Olá menines!
Isis não está conseguindo segurar a barra do reencontro. Parece que agora a ficha caiu de verdade.
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Capitulo 25
“AMOR DE VERDADE EU SÓ SENTI
Foi com você meu bem”[1]
Isis se despediu e caminhou em direção à barraca ao lado da que Marília estava com sua família. Ela sentia um aperto no peito e já não conseguia segurar as lágrimas que desciam de seus olhos feito um rio revolto.
Jogou sua prancha de qualquer jeito e sentou na areia, apoiando a cabeça sobre os braços que estavam cruzados sobre os joelhos. Ela estava chorando muito enquanto se afogava nas lembranças e culpas que povoavam sua mente e coração quando sentiu uma pessoa lhe tocando.
Ela virou rapidamente e se deparou com Cibele.
- Oi. – Disse desanimada. Por um lapso de tempo, pensou que pudesse ser Marília. Mas ela não iria largar sua família para ir atrás da morena. Isis sentia isso.
- O que aconteceu? Você está bem? - A loira perguntou cheia de preocupação. Elas tinham se tornado amigas e Cibele ainda nutria um amor pela morena.
- Eu vi a Marília.
- Como foi isso? Ela te viu? Me conta.
- Eu estava surfando e quando saí da água vi uma mulher linda, grávida, com um biquíni azul miudinho, brincando com uma menina que estava em uma piscininha. Aí, tive que jogar meu charme, né? - Disse sem tentar esconder as lágrimas que teimavam em descer. – Aí, eu enfiei a prancha na areia e sentei ao lado dela e comecei a puxar conversa.
- Oi, você não é daqui, né? Nunca te vi.
Amanda olhou pra moça que sentou ao seu lado e respondeu que realmente não era:
- Sou de Goiânia, mas moro em Palmas.
- Você está com quantas semanas?
- Vinte e quatro. - Respondeu passando a mão sobre a barriga.
- Nossa! Que barrigão, hein?
- São gêmeas. Duas meninas.
- Essa princesa também é sua?
- Sim! Minha mais velha.- Falou sorrindo e olhando para Manuela.
- Está de férias? Primeira vez na cidade? Posso te dar umas dicas de lugares legais para conhecer.
Nesse momento a menininha correu e abraçou as pernas de um rapaz
- Isis olhou achando que era o pai e viu André chegando com Marília.
- Ci, nesse momento, pode parecer aqueles clichês, mas o tempo parou. Eu só conseguia enxergar a baixinha. Ela está linda, o mesmo corpinho, os olhos lindos, só o cabelo estava mais curto. Estava com um biquíni branco. Gostosa demais. Quando eles chegaram mais perto, a mulher grávida me apresentou à Marília! Disse que era a mãe de suas filhas e o amor da vida dela, cara.
Enquanto Isis falava, Cibele observava as lágrimas que não paravam de cair por um segundo sequer.
- Ci, Marília foi fria. Ela mau me olhou. Abraçou a mulher dela e disse que já me conhecia. Eu a parabenizei pela família e sai quase correndo de lá. A sensação de que aquela família poderia ser minha está me matando.
- Isis, você sabe que quem estragou tudo foi você, né? Você largou a menina quando ela mais precisou. Você queria o que? Que ela se matasse, que vivesse rastejando atrás das suas migalhas? Você sabe que eu te amo, mas não vou passar a mão na sua cabeça não. Vocês não estão juntas até hoje por sua culpa, porque, vamos combinar, Marília aguentou muita coisa antes de perder a bebê.
- Eu sei. Eu sempre estrago as coisas boas. Eu sou uma covarde.
- Não adianta ficar assim. Ela seguiu a vida e você, nunca parou a sua, você sabe disse melhor do que eu. A menina no hospital e você nas farras agarrando qualquer mulher que via pela frente. A vida continuou e você tem que se conformar. Entenda que as pessoas não vivem em função de você. Ninguém fica à sua disposição, te esperando ter vontade de procura-las.
- Cara precisava de tanto realismo não. Eu procurei. Sempre que eu via o André perguntava por ela. Ele nunca me disse nada. Só falou que ela tinha ido embora, sem dizer pra onde, nem por quê e que ela estava muito melhor sem mim. Senti o baque. Só isso. Foram 6 anos sem saber notícia nenhuma dela. Ai ela aparecer assim. Tá difícil. Sempre pensei que ela fosse minha. Nunca imaginei ela ficando com alguém, imagina casada e com filho. Três, cara! Três meninas. Essa vida era pra ser comigo.
- Mas você desperdiçou. Desse seu jeito, com toda essa falta de compromisso que você tem com as pessoas, Marília nunca teria essa vida com você. Tinha que ser muito masoquista.
- Tá bom, viu? Chega dessa sinceridade toda. Vou pegar uma cerveja.
- 9h da manhã? Numa terça? Você não tem jeito mesmo, ainda bem que eu já desisti de você. Não trabalha hoje não?
- Sem cabeça. Vai beber comigo? – Perguntou, enxugando o rosto e caminhando em direção ao garçom.
- Não, minha querida. Tem gente que trabalha, sabia? Fique bem! Preciso ir. – Se despediu com um beijo na bochecha da morena e partiu.
Isis bebeu até meio dia. Remoeu toda a história que viveu com Marília e se culpou pelo desfecho de seu relacionamento depois da perda de Maria Clara. Ela decidiu ir pra casa porque já estava bêbada e cansada do calor.
Na saída, enquanto guardava a prancha, ainda avistou Marília colocando a filha na cadeirinha e beijando a mulher antes de entrarem no carro.
- Essa vida era pra ser minha. Marília é minha mulher, tinha que ter ficado comigo. Ela sempre soube que, do meu jeito, eu sou louca por ela. Que ela é a única mulher que amei. Droga.
Chutou o pneu de seu carro, enquanto via Marília dirigir para longe dali.
- Não posso aceitar isso assim.
Isis saiu cantando pneu e, antes de seguir pra casa, passou em uma boca de fumo para comprar pó. Não estava suportando os pensamentos que pareciam correr dentro de sua cabeça.
Apesar de a morena ter continuado vivendo enquanto Marília se exilou em outra cidade a fim de curar suas feridas, no fundo Isis sabia que seu modo de vida era uma fuga. Desde que perdera sua mãe, ela se blindava para não encarar suas dores e usava o álcool, drogas e sex* para evitar sofrer por coisas que, intimam[1] Mal acostumado. Araketu
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Lea
Em: 01/05/2022
Não adianta colocar culpa nisso ou naquilo,ela não sabe o que é ter caráter e comprometimento. E ainda vai estragar a vida da mulher que diz que ama,se realmente amasse a Marília não teria ido atrás dela e destruir sua família. Ela é egoísta e Marília uma tremenda filha da p***.
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