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  • CAPÍTULO 53- LIÇÃO 47: Ser sincero não é ser inconveniente

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MANUAL NADA PRÁTICO PARA SOBREVIVER A UM GRANDE AMOR por contosdamel

Ver comentários: 6

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Palavras: 3134
Acessos: 1626   |  Postado em: 04/12/2021

CAPÍTULO 53- LIÇÃO 47: Ser sincero não é ser inconveniente

Ter Marcela de volta à minha vida, agora com meus sentimentos claros, e os dela também, colocaram uma data limite para tomar outras decisões na minha vida, como o meu futuro em Oxford. A pesquisa continuava acontecendo, mas, desfechos importantes que anunciassem uma conclusão nos estudos estavam muito longes de acontecer.

 

            Contudo, voltar para Inglaterra não me parecia algo plausível por inúmeras questões, por meu pai, que agora tinha uma condição de saúde débil, eu sentia que precisava estar mais perto dele, o susto do infarto do papai provocou em mim o pavor da fragilidade da vida. Outra questão que era motivo para minha volta: meu relacionamento com Ivy, já não era mais uma razão, apesar de não resolvido oficialmente, era certo que o avançar daquela relação seria um fracasso que me custaria um desgaste em poucos anos, a constatação dessa hipótese como verdadeira aconteceu graças ao que experimentava ao lado de Marcela. Finalmente o motivo fofo e apaixonado que preencheu meus dias com sorrisos e suspiros, brilho e fogo, ela: Marcela.

 

            Ela sabia que meus dias em São Paulo tinham um prazo, ela tratou de enchê-los de amor, como se precisasse me conquistar de novo. Eu não conseguia disfarçar minha felicidade, meus pais perceberam, e Celina se achou a grande fada madrinha responsável pelo conto de fadas. Deixou isso claro quando me chamou para almoçar alguns dias depois do nosso porre épico.

 

-- Luiza, você me deve essa, sabe disso, não é?

 

-- Devo o que, Celina? Você ao menos se lembra do que aconteceu naquela noite?

 

-- Eu não, mas a Nádia, sim!

 

-- Devo supor que a Nádia é sua mulher, a motorista misteriosa que me levou até o apartamento da Marcela.

 

--Isso! Quando percebi nosso estado, liguei para ela, tadinha, estava saindo da clínica dela, e foi nos rebocar. Imagina eu e você desmaiadas em um “Uber”, o que seria de nós.

 

-- Você nem pra me dizer que estava casada! Ficou lá me analisando e não me atualizou de nada da sua vida... Ai que vergonha, Celina, preciso recuperar minha reputação com sua mulher, o que ela deve pensar de mim?

 

-- Que você é uma pinguça chata e chorona...

 

-- Chorona?

 

-- Ah Luiza... Você começou uma choradeira, repetindo que ia perder a Marcela, depois chorou por que ia perder Ivy e o Ben, nossa! Como você chorou, e o pior você reclamava suas lamúrias em inglês, depois misturava tudo. Eu só me lembro de ter escondido seu celular porque você tentou desbloquear várias vezes passando sua face pela tela sem conseguir parar em frente ao aparelho e errava a senha... Esses celulares tem mesmo inteligência artificial viu... Você “gravou” vários áudios, para Marcela, para Ivy, até para sua mãe, aí depois você dizia: “uai, apagou, será que foi?”.

 

            Gargalhamos, apesar da minha gargalhada, que não era tão relaxada quanto a de Celina, suponho... Meu esfíncter anal estava bem tenso, se é que vocês me entendem.

 

-- Certeza que “não foi”? – Perguntei receosa.

 

-- Claro que não, você estava segurando só o case, Luiza! Igual esses vídeos do TikTok.

 

            Dessa vez, eu gargalhei imaginando a cena.

 

-- Você está de sacanagem comigo, Celina.

 

-- Sabia que não acreditaria, veja com seus próprios olhos.

 

            Celina me entregou o celular dela, e para meu total espanto, ela não mentiu. Eu segurei o case do meu celular com o dedo exatamente na lateral direita inferior, “gravando” declarações de amor para Marcela e pedidos de perdão a Ivy, claro, misturando palavras e limpando lágrimas.

 

-- Oh my God... Jesus, pela misericórdia, delete esse vídeo, Celina!

 

-- Nem por decreto! Luiza, eu vou guardar isso com todo cuidado, vai que eu precise usar contra você um dia! Além do mais, esse daí é só parte de uma coletânea. A Nádia gravou vários com você dentro do carro, chorando e cantando, ordenando que ela te levasse para casa de Marcela, ameaçando dar só uma estrela para ela.

 

-- Jesus amado! Que vergonha... – Disse com as mãos na cabeça. – Peça desculpas a sua mulher por mim...

 

-- Eu não! Assuma seus “BOs”, doutora!

 

-- Você se lembra que se ofereceu para fazer um ménage a trois com Marcela e eu, na porta do apartamento dela, na frente da sua mulher? – Foi minha vez de apavorar Celina.

 

-- Eu o que?

 

-- Marcela também tem o vídeo, provando seu convite... Que tal trocarmos as gentilezas de apagar essas provas de crime uma da outra?

 

Celina estreitou os olhos, claramente duvidando da minha história. Eu me mantive firme, fingindo normalidade.

 

-- Luiza você mente tão mal! Imagina se eu ia excluir minha mulher de uma suruba!

 

            Celina gargalhou e eu entreguei os pontos, joguei o guardanapo na mesa.

 

-- Mas que droga! Você parece que a conhece muito bem, mas não me falou dela ano passado quando conversamos, faz quanto tempo que estão casadas?

 

-- Ah, de casamento temos pouco mais de seis meses. Mas, eu conheço a Nádia de uma vida toda! Ela sempre estava no meu “rebuceteio”, desde a faculdade, a exceção nesse círculo é você, Lu.

 

-- Sério? Então ela é do Rio também?

 

-- Não, ela é capixaba, mas fez faculdade no Rio, quando nos conhecemos. Estávamos sempre no mesmo grupo de amigas, sabe como é nesse mundo né... Quando eu e você estávamos namorando, ela estava fazendo mestrado e outra residência aqui em São Paulo, mas com certeza você conhece alguma ex dela.

 

-- Será?

 

-- Podemos fazer uma reunião para descobrir as linhas do rebuceteio que nos une...

 

-- Não sei se consigo encarar sua mulher depois do que fiz ela passar, estou muito envergonhada, Celina. Nem lembro direito das coisas.

 

-- Luiza, para de bobeira. Você vai adorar a Nádia, acho até que vocês se parecem, controladoras, certinhas...

 

-- É seu ponto fraco né? Mulheres como eu? – Brinquei.

 

-- É tenho essa queda por mulheres intensas. Mas, sosseguei, estou muito feliz com Nádia, pode perder suas esperanças a meu respeito.

 

-- Ah que pena, nada de suruba?

 

-- Olha, não foi isso que falei...

 

Gargalhamos.

 

-- Você falou que ela veio fazer residência aqui, em infectologia também?

 

-- Não, não. Ela já tinha feito ginecologia e obstetrícia no Rio, ela veio fazer residência em reprodução assistida, e ela é uma das melhores daqui, Luiza.

 

-- Não sei se acredito em você, olha a baba escorrendo aqui no canto da boca.

 

            Peguei o guardanapo e enxuguei a boca de Celina.

 

-- Idiota! Estou falando sério, pow! Clínica lotada sempre, isso dá dinheiro, Luiza...

 

-- Eu imagino...

 

-- Até quando você fica por aqui?

 

-- Até o final do mês, provavelmente.

 

-- Vamos preparar um jantar para você e Marcela, assim, a gente junta as memórias daquela noite.

 

            Meu almoço com Celina foi divertido, mas o dia não foi perfeito. As farpas que minha mãe deixava escapar desencadearam uma conversa tensa com meu pai.

 

-- Vai dormir fora de casa de novo?

 

-- Isso incomoda o senhor?

 

-- Sinceramente, sim, Luiza. Não é possível que isso seja certo com sua namorada.

 

            Desde minha última discussão com Ivy, por chamada de vídeo, nossa troca de mensagens foi fria e monossilábica. Todas as vezes que meu pai perguntava por ela e por Ben, eu me esquivava, essas eram as oportunidades que minha mãe aproveitava para expor o óbvio para o papai. Por isso a pergunta dele me perturbou, eu precisava medir bem as palavras para abrir meu coração para meu pai.

 

-- Todo esse tempo em que esteve na Inglaterra com ela, você me afirmou várias vezes que queria constituir uma família com ela, você me contou seus planos, me falou do seu afeto pelo garoto. O que aconteceu, Luiza? O que mudou?

 

-- Não mudou meu afeto pela Ivy e pelo Ben, papai. Eu realmente tinha planos com ela, acreditava que era com ela que eu queria constituir uma família, paizinho.

 

-- Acreditava? Não acredita mais?

 

-- Não, papai.

 

-- Então, sua mãe estava certa, pensei que era tudo implicância dela.

 

-- Como assim, pai? Mamãe estava certa em que exatamente?

 

-- Não importa, Luiza. Você é uma mulher adulta, não precisa nos dar satisfações.

 

            Meu pai falou com um tom decepcionado, isso me inquietou.

 

--Papai, o fato de eu ser adulta, e não te dever satisfações, não quer dizer que o senhor não possa conversar comigo sobre coisas que incomodam o senhor. Nunca tivemos problemas em conversar, e isso não mudou.

 

-- Então serei objetivo. Você está traindo a Ivy?

 

-- Paizinho, não é tão simples assim...

 

-- Ora, Luiza! Como não é tão simples? Você passou a vida toda dizendo que não havia diferenças entre um casal de homem e mulher e um casal de mulheres, cansei de intervir em rusgas entre você e sua mãe, e agora você me diz que não é tão simples assim definir traição? Você está ou não se relacionando com outra mulher aqui em São Paulo?

 

-- Sim, estou... Mas...

 

-- Então é simples a resposta: você está traindo, e sua mãe estava certa.

 

-- O que exatamente a mamãe disse?

 

-- Não vou colocar mais lenha na fogueira, você e sua mãe se estranham demais e eu sempre fiquei do seu lado, mas, dessa vez, você está errada, Luiza. Não foram esses valores sobre fidelidade e compromisso que nós te ensinamos.

 

            Baixei meus olhos, não tinha como contra argumentar.

 

-- Eu sempre achei que a essa altura da vida, eu já teria netos... Minha filha, você não tem que atender às minhas expectativas, ou da sua mãe, a vida é sua, e de coração só queremos sua felicidade. Achei que você finalmente tinha encontrado alguém que iria dividir a vida, sempre me falou que era isso que você queria... E agora...

 

-- Papai, eu sei está decepcionado comigo, mas, ao contrário do que o senhor está pensando, eu não estou traindo a Ivy por aventura. Eu nunca fiz isso, eu sou leal, sempre fui, principalmente aos meus sentimentos, estou com alguém que eu amo, que eu deixei no Brasil por que não estávamos no mesmo momento de vida, mas continuamos a nos amar, só quando a reencontrei por obra do acaso, ou do destino depois desses anos fora do Brasil, eu entendi que é com ela que eu quero estar.

 

-- E você já comunicou isso a moça da Inglaterra?

 

-- Ainda não, papai, mas eu vou fazer isso.

 

            Meu pai balançou a cabeça, no olhar dele eu vi a decepção, a frustração. Ele sempre esteve disposto a me defender, a me apoiar, mesmo que isso causasse desconforto entre ele e mamãe e até entre outras pessoas da família, por isso, me doeu a expressão dele. Ele era meu exemplo de amor e dedicação em um relacionamento, me inspirava nele, naquele dia foi a primeira vez que o notei desapontado comigo.

 

            Minha noite com Marcela foi bem diferente do que planejávamos, acabei levando essa bagagem emocional tensa da conversa com meu pai, o que obviamente não foi confortável para ela.

 

-- Parece que a sua namorada tem um sogro dedicado...

 

-- Para, Mah... Não se trata disso. A decepção dele é pela minha atitude, não é por causa da Ivy. E ela não é mais minha namorada, você é minha namorada.

 

-- Nesse momento eu sou a outra, Luiza. Seus pais acham isso, seus amigos achariam se soubessem.

 

-- Isso é temporário, Mah. Vou resolver isso, amanhã mesmo eu encerro essa história. Eu teria conversado com ela hoje, mas ela não retornou minha ligação, ela está me evitando desde que brigamos.

 

-- Mesmo que você oficialize, ainda serei a mulher que acabou com seu relacionamento.

 

-- Não, Mah. Sabe que não é assim, basta que o papai te conheça melhor e ele logo vai se encantar com você, ele já te conhece do hospital, a mamãe também, eles vão se lembrar quando eu falar que já te apresentei a eles no passado, vão entender que você não acabou nada...

 

Marcela não estava segura, e eu tinha culpa nisso. Não seria um reinício fácil, se estava complicado com meu pai que sempre me apoiou em tudo, imagina como seria quando eu revelasse a Clarisse e Cris, sobre minha nova história com Marcela. Achei que seria uma boa estratégia aproximá-la de meus pais, ao menos assim, teria a chance de mostrar para ela que eu não tinha nenhuma intenção de conformá-la no papel de vilã destruidora de relacionamentos.

 

Aproveitei-me do fato do papai ter consulta no HCor, e sugeri a Marcela que acompanhasse a Dra. Ana Carolina, assim como ela fez na triagem.

 

-- Malu, não acha que está forçando a barra? Não é muito cedo?

 

-- Não precisamos nos apresentar como namoradas aos meus pais, só quero que eles te conheçam melhor, Mah. Quem sabe possamos tomar um café, conversar um pouco fora do consultório... Meu amor, você é encantadora, meus pais vão se derreter com seu sorriso charmoso...

 

-- Sei não heim...

 

            Meu plano nada mirabolante era despretensioso, mas eu acreditava que era mesmo uma questão de tempo, para Marcela conquistar a admiração e respeito dos meus pais. Tudo corria muito bem, Dra. Ana Carolina deixou meu pai aos cuidados da “mais brilhante e promissora cardiologista do Hcor”, essa foi a descrição que ela utilizou quando saiu do consultório, deixando a condução da consulta a cargo do meu amor.

 

-- Você é muito jovem para ser uma médica tão importante! – Papai falou.

 

-- Eu disse a mesma coisa, Antônio. – Mamãe falou com um tom provocativo me encarando.

 

-- Eu sou parte de uma grande equipe que está dedicada ao tratamento do senhor, todos nós somos importantes por aqui, senhor Antônio. Mas, vou confessar uma coisa: o senhor é nosso paciente VIP! Todos querem ser médicos do senhor, viu...

 

-- Ah, eu? Que é isso doutora, sou só um velho doente.

 

-- Não, senhor! É o queridinho das enfermeiras e enfermeiros, ficam falando das histórias do Seu Tony, pessoal da fisioterapia está falando até em ir conhecer Petrópolis. Dona Helena, todo mundo conhece a senhora por causa das histórias do seu marido.

 

            Meu pai abriu um sorriso largo, e para minha surpresa minha mãe também. Nada poderia estar mais perfeito para meu plano. Na consulta, Marcela foi super didática nas orientações, sendo paciente em explicar tudo a minha mãe acerca da manutenção do cardioversor, notei o quanto ela estava à vontade com meus pais, ao final senti que era a minha vez de agir naquele plano.

 

-- Doutora, aceita tomar um café conosco?

 

            Marcela me olhou com uma grande interrogação na testa.

 

-- Luiza, a doutora deve ser muito ocupada. – Mamãe contestou.

 

-- Quer saber? Posso dar uma pausa, vamos na cantina aqui mesmo, quem sabe o Seu Tony aqui, me conta uma história inédita pra eu me gabar com o pessoal da UTI.

 

            Meu pai já estava todo bobo se sentindo o paciente VIP da jovem médica. Passamos quase uma hora na cantina escutando meu pai narrar histórias da sua juventude, as quais eu conhecia a maioria, mas, pouco me importava em ouvir tudo de novo, vez por outra minha mãe o corrigia nos detalhes.     

 

            Tudo ia bem, bom demais para ser verdade. Em meio ao clima de descontração, fomos interrompidos abruptamente por uma mulher alta e imponente, vestindo pantalonas elegantes, blusa de seda, “scarpin” vistoso, figurino nada comum para uma médica naquele hospital, contudo era isso que estava escrito no seu crachá.

 

 

 

-- Ah, Marcela! Estou te esperando faz mais de meia hora, e você nem para atender o celular?

 

 

 

            A cara de desaprovação de Marcela para a falta de educação da colega médica não foi nada discreta.

 

 

 

-- Boa tarde, doutora Paula. Esse é o senhor Antônio, paciente do nosso estudo clínico, e essa é família dela, sua mulher e sua esposa.

 

-- Perdoem-me. Boa tarde, sinto muito por interrompê-los, é que a Doutora Marcela tem outro paciente esperando por ela, e veio de Ribeirão Preto para a consulta. Vamos, Marcela?

 

             Marcela se levantou, se despediu de nós formalmente. Observei as duas saindo da cantina conversando com uma intimidade que me provocou um frio na espinha. Uma sensação estranha, podem chamar de intuição, mas aquela Paula, não me desceu, e não foi só por que ela estragou o clima do meu plano perfeito, acho que foi mais pela mão dela na cintura de Marcela e a proximidade da boca dela no ouvido do meu amor. Aquela imagem se repetiu na minha mente o resto do dia, me assombrou.

 

            Minha tentativa de falar com Ivy naquele dia outra vez foi frustrada, eu tinha pressa em esclarecer nossa situação, não podia mais ser protelada, mas, essa não era a intenção dela, ignorou minhas chamadas, apelei enviando uma mensagem:

 

-- “Ivy, precisamos conversar, não podemos adiar esse assunto. Por favor, ligue-me quando puder.”

 

            Naquela noite, segui para o apartamento de Marcela, no dia seguinte conforme sua agenda, ela viajaria para suas consultas em Ribeirão, agindo como duas apaixonadas que éramos, dois dias separadas seriam uma eternidade, aproveitar cada minuto juntas naquela noite era imperativo.

 

-- Mah, acho que meu plano deu certo. Não acha?

 

-- Eu sou irresistível, Malu. Claro que deu certo!

 

-- Quando você aprendeu a ser tão modesta?

 

-- Amor, a maturidade ensina muito...

 

            O novo jeito divertido de Marcela era um tempero a mais no nosso relacionamento, junto com a sua segurança, eu me via a cada dia mais apaixonada. Mas a imagem que me assombrou a tarde toda voltou à tona, e fingindo normalidade quis saber:

 

-- Amor, estava tudo indo tão bem, até aquela mulher chegar... Quem é ela? Vocês pareciam íntimas...

 

-- A Paula?

 

            Naquele exato momento, o barulho na porta nos surpreendeu: era a própria.

 

 

 

-- Paula? Mas, o que faz aqui? – Marcela se assustou.

 

-- Eu vim passar a noite, como combinamos, o de sempre! Espera, essa é a filha do seu paciente?

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Hi girls!

Cumprindo a promessa, ainda é sábado não é?

Meninas, estou adorando os comentários de vocês, desculpa se não consigo responder todos, espero que estejam curtindo esse desenrolar, ainda teremos algumas surpresas reservadas.

Beijos a todas, até a próxima!


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Comentários para 53 - CAPÍTULO 53- LIÇÃO 47: Ser sincero não é ser inconveniente :
theycallmeangel
theycallmeangel

Em: 08/12/2021

Que capítulo maravilhoso! E completamente torta de climão com essa Paula, hein? Já prevejo confusão no próximo capítulo!!

Responder

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Naiara Gopin
Naiara Gopin

Em: 07/12/2021

Parece que teremos uma turbulência no relacionamento, MaLu...

Parabéns! Acho incrível a sua escrita! 

Ansiosa pelos próximos capítulos...

 

 

 

 

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 05/12/2021

Eita lasqueira agora danou foi tudo.

Responder

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LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 05/12/2021

Mas e agora essa sirigaita aí aparecendo das trevas?? Paula, colega, sei...rsrsrs Nossa autora querida inventando moda agora no final? Ai,ai,ai... Aguardemos as explicações.

Continuo me divertindo com o porre da Luísa :D Quanto as respostas dos comentários sem stress, procuro fazer para dar retorno às autoras, várias dizem o quanto é importante, então vambora. E antes que me esqueça,xô Paula! 

Bom final de semana!


Resposta do autor:

Essa sirigaita vai ter uma função... aguardem.

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 05/12/2021

Quem é essa Paula na ordem do dia?

Deve ser alguma "amiga" da Marcela

Luíza já vai querer ir embora, tomar outro porre, voltar para Inglaterra, casar com a inglesa, adotar o Ben, comprar um dog e nunca mais voltar ao Brasil kkkk

Luíza, Liga para Celina e cante: "Meu mundo caiu!" Kkkkk

Mel! Você gosta de provocar a Luíza, né? Antes era a amiga Milena, agora a Paula. Você sempre coloca uma pulga atrás da orelha da pobre. rsrsrs

Luíza! Você também tá foda, hein? Toda mulher que se aproxima da Marcela você já acha que tem/teve/terá algo com sua namorada. Cara! Ela está com você! Quanta insegurança Batman kkkk

Que Marcela  deixe tudo claro para Luíza sobre a Paula. Deve ser uma amiga!


Resposta do autor:

Adoro provocar a Luiza sim!kkkkk

Ela não pode agir como agiu anos atrás, então vamos esperar para revelar quem é essa no jogo do bicho, ou seria no recbuceteio?

Responder

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Rafaela L
Rafaela L

Em: 05/12/2021

Oi Mel! Boa noiteee!!

Esses drinks fizeram muito bem a Luíza hahahaha

Olha!! Sou team Marcela.Mas, o certo é justo! 

Só espero q a IVy n apareça de surpresa ..na terra tentativá d ajustar a relação. 

E tava bom demais ver a Marcela livre.Quem é essazinha Dr.Marcela? n inventa moda.Eu hein! A Luiza n é tão evoluída assim n hein!( ninguém apaixonada é! )

Trate de se explicar no capítulo 54 de amanhã!!!

No máximo,segunda.Né Mel? 

Beijos bom fim d semana#


Resposta do autor:

Rafaela, filha de Deus, eu tenho um monte de aluno esperando nota de prova para saber se reprovaram direto ou ainda tem chance na final...kkkkkkk

Espero postar no meio da semana.

Vale lembrar que Marcela não passou 4 anos vivendo celibato viu...

Responder

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