VEGAS por AutoraSoniaG
Confissões.
Catherine fechou os olhos ao notar a vagarosa aproximação de Megan que rompia o espaço entre elas cuidadosamente pois tinha medo que a loira fugisse do contato.
Quando as respirações se misturam ao ponto de não se saber quem era quem, Catherine baixou suas defesas, não sabia a razão de não conseguir parar aquilo, talvez aquele beijo fosse um tipo de experiência única pela qual ela devia passar.
Quando o espaço enfim se desfez, e os lábios se tocaram Catherine prendeu o ar nos pulmões, ficou tensa como nunca, suas mãos suavam, abriu os olhos piscando freneticamente, Megan continuou com os lábios colados aos dela, até que se afastou rompendo o breve beijo.
As duas se encaram por breves segundos, os olhos azuis de Catherine presos aos verdes de Vause, um estudo rápido que resultou em uma reação inesperada.
Colidiram seus corpos com movimentos mal calculados, as bocas se tocaram novamente dessa vez ainda mais desajeitadas, agora os lábios se esmagavam mutuamente. Megan segurava o rosto de Catherine entre as mãos, a loira segurava em sua cintura, o tecido da blusa entre seus dedos. Stevens aprofundou o beijo, mergulhou a língua na boca quente, recebeu um aperto das mãos de Catherine, empurrou o corpo esguio até que ela encostasse na mesa, quando sentiu a loira segura colou seu corpo ainda mais ao dela.
Catherine já tinha as mãos perdidas nas madeixas escuras, sua respiração estava entrando em colapso, mas não conseguia parar de beijar Megan, ainda mais agora que o beijo tornava—se lascivo. A língua de Stevens lhe proporcionava prazer e constrangimento, mas o prazer falava mais alto naquele momento, ela se sentia tonta.
Megan parou o beijo sentindo sua respiração acelerar ainda mais ao focar nos lábios inchados de Catherine, estava desvelada e seus olhos permaneciam fechados.
Ela nem sequer deixou que a loira se sentisse totalmente consciente, sabia que se Catherine começasse a pensar perderia aquele momento. Começou então a beijar o pescoço delicado, sua língua provando o sabor da pele pela primeira vez, ouviu suspiros profundos, algo que a fez segurar o seio da loira por cima da blusa, Catherine gem*u baixo, Megan então voltou a beija-la na boca, mas dessa vez estava mais atrevida. Enquanto sua língua entorpecia os sentidos de Catherine, suas mãos avançavam em todas as direções.
Com rapidez conseguiu abrir os primeiros botões da blusa da esposa, seus dedos conseguiram puxar o sutiã para baixo, em poucos segundos o seio esquerdo estava sendo tocado por sua mão, ela sentia o pulsar frenético do coração em sua palma. Catherine parou o beijo e abriu os olhos enormemente ao sentir o toque, preparava—se para se afastar, mas Megan começou a fazer movimentos com o dedão no bico do pequeno seio, suas mãos então foram parar na borda mesa, os dedos apertando a madeira, fechou os olhos extasiada com as sensações que atravessaram seu corpo. Sentiu a respiração de Megan próxima, sua boca começou a distribuir beijos por seu queixo, mordidas rápidas eram dadas em seu maxilar, logo sentiu os dentes prenderem a ponta de sua orelha. Os beijos descerram novamente para o pescoço, a loira jogou a cabeça para trás dando mais espaço. A boca de Stevens foi em queda livre até o colo de Catherine, o vão entre os seios recebeu diversos beijinhos, mas essa era apenas uma tática, Megan inebriava primeiro todos os sentidos, só então atacava.
Catherine nunca soube o exato momento em que seu seio começou a receber lambidas e sugadas da boca de Megan, ela só sabia que estava acontecendo, Stevens estava ali, com a boca em volta do seio rijo. Depois disso era como se uma onda de loucura a tivesse engolido, deixou de pensar, seu raciocínio findou restando apenas instinto.
Agarrou os cabelos de Megan lhe oferecendo mais de seu corpo, ela então livrou-se da blusa da loira juntamente com o sutiã, em instantes Catherine estava nua da cintura pra cima, Stevens se reversava entre um seio e outro. Sua mão então escorregou pela coxa de Catherine, entrou por baixo do tecido da saia e veio subindo a peça, com a outra mão limpou a mesa, papeis caíram pelo chão. Segurou na cintura da esposa com as duas mãos, impulsionou para cima e fez a loira sentar na mesa, subiu a saia de forma rápida, viu o tecido preto da calcinha, se pôs de joelhos, fazia tudo de forma urgente, pois a qualquer momento Catherine poderia despertar do transe em que entrara. Levou a mão até o centro úmido, sentiu a peça íntima completamente molhada, essa era a prova de que precisava, empurrou a loira levemente para trás, abriu as pernas dela, puxou a calcinha para o lado e então tocou o sex* com boca, viu os olhos de Catherine abrirem levemente, intensificou o contato recebendo gemidos altos como resposta. O beijo íntimo ganhou movimentos despudorados, Megan introduziu a língua até onde foi capaz, a posição não era das melhores, mesmo assim fez investidas. Lambia, ch*pava, tocava o sex* de Catherine com os dedos, estimulava o clit*ris, enquanto sua língua passeava pela pele aveludada, a loira por sua vez se limitava a arfar, sentindo coisas completamente novas, mas por um instante essas sensações cessaram. Megan levantou, fez com que a loira enlaçasse sua cintura com as pernas, deu poucos passos até parar no centro da sala, Stevens levou o seu corpo para o chão, o tapete acolheu as duas, baixou o zíper da saia enfim a retirando, deixou Catherine apenas de calcinha a qual não escondia muita coisa. Stevens retirou a própria roupa antes de posicionar seu corpo sobre o de Catherine, tocaram-se sem impedimentos, o calor passava de uma pele para outra, as mãos ávidas dela eram um contraste com a timidez dos toques de Catherine, ela não sabia onde tocar, mas Megan sabia e tocou, como tocou.
Movida por um desejo desenfreado, arrastou a mão pela barriga de Catherine, roçou os dedos de leve no sex* dela, notou que isso fez a loira impulsionar os quadris para frente, ela então penetrou dois dedos, não houve dificuldades, Catherine estava extremamente receptiva, iniciou um vai e vem lento, as mãos da loira estavam em suas costas, suas unhas a arranhavam, Catherine mordia o lábio e mantinha os olhos fechados, Stevens então acelerou os movimentos, Watson não segurou os gemidos, os dedos sumiam e reapareciam, toda vez que eles estavam dentro dela Catherine queria rebol*r neles, queria gritar e dizer coisas, mas não conseguia, tudo era traduzido em gemidos. Megan começou uma trilha de beijos no baixo ventre dela, não demorou até que seus lábios estivem no sex* molhado, dedos, língua, ch*padas, vai e vem.... Estocadas cada vez mais brutas eram dadas, as unhas de Catherine afundavam na carne de Stevens como garras. A loira levantou os quadris e bêbada de prazer esfregou o sex* na língua de Megan, sentiu então um formigamento, seus braços e pernas tremeram, ela arqueou o corpo de forma surpreendente se perdendo em um mar de prazer.
Respirava com dificuldade, foi se acalmando aos poucos, não sabia o que dizer nem para onde olhar, percebendo a forma desajeitada de Catherine, Megan a abraçou, a loira no recuou, pelo contrário descansou a cabeça em seu ombro, seus olhos foram fechando devagar, era como se seu corpo precisasse ser desligado.
***
Batia o pé impaciente esperando pelo elevador, olhou para o relógio viu que era cedo, um homem a cumprimentou com um "Bom dia" ela apenas assentiu com a cabeça. Entrou no elevador e logo já estava caminhando em direção a sala de Catherine, seus saltos batiam de leve contra o chão, viu os primeiros funcionários chegarem, seguiu reto, logo avistou a sala da presidência, abriu a porta e quase caiu para trás.
— CATHERINE?
Catherine e Megan se levantaram em um rompante, a loira sentia seu coração acelerado, era como se seus batimentos estivem dentro de sua cabeça.
— O que você... como... vocês... caramba! — Kate, feche essa porta. — Catherine disse desesperada.
— Vocês estão peladas. — Dizia sem acreditar.
— Muito bem observado.— Megan disse fechando a porta.
— Kate o que faz aqui? — Catherine indagou, enquanto recolhia suas roupas.
— Helga ligou, disse que você não tinha voltado para casa e nem atendia o celular. Então resolvi passar aqui, achei que pudesse ter passado a noite trabalhando e tivesse esquecido de avisar, e pelo visto você teve muito trabalho, digo, vocês...— disse maldosa.
— Você não devia ter visto isso.
— Ainda bem que eu fui a escolhida para presenciar essa cena. Já imaginou Carol se deparando com algo assim?
— Não diga isso nem de brincadeira.
— Seria interessante. — Megan se manifestou.
— Não comece você também. — Catherine disse apontando para Stevens. — Preciso ir para casa, tomar um banho, tenho uma reunião daqui uma hora.
— Meu apartamento é bem mais perto, acho que posso conseguir roupas para você, assim não chegará atrasada. — Kate disse.
— Ótimo! — A loira disse pegando a bolsa.
— Catherine, nós precisamos conversar. — Stevens disse.
— Agora não. Volte para casa, diga a Helga que estou bem e não precisa voltar para a empresa hoje.
— Mas...
— Vamos, Kate. — Disse sem dar tempo para uma resposta.
As duas saíram deixando Megan para trás. Catherine se apressou em entrar no elevador, quando as portas se fecharam quase arrancou os cabelos.
— Ahhh... Idiota, idiota, idiota! — Batia contra a própria testa.
— Catherine, pare já com isso!
— E isso que eu sou, uma grande idiota!
— Se sente idiota por trans*r com sua esposa?
— Ela não é minha esposa! Quer dizer, ela... isso não vem ao caso. Céus Kate! Nós trans*mos no chão da minha sala. — Catherine sussurrou a última parte ao sair do elevador.
— Uau! E como foi? — Catherine se voltou para a amiga.
— Você deve me repreender, não fazer perguntas.
— Por que eu faria isso? Qual é, Catherine? Vocês são casadas, e caramba, ela é muito sexy, você resistiu bastante.
— Foi um erro.
— E assim que chamam agora? Me deixe cometer um erro com sua esposa? — KATE! — Catherine disse incrédula.
— O que? — As duas entram no carro, Kate deu partida em seguida. — Eu fiquei com tesão quando vi aquelas tatuagens.
— Chega!
— Ok. Mas me diz uma coisa?
— O que?
— Foi bom?
— Kate!
Sim, foi bom, muito mais que bom, Catherine pensou, mas ela não admitiria nunca.
Estava cansada, de fato exausta, suas costas doíam, mesmo depois do banho tomado, roupas limpas e café da manhã ela ainda se sentia sonolenta. Durante a reunião se distraiu diversas vezes, seus pensamentos insistiam em ir para longe, para os acontecimentos da noite anterior, mas ela os mandava embora, tentava preencher sua mente com outras coisas.
Voltou para a empresa no começo da tarde, Megan não estava lá, isso a deixou estranhamente triste. Sua sala não estava mais um caos, os papéis estavam organizados sobre a mesa e não haviam indícios da loucura praticada por ela. Se perguntou se Megan havia feito aquilo, deixado tudo em ordem.
Deixou o corpo cair sobre a cadeira, pôs o rosto entre as mãos, queria parar de pensar só por dois segundos, mas não conseguia. Passou o restante do dia em uma guerra particular, toda vez que olhava para a mesa, para o tapete, até mesmo para o teto, tudo que conseguia ver era Megan nua sobre ela.
Voltou para casa no fim da tarde, tudo que queria era tomar um longo banho e dormir. O apartamento estava silencioso, deixou a bolsa sobre a mesa e pendurou o casaco, sentou no sofá para tirar os saltos. — Teve um dia difícil? — A voz grave despertou seus sentidos. Megan surgiu vestida em um jeans justo, e blusa de mangas longas, seu cabelo estava preso em um coque.
— Foi só mais um dia. — respondeu já se preparando para levantar.
— Espere! — Pediu Vause. — Precisamos mesmo conversar sobre o que aconteceu.
— Outra hora, estou muito cansada e....
— Não me parece cansada quando se trata de fingir que nada aconteceu.
— Talvez nada tenha de fato acontecido.
— Não? Então imaginei seus gemidos... seu gosto? — Megan disse encarando Catherine profundamente.
— Não fale essas coisas, por favor...
Megan iria dizer mais algumas coisas, mas Helga apareceu.
— Catherine, deseja jantar agora?
— Não, estou muito cansada Red, quero apenas dormir. — Disse saindo da sala.
Afundou o corpo lentamente dentro da banheira, seus músculos relaxaram de imediato, fechou os olhos aproveitando a sensação de paz, dedicou meia hora para aquilo, seus ombros doíam de tão tensos, mas quando saiu do banho se sentiu bem melhor.
Saiu do banheiro amarrando o roupão, ouviu leves batidas na porta, seu coração acelerou ao imaginar Megan do outro lado.
— Catherine, posso entrar? — Reconheceu a voz.
— Entre, Red. — Helga trazia um sanduíche e um copo de suco.
— Achei que iria querer ao menos um sanduíche.
— Obrigada. — Disse recebendo a bandeja.
— Tudo bem? — Helga indagou.
— Sim. — Respondeu após morder o sanduíche.
— Tem certeza?
— Tenho. Por que? — Não sei, você e Stevens parecem estranhas. Aconteceu algo entre vocês? — Catherine engasgou com o suco. — Céus, Catherine. Você está bem?
— Sim, sim...—disse ainda tossindo. — Por que acha que aconteceu alguma coisa entre Megan e eu?
— Bem, vocês no dormiram em casa, quando ela retornou foi diretamente para o quarto, ficou bastante pensativa o dia inteiro, e não fez piada com nada. E agora você parece fugir dela bem mais que o normal. — Não aconteceu nada, estamos apenas tendo muito trabalho na empresa. — Mentiu.
— Humm... Entendo. — Helga disse recolhendo a bandeja. — Vou deixa-la descansar então. Boa noite.
— Boa noite, Red.
Catherine deitou na enorme cama, virou de um lado para o outro, estava cansada, mas não conseguia dormir. Mudou de posição, contou carneirinhos, fechou os olhos e nada. Suspirou se livrando das cobertas, olhou para o lado e viu o relógio marcar uma da manhã.
— Droga!
Sentia-se ansiosa, levantou, andou pelo quarto, sentiu sede, abriu a porta e viu o corredor vazio, passou lentamente pela porta do quarto que Megan dividia com Red, chegou a cozinha tomou três copos d'agua.
— Não faça isso, Catherine, não... — dizia para si mesma. — Dane-se!
Andou novamente pelo corredor, parou diante da maldita porta, abriu lentamente na esperança de não fazer barulho. Viu Helga em sua cama dormindo profundamente, do outro lado estava Megan, ela também parecia dormir.
Se aproximou da cama na ponta dos pés, ao chegar perto tocou o rosto de Megan com os dedos, Stevens abriu os olhos assustada, Catherine cobriu sua boca com a mão, e com o olhar pediu que a seguisse, Megan levantou e assim como Catherine andou na ponta dos pés, as duas pareciam duas adolescentes com medo da mãe.
Conseguiram sair sem despertar Red, seguiram então para o quanto de Catherine.
Parada de braços cruzados Megan encarava a loira, Catherine por sua vez não sabia para onde olhar.
— Nós vamos conversar agora? — Megan indagou.
— Não!
— Então por que me trouxe aqui?
—Eu não sei. — Disse rindo nervosamente.
— Não sabe ou não quer dizer?
— Segunda opção.
— Tente.
— Não é tão simples.
— Sim, é simples, você só precisa me dizer o que quer.
A loira por fim levantou os olhos e encarou Megan.
— Eu quero você.
Fim do capítulo
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