Nos encaminhamos ao quarto, em meio a beijos e sussurros. Quando chegamos perto da porta, Aretha me olhou com um brilho diferente no olhar. Engoli em seco, será que eu estava pensando certo?

-- Tem uma surpresa pra você aí dentro, espero que goste. - Falou sem desviar o olhar do meu.

Quando abri a porta, o quarto estava com velas aromáticas espalhadas em locais estratégicos, dando um toque lindo no ambiente. Pétalas de rosas vermelhas estavam espalhadas pelo chão e pela cama e um letreiro iluminado na cabeceira da cama com os dizeres: "fica comigo?".

Passei o olhar pelo quarto atentamente e meus olhos ficaram um pouco turvos pelas lágrimas que queriam sair, olhei para trás e a abracei instantaneamente. Um abraço apertado e cheio de significados.

-- Gostou?

-- Eu amei! - Disse sorrindo e em meio a pequenas lágrimas que escaparam de meus olhos.

Voltamos a nos beijar, dessa vez intensificando mais os toques dos lábios uma na outra. Minhas mãos foram parar em seu pescoço e as dela, em minha cintura, onde apertava de um jeito que foi me deixando excitada. Paramos o beijo brevemente, somente para tirarmos os calçados e subirmos na cama. Sentamos uma de frente para a outra, entrelaçando as pernas e nos abraçamos forte mais uma vez.

Em seguida, nos beijamos novamente, um beijo audacioso e cada vez mais quente. Senti os lábios dela descendo para o meu pescoço, com beijos sedutores e meus gemidos saíam gradativamente. Aí ela subiu os lábios até minha orelha e me surpreendeu mais uma vez.

-- Hoje eu quero ir até o fim com você. Sem medos, sem reservas. Quero ser tua por completo.

-- Aretha... - Gemi em afirmação - Você tem certeza disso? Não precisamos fazer nada só por conta dessa produção linda que você providenciou, tá? 

-- Tenho a mais absoluta certeza. Eu quero ser sua, Diana. - Me falou toda segura de si.

Ela começou tirando a blusa e exibindo os seios desnudos. Os toquei com suavidade. Em seguida, ela saiu de cima do meu colo para tirar a calça, ficando apenas de calcinha. E eu fiz o mesmo. Me levantei, tirei a blusa e a calça com certa pressa e olhando em seus olhos. Estava com um conjunto de lingerie preto e a vi contemplar meu corpo com o olhar. Fiz um convite silencioso ao retribuir o olhar para o corpo dela. Ela percebeu e respondeu.

-- Não... Prefiro que me toque por enquanto. Não sei como faz. - Disse ficando vermelha de vergonha.

Voltei para a cama e a puxei pelas pernas para voltar a entrelaçar com as minhas. Nossos corpos se uniram em mais um abraço, seguido de beijos que incendiavam cada parte dos nossos corpos misturados aos toques certeiros. Permanecemos nessa posição por um bom tempo, até que fui levando o corpo dela pra trás, fazendo com que se deitasse na cama.

Deitei sobre seu corpo e a beijei sentindo sua língua emergindo pra minha boca de forma bem excitante. Fui tocando-a nos pontos certos, aos poucos. O clima estava perfeito. A pegada, os toques, nossas peles se unindo e descobrindo sensações novas. Desci meus lábios por seu pescoço, deixando beijos suaves e excitantes e ouvi em troca gemidos baixos e suas mãos arranhando meu pescoço levemente. Continuei minha trilha por seu corpo até encontrar os seios, onde me dediquei a deixá-los excitados com meus lábios e aí os gemidos dela aumentaram o tom. Senti que ela gostava de ser tocada ali e eu ficava cada vez mais maravilhada com a nossa entrega.

Desci ainda mais meus lábios por seu corpo e senti ela se entregando cada vez mais aos carinhos que eu proporcionava. Ela me puxou para beijar seus lábios, um beijo cheio de luxúria e desejo. Senti o fecho do meu sutiã sendo desabotoado por ela e eu sorri quando meus seios se revelaram para ela, que olhava encantada. Tocou-os com as mãos e eu gemi sem me conter. Ansiava por esse toque desde o nosso primeiro beijo naquele farol.

Nos abraçamos e voltamos a nos beijar, continuei descendo meus lábios por seu corpo, dando beijos e lambidas em locais estratégicos, e assim cheguei aos seios novamente e me deliciei neles. Ela gemia baixo e segurava minha nuca. Fui descendo meus beijos por sua barriga, aproveitava para morder de leve e continuei descendo até chegar em suas pernas, onde fiz o caminho inverso.

Passei a acarinhar seus pés, depois fui subindo depositando beijos, lambidas e mordidas, até chegar em sua virilha. Ali, eu provoquei até onde consegui aguentar. E aí, cheguei em sua vulva e me deliciei com o cheiro e a textura. Passei a língua em seu clit*ris e fui explorando aquela região como se eu precisasse daquilo para sobreviver. Aretha gemia descontroladamente à medida que meus toques passaram a ficar mais ousados. Ch*pava com tanta vontade e desejo e seus gemidos aumentavam cada vez mais e eu enlouquecia. Introduzi um dedo em seu íntimo e ela enlouqueceu de vez, rebol*ndo de encontro a minha boca e dedo e gemia cada vez mais alto.

Senti teu corpo tendo espasmos e já sabia o que viria a seguir, ela deu vários gritos altos, sem se conter e gozou em minha boca. Escalei seu corpo aos poucos e nossos lábios se encontraram em um beijo sôfrego. Definitivamente, eu a amava e sentia que era correspondida.

Nossa noite seguiu entre conversas amenas, mais momentos íntimos em que fazíamos amor e silêncio, compartilhados pelas respirações ofegantes.

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Lentamente, despertei com medo de acordar Aretha. Ainda estava entorpecida pela noite perfeita que tivemos. Ouvi-la dizer que me ama e saber que meus sentimentos são correspondidos fez meu coração ir nas alturas. Nunca pensei que me sentiria tão bem em dizer que a amo também. Olhei para o lado e ela me olhava com um sorriso lindo e um brilho nos olhos.

-- Já acordada? - Dei o meu melhor sorriso.

-- Quis te surpreender com um belo café da manhã. Vim te acordar, mas você estava dormindo tão linda que preferi ficar aqui te olhando. 

-- Vou só trocar de roupa.

-- Eu te espero aqui.

Saí da cama e peguei minhas roupas do chão. Me tranquei no banheiro, saindo de lá uns 10 minutos depois. A olhei e reparei que ela estava com uma blusa preta de alças e um short preto também. Fiquei babando naquele visual. Peguei-a pela cintura e tasquei aquele beijo de tirar o fôlego. Muitas saudades daquela boca.

Fomos para a bancada da cozinha e passamos a nos deliciar com o café da manhã, que fora providenciado por Marvin a seu pedido. Depois, a levei para o sofá e ficamos conversando e namorando até que o telefone dela passou a tocar insistentemente. Ela foi para o quarto atender e eu fiquei no sofá a esperando.

-- Meu anjo, eu adoraria passar o dia contigo, mas preciso ir pra casa. Meu pai ligou e praticamente exigiu que eu fosse encontrá-lo.

-- Tudo bem, linda. Vai ver o que ele quer, nos falamos depois, tudo bem?

-- Com certeza! Depois dessa noite, não desgrudo mais de você.

Nos despedimos com beijos calorosos, com a promessa de nos falarmos e marcarmos algo para mais tarde e cada uma foi para sua casa. No caminho para o haras, fiquei pensando numa forma de pedir Aretha em namoro e talvez precisasse da ajuda do Marvin.

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Cheguei em casa e lembrei que tinha um assunto pendente. Agora que tenho o telefone e endereço de Bóris Monte Belo, não descanso até resolver tudo. Peguei o notebook e abri o anexo do e-mail que recebi de Henrique, anotei o telefone e endereço no bloco de notas do celular e chamei Bárbara.

-- Babi, consegui o telefone e o endereço do tal Bóris. - Falei e reparei que ela me olhava diferente. - O que foi?

-- É a primeira vez em muitos anos que me chama de Babi.

-- É mesmo, né?! Muito tempo... - Fiquei bastante pensativa. Percebi também que Bárbara não é mais aquela garota de quando voltei para Anchieta. Ela havia mudado para a melhor e eu estava gostando disso.

-- Você pode me passar? É sempre bom termos várias cópias.

-- Sim, eu te envio por e-mail. Agora, quero a sua opinião. Devo falar com papai sobre o que pretendo ou não?

-- O que você pretende?

-- Entrar em contato com esse Bóris e tentar negociar de alguma forma. Sei lá. O que não podemos é ficarmos aqui parados e olhar de camarote esse cara nos destruir.

-- Bom, papai não vai curtir muito essa loucura. Melhor nem falar com ele.

-- O que não querem falar pra mim? - Meu pai apareceu na hora errada e aí...

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Deixei o haras fervendo, pois meu pai e eu discutimos feio. Ele discordou de Babi e eu. E, mesmo com meu pai contra, tomei uma atitude e liguei para Bóris Monte Belo.

-- Bóris falando.

-- Boa tarde. Meu nome é Diana Moretti. Gostaria de me encontrar com você.

-- Diana, filha de Teodoro Moretti, dono do haras?

-- Sim. E é sobre o haras que eu quero falar com você.

-- Temos outros assuntos a tratar também, além do haras. Quanto mais breve, melhor.

-- Posso lhe encontrar amanhã. Qual o melhor horário?

-- A partir das 20 horas, estarei livre.

-- Irei até sua casa.

-- Estarei lhe aguardando.

Desliguei o telefone. Uma sensação estranha percorreu todo o meu corpo. Não sei explicar, mas acho que coisa boa não vem por aí. Também aproveitei para ligar para Aretha, que estava muito irritada com o pai e pensava em passar uns dias no apê dela e me chamou pra ficar lá. Uma pequena lua de mel para nós. Eu disse que não poderia ficar o tempo todo por lá, só algumas noites e ela concordou. Depois disso, fui até a sorveteria de Anchieta.

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Após passar algumas horas na sorveteria, voltei para casa e presenciei algo que há muito tempo não acontecia. Papai e Babi brigando feio, e as surpresas não pararam por aqui.

-- Vocês não tinham o direito de mexer nessa história!

-- Pai! O haras é nosso também! Diana e eu exigimos saber de tudo! Não é justo você fazer tudo sozinho.

-- Meninas, eu conheço aquele homem mais do que vocês possam imaginar. Ele não vai descansar enquanto não conseguir o que ele quer.

-- Por isso mesmo, pai. E sabemos que ele joga sujo. 

-- Vocês não fazem ideia do quão sujo ele possa jogar.

-- Diana é que não sabe. Ela faz parte do jogo sujo dele.

-- Como assim, Babi?

-- Ela passou telefone e endereço dele pra mim e eu fui investigar. Aquela garota... A que tem um apê aqui em Anchieta.

-- A que a sua irmã estava morando?

-- Essa mesmo. Ela é filha do Bóris.

Eu não queria acreditar no que eu escutei. Aretha, filha de Bóris? Não podia ser verdade.

-- Como é? A Aretha e o Marvin são filhos do Bóris? - Perguntei aos dois, que me olhavam incrédulos.

-- Filha... - Meu pai tentou falar, mas eu o interrompi.

-- Quando iriam me dizer?

-- Eu soube tem meia hora. Depois que você me enviou por e-mail os dados dele, fui atrás. Você não estava no haras, então não me viu sair. Vi quando ela entrou na casa e perguntei a um dos vários seguranças e ele confirmou. - Bárbara falou com uma expressão que, aos meus olhos, era difusa.

-- Sabia que você estava se envolvendo com alguém de Rio das Águas e sempre rezei para que não fosse ela. Quando nos vimos... Aquele dia que fui pedir desculpas quando ainda estava no hotel, vi que ela me olhava estranho e eu a olhei também. Sabia que aquele rosto não me era estranho, mas não sabia que era ela.

-- Estou sendo enganada esse tempo todo... - Minha ficha não queria cair de forma alguma.

-- Filha...

Nem ouvi o que meu pai iria dizer. Precisava tirar a história a limpo.

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Relutei muito para subir até o apê de Aretha, mas precisava saber da verdade. E fui com o coração na mão e rezando para que Babi estivesse inventando aquilo tudo. Quando cheguei em frente a porta, deu um frio na barriga, a boca secou e foi difícil tocar a campainha.

-- Linda! - Aretha me recebeu com seu melhor sorriso.

-- Aretha Monte Belo... 

A expressão facial dela mudou na hora, foi da euforia para a angústia em segundos. E eu também estava fazendo de tudo para não demonstrar minhas emoções na frente dela.

-- Diana, eu posso explicar... - Ela me olhava com desespero nos gestos.

-- E vai mesmo. Porque eu só saio daqui depois de saber toda a verdade. - Falei seca.

Ela me deu passagem e eu entrei naquele lugar que me trazia inúmeras lembranças maravilhosas e que, naquele momento, me levava a ter uma das conversas mais difíceis da minha vida.

Fim do capítulo