Menines,
Como passaram o Natal?
Antes de 2022, prometo mais um capítulo, viu?
Bjao
Z
Capitulo 27
“Uma história pra sonhar”[1]
O casamento de André e Pedro aconteceu em um fim de tarde em um cenário montado de frente para o mar do Porto das Dunas. Diferente da celebração da união das amigas, a festa dos rapazes foi feita para trezentos convidados, dentre eles colegas de faculdade e de estágio que Marília não via há muito tempo.
Ela estava ao lado da mulher, conversando com Antônia, quando sentiu alguém lhe abraçando. Ela virou e ficou muito feliz quando viu Carol com uma barriga quase do mesmo tamanho da de Amanda. Ao lado da amiga estava Beto segurando um rapazinho, que aparentava ter cinco anos, no colo.
- Carol, Beto! Não acredito! Essa é Amanda e nossas gêmeas - falou enquanto passava a mão na barriga da esposa - e essa aqui é Manuela, nossa primogênita.
- Oi Amanda, prazer!
- Prazer, gente! E esse rapazinho?
- Esse é o Marcelinho e essa é a Gabi. - Falou apontando para a barriga.
- Mô, o Marcelinho e a Gabi são meio irmãos da minha Maria. - Nesse momento, lágrimas podiam ser vistas nos olhos de Marília.
Amanda abraçou a esposa e beijou sua cabeça. Não foi necessário dizer mais nada.
Beto começou a falar sobre o tempo que não se viam e que só mesmo André conseguiria juntar todo mundo novamente, a fim de quebrar o clima nostálgico que se formou. Amanda e Carol engataram uma conversa sobre as respectivas gestações. A médica explicou que as três filhas foram geradas a partir de óvulos de Marília, por isso Manu se parecia tanto com ela.
- Sua filha é linda! Fico muito feliz por vocês. Você sabe de toda a história da gravidez da Má, ne?
- Sim. Ela me contou. Marília sofreu muito e por bastante tempo, mas conseguiu superar.
- Ela merece muito a família que vocês estão construindo. Apesar das circunstancias da gravidez da Maria Clara, eu sempre desejei que ela conseguisse ser feliz. Depois que engravidei do Marcelinho, compreendi ainda mais o tamanho da dor que ela sentiu e enfrentou praticamente sozinha.
- Minha mulher é muito forte, mas acho que ela ainda não tem noção disso.
A festa virou a madrugada, mas as mulheres foram embora por volta de duas da manhã. Manu tinha ido mais cedo com os avós e, certamente, acordaria em poucas horas.
Elas saíram e sequer tomaram conhecimento do escândalo que Isis fez na porta da recepção. Ela estava visivelmente alterada e queria entrar, mesmo sem ter sido convidada, para conversar com Marília.
Após a festa, os noivos viajaram em lua de mel e Marília aproveitou os dias livres para mostrar a cidade para Amanda e Manu. Elas visitaram o Passeio Público, o Mercado Central, a Feirinha da Beira Mar e a Ponte dos Ingleses. Fizeram um picnic no Parque do Cocó, onde a menina se divertiu muito correndo pelo gramado verdinho e passeando pela trilha de onde se podia avistar o rio e muitos pássaros que habitam o parque. Elas, os pais e a irmã de Marília, esticaram até Guaramiranga onde passaram dois dias no meio da semana. Antes de retornarem para Palmas, elas foram à praia outras vezes porque Manu ficou apaixonada pelas ondas e pela água salgadinha.
Durante a estadia de Marília e sua família, ela não encontrou novamente com Isis e nem desconfiava que a morena estava fazendo de tudo para a encontrar e conversar.
Quinze dias foi pouco tempo para matar a saudade da cidade, mas precisavam voltar para a rotina. Dentro de poucas semanas, as gêmeas Sofia e Talita nasceriam e ainda tinham que organizar muitos detalhes para a chegada das filhas.
Manuela foi muito mimada pela tia e pelos avós. Na despedida no aeroporto, a menina chorou para não voltar para casa agarrada no pescoço do avô que prometeu que iria visita-la logo, logo.
Amanda conseguiu acalmar a filha e, já no avião, ela perguntou se Marília não tinha vontade de morar em Fortaleza.
- Mô, antes eu não tinha, mas fiquei balançada depois dessa viagem. Nossa filha gostou tanto daqui. Mas, penso se conseguiria uma transferência, tem nossa vida toda em Palmas, seu trabalho. Pode ser um projeto para o futuro. E você? Gostaria de viver pertinho da sogra?
- Vida, eu amei sua cidade. Eu estava para imitar a Malu e agarrar seu pai para não ter que voltar.
Elas sorriram e seguiram as orientações de segurança para a decolagem da aeronave, selando um pacto silencioso de pensarem com carinho em um retorno definitivo para Fortaleza.
[1][1] Pra Sonhar, Marcelo Jeneci
Fim do capítulo
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