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  • CAPÍTULO 22: A CAMINHO DO ALTAR

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AINDA SEI, Ã? AMOR por contosdamel

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Palavras: 3275
Acessos: 1150   |  Postado em: 08/12/2021

CAPÍTULO 22: A CAMINHO DO ALTAR

Tudo caminhava para um período tranqüilo de preparativos para nosso casamento. Suzana reservara a Casa de Santa Teresa nesse mesmo bairro, não conhecia o local, mas me encantei ao constatar que a vista incrível do local era uma atração à parte: um jardim coberto com vista para a Baía da Guanabara, Pão-de-Açúcar e o Concorvado. O cenário não poderia ser mais espetacular. Suzana era uma carioca apaixonada pela cidade, e eu, me apaixonara pela cidade maravilhosa também.

 

                  Lista de convidados pronta, convites impressos e entregues. Minha noiva estava disposta a fazer uma grande festa para poucas pessoas, seria um casamento totalmente diferente do meu com Camila, que se realizou em um ambiente íntimo apenas para nossas famílias.

 

                  Suzana fez mistério sobre seu vestido, fazendo questão de não saber nada sobre o meu:

 

-- Amor, eu queria sua opinião poxa...

 

-- Não Isabela! Dá azar ver o vestido antes do casamento!

 

-- Suh eu me recuso a acreditar que você crê nessas superstições!

 

-- Superstição ou não, não vou dar chances para o azar, já tem olho gordo demais sobre nosso casamento.

 

-- Então só me fala que cor é seu vestido, para combinar com o meu...

 

-- Vestido de noiva é branco Isabela! No máximo, pode ser um champagne.

 

-- Han? Você vai mesmo vestida de noiva?

 

-- Você queria que eu fosse vestida de noivo?

 

                  Até aquele momento, acreditava que a cerimônia seria simples, à altura do que foi com Camila, vestidos discretos, elegantes como no meu primeiro casamento. Não tinha idéia que teria que usar vestido cheio de bordados e babados, aderindo a uma festa com pompa e circunstância tradicional, mesmo não sendo um casal convencional.

 

-- Isa, é meu primeiro e único casamento, quero tudo que tenho direito, inclusive chuva de arroz, véu, tudo!

 

-- Meu amor, não sabia que você nutria esse tipo de sonho romântico...

 

-- Isabela! Eu sempre fui romântica. Você fala do meu sonho de casamento como se fosse algo bobo, fútil...

 

-- Não meu amor... Não se trata disso. Acho fofo que você queira tudo isso, só me pegou de surpresa, mas, será tudo como você quer do jeito que você sonhou.

 

                  Desliguei o telefone rápido, disfarçando o pânico que tomou de conta de mim ao me dar conta que eu não estava pronta para um casamento dos sonhos que minha noiva aspirava. Virginia entrou no meu quarto enquanto eu pesquisava na internet endereços de ateliês e masons que poderiam fabricar meu vestido em menos de um mês, data de nosso casamento.

 

-- Quanta concentração! Algum artigo interessante?

 

-- Não Virginia... Estou pesquisando tema desconhecido para mim...

 

                  Virginia se aproximou e apertou os olhos quando se deparou com a página aberta no meu notebook.

 

-- Mason Langue d'arrivée? O que é isso Isa?

 

-- Suzana está se preparando para um casamento de princesa! Vestido longo, tradicional! Não posso aparecer no altar com um tubinho básico.

 

-- E você precisa achar um vestido de noiva tradicional agora? Isa falta menos de um mês! Essas masons só aceitam encomenda com no mínimo uns seis meses de antecedência!

 

-- Ah muito obrigada, agora você me deixou muito mais tranqüila! Que beleza de madrinha arranjei.

 

-- Desculpa Isa, mas, é a verdade.

 

-- E agora? Peço o vestido de Lívia emprestado?

 

-- Acho que se há uma lei universal, é a que bicha é antenada em moda, assim, acho que Bernardo pode nos ajudar, sempre tem um viado amigo de um estilista, enfim...

 

                  Virginia como sempre me dava uma solução sensata.

 

-- Bicha, preciso de você agora!

 

                  Bernardo não questionou, em pouco tempo chegou à minha casa:

 

-- Ai viada qual é a urgência?

 

-- Emergência matrimonial. Preciso de um vestido estilo Kate Midleton para me casar!

 

-- Han?  A essa altura? Seu casamento será em três semanas Isabela!

 

-- Muito bom saber que todos estão cientes da data do meu casamento, mas, preciso que vocês me ajudem a fazer com que esse casamento aconteça de fato, e preciso de um vestido!

 

-- Eu pensei que você usaria um sóbrio Dior caríssimo que você comprou mês passado.

 

-- Bê, acabei de descobrir que Suzana espera um casamento nos moldes tradicionais hetero!

 

-- Adoooro, contanto que eu pegue o buquê!

 

                  Bernardo falou revirando os olhos com a mão no peito.

 

 

-- Então, vamos torcer para você encontrar um vestido escândalo já pronto. Prepare-se, será uma peregrinação.

 

-- Você conhece alguma loja aqui? – Virginia perguntou.

 

-- Aqui não terá nada a altura de minha assessoria luxo! Vamos para São Paulo amanhã mesmo, o que não se encontra em Sampa, não se encontra mais em nenhum lugar do mundo!

 

                  E lá fomos nós para São Paulo, numa missão de compras nunca esperada por mim. Escondi de Suzana minha epopéia, antes que ela deduzisse meus preparativos de última hora.

 

                  A palavra foi mesmo peregrinação. A empolgação de Bernardo me dava um ânimo a mais para continuar de loja em loja provando vestidos que mais pareciam com bolos cheios de camadas, nada me agradava. O pior era responder:

 

-- Casamento ás pressas? Tem um bebê a caminho? O noivo está apressado?

 

                  Ignoramos as perguntas invasivas. Bernardo exigia modelos modernos se tornando um personal stylist chato para as vendedoras. Encontramos enfim meu vestido em uma loja de vestidos importados, tive que conter os ânimos de meu amigo que dizia:

 

-- Ai eu quero provar esse!

 

-- Bicha se controla! Esconda a alça do sutiã!

 

                  O bom gosto de Bernardo era indiscutível, encantei-me com o vestido, e até pude compreender o porque de tantas mulheres sonharem com esse tipo de tradição.

 

                  Convicta de que nossa missão fora cumprida pedi:

 

-- Vamos comer alguma coisa e voltar pra Campinas Bê.

 

-- Está louca? Ainda temos muito que fazer aqui.

 

-- O que?

 

-- Se Suzana quer casamento tradicional, a noite de núpcias também será nesses moldes. Vamos comprar lingerie especial para a lua-de-mel.

 

-- Ai Jesus...

 

-- Vamos dar uma passadinha num sex shop também.

 

-- Bernardo não exagera...

 

-- Ah racha! Tradição tudo bem, mas vocês são sapas! Não dá pra ser tudo certinho...  Agora vou te contar viu, a sua noiva é contraditória. Preparando um evento “tradicional” e não abre mão do pagamento da aposta!

 

-- Ah! – gargalhei- Já está pronta sua fantasia?

 

-- Modéstia a parte... Mentira, nem conheço essa palavra modéstia... – Gargalhou – Está um luxo, define bem meu abdome tanquinho, e realça meus seios firmes.

 

                  Balancei a cabeça negativamente.

 

-- Ai meu Deus, e lá se foi toda elegância do meu casamento de princesa...

 

-- Vamos às compras!

 

                  Nunca me imaginei entrando numa loja daquelas, até a vendedora parecia ter voz de uma atendente de telesex*. Bernardo perguntava sobre apetrechos com propriedade, só de ouvir os termos meu rosto ruborizava, e desejava que o chão se abrisse tamanha era minha vergonha. A cada alarme de alguém entrando pela porta da loja meu coração saltava e tinha o impulso de me esconder temendo encontrar uma pessoa conhecida.

 

-- Isabela, tá bom esse tamanho de cinta?

 

-- Está maluco? Fala baixo, ninguém da Avenida Paulista escutou!

 

-- Isa deixa de ser puritana! Com vibrador ou sem?

 

-- Bernardo, eu vou te matar!

 

                  A meia hora que ficamos ali pareceu uma eternidade para mim, mas, ao final já estava me divertindo e tendo idéias com os brinquedos, óleos e lingeries que comprei. Voltamos para Campinas no final do dia, a meu ver, pronta para me casar.

 

-- Isa, e a lua-de-mel, já decidiram pra onde vão?

 

-- Não, Suzana não me falou nada.

 

-- Amiga, ela programou todo o casamento, porque você não faz uma surpresa providenciando a lua-de-mel?

 

                  Fiquei pensativa, fazendo suposições e conclui:

 

-- Acho que sei aonde vou levar Suzana em nossa lua-de-mel.

 

-- Amiga deixa eu te perguntar outra coisa... A bruxa da Pietra não incomodou mais?

 

-- Por incrível que pareça não, e esse silêncio dela está me causando arrepio.

 

-- Afe! Devolve pro mar essa oferenda!

 

-- Suzana diz que estou com mania de perseguição. Que tem certeza que Pietra percebeu que ela não a queria mais e se conformou, eu duvido muito. Acho que ela fez uma retirada estratégica, que está preparando um bote.

 

-- Acho que você está certa.

 

                  Os dias se passaram rápido e com eles os preparativos para o casamento. Encontrávamos sempre nos finais de semana Suzana e eu, e não conto as vezes que discutimos por detalhes, minha noiva estava obcecada por fazer uma cerimônia cinematográfica, enquanto eu defendia algo mais aconchegante e simples.

 

-- Isa não pensa pequeno! É um evento que sonhei desde que te conheci! Quero violinos, quero dama de honra, e tudo mais!

 

-- Só falta você querer desfile em carro aberto. – Ironizei.

 

-- Ótima idéia! Carruagem, o que acha?

 

                  Suzana foi sarcástica, visivelmente contrariada com minha idéia de discrição na cerimônia.

 

-- Não tenho porque ficar me escondendo, somos um casal com todos os direitos que outros, apesar desse país atrasado não reconhecer isso.

 

-- Concordo que somos, mas não acho que ostentação, e tudo mais que está envolvido nessa sua produção nos torne um casal “mais normal” diante da sociedade.

 

-- Você está completamente apática ao nosso casamento, não sabe como isso me magoa.

 

-- Meu amor, não há apatia alguma! Só não acho que todo esse circo se pareça conosco, com nossa história.

 

-- Circo? É isso que você acha que nosso casamento é? Meses de preparação, me apegando em cada detalhe para fazer o dia do nosso casamento perfeito e você acha que isso é um circo? Então vejo que a palhaça aqui já fez seu número. Estou voltando para o Rio, Isabela, se você ainda quiser protagonizar o espetáculo, compareça daqui a uma semana.

 

-- Suzana! Você acabou de chegar! Pare com isso... Essa deve ser a vigésima vez que discutimos por causa dessa festa, sei que você quer tudo perfeito, mas será que você não percebe que só o fato de nós duas darmos esse passo depois de tantos empecilhos já torna nossa união especial o suficiente? Você precisa promover um show desses? Amor uma festa para duzentos convidados, eu não conheço nem cinqüenta pessoas dessa lista, pessoas que não conhecem nossa história, que não tem o menor comprometimento conosco...

 

-- Mas eu conheço, e quero compartilhar com essas pessoas oras!

 

-- Está vendo, tudo é seu querer. Eu quero assim, eu quero fazer assim, quero que seja assim... Em nenhum momento você me perguntou se eu queria isso. Não planejamos juntas, achei maravilhosa sua empolgação, comovente, mas está sendo mais uma festa para os outros do que para nós, ou para as pessoas que valorizam nossa felicidade.

 

-- Isabela quem apóia nossa união? Meia dúzia de pessoas, todas as outras torcem pra que eu te traia de novo e você dê razão a eles. Não planejamos juntas por que você queria um ajeitadinho entre meia dúzia de pessoas, como se estivéssemos nos escondendo.

 

-- Não se trata disso! Meu casamento com Camila foi simples, discreto e lindo...

 

-- Ah! Novidade meu bem: não sou Camila. E por isso mesmo não quero nada parecido com o que foi seu casamento com ela.

 

-- Que pena Suzana que você não quer que nosso casamento seja parecido, por que foi muito feliz, e é o que mais desejo me casando com você.

 

-- Ainda está em tempo de você desistir.

 

                  Suzana falou com os olhos marejados, exibindo uma mágoa injusta. De alguma forma, suas palavras, sua atitude me feriram em uma proporção gigantesca, tudo que não precisávamos há uma semana de nosso casamento.

 

-- Se você não desistir, do circo, do show, a hora e o endereço estão nos convites.

 

                  Saiu de minha casa sem olhar para trás. Não tive energia para correr atrás dela, talvez por orgulho, ou quem sabe por raiva, apenas deixei-a partir, amargando mais uma vez o ressentimento de comparar minha futura mulher com Camila, constatando mentalmente que esta, nunca agiria dessa forma comigo.

 

                  A semana que deveria ser de uma ansiedade boa foi pura angústia. Nossos telefonemas eram frios, e uma sucessão de troca de farpas entre nós, o que aumentava uma ferida insensata, surreal entre duas pessoas que tanto lutaram para ficar juntas às vésperas da concretização de um sonho.

 

                  O sonho de Suzana agora se configurava em pesadelo para mim agora. Sentia-me confusa com as reações dela, e insegura sobre nosso relacionamento. Até minha motivação para a lua-de-mel surpresa que preparava para Suzana, arrefeceu. Antes de me licenciar do trabalho para o casamento, Virginia chegou a meu consultório sondando meu estado de ânimo, considerando que ela foi a principal testemunha do meu abalo na última semana.

 

-- E então, como você está?

 

-- Sinceramente Virginia, eu não sei te dizer. Estou aqui confirmando as passagens para a lua-de-mel, mas sem a menor empolgação. Suzana está sendo surpreendentemente infantil. Não era esse o clima que eu esperava ás vésperas do nosso casamento.

 

-- Tenho certeza que nem ela Isa.

 

-- Mas estamos assim por causa dela! A intransigência dela!

 

-- Você quer ser feliz ou ter razão?

 

-- Han?

 

-- Isa, você tem sua razão nisso tudo. Eu detestaria que decidissem tudo sobre meu casamento sem ser consultada, que convidassem pessoas que eu não conheço, que a cerimônia fosse o oposto do que eu desejo, enfim, odiaria que minha noiva me colocasse na situação que Suzana te deixou. Mas, em contrapartida, eu preferiria abrir mão de minha vontade, da minha razão, pra fazer a pessoa que eu amo feliz, por que minha felicidade é fazê-la feliz. Por isso, te pergunto, você quer ser feliz ou ter razão?

 

-- Nossa... Virginia você tem certeza que não quer casar comigo?

 

                  Brinquei, arrancando um sorriso divertido de minha madrinha de casamento depois de me dar um tapa no ombro.

 

-- Minha amiga vai ser muito feliz ao seu lado... – Comentei me referindo a Olivia, encarando Virginia com carinho.

 

-- Pois é, mas não somos eu e Olivia que vamos nos casar em três dias e nem estou com crise de amor próprio ferido por que minha noiva não quer atender meus desejos.

 

-- Você torna as coisas tão pequenas...

 

-- Você quis dizer que eu simplifico as coisas?

 

-- Não, quis dizer que você minimiza as coisas. Virginia você já pensou o que pode ser meu futuro com Suzana se ela se mostra assim tão irredutível em pequenos detalhes? Imagine em grandes questões como filhos por exemplo.

 

-- Isa, uma coisa de cada vez... A convivência vai exigir que vocês duas cedam em pontos de vez em quando, nessa questão específica, acho que não custa nada você proporcionar o casamento dos sonhos para sua noiva.

 

-- E se eu acostumar Suzana a sempre abrir mão de minha razão a favor da felicidade dela?

 

-- Aí não será um casamento, será uma escravidão, tenho certeza que nem você, nem ela querem isso. Vocês se amam, encontrarão um jeito de se entender.

 

                  Encantava-me a maturidade precoce de Virginia, sua sensatez era vital para meu equilíbrio. Respirei fundo, e interiormente decidi engolir meu orgulho, e simplesmente fazer todas as vontades de minha noiva, e para provar minha disposição antecipei minha ida para o Rio, com uma missão específica: retomar o clima harmonioso entre nós, para tanto, deixei minha veia romântica fluir, preparando uma surpresa para minha linda noiva.

 

                  Fui direto para casa de Olívia, não era ainda nem oito da manhã quando cheguei, com certeza, ela me ajudaria nos meus planos. Soube através de Vitor, que naquele dia, Suzana passaria o dia todo atendendo na comunidade, precisava de um cúmplice e meu cunhado era mais que perfeito para o cargo. Olivia estava empolgadíssima em preparar a tal surpresa para Suzana, com um adendo: não parava de repetir “Ai que fofo, vou chorar!”. O condomínio onde se localizava a comunidade que Suzana assistia, tinha uma vantagem para meus planos: inexistência de prédios altos em volta, assim, facilmente minha surpresa seria vista por Suzana.

 

                  Com todos os preparativos a postos, no final da tarde, nos encaminhamos até a comunidade onde Suzana estava. Antes de entrarmos nos asseguramos que nossos planos estavam de fato milimetricamente cronometrados. Olivia enviou mensagem para Vitor quando avistamos no céu o monomotor se aproximando arrastando a faixa com a frase: Suzana eu te amo.

 

                  Meu desejo era ver a expressão dela ao avistar minha declaração de amor, mas ainda não era hora. Minutos depois subi na carruagem alugada, e entrei no condomínio conduzida pelo chofer devidamente trajado como um súdito real e me apresentei a Suzana que perplexa me observava descer do transporte. Trêmula e emocionada segurei suas mãos e disse:

 

-- Meu amor você merece o casamento dos seus sonhos, digno de uma rainha por que é isso que você pra mim. Perdoe-me por ter complicado as coisas pra nós até agora, mas, prometo te dar o dia mais perfeito de sua vida, mais do que você sonhou, assim como serão todos os dias de nossa vida de casadas.

 

                  Suzana não conseguiu falar nada, as lágrimas brotaram numa fluência descomunal, agora éramos nós duas trêmulas. Abracei-a tenramente sentindo os seus soluços e seu coração acelerado. Enxuguei suas lágrimas com o dorso de minha mão delicadamente, e enxerguei o lindo sorriso de Suzana se desenhar.

 

                  Beijei seu sorriso.

 

                  Ouvi aplausos dos que cercavam o cenário de minha declaração de amor, e mais do que aplausos, ouvi o barulho da terceira parte do meu plano se aproximando. E para que a surpresa fosse completa, beijei Suzana vorazmente para que ela não se distraísse com nada mais que não fosse minha boca, e enquanto nossos lábios se entregavam no selo de nossas pazes, uma chuva de pétalas de rosas se derramou sobre nós de um helicóptero.

 

                  Suzana se perdia entre lágrimas emocionadas e sorrisos me olhando coberta de pétalas de rosas. Virginia tinha razão: minha felicidade era fazê-la feliz, ver seu sorriso, me encheu do sentimento mais pleno que me motivaria a fazer da felicidade de minha mulher uma missão doce e gratificante.

 

-- Você é doida Isabela Bitencourt!

 

-- Completa e totalmente doida por você meu amor, minha mulher.

 

-- Amo você...

 

                  Suzana me puxou para seus braços ignorando o alvoroço instalado com o vento forte que espalhava as pétalas no chão e os cabelos das pessoas, provocado pela partida do helicóptero dali, abraçando-me de uma maneira quase violenta:

 

-- Eu senti tanto sua falta esses dias meu amor... Temi tanto que você desistisse de mim. – Suzana desabafou.

 

-- Não vou desistir de você nunca meu amor, nunca.

 

                  Beijei-a mais uma vez, transmitindo-lhe a veracidade de minha declaração com o calor de meu beijo, afastando qualquer sentimento menor que atrapalhava nossa felicidade.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 22 - CAPÍTULO 22: A CAMINHO DO ALTAR:
Lea
Lea

Em: 18/12/2021

Isabela arrasou,mas ainda não sei,estou achando a Suzana muito autoritária!

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 10/12/2021

Uau! Que lindo. Isa arrasou demais.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 08/12/2021

Essas duas...vivem se bicando mas cada uma com um pouco de razão, não é fácil competir com a Camila... Mas Isa foi muito fofa agora, Susana merece uma declaração e carinho desses :)

Responder

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