colo da mexicana para terminar de se vestir adequadamente.
E poucos minutos depois as duas saíam lado a lado, radiantes, do escritório de Amélia. As mãos unidas, os dedos entrelaçados, enquanto andavam livremente. A sala de espera vazia, a sala de reuniões já escura, tudo dava um cenário, aos olhos de Helena, melancólico e absurdamente tranquilizante.
— Ainda tem gente aqui essa hora? — questionou a mexicana enquanto esperava o elevador.
— Eu não sei. — Mia puxou o celular da bolsa para olhar a hora, já passava das 19h. — Definitivamente não, é bem mais tarde do que eu imaginei. — franziu o cenho, mas não se importou. Automaticamente deu alguns passos a frente quando o elevador se abriu, desviou os olhos do celular apenas quando precisou apertar o botão do térreo.
— O que você tinha marcado com o Nando hoje?
— Ele está com uma demanda muito grande de trabalho, consequentemente realmente precisando de um estagiário, como não achou um ainda, atuo como a estagiária dele quando posso, ele faz o mesmo por mim quando preciso, então não meço esforços.
— Três trabalhos ao mesmo tempo, Amélia? Como você ousa implicar que eu trabalho demais?
— Eu não implico que você trabalha demais, eu implico que você ignora seus limites e não se cuida durante esse tempo. — pontuou com calma antes de guardar o celular. Puxou a mexicana pela mão devagar enquanto saia do elevador, as luzes do estacionamento ligavam-se automaticamente revelando que apenas o carro de Mia estava lá.
— Admitiu que implica. — Helena implicou e sorriu. Adorava a sensação de poder andar com Mia daquele jeito, com tanta liberdade, de mãos dadas como se estivessem tão acostumadas com isso que já era automático.
Mia limitou-se apenas a rolar os olhos com as palavras de Helena.
— Você me deixaria pintar essa parede do seu estacionamento? — questionou ao apontar para a parede destaque do ambiente, a primeira parede que se via assim que entrava, era enorme, mas aos olhos de Helena, era totalmente sem graça. — Ela é absolutamente sem vida.
— Helena, o que você pede que eu não deixaria você fazer na minha vida? — Mia parou perto de seu carro para poder encarar Helena.
A mexicana ficou fora do ar por alguns segundos após aquelas palavras de Mia, fora tão atingida por elas que definidamente saiu de órbita. Ficara absolutamente derretida.
— Eu não consigo pensar em absolutamente nada pra rebater você, isso foi muito fofo. — respondeu com seriedade e isso fez Mia sorrir e inclinar-se apenas para dar um beijo demorado no rosto da namorada.
— Vou falar com o Nando e os outros para ver se todos topam para podermos negociar o resto, combinado?
— Não precisamos negociar nada, é um presente que eu quero dar. — Helena falou enquanto se afastava para dar a volta no carro e poder entrar.
— Obviamente que precisamos...
— Só precisaria da aprovação para a arte...
— Você não vai fazer isso de graça.
— É claro que eu vou, você não imagina o prazer que eu tiraria de pintar uma parede grande como essa. — Helena apontou para a parede, claramente deixando a sua animação bem aparentemente.
Mia deu uma pequena risada enquanto dava partida no carro.
— Você é uma das poucas pessoas que parece tão feliz com algo que te daria muito trabalho.
— Eu penso no futuro, Amélia. No resultado. — Helena falou como se isso fosse absolutamente óbvio e puxou o cinto de segurança devagar. — Eu faria uma arte que uniria o mundo da engenharia, da arquitetura e do Designe, ficaria incrível.
— Você não precisa me convencer de nada, você sabe disso, não é? — Mia questionou enquanto manobrava o carro devagar, neste meio tempo a porta do estacionamento se abria, a mesma era fechada sempre no fim de cada expediente. — Eu sei que qualquer coisa que você fará aqui, vai ficar incrível. E se esse lugar fosse só meu, você começaria amanhã. Mas não é esse o caso.
— Você está tentando me deixar mais apaixonada por você? — Helena questionou e Mia freou o carro devagar assim que passou pela porta, olhou para Helena com uma sobrancelha levemente arqueada.
— Está funcionando?
— Eu casaria com você agora mesmo — brincou, o sorriso um tanto divertido surgindo em seus lábios.
Mia riu.
— Não brinque com isso, isso com certeza faria a Mamma infartar. — alertou enquanto desviava o olhar apenas para pegar o controle do portão e apertou o botão. Olhou pelo retrovisor interno para ver a porta se fechando devagar.
— Falando nela, já contou a ela do nosso namoro?
— Ainda não. Queria fazer isso junto com você, preciso de apoio para aguentar a série de perguntas.
— Ok, podemos ir tomar café da manhã com ela. — Helena sugeriu ao recordar-se da tradição familiar de Mia.
— É realmente uma ideia perfeita. — Mia sorriu de forma satisfeita enquanto relaxava no banco do carro à medida que acelerava e enfim se afastava da empresa onde passava tanto tempo. — Podemos fazer uma surpresa a ela na quinta, é o dia que ela sempre chega mais tarde no restaurante, consequentemente sai mais tarde de casa. Dia de cuidar da beleza.
— Pois então está combinado. — Helena sorriu de forma carinhosa enquanto se ajeitava no banco para, como sempre fazia, apreciar Mia dirigindo. — Minha irmã quer te conhecer.
Mia olhou brevemente para Helena com a surpresa que lhe acometeu perante as palavras de Helena, arqueou ambas as sobrancelhas.
— Não tire os olhos da estrada, Amélia. — bronqueou a mexicana e riu logo em seguida. — Me olhou como se minha irmã estivesse querendo te matar.
— Eu não sei falar espanhol, como eu vou conhecer a sua irmã? — questionou como se isso fosse a coisa mais obvia do mundo e isso arrancou uma boa gargalhada de Helena.
— Ela sabe falar um pouco inglês e de qualquer forma eu posso mediar essa conversa e também não precisa ser imediatamente, ela ficou feliz pelo nosso namoro e só ela sabe. — se ajeitou um pouco no banco e olhou em direção a estrada brevemente, vendo o caminho meio agitado por carros. — Ela é a irmã com quem eu mais converso, sabe sobre você faz tempo, mais uma da lista que sabia que éramos apaixonadas uma pela outra antes de nós mesmas.
Mia sorriu com as palavras da namorada.
— Eu aceitei minha paixão por você a mais tempo do que você imagina, só preferi ignorar isso por medo.
— Até o dia que o vinho falou por você.
— Um dos maiores vexames da minha vida. — Mia reclamou baixinho enquanto inclinava-se um pouco para olhar para o semáforo. — Não me arrependo é claro.
— Foi absolutamente lindo.
— Eu tenho estilo. — sorriu de forma larga enquanto afastava a mão do volante para buscar a mão de Helena, entrelaçou seus dedos e puxou a mão da mexicana para perto para beijar-lhe o dorso com carinho enquanto voltava a acelerar o carro.
Helena sorriu, aquele sorriso típico de uma pessoa apaixonada. Olhou para a estrada novamente só para ver onde estavam, estava chegando perto de seu bairro, voltou a olhar para Mia, pensando nos passos que daria a seguir naquele relacionamento, apoiou a lateral da cabeça no banco e sorriu de canto.
— Mia... — chamou baixinho.
— Hm? — questionou de volta. A mão ainda unida a de Helena agora apoiada em sua coxa, não tinha problemas em dirigir apena com uma mão.
— Eu sei que está um pouco tarde, mas você quer ir tomar um pouco de chá?
Mia precisou desviar os olhos da estrada novamente para encarar Helena, uma sobrancelha levemente arqueada que deixava muito claro que ela não havia pensado em coisa boa com aquele convite e isso levou Helena a gargalhar com aquele olhar.
— Não esse tipo de chá!! — corrigiu os pensamentos da namorada de forma exasperada enquanto ria.
Mia acabou rindo junto.
— O que você queria que eu pensasse? — se defendeu enquanto ainda ria, claramente havia pensado no chá que ganhara na primeira vez que trans*ram.
— Ok... Você tem razão. — Helena deu uma nova risada e balançou a cabeça de forma negativa. — Mas não, não é esse tipo de chá.
— Que pena. — Mia suspirou de forma teatral, arrancando uma gargalhada nova de Helena. Com um sorriso um pouco largo nos lábios, Mia continuou: — Mas sim, eu amo chá, o seu principalmente, mas aceito um chá normal sem problemas...
— Você não tem limites. — Helena falou em tom risonho, o sorriso largo nos lábios deixava claro o resquício das últimas risadas.
— Você me deixou mal acostumada. — deu de ombros enquanto já entrava na rua de Helena.
— Eu não me arrependo disso. — ajeitou-se um pouco no banco do carro, voltando a sentar direito e não ficando de lado como antes estava. — Segue em frente até o fim da rua.
— Sim senhora... Pra onde nós vamos?
— Tomar chá.
— Certo... — Mia falou baixo, afinal, achava que iriam tomar chá na casa de Helena, porém, não perguntou mais nada.
Já Helena sabia bem que Mia estava pensando onde iriam e apesar de poder sanar a dúvidas dela, não o fez, apenas seguiu em silêncio até ver a casa que queria, apontou para a casa muito parecida com a sua e bem iluminada na frente, com um carro parado na garagem.
— Aqui. — alertou Helena.
— Ally? — deduziu Mia.
— Ally. — Helena confirmou e olhou para Mia que mantinha a atenção em estacionar o carro bem atrás do carro de Allyson.
Não falaram mais nada, apenas, no automático, Mia parou de vez o carro e calmamente saíram, Mia trazendo consigo apenas seu celular e Helena deixou tudo no carro. Logo estavam lado a lado andando até a porta da casa, Helena tocou a campainha algumas vezes.
— Você não tem a chave?
— Tenho, mas uso só em casos de emergência.
Quando as duas ouviram o barulho vindo da porta a conversa foi cessada até Ally aparecer em seus campos de visão, as sobrancelhas da ruiva se arqueando ao ver o casal.
— Você fica terrivelmente linda de óculos. — Helena falou.
Ally vestia um shortinho de moletom e um casaco grosso de mangas longas, estava com frio, os fios ruivos bem amarrados em um coque e os óculos que sempre usava quando passava tempo demais em frente ao computador.
A ruiva olhou para Helena com desdém, levando Mia a arquear uma sobrancelha.
— O que diabos você fez? — Mia questionou diretamente para Helena.
— Nada! — se defendeu.
— Faltou reuniões previamente programadas sem me avisar, faltou a um compromisso importante e me deixou sem onde enfi*r a cara e não deu nem sinal de vida! — reclamou, claramente em tom indignado.
Mia olhou para Helena, aquele olhar tão reprobatório que fazia Helena querer se encolher, céus, definitivamente concluiu que unir aquelas duas mulheres às vezes parecia ser a pior decisão que poderia tomar.
— Deus... — reclamou enquanto balançava a cabeça de forma negativa e temporariamente ignorava as mulheres, tanto que não esperou nada, apenas deu alguns passos a frente fazendo Ally se afastar um pouco e entrou na casa sem falar mais nada.
Ally e Mia se encararam em seguida por alguns segundos antes de Ally suspirar de forma derrotada e dar um passo a frente para receber Mia com um abraço.
— Que surpresa ver você aqui. — falou em meio ao abraço apertado, assim que se afastou abriu mais a porta. — Vamos, fique a vontade, vocês chegaram na hora do chá, mas ainda tem jantar se quiserem.
— Eu não quero incomodar. — Mia falou de imediato enquanto entrava.
Ally riu enquanto fechava a porta.
— Você não vai incomodar em nada, Amélia e também não vai ter como negar nada a partir de agora...
Obvio que aquelas palavras não fizeram sentido algum para Mia, porém, sua atenção fora completamente desviada para Helena com um sorriso largo nos lábios um passo atrás de uma senhorinha já de idade avançada que surgia na sala com as mãos um pouco erguidas como se procurasse algo e os olhos atentos e enrugados atentos até focarem-se em Mia e quando isso aconteceu, o rosto da mulher pareceu se iluminar de uma forma que fez Mia sorrir automaticamente.
— Amélia... Essa é a vovó. — falou, o sorriso largo deixava claro a felicidade que sentia em apresenta-la a Mia.
— Oh... Eu ouvi falar tanto sobre você. — a senhora se apressou, as mãos erguidas como se procurassem algo finalmente acharam o que procurava: o rosto de Mia. Tomou-o em suas mãos com carinho, o olhar cheio de compaixão fez Mia automaticamente sorrir para a senhora. — Olha pra você... — falou e olhou-a bem, afastou as mãos do rosto e tocou os braços de Mia, olhou para o corpo, dos pés a cabeça, como se avaliasse cada detalhe. — Tão linda.
— Eu tenho bom gosto. — Helena anunciou.
— Você tem um olhar tão lindo, querida. — elogiou mais uma vez e sorriu com satisfação antes de tomar uma das mãos de Mia. — Gosta de chá? Acabei de fazer um perfeito para aquecer o corpo e prevenir os resfriados que essa maré fria trás.
— Eu adoro chá, então cheguei numa hora boa. — Mia sorriu, totalmente derretida, a senhora baixinha pareceu se iluminar ainda mais com as palavras de Mia e puxou-a pela mão.
— E você, venha também, você estava resfriada esses dias, seu corpo precisa de nutrientes. — falou com Helena enquanto já andava puxando Mia pela mão.
— Eu sei, vovó. Eu uni o útil ao agradável, vim tomar chá e finalmente te apresentar a Amélia.
— Fez bem, fez muito bem. Você é muito bem vinda, querida. — parou no caminho para a cozinha para olhar para Mia e sorriu para ela antes de dar as costas novamente e voltou a puxar Mia. — Você não sabe o quanto desejei uma pessoa boa para cuidar desta menina... Vamos, sente-se! — apontou para uma das cadeiras rente a mesa já posta com alguns biscoitos e meio bolo cortado em fatias.
Helena e Ally surgiram na cozinha logo em seguida, claramente tão familiarizadas com a situação que cada uma fora para um destino diferente e ambas voltaram a mesa com coisas para complementá-la. Helena trazia xícaras e Ally trazia mais algumas guloseimas.
— Na minha família existe essa tradição, onde o dia deve começar com chá e deve terminar com chá. — a voz calma e meio trêmula da senhora soou baixa mais uma vez, Mia olhava tudo ao redor atentamente, ainda sem saber como reagir muito bem a toda aquela situação, mas ainda assim, sentia-se tão a vontade que nem parecia ser a primeira vez.
— Vovó é especialista em chá, conhece chá para todo tipo de doença e jura que pode curar até mesmo o câncer. — Ally falou enquanto colocava o pote de açúcar bem no meio da mesa e em seguida pegava um dos biscoitos feitos pela a avó mais cedo, mordeu o mesmo enquanto sentava-se em uma das cadeiras.
— Então a Mamma com certeza amaria conhecer a senhora. — Mia se adiantou e acabou dando uma pequena risada.
— Ela chama a mãe dela de Mamma. — Helena explicou à senhora antes de também sentar-se a mesa, mas não sem antes inclinar-se e beijar o rosto de Mia rapidamente. — E do que é que a sua mãe não gosta?
Mia deu de ombros enquanto sorria após o beijo de Helena, céus, definitivamente queria viver daquele jeito com ela absolutamente todos os dias e em todos os lugares.
— Ela é do tipo que da chance a tudo.
— O tipo certo de mãe, com certeza. — a vovó falou enquanto enfim juntava-se as três mulheres sentadas a mesa e com seu bule de porcelana todo ornado com flores, com todo cuidado, apesar de ainda assim suas mão já não serem as mesmas, por isso tremiam de forma um pouco discreta. Mas ainda assim, com muito cuidado, encheu todas as xícaras até a metade e colocou o bule bem no meio da mesa. — Quando a menina era pequena a esse ponto. — pareou sua mão a mesa, dizendo que era do tamanho dela. Mia imediatamente olhou para Helena, como se perguntasse quem era “a menina”, Helena apenas indicou Ally com um aceno de cabeça. — Ela não gostava de cenoura de jeito nenhum, oras, como alguém com essa cor de cabelo não gosta de cenoura?
— O fato de eu ser ruiva em nada tem a ver com cenouras, vovó. — Ally repetiu pela milionésima vez enquanto rolava os olhos. — E até hoje eu não gosto de cenouras.
Mia riu por breves segundos, mas não teve chances de comentar sobre isso já que a senhora embalava na conversa e continuava falando e foi assim pelas horas que passaram-se a seguir, a avó de Ally contando as melhores história, lamentando sobre Trevor como sempre fazia e mimando Mia como se, além de namorada de Helena, ela ser a sua mais nova neta.
Quando o casal de namoradas saiu da casa de Ally, já passava das 22h e saíram tão leves que pareciam andar nas nuvens. Foram conversando sobre o encontro até chegar à casa de Helena, algo que durou menos de 1 minuto, já que as mulheres moravam na mesma rua. Em casa, ocuparam-se em um banho que demorou muito mais do que deveriam já que mais uma vez elas se perderam uma na boca da outra e quando vieram parar de matar um pouco da saudade, já era madrugada.
Helena estava ainda nua deitada de bruços na cama, o corpo inteiro dormente, tanto pela preguiça quanto pela junção dos orgasm*s que tivera naquela noite. Mia estava parcialmente deitada sobre ela, à cabeça apoiada em suas costas, tão cansada que poderia dormir a qualquer momento, mas parecia que se dormisse toda a magia daquela noite acabaria, então, simplesmente não queria dormir.
— Helena... — Mia falou bem baixinho.
— Hm? — gem*u em resposta.
— Quantas inseguranças ainda tem aí dentro?
Helena sorriu com a pergunta repentina, sorriu toda preguiçosa, ainda mais quando começou a sentir os dedos de Mia deslizando por suas costas causando-lhe pequenos arrepios que só faziam seu corpo ficar ainda mais relaxado.
— Bem menos que antes. — respondeu com sinceridade. — Mínimas. Que no geral, não dependem de você para serem sanadas. Você tem sido perfeita.
Mia sorriu de forma um pouco larga, porém, o sorriso fora interrompido pelo bocejo demorado.
— E as suas?
— Repito as suas palavras. — sussurrou e sorriu de canto, mas assustou-se brevemente quando ouviu o barulho na porta do quarto.
— É a vadia. — Helena anunciou. O barulho era típico da gata arranhando a porta fechada, pedindo para que a deixassem entrar.
— Você vai. — Mia pontuou enquanto se afastava da namorada.
— Folgada. — Helena reclamou, mas não se importou, ergueu-se da cama devagar e foi se espreguiçando enquanto andava a passos lentos até chegar à porta do quarto. Assim que abriu, Vadia entrou miando em um desespero que fez Helena dar uma pequena risada. — Gata mimada.
— Deixamos ela muito tempo só, eu sei, eu sei. — Mia falou enquanto via a gatinha já pulando na cama e miando enquanto vinha em sua direção.
Em segundos Helena estava de volta na cama, agora deitada de frente para Mia e vadia, a gata folgada, agora estava deitada contra os seios desnudos de Mia, recebendo carinho na barriga exatamente do jeito que gostava. As mulheres se encaram em silêncio pelos próximos minutos como se estivessem conversando apenas por aqueles olhares, dizendo muito mais do que diriam se estivessem conversando verbalmente. E foi assim que dormiram, sem trocar mais nenhuma palavra.
Na manhã seguinte, quando Mia acordou os olhos claros fitaram o quarto de forma meio preguiçosa, as cortinas fechadas deixavam-no mais escuro e consequentemente mais confortável e sabia que havia sido obra de Helena que acordara mais cedo. Sorriu enquanto puxava o travesseiro de Helena para perto e o abraçava enquanto bocejava, céus, como aquela cama era tão confortável. Esticou-se um pouco só para pegar o celular em cima do criado mudo, os olhos semicerraram-se quando a luz do aparelho os incomodou e demorou algum tempo para que se acostumasse.
— Ótimo. — sussurrou para sí mesma ao ler uma das mensagens que Hernando havia mandado, avisando que o compromisso que tinham marcado para as 10h da manhã havia sido remarcado para a tarde e isso significava que Mia tinha a manhã livre. Sorriu com satisfação, era pouco mais de 8h da manhã, então tinha tempo de sobra. Passou alguns minutos ainda na cama respondendo algumas mensagens para ter a paz que queria e quando deu-se por satisfeita sentou-se na cama sem pressa alguma, as mãos ergueram-se no alto e espreguiçou o corpo, um gemid* baixo e involuntário escapando de seus lábios. Um novo bocejo enquanto erguia-se da cama e os pés descalços tocaram o assoalho frio, a diferença de temperatura lhe trouxe um breve incomodo que foi perfeitamente ignorado já que andava na ponta dos pés.
Sentia-se tão à vontade na casa de Helena, como se já vivesse ali há muito tempo, por isso nem mesmo mostrou-se incomodada quando entrou sozinha no chuveiro quente, porém, o banho durou apenas breves minutos já que servira apenas para lavar o corpo e para despertar de uma vez. Em pouco tempo já estava andando pela casa devagar à procura da namorada e bastou entrar no corredor que dava para a cozinha para que ouvisse a voz que conhecia muito bem, mas que a fez franzir o cenho ao notar a diferença de sotaque. Helena falava em sua língua natal e era tão rápido que fez Mia franzir o cenho enquanto parava na entrada da cozinha, mas só bastou breves segundo para que compreendesse melhor, era a primeira vez que via Helena conversando tão naturalmente em sua própria língua, acabou sorrindo e sorriu ainda mais ao finalmente perceber o que a Mexicana fazia.
Ela tinha o telefone preso entre o ombro esquerdo e o ouvido, nas mãos um bowl branco onde batia algo com um fuê bem em frente ao fogão. O clima estava frio, por isso ela usava uma camisa de mangas longas um pouco justa em eu corpo, mas o tecido grosso fazia bem seu serviço e em complemento uma calça legging preta. Olhou ao redor, notou a mesa já parcialmente posta, pronta para o café da manhã e não resistiu, deu alguns passos a frente e ao se aproximar da namorada já fora a envolvendo com os braços, um pequeno pulo da parte de Helena, que foi recebido com uma risada pequena de ambas em reação ao susto.
— No, no, no... É a Amélia. — o idioma mudou repentinamente e fez Mia arquear as sobrancelhas, mas não contestou, apenas deu alguns beijos tanto no ombro da mulher quanto no pescoço mais exposto por causa da posição em que ela se encontrava e em seguida segurou o bowl nas mãos de Helena e o puxou e em questão de segundos as duas trocaram de lugar, Mia ficou em frente ao fogão e como se ela mesma tivesse começado aquele café da manhã, seguiu o que Helena fazia como se soubesse já quais passos seriam dados a seguir mesmo que as duas não tivessem trocado uma palavra sequer. — Você dormiu bem? — um sussurro breve e discreto, segundos antes de dar um beijo no rosto de Amélia.
— Muito! — respondeu no mesmo tom de voz para respeitar a ligação de Helena, a qual já tinha certeza que era com algum familiar. Deu atenção ao seu novo posto enquanto Helena se afastava para terminar de ajeitar a mesa, enquanto Mia colocava a frigideira no fogo para esquentar e voltava em seguida a bater os ovos dentro do bowl, ovos com verduras picadas e queijo pelo que havia percebido só olhando. Ao fundo ouvia a voz extremamente gostosa de Helena e só isso era capaz de fazer Mia sorrir a ponto de nem conseguir parar.
Despejou a mistura na frigideira já quente e fora logo mexendo enquanto ouvia a conversa da Mexicana, mesmo em entender nada. Entretanto, logo em seguida conseguiu perceber que a ligação estava ganhando seu fim e por isso olhou brevemente para trás no momento exato em que Helena olhava para a tela do celular.
— Era minha irmã, ela ficou exigindo falar com você. — explicou enquanto largava o celular na mesa e voltava para perto de Mia enquanto puxava um pouco as mangas da blusa.
Mia deu uma pequena risada.
— Eu imaginei que era algum familiar. Por que não aproveitou pra no apresentar?
— Por que você ainda não está pronta.
Mia franziu o cenho e encarou a namorada enquanto desligava o fogo.
— Amélia, quando te falei que ela queria te conhecer você me olhou tão aterrorizada que parecia que você estava olhando para o seu pior pesadelo.
— Não foi assim! — se defendeu enquanto ia até a mesa para poder despejar os ovos em um prato. — Eu não fiquei com medo de conhecer a sua irmã, eu fiquei com medo de ela não gostar de mim, ou sei lá, são tantas possibilidades! O que eu tenho que falar? O que eu preciso fazer pra ela gostar de mim? E se eu falar algo errado e fazer ela me odiar? Eu tenho que pedir a sua mão em namoro?
— Você sabe que essa última pergunta é extremamente antiquada não é? — Helena sorria apesar disso, achava divertidíssimo o nervosismo de Mia.
— Eu sei, me arrependi de ter falado no segundo seguinte. — franziu o cenho enquanto ia até a pia, deixar a frigideira suja, quando virou-se, Helena já estava bem em sua frente e isso fez Mia suspirar enquanto ia para os braços da namorada.
— Você mesma disse que ser chata é seu charme... Como é possível não gostar de você?
Mia deu de ombros.
— Você tem gostos estranhos, ela pode não ter.
Helena riu por alguns segundos enquanto erguia as mãos para tocar o rosto de Amélia de forma carinhosa.
— Com gostos estranhos ou não, ela já ama você. Mas se for o caso de ela desgostar quando te conhecer de verdade, o máximo que pode acontecer é ela amaldiçoar toda a sua geração, não é nada demais.
Mia franziu completamente o cenho, a expressão se fechando em uma careta intrigada com a resposta de Helena, que prontamente reagiu à reação dela com risadas.
— Você acreditou! — gargalhou por bons segundos, deixando a expressão de Mia ainda pior do que já estava.
— Você definitivamente não está ajudando em nada, Helena! — reclamou um pouco alto e se afastou da namorada de forma um pouco exasperada. — Péssima namorada você é!
A Mexicana ainda tinha resquícios de sua risada e um sorriso bem largo nos lábios enquanto ia atrás de Mia.
— Vem cá... — segurou-lhe a mão e a puxou para perto novamente. — Estou apenas brincando com você. — justificou-se enquanto puxava as mãos da namorada e a fazia abraçar a sua cintura. — Amélia, é absolutamente humanamente impossível não gostar de você, Daniela já te ama, no momento em que ela ouvir sua voz com certeza ela vai passar bons minutos apenas te agradecendo por namorar comigo. — deu uma pequena risada com as próprias palavras e pendeu um pouco a cabeça para o lado enquanto os dedos finos tocavam o rosto de Mia com carinho até segurar-lhe bem o rosto com ambas mãos. — E eu entendo perfeitamente bem o seu nervosismo em conhecer a minha família, eu teria a mesma reação se tivesse tido que conhecer a sua dessa forma. Eu ficaria aterrorizada se tivesse que conhecer a sua mãe assim e graças a Deus que eu já a conheço. — inclinou-se um pouco para selar aqueles lábios carnudos de Mia em um selinho estalado. — Quero que saiba que não me incomoda de forma alguma te apresentar a minha família, farei isso com muito prazer, mas eu te conheço, eu sei que você precisa se preparar para isso.
— Você me tira do sério para em seguida me acalmar. — reclamou em um sussurro enquanto fechava os olhos de forma um pouco derrotada. — Você é terrível, Helena. — apertou os braços em torno da cintura de Helena e respirou fundo enquanto abria os olhos e encarava o sorriso todo derretido de Helena, balançou a cabeça de forma negativa, céus, como aquela mulher era linda. — Vamos começar com você me falando tudo sobre a Daniela.
— Eu prometo. — outro selinho estalado. — Agora vamos tomar café da manhã, eu estou com fome.
— Onde está a Vadia? — questionou enquanto olhava em volta assim que Helena se afastou.
— No quintal tomando banho de sol, quando está frio ela sempre aproveita qualquer solzinho. — explicou enquanto abria a geladeira para pegar o suco. — Você trabalha hoje de manhã?
— Não, o compromisso que eu tinha hoje foi desmarcado, só tenho à tarde. — explicou enquanto sentava em uma das cadeiras. — Mas vou só ficar no escritório, receber alguns clientes, coisa pouca. Então vai ser tranquilo. E você, o que vai fazer hoje?
— Dias em que você não sai correndo atrasada daqui deveriam ser comemorados. — Helena pontuou enquanto se sentava bem de frente para Mia. — Eu preciso sentar com a Ally e conversar um pouco, organizar as coisas, você viu como ela tá puta comigo.
— E com motivos...
— Café da manhã em paz, Amélia.
— Não venha pedir isso depois do que você já fez comigo hoje. — falou de forma um pouco distraída pouco antes de dar uma mordida no sanduíche que havia feito com o ovo que fritara. — Você precisa dar mais prioridade ao seu trabalho.
— Eu sei, de verdade. — gem*u e pendeu um pouco a cabeça para trás, realmente tinha ciência disso, porém, quando perdia-se nos próprios medos, era difícil até mesmo focar no trabalho. — Mas certas coisas eu não tenho controle.
— Ainda. — Mia falou de boca um pouco cheia e ainda um pouco distraída com a própria comida, estava com fome.
Helena apoiou o cotovelo na mesa e em seguida apoiou o queixo na mão, os olhos dourados totalmente fixos em Mia e um sorriso pequeno nos lábios.
— Você realmente acredita em mim, não é? — questionou em tom um pouco baixo.
Tal questionamento fez Mia parar e erguer o olhar para Helena, uma sobrancelha levemente arqueada até seus olhos se fixarem aos da namorada, deu uma breve risada e sorriu logo em seguida antes de dar de ombros.
— Cegamente.
Fim do capítulo
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Thayscarina
Em: 11/01/2022
EEba capítulo novo um dos romances mais bem escritos aqui cada capítulo faz vc fica mais fascinada e entusiasmadas pelo próximo ??‘???‘???‘???‘?
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