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  • CAPÍTULO 15: DEPOIS TE AMO MAIS...

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AINDA SEI, Ã? AMOR por contosdamel

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Palavras: 4104
Acessos: 1328   |  Postado em: 26/11/2021

CAPÍTULO 15: DEPOIS TE AMO MAIS...

Evitei falar com Virginia sobre nossa noite anterior. No hospital chequei pessoalmente a equipe que operaria Suzana, escolhi a dedo os melhores profissionais, estava nervosa, especialmente depois de entrar na sala dos residentes e ouvir sobre um bolão de apostas que ocorria entre eles:

 

-- Gente a mulher era uma bomba–relógio, a finada e milagreira Dra. Camila Drummond operou um milagre no caso dela! Aposto que é essa a paciente que vai complicar, aqui meus cem reais Cacá!

 

                  Cruzei os braços e apertei os olhos e parei diante deles que assustados com minha presença emudeceram.

 

-- Então é assim que vocês tratam com humanidade nossos pacientes? Fazendo bolsa de apostas?

 

-- Doutora Isabela não é nada demais, surgiu meio que na brincadeira, até agora nenhum de nossos pacientes apresentou complicação e em todas as pesquisas que lemos, sempre há um paciente que represente o 1% que impediu os 100% da amostra sem intercorrências.

 

-- Ah claro! Uma brincadeira! Nada demais! Doutora Cristina a grande questão é que não estamos lidando com ratos de laboratório, essas pessoas que vocês transformaram em porcentagem, são seres humanos com família, com sentimentos, sonhos e principalmente com vontade de viver e nossa obrigação é fazer com que eles saiam daqui vivos não porque são nossa amostra, mas porque são nossos pacientes!

 

-- Isabela calma, ninguém aqui deixou de cumprir as obrigações com nossos pacientes por causa disso... – Virginia falou baixo.

 

-- Doutora Isabela! Doutora Virginia, é Doutora Isabela! Quem está nesse bolão de apostas?

 

-- Alguns de nós e dos médicos assistentes...

 

-- Quero a lista aqui na minha mão.

 

                  Fiz sinal para que a residente me entregasse, Cristina me entregou com receio, o clima na sala era tenso, fui passando os olhos naquela lista furiosa e decepcionada com meus pesquisadores, inclusive Virginia que estava no bolão.

 

-- Muito bem, os apostadores estão fora do caso de Suzana Andrade, Doutor Tarcísio só restou o senhor para acompanhar a mim e ao Dr. Lucas. Venha comigo nós temos que preparar a paciente.

 

                  Saí da sala pisando firme, Virginia me seguiu e disse indignada:

 

-- Isabela! Como assim me tirou do caso? Eu pesquisei a fundo os dados clínicos, fiz todos os exames, e eu nem apostei na Suzana!

 

-- É Doutora Isabela! E sim, você está fora do caso, assim como os outros que apostaram.

 

                  Continuei andando sem olhar para Virginia que prosseguiu:

 

-- O Tarcísio só não apostou porque estava sem grana!

 

-- Doutora Virginia, vá para o laboratório agora e só me apareça com no mínimo conteúdo para três artigos! Sem discussão, se não quiser receber uma advertência escrita no seu histórico!

 

-- Isso tudo é porque se trata dela não é?

 

                  Perdi a paciência pela primeira vez com Virginia, segurei seu braço forte, afastei-a do seu colega e disse com tom incisivo:

 

 

-- Seja profissional e acate as minhas ordens antes que eu use você como exemplo para uma punição administrativa Virginia, em casa vamos discutir seu comportamento lamentável!

 

                  Afastei-me apressada em direção ao quarto de Suzana, ainda mais tensa, no nosso meio de pesquisas experimentais com seres humanos era quase uma regra ter o paciente 1%, mas como chefe da pesquisa e do serviço não poderia permitir especulações, muito menos aposta com esse fato fosse com Suzana ou qualquer outro paciente.

 

                  Entrei no quarto e dei de cara com Pietra, respirei fundo, usei de todo equilíbrio que eu não tinha naquele momento para agir imparcialmente:

 

-- Bom dia. Suzana esse é o Dr. Tarcísio, membro da equipe de pesquisa e residente de neurocirurgia, vai participar com o Dr. Lucas do procedimento.

 

-- Você não vai participar? – Suzana perguntou com tom de receio.

 

-- Eu não participo das cirurgias Suzana.

 

                  Tarcísio começou a explicar como seria o procedimento, enquanto eu conferia os dados no prontuário, mesmo assim não pude deixar de perceber seus olhos sobre mim.

 

-- Alguma dúvida Dra. Suzana? – Perguntou Tarcísio.

 

-- Gostaria de conversar com a Dra. Isabela, a sós seria possível?

 

                  Franzi a testa estranhando o pedido, Pietra subiu nos cascos relutando em sair do quarto.

 

-- Pietra, por favor. – Suzana indicou a porta.

 

                  Ficamos a sós enfim, depois de Pietra sair bufando.

 

-- Suzana se você vai falar sobre ontem, não acho a hora nem o local apropriado...

 

-- Entre na cirurgia, por favor. – Suzana interrompeu.

 

-- Mas, Suzana eu não sou neurocirurgiã...

 

-- Entre e fique perto de mim Isabela.

 

                  Os olhos marejados de Suzana me trouxeram de volta a lembrança da mulher que eu amava. Não me contive, segurei sua mão e perguntei:

 

-- Você está com medo não é?

 

                  Suzana balançou a cabeça positivamente e uma lágrima percorreu seu rosto. Não sei explicar qual sentimento me tomou se compaixão ou se era o amor latente que insistia em se mostrar. Sentei ao seu lado no leito, apertei sua mão e disse:

 

-- Estarei ao seu lado todo tempo na cirurgia e serei a primeira pessoa que você vai ver assim que acordar fique tranqüila, vai dar tudo certo.

 

                  Trocamos um olhar desarmado, reconheci a Suzana que amava, mas, ela era um mistério para mim. Como era possível ela me transmitir tanto amor e agir como uma leviana, traidora e insensível? Num rompante de sensatez levantei-me e anunciei:

 

-- Daqui a pouco a enfermeira vem te levar para o centro cirúrgico.

 

-- Isabela espere. Não sei o que vai acontecer nessa cirurgia, estou com uma sensação ruim, e não posso morrer sem te perguntar uma coisa.

 

-- Não fala bobagem! Você não vai morrer! Suzana é um procedimento simples.

 

-- Isabela você sabe que no meu caso não é tão simples assim. Mas, me responde: Por que você jogou nossa história fora, desistiu de nós tão fácil?

 

-- Do que você está falando Suzana? Você foi que jogou tudo fora me traindo de novo com a Pietra, deve ser mais forte do que você o apelo à traição não é?

 

-- Isabela você foi correndo para os braços da Clara, depois sumiu enquanto eu esperava uma resposta sua, agora você me censura, me acusa de traição? Você me traiu primeiro! Entendi que você não me perdoou pela droga de aposta que fiz com Bernardo, a prova foi que você viajou em lua-de-mel com a Clara me deixando a ver navios...

 

-- Eu o que? Suzana não te traí coisa nenhuma! Eu não viajei com Clara, eu passei o final de semana no velório e sepultamento do vô Elias!

 

-- O quê? O que você foi fazer então na casa de Clara quando brigamos?

 

-- Não foi na casa de Clara, fui ao bar, o que se faz em um bar que não seja beber?

 

                  Pietra entrou no quarto sem avisar, interrompendo nossa conversa. O clima tenso no quarto deixou claro que a conversa entre mim e Suzana não era só profissional. Com cara de quem tinha culpa no cartório, Pietra perguntou:

 

-- Está tudo bem minha querida?

 

                  Estava confusa com aquela discussão, e Suzana também. A enfermeira entrou nesse momento para preparar Suzana para a cirurgia. Saí do quarto atordoada. De onde surgiram aquelas acusações de Suzana? Era óbvio que alguém a envenenou contra mim, com mentiras. Mas, o que a fez acreditar nisso? Comecei a acreditar na tese de Virginia de que havia mesmo algo estranho na amizade da sua prima com Clara e podia sim ter armação para nos separar.

 

                  A cirurgia começou, e como prometi, fiquei ao lado de Suzana, até a anestesia fazer efeito fiquei ao alcance de seus olhos. Meu coração não estava em paz, um aperto no peito me angustiava pela idéia recém nascida sobre minha separação de Suzana ser fruto de mentiras de terceiros e principalmente pela preocupação com o procedimento que estava sendo realizado. Por mais que a nossa avaliação acerca de sua condição fosse positiva, Suzana não estava imune às complicações próprias de qualquer cirurgia.

 

                  O procedimento que seria rápido estava demorando mais do que o esperado:

 

-- Lucas o que está acontecendo?

 

-- Doutora Isabela provavelmente por causa da terapia de corticóides para o Lúpus está afetando a agregação plaquetária, estão se formando coágulos muito rapidamente, esse neurochip tinha mesmo que ser trocado, a tecnologia nova ajudará na prevenção desses coágulos.

 

-- Lucas ela está fibrilando!

 

                  Desesperei-me ao olhar para o monitor. Queria eu mesmo pegar as pás e realizar a cardioversão, mas Tarcisio interveio notando meu nervosismo. Dentro de mim só a oração clemente pela vida de Suzana. Em minutos conseguimos estabilizá-la, Lucas apressou o procedimento para evitar novas complicações, entretanto, não pode assegurar o mesmo sucesso das outras cirurgias.

 

-- Doutora Isabela infelizmente não aconteceu como esperado.

 

-- Ela está em coma não está?

 

                  Lucas apenas afirmou com a cabeça visivelmente frustrado. Suzana foi levada diretamente para UTI e eu permaneci do seu lado como há quase dez anos atrás. Não permiti a entrada de ninguém, não só por que era Pietra sua acompanhante, mas porque eu precisava afastar riscos de infecção. Não queria ver Virginia para não ser obrigada a enfrentar seus ciúmes ou dar satisfações.

 

                  Pedi que contatassem Vitor, solicitando que ele viesse à Campinas, Suzana agora precisava de alguém que pudesse responder legalmente por ela. As primeiras 24horas seriam cruciais para a vida dela, depois restava torcer para que as complicações da cirurgia não resultassem em seqüelas neurológicas. Ao lado do seu leito eu desabafava, orava, torcia para que ela me escutasse:

 

-- Su eu sei que de alguma forma você pode me ouvir. Meu amor lute, não se entregue, eu sinto que nossa história não terminou, agora posso ver claramente que a Suzana que eu amo não poderia agir assim comigo de novo sem um motivo... Fica comigo... Eu te amo.

 

 

 

                  Coincidência ou não, o monitor registrou aumento da freqüência cardíaca depois que eu terminei minha declaração, isso foi o suficiente para eu decidir não sair do lado do leito de Suzana um só momento.

 

                  O quadro de Suzana permaneceu estável, o que era uma grande vitória nas primeiras horas. Devia ser tarde da noite quando Virginia entrou com cara de Madalena arrependida trazendo papéis nas mãos.

 

-- Virginia o que você está fazendo aqui?

 

-- Vim deixar os artigos que você me mandou fazer, vim pedir desculpas pelo meu comportamento mais cedo e vim te trazer algo para comer, deixei no repouso médico, imaginei que você não ia querer sair daqui, vou em casa buscar roupas limpas para você se desejar tomar um banho...

 

-- Obrigada Virginia.

 

-- Doutora Isabela, eu sinto muito.

 

-- Ai Virginia pára com isso de doutora né... Repreendi você mais cedo por que você passou dos limites na frente da minha equipe.

 

-- Eu sei, fui muito infantil não é?

 

-- Apesar de você ser uma menina só eu esperava que você tivesse um comportamento mais maduro.

 

-- Eu não sou uma menina, sou uma mulher. Uma mulher que está morrendo de medo de ter estragado tudo com você...

 

-- Virginia é um péssimo momento para falarmos sobre nós...

 

-- Eu sei! Não é minha intenção, juro.

 

-- Virginia você se lembra do que comentou comigo sobre a amizade de Clara e Pietra?

 

-- Claro que me lembro, eu te disse que ia descobrir o que tinha de ardiloso nisso.

 

-- Antes da cirurgia, Suzana insinuou que eu estaria com Clara logo após nossa discussão, até falou que viajamos juntas no fim de semana, quando você sabe que estava no velório do Vô Elias...

 

-- Ai... Isso está me cheirando a veneno de naja! Isa eu vou descobrir o que minha priminha tem com isso, vou deixar roupas limpas para você no repouso médico, se precisar de mais alguma coisa me avisa.

 

                  Praticamente não dormi, velando, guardando cada alteração detectada pelos monitores. Suzana passou a noite bem, o que logicamente me tranqüilizou. Reuni minha equipe para avaliar as complicações do caso de Suzana ainda furiosa com a insensibilidade que detectei no dia anterior.

 

                  Na saída da sala de reuniões fui abordada por Pietra, tinha sangue nos olhos de tanta raiva que sentia por mim e disparou:

 

-- Você a matou! Se a Suzana morrer eu vou te matar pessoalmente! Ela estava bem, saudável e você inventou de submetê-la a essa cirurgia, para quê? Só para o Nobel de sua finada ter mais visibilidade?

 

-- Você é tão louca Pietra que nem merece uma resposta a essa sandice...

 

                  Pietra segurou meu braço com violência quando lhe dei as costas.

 

-- Eu exijo ver a Suzana agora!

 

-- Solte-me agora antes que eu chame a segurança do hospital. Você não vai ver a Suzana por que só é permitido a familiares, e você não é nada dela.

 

-- Sua vagabunda! Você sabe que sou namorada dela!

 

 

-- Eu não sei de nada e se você me agredir fisicamente ou verbalmente mais uma vez, sairá daqui direto para uma delegacia, por que sou uma funcionária pública no exercício de minha profissão, desacato nesse caso é crime com pena de seis meses a dois anos, eu vou adorar ser responsável pelo seu fichamento na polícia.

 

                  Eu juro que pude ver fumaça saindo pelas orelhas de Pietra, quando Vitor chegou e interrompeu aquela lamentável discussão;

 

-- Isa? Como está minha irmã?

 

                  Levei Vitor até Suzana, expliquei seu quadro, mas, o tranqüilizei quanto à sua estabilidade clínica. Aproveitei a presença dele cuidando de Suzana para descansar, tomar um banho, a caminho do meu consultório vi Pietra e Virginia discutindo, a segunda empurrou a prima para o vestiário dos residentes, e eu não hesitei em abandonar a boa educação e escutar atrás da porta. Esquivei-me no espaço entre a porta e os armários para ouvir o que as duas discutiam:

 

-- Pietra não adianta! Não vou desobedecer as ordens da Doutora Isabela! Ela é minha chefe e essas são as regras do hospital, e o protocolo manda que em pacientes no estado da Suzana as visitas são restritas, se a Isabela disse que só a família poderia entrar então você não vai entrar!

 

-- Você sabe perfeitamente que o motivo pelo qual aquela vagabunda não me deixa ver a Suzana não tem nada haver com o protocolo do hospital.

 

-- Já disse, não vou me queimar com Isabela por sua causa!

 

-- Você é uma idiota sabia? Está aí toda apaixonada pela Isabela, você deu pra ela não foi?

 

-- Pietra você não tem nada com minha vida, me deixa trabalhar e para de armar barraco no meu local de trabalho!

 

-- Ah claro! Você deu pra ela! Que bela vagabunda está me saindo essa Isabela... Era uma puritana quando namorava Suzana, depois que terminou com ela, pegou a Laila, depois a Camila e aí virou santa de novo, na viuvez alegre voltou para Suzana que ela desprezava, a traiu com Clara e agora está pegando uma menina que trabalha para ela!

 

-- Cala essa boca Pietra, você é uma recalcada por que não consegue prender mulher nenhuma com tanto mau humor e amargura. A Isabela não traiu Suzana coisa nenhuma você sabe perfeitamente que não, eu passei o final de semana com ela no velório do avô da Camila e eu te disse isso.

 

-- Priminha você é tão idiota! Não sabe lutar pelo que quer! Se você está tão apaixonada por essa enjoada deveria se aliar a mim para mantê-la longe de Suzana.

 

-- Ah e você sabe lutar pelo que quer suponho...

 

-- Claro que sim. Suzana confia em mim, não foi difícil convencê-la de que Clara e Isabela estavam juntas.

 

-- Ah eu sabia que tinha seu dedo podre nisso! Como você a convenceu?

 

-- Foi fácil, Clara me avisou que Isabela estava lá no bar bebendo todas, liguei para Suzana com uma desculpa qualquer e marquei de encontrá-la perto do Colors, ela viu o carro da Isabela estacionado em frente e foi a oportunidade para eu revelar o que a tonta da Isa escondeu dela, ou seja, que Clara a tirou da viuvez de Camila! Clarinha me ajudou também me fornecendo provas.

 

-- Provas de que sua louca? Elas não ficaram naquele dia, eu reboquei a Isabela antes que a Clara se aproveitasse dela.

 

-- Certo dia no Colors, enquanto Clara chorava suas pitangas com saudades de sua ex-namorada médica, vimos que tínhamos isso em comum, ela me mostrou uma foto dela com a Isabela no celular e foi aí que selamos um pacto para nos ajudarmos, com a separação das duas, nós duas lucraríamos. Assim ela me mandou a foto para meu celular, na hora certa eu usaria isso, e a oportunidade surgiu!

 

-- Você é doente Pietra!

 

-- Eu sou eficaz querida, isso sim! Nosso plano deu certo, o destino colaborou para Isabela sumir no final de semana, e você priminha também ajudou levando-a para meu apartamento.

 

-- Mas isso foi por acaso!

 

-- O acaso ajuda os inteligentes! Você deveria ser inteligente e ficar do meu lado, acho que você tem mais chances do que Clara, ela já me foi útil me convidando para seu aniversário e beijando Isabela na frente de Suzana, se ela souber que Isabela está com você agora, aí sim elas não terão volta!

 

-- Eu nunca me uniria a alguém como você Pietra, você me enoja.

 

-- Vai me dizer agora que você não quer a Isabela? Que não quer separá-la de Suzana para sempre?

 

-- Eu quero a Isabela, muito, mas não farei esse jogo sujo e doentio que você está promovendo, por mais que eu queria a Isabela não suportaria estar com alguém que ama outra pessoa que nunca vai me amar à altura dos meus sentimentos.

 

-- Você acha mesmo que me engana com esse discurso?

 

-- Não dou a mínima para o que você pensa se mim Pietra, você deixou de ter meu respeito há muito tempo.

 

-- Então agora você vai correndo para sua chefinha e dizer tudo isso não é?

 

                  Antes de Virginia responder à provocação da prima as surpreendi:

 

-- Não é preciso Pietra, eu já ouvi tudo.

 

                  Pietra empalideceu e Virginia esboçou um sorriso de canto de boca.

 

-- Que você era uma vaca eu já sabia faz tempo, que era louca eu desconfiava, mas que você é patética isso para mim é uma surpresa. Esperava mais de você sabia? Para alguém que se intitula inteligente você está assinando atestado de burrice se intrometendo entre mim e Suzana. Para um amor que enfrentou o que o nosso enfrentou: distância, tempo, traição, doença, e ainda sim nos reencontramos apaixonadas, acha mesmo que essa sua armaçãozinha não viria à tona? Você é uma amadora de vilã, acaso não sabe que as mocinhas tem amigas dedicadas, fiéis e muito astutas? Virginia me prometeu descobrir o que estava cheirando mal nessa sua intimidade com Clara, e olha que ela descobriu sem esforço, parabéns Virginia, você só se supera!

 

-- Obrigada Isa. – Virginia falou prendendo o riso.

 

-- Agora Pietra, sabe o que sinto por você? Pena! Pena de você gastar tanta energia com uma esperança morta, falida. Suzana te traiu diversas vezes, e mesmo você se humilhando, aceitando tudo ela te deu um pé na bunda bem antes que eu ressurgisse na vida dela. Pietra vou te dizer uma coisa e entenda como quiser como conselho, aviso ou ameaça: Fique longe da minha vida e da vida da Suzana, eu não vou tolerar suas armações, eu e Suzana já sofremos o suficiente e agora quero e vou ser feliz com Suzana, e fazê-la também a mulher mais feliz do mundo, e nem você nem ninguém mais vai interferir na nossa felicidade.

 

-- Isso se a Suzana te aceitar de volta...

 

-- Quando a Suzana acordar, e esclarecermos tudo, nada mais vai nos separar.

 

-- Isso é o que vamos ver...

 

                  Pietra saiu pisando firme empurrando Virginia que estava próxima à porta.

 

 

-- Minha priminha dessa vez se superou, que louca!

 

-- Ela que não ouse cruzar nosso caminho de novo.

 

-- Isa...

 

                  Virginia baixou os olhos, e pela sua expressão deduzi o que se passava:

 

-- A gente precisa conversar não é Virginia?

 

-- Uhum.

 

-- Eu poderia te pedir desculpas por ter extrapolado naquela noite, mas eu não vou fazer isso porque aquela noite foi maravilhosa.

 

-- Ufa, ainda bem que você achou isso. – Virginia suspirou.

 

-- Boba, claro que foi maravilhosa, seria louca se eu não encarasse assim. Mas, Virginia, você melhor do que ninguém conhece meus sentimentos em relação à Suzana e toda essa rede de intrigas que você acabou de desvendar, sabe a intensidade de nossa história, eu seria uma irresponsável se te envolvesse nessa história...

 

-- Shi... Não precisa se explicar tanto Isa, você não maculou minha honra e agora tem que assumir compromisso por causa disso, você não me prometeu nada, apesar de você me julgar uma menina, eu sou uma mulher e não te cobraria por algo que eu quis tanto e me fez tão bem.

 

-- Virginia, eu ouvi você dizendo a Pietra que...

 

-- Eu te quero, e é verdade, mas, eu só lutaria por você, só arriscaria que nossa amizade de companheirismo se transformasse em outra coisa se seu coração estivesse livre para gostar de mim do jeito que eu descobri que gosto de você.

 

-- Virginia você é incrível! Se meu coração não tivesse dona, não seria difícil me apaixonar por você sabia?

 

-- Clara que sabia!

 

                  Gargalhamos.

 

-- Agora vá ficar perto dela, 24horas do pós-operatório, o Dr. Lucas deve estar indo avaliá-la.

 

                  Notei os olhos marejados de Virginia, não me contive e a abracei.

 

-- Isa se amar mulheres é tão bom quanto gostar de você, acho que você me transformou em uma lésbica.

 

                  Mais uma vez gargalhamos. Notei que Virginia usou seu humor incrível para desviar a atenção do seu momento vulnerável. Quando saí do vestiário olhei pelo espelho e a vi enxugando as lágrimas, aquilo me partiu o coração verdadeiramente.

 

                  A avaliação do quadro de Suzana não detectou alterações, o que significava que ela continuaria entubada, ligada aos aparelhos. Voltei ao meu estado de vigília ao lado do leito dela. Essa situação persistiu por cinco dias para apreensão de toda equipe de pesquisa e meu desespero e do seu irmão Vitor. No final da semana, Lucas iniciou o desmame do ventilador mecânico, estava otimista quanto aos últimos exames dela.

 

                  Para nosso alívio, Suzana deu boa resposta ao desmame, e respirava apenas auxiliada pelos aparelhos, no nono dia de pós-operatório, ela finalmente foi extubada, nossa expectativa era que ela despertasse a qualquer momento, restava a preocupação acerca de possíveis seqüelas.

 

                  Era noite quando eu como de costume estava sentada ao lado, segurando sua mão quando a senti mover-se. Imediatamente pedi que chamassem Lucas para avaliá-la enquanto eu ansiosa tentava despertá-la.

 

-- Su você está me ouvindo meu amor?

 

                  Suzana apertava os olhos, esboçava a intenção de falar algo, mas o som não saía.

 

-- Não se esforce meu amor, você pode apertar minha mão se estiver me compreendendo?

 

                  Para minha emoção Suzana apertou minha mão ainda fracamente, mas, meu sorriso pareceu lhe dar mais força e ela mais uma vez apertou minha mão forte.

 

-- Eu te disse meu amor que o meu rosto seria o primeiro que você veria ao abrir os olhos.

 

                  Sorri com lágrimas nos olhos, o sorriso de Suzana se fez com dificuldade, não resisti e beijei seus lábios com toda alegria de tê-la desperta depois do coma de oito dias e com a esperança de tê-la do meu lado para sempre.

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 15 - CAPÍTULO 15: DEPOIS TE AMO MAIS...:
Lea
Lea

Em: 18/12/2021

A inveja corrói! 

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 30/11/2021

A Suzana vive dando susto . Haja coração. Eu sempre acreditei no amor delas.  

Responder

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ACLV
ACLV

Em: 27/11/2021

Ainda sou do time Isabela e Virgínia. Apesar de tudo que envolve a separação delas, Suzana não a respeita, acredita em tudo que dizem a ela. Depois da descoberta da aposta, ela não deu nem tempo de Isabela pensar em nada, e já vai traindo sem nem ao menos terem uma conversa ou DR de casal mesmo. Será que toda vez que houver algo entre elas Suzana vai aprontar? Torço de verdade por Virgínia, como falei figurinha repetida não preenche álbum, além de trazer uma carga/peso do passado, que de certa forma vai assombrar Isabela de vez em quando. Virgínia é dedicada, amiga e está sempre apoiando Isabela quando ela precisa, poderia, assim, ir ocupando um espaço na vida de Isabela muito importante sem ela

se dar conta. E na próxima que Suzana aprontar, ela poder enxergar isso. (Claro que era o que eu queria.. ehehe). Mas vejo que o desfecho, até pelo título da estória, é elas ficarem juntas. Estou adorando todas suas estórias... parabéns... vou ler todas e até o fim, e respeitando o seu enredo. Parabéns..


Resposta do autor:

Obrigada =). Adoro esses retornos de quem me lê. Esse romance é antigo, por mais que eu me sinta tentada a fazer algumas alterações, eu sigo corajosamente respeitando o que escrevi anos atrás rs

Abraços

Responder

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Josebel
Josebel

Em: 26/11/2021

Ahhh como estou feliz, sabia que podia ser armação, eu realmente torço muito por esse casal. Acredito que quando há verdadeiramente amor, por mais que não seja o tempo dos dois vale a pena lutar. Acredito também que Suzana ame de verdade a Isa. Autora por favor deixe elas juntas, nunca te pedi nada.


Resposta do autor:

Jose,

O principal agora na história é que Suzana sobreviva sem sequelas, vamos ver se essas duas se entendem e poem um fim nessa trama de intrigas e desafios.

Beijos

Responder

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LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 26/11/2021

Estava lendo os comentários do capítulo anterior e... Bem, sou suspeita porque sou fã das tuas histórias, tipo MUITO fã e, mesmo não gostando de alguns acontecimentos, evoluções ao longo das mesmas, respeito a autora (xingo aqui só pra mim haha). Afinal, é quem tem as idéias e se dispõe a escrever e disponibilizar de graça para tantas pessoas. Essa história conheço desde o outro site e era/sou team Suzana, com todos os seus defeitos, mas quem não tem? rsrsrs Até Isa, ttoda certinha, anda aprontando. Vamos adiante, em breve começando as novas. Bom final de semana!


Resposta do autor:

Obrigada Letícia, respeito demais as opiniões de todas as leitoras, mas, sou muito honesta quando digo que as personagens tomam vida própria entre meus dedos e esse teclado rs. Agradeço seu apoio e carinho, e eu não ligo de ser xingada mentalmente, eu mesmo já xinguei muito escritores e produtores que sou fã de carteirinha

Beijos e bom final de semana

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