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  • CAPÍTULO 49– LIÇÃO 43: FERIDAS QUE NÃO SE FECHAM, NÃO SE CURAM

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MANUAL NADA PRÁTICO PARA SOBREVIVER A UM GRANDE AMOR por contosdamel

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Palavras: 3224
Acessos: 1914   |  Postado em: 21/11/2021

CAPÍTULO 49– LIÇÃO 43: FERIDAS QUE NÃO SE FECHAM, NÃO SE CURAM

Pouco importava se as câmeras do prédio registravam tudo, se estivéssemos sendo observadas, naquela noite ia ter pornô lésbico de graça no sistema de segurança do condomínio: Alô porteiro, tô ligando para avisar!

 

            Mal a porta do elevador se fechou, para Marcela me jogar contra a parede, suas mãos procuravam meu corpo com uma velocidade surpreendente. Sua boca devorava minha língua, sugando, ch*pando como uma fruta apetitosa. Não me lembro de uma Marcela tão dominadora da situação como naquela noite, eu parecia uma jovem inexperiente tentando atender as carícias suplicantes e urgentes daquela menina que agora se comportava como uma mulher sedutora e excitante. Ainda no elevador, Marcela conferiu a umidade que tomava de conta do meu sex*, colocando sua mão por baixo da minha saia, sorriu de maneira indecente.

 

            Pelo corredor até chegar à porta do seu apartamento, eu que me virasse para me manter em equilíbrio para andar com o corpo de Marcela grudado no meu. Diante da porta, a chave eletrônica facilitou a pressa dela em tentar me despir, antes mesmo de chegarmos ao quarto. Estava muito evidente que Marcela não queria pausas que provocassem alguma chama de racionalidade entre nós, contudo, o ritmo descompassado, algumas vezes desajeitado, exigia um pedido meu:

 

 

 

-- Mah... Calma... – Sussurrei ao seu ouvido – Eu não vou fugir...

 

 

 

Marcela continuava exercendo sua pressão no meu corpo contra a parede.

 

-- Eu estou com tanta saudade do seu corpo no meu...

 

 

 

-- Então me leva pra sua cama... Estou aqui...

 

 

 

            Meu pedido intercalado com beijos pelo seu rosto e pescoço foi atendido por Marcela que me conduziu pela mão até seu quarto. Diante do seu olhar atento eu tirei peça por peça da minha roupa, notando sua face ruborizar e sua respiração acelerar, me vendo desnuda, beijou-me delicadamente e me empurrou para a cama, antes que eu me deitasse como eu supunha que ela me quisesse, Marcela repetiu o meu gesto, e se despiu, jogou os cabelos para o lado e se aproximou de mim sensualmente. Mais de perto, percebi que seus seios estavam mais volumosos, sorri com o canto dos lábios e ela correspondeu ao sorriso como se lesse o que eu pensava:

 

 

 

-- Gosta do que vê? – Marcela perguntou enquanto se sentava sobre mim com as pernas abertas encaixadas no meu quadril. – Maravilhas da cirurgia plástica...

 

 

 

-- Não lembrava deles assim...

 

 

 

            Não me contive, aqueles seios túrgidos tão próximos à minha boca, não era só um convite, era ditatorial que eu me rendesse a eles. Apertei-os com vigor, colocando-os na ponta da minha língua, mordisquei os mamilos eriçados. Ch*pei-os sob os gemidos de Marcela que roçava seu quadril, me fazendo sentir aquela umidade extravasar do seu sex* para as minhas coxas enquanto eu continuava a explorar cada centímetro de pele quente.

 

            Sentadas na cama com nossas pernas abertas o suficiente para deixar nossos sex*s se cruzarem, nossos beijos foram assumindo a cadência que a noite reservava, o espaço das nossas bocas ganhando o duelo das línguas que se sugavam, as unhas passeavam pelas peles, em alguns momentos se cravavam na nossa carne, aquela crescente de volúpia tinham um destino:

 

 

 

-- Quero te sentir dentro de mim, Luiza.

 

 

 

-- Entra em mim, agora, Mah...

 

 

 

            O desejo de penetrar uma na outra era mútuo nossos movimentos dentro dos pequenos lábios, tateavam paredes, espaços que se conheciam. Senti aquela cavidade se derreter entre meus dedos, enquanto as estocadas dos dedos de Marcela em mim me impulsionavam a remexer meus quadris no ritmo deles. A medida que nossos movimentos ficavam mais rápidos e fortes os gemidos também cresceram no volume, tomando de conta daquele quarto, até que o gozo se derramando pelas nossas pernas precedeu um grito mais alto de Marcela coroando o nosso ápice.

 

Não era nada difícil entre nós, como diz a canção do Silva “a gente é facinho, e facinho é tão bom”. Ficamos abraçadas por um tempo, ainda sentadas, encaixadas, sentindo as respirações ofegantes se acalmarem. Acariciei as costas de Marcela, suadas, beijei seus ombros e encontrei seu rosto enfim, com suas bochechas ruborizadas, deslizei minhas mãos pelo seu colo igualmente suado, e como fugir de contemplar aqueles peitos? Apalpei-os com tesão, o que despertou em Marcela um sorriso e um suspiro:

 

 

 

-- Se eu soubesse o quanto eles te excitariam, teria pedido ao cirurgião uma prótese maior...

 

            Parei de repente minha incursão nos seios de Marcela e a encarei sem graça:

 

 

 

-- Mah!

 

-- O que foi? Estou mentindo? Não está excitada?

 

 

 

            Marcela dizia com um sorriso malicioso, se divertindo com minha reação:

 

 

 

-- Estou nua, abraçada a você nua, depois de goz*r na sua cama... como não estaria excitada?

 

 

 

-- Não foge pela tangente, Malu. Você não me respondeu se gostou...

 

 

 

-- Achei que a minha resposta já tinha sido dada, quando praticamente os devorei com minha boca...

 

 

 

-- Você me dizia que... Eles eram perfeitos, que cabiam em suas mãos e na sua boca...

 

 

 

-- E eram, você sempre foi perfeita, Mah, continua sendo.

 

 

 

-- Então meu investimento não fez diferença?

 

 

 

-- Mah, se fez diferença para você amar mais ainda seu corpo, então é o que importa...

 

 

 

-- Não vem com discurso de mulher empoderada, não estou falando disso... Você sabe do que estou falando...

 

 

 

            Marcela ergueu seu tórax, e me empurrou fazendo com que eu me deitasse na cama, deixando seus novos seios protuberantes bem a altura do meu rosto.

 

 

 

-- Não fazem diferença. – Disse segurando um sorriso, enquanto os encarava.

 

 

 

-- Ah é? Então pega aqui...  – Marcela colocou minhas mãos e colocou nos seus peitos, apertando-os junto comigo, enquanto movimentava seus quadris sobre os meus.

 

 

 

-- Mah... Eles são um tesão! – Gemi.

 

 

 

-- Aperta vai... Vai Luiza, me come...

 

 

 

            Marcela conduziu o ritmo galopando sobre mim, primeiro lentamente e gradualmente dando velocidade na sua sentada, me fazendo goz*r ao testemunhar seu orgasmo com um sorriso nos lábios.

 

            Se algo precisava ser falado, aquela noite não deu espaço para isso. Não lembro ao certo quando dormimos, só me lembro de acordar e não encontrar Marcela do meu lado na cama. A escuridão do quarto não me deixava distinguir quantas horas se passaram, até o alarme do meu celular despertar: 7 da manhã.

 

            Uma olhada em volta e reconheci minhas roupas dobradas em um móvel perto da janela. Na cabeceira da cama, uma xícara de café, para minha surpresa, vazia! Em baixo da xícara um bilhete:

 

 

 

-- “Esta está vazia, mas, deixei café pronto na cafeteira, fique a vontade, a casa é sua. P.S: Escute o áudio no seu whatsapp”.

 

            Imediatamente segui as instruções dela, no meu aplicativo tinha um áudio de Marcela:

 

 

 

-- “Bom dia! Eu não quis te acordar tão cedo, estava dormindo tão bonitinho... Olha, eu tive que sair 5:30 de casa, desculpa não me despedir, estou a caminho de Ribeirão, acho que te falei que atendia a cada 15 dias lá, então, só volto amanhã a noite, espero que consigamos nos falar mais tarde. Beijos, Malu.”

 

 

 

            Andei pelo apartamento de Marcela tentando enxerga-la naquele espaço. Não tinha muita decoração, sem fotos ou algo que me deixasse mais familiarizada com sua nova vida, pela sala alguns livros médicos, atlas de anatomia, um único quadro na sala. A cozinha bem equipada, arrumadinha e logo vi o post-it na geladeira:

 

 

 

- “Pode me abrir”

 

            Sorri quando abri a geladeira e encontrei outro recado junto a uma bandeja de frutas:

 

 

 

-- “Somos boas para a saúde, nos coma”.

 

 

 

            Encostei-me na pia e bebi o café que como anunciado por ela, estava pronto. Olhei para frente e me vi ali, refletida no espelho de uma cristaleira, só com uma peça intima e a parte de cima da minha roupa, e não sabia ao certo como me julgar naquela imagem. O que aconteceu afinal? O que aquela noite representou? Quem era aquela Luiza que se deixava levar pelo desejo e pela saudade, traindo uma mulher tão incrível que tinha como namorada?  O que eu deixei passar na minha história com Marcela? O que foram aqueles desabafos magoados antes de nos entregarmos a paixão na noite passada?

 

            Estava muito difícil me olhar no espelho. Eram muitas perguntas, muitos sentimentos fervilhando em mim, e uma culpa ambígua, que queria me punir pela tração a Ivy e ainda sim com o coração saltitando apaixonado ao rememorar a noite com Marcela. Somado a isso, eu precisava encarar o julgamento da mamãe e a incerteza sobre o desenrolar do comportamento de Marcela depois daquela noite, existiam feridas abertas, isso eu podia sentir.

 

            Antes de deixar o apartamento de Marcela, tratei de responder a mensagem gentil dela:

 

-- “Bom dia, Mah! Obrigada pelo café, e pelas frutas. Espero que no meio de seus três empregos, consiga um tempinho para falar comigo, qualquer hora, beijos!”.

 

Fui para casa e como eu supunha, minha mãe não estava mais lá, pelo que eu conhecia dela, já deveria estar no hospital, importunando a equipe para tirar meu pai da terapia intensiva. A primeira mensagem do dia de Ivy despertou o peso da minha culpa, ponderei as palavras para que ela não notasse nada de diferente na nossa rotina, eu precisava entender meus próprios sentimentos antes de tomar qualquer decisão sobre nosso namoro.

 

No hospital como eu imaginei, mamãe estava impaciente, falando com a enfermeira da equipe da Dra. Ana Carolina.

 

-- Já expliquei, dona Helena. O senhor Antônio precisa completar as 24h depois da implantação do cardioversor. Logo mais, à tarde, algum cardiologista da equipe vai finalizar essa etapa do protocolo, e o seu marido poderá ir para casa.

 

 

 

-- Então que quero vê-lo. – Mamãe disse cruzando os braços.

 

 

 

-- Dona Helena, não temos visitas na UTI pela manhã, temos muitas rotinas pela manhã, sinto muito.

 

 

 

            A enfermeira me cumprimentou e depois se afastou se despedindo de nós, minha mãe nem se deu ao trabalho de me olhar quando disse:

 

 

 

-- Cadê aquela sua amiguinha médica quando precisamos dela?

 

 

 

            Revirei os olhos e respirei fundo, em uma tentativa de conter uma resposta a altura do desaforo da minha mãe:

 

 

 

-- Mãe, a senhora sabe que o nome dela é Marcela, não sabe? Custa chamar pelo nome?

 

 

 

-- Ai meu Deus, você fala como se eu ofendesse alguém. Já vi que não você não se importa de saber noticias de seu pai.

 

 

 

-- Mãe, a enfermeira foi super atenciosa, explicou que o papai sai da UTI hoje a tarde, e vai para casa, ele está bem! A senhora não precisava vir tão cedo para cá.

 

 

 

-- Não vim cedo... Mas, acho que você perdeu a noção da hora, perdeu a noção de tudo, dorme fora de casa e não avisa nada...

 

 

 

-- A última vez que comuniquei a senhora que dormiria fora de casa eu tinha 16 anos, quando vivia sob as regras do teto da senhora, já faz um tempinho né, não sou mais uma adolescente.

 

 

 

-- Mas, está agindo como uma, não custava nada avisar, São Paulo é uma cidade perigosa.

 

 

 

-- Desculpa, mãe. Não planejei dormir fora.

 

 

 

-- Vai me dizer onde dormiu, aliás, com quem dormiu?

 

 

 

-- Acho que não preciso dizer isso a senhora. Não são mais suas regras, mãe, lembra?

 

 

 

-- Luiza, depois você se queixa... Falando que não me interesso pela sua vida, que não quero saber dos seus relacionamentos...

 

 

 

-- A senhora está mesmo interessada em saber ou me julgar?

 

 

 

-- Está com medo de ser julgada por mim? Sinal que boa coisa não fez... Minhas suspeitas devem estar certas.

 

 

 

-- Mãe, vamos parar por aqui. Melhor que a senhora guarde essas suspeitas, já vi que como sempre a senhora já tem todas as conclusões.

 

 

 

-- Espero que seja o que for que você fez, não interfira no tratamento do seu pai aqui, nesse estudo.

 

 

 

            Fiz menção de responder à conclusão certa de minha mãe sobre minha companhia na noite passada. Eu não tinha argumentos que invalidassem o julgamento dela, eu mesma estava me julgando como imoral naquele momento. Esperamos até o final da tarde para que víssemos o papai descendo da UTI em uma cadeira de rodas.

 

 

 

-- Olha ai, eu disse que as mulheres da minha vida estariam aqui me esperando, não disse?

 

 

 

            Papai falou sorrindo, enquanto um técnico de enfermagem empurrava a cadeira e nos comunicava:

 

 

 

-- A doutora Ana Carolina vai conversar com vocês no consultório, vamos.

 

            No consultório a cardiologista chefe já nos esperava. E foi objetiva:

 

 

 

-- Nos próximos dias, o senhor deve ter uma vida o mais normal possível, deve fazer suas atividades diárias: andar, se vestir sozinho, comer sozinho – Olhou para minha mãe – Nada de correr maratonas, nada de subir escadas... Seu Antônio, atividades comuns, para vermos como o dispositivo se comporta.

 

 

 

-- Podemos voltar para a nossa casa? – Mamãe perguntou.

 

 

 

-- A casa de vocês aqui em São Paulo, dona Helena, conversei com sua filha sobre isso. Ainda precisamos acompanhar o seu marido por algumas semanas, não seria prudente ficar se deslocando do Rio para cá toda semana.

 

 

 

-- Algumas semanas? Você sabia disso, Luiza? – Minha mãe perguntou irritada.

 

 

 

-- Dona Helena, combinei com a doutora Luiza, que faríamos um protocolo diferenciado, entendendo que vocês tem compromissos, no Rio, na Inglaterra... Mas, nós temos nossa própria equipe de reabilitação, sei que no Rio tem profissionais muito bem preparados que podem acompanhar a evolução do senhor Antônio, e nós manteremos o contato com a equipe de lá para monitorar a reabilitação, mesmo quando vocês voltarem ao Rio. Por enquanto, a fisioterapia será diária, aqui no nosso centro, e nossas consultas, serão semanais, entenda como um intensivo no tratamento para que possam ir para casa mais cedo.

 

 

 

-- Doutora Ana Carolina, pode nos dar uma previsão desse protocolo? Quantas semanas devemos permanecer aqui? – Perguntei o que minha mãe queria saber.

 

 

 

-- Pelo menos umas 4 semanas. Vejam... Nosso cuidado não é somente pelo estudo, ou pelo dispositivo. Fazem apenas dois meses do infarto do seu Antônio, é muito cedo para sermos flexíveis no monitoramento dessas sequelas que ele apresenta.

 

 

 

-- Então eu posso fazer de tudo não é doutora? Inclusive passear pela cidade? Ir fazer umas comprinhas na 25 de março...– Meu pai fez graça.

 

 

 

-- O senhor deve fazer tudo com cautela, olha lá heim! Mas, sim, deve passear inclusive, pegar um solzinho, e se for para algum lugar com muitas pessoas, use sempre máscara, não queremos que o senhor pegue nenhuma gripezinha, estou falando muito sério! Ah, e é bom que reconheça seus limites Seu Antônio, o dispositivo não controla a insuficiência cardíaca, então se sentir cansado, simplesmente, pare, se a falta de ar for muito importante, não hesite em ligar para mim, ou para qualquer um dos médicos da nossa equipe.

 

 

 

            Saímos do hospital em clima de festa, mesmo a passos lentos, papai fazia questão de caminhar, segundo as instruções da sua nova cardiologista. Minha mãe até se esqueceu das implicâncias dela com a cidade e ficou mostrando pinturas no alto de prédios da cidade. Naquela noite, foi a primeira desde o infarto de papai, que estivemos em paz, minha mãe e eu.

 

            Antes que eu pudesse sentir falta de notícias de Marcela, meu celular anunciou a chamada dela, o sorriso não intencional nos meus lábios não passou despercebido pelo meu pai:

 

 

 

-- Ah, esse sorriso apaixonado... Quero conhecer essa sua namorada pessoalmente, minha filha.

 

 

 

-- Você já conhece, Antônio!

 

 

 

-- Mãe?!

 

 

 

            Franzi o cenho, mamãe se calou enquanto eu me afastava da sala para atender a ligação:

 

 

 

-- Então conseguiu uma vaga na sua agenda para mim, doutora?

 

 

 

-- Foi um pouco difícil, mas, encaixar você Malu, é... Minha especialidade.

 

 

 

            Senti o tom libidinoso no trocadilho de Marcela.

 

 

 

-- Ah é? Especialidade em encaixe? Ensinam isso na residência de cardiologia?

 

 

 

-- Não, Malu... Não, isso eu aprendi com você e só funciona com você.

 

 

 

            Suspirei e acho que não foi silencioso.

 

 

 

-- Malu? Você gem*u?

 

 

 

-- Não...O que? Mah!

 

 

 

Gargalhamos

 

-- Seu dia foi bom? – Perguntei.

 

 

 

-- Cheio de ECOs, amanhã é dia de consultas... Mas, ter o dia lotado, em um consultório particular, é bom... Apesar de que... Eu preferiria estar no HCor hoje...

 

 

 

-- Eu também quis., senti sua falta... Ah, meu pai recebeu alta, e estamos em casa.

 

 

 

-- Isso é bom para ele... Mas, quer dizer que não nos veremos com tanta frequência no hospital...

 

 

 

-- A gente não precisa se ver em hospital, nem precisa de uma desculpa para nos vermos, Mah.

 

 

 

            Deixei escapar o que meu instinto falou, e dessa vez foi Marcela a suspirar.

 

 

 

-- Mah? Você gem*u?

 

            Gargalhamos de novo.

 

 

 

-- Acho que precisamos tirar essas conclusões sobre gemidos e afins, pessoalmente... Seria te pedir muito, se eu pedir...

 

 

 

-- O que, Mah?

 

 

 

-- Para você me esperar amanhã? Devo chegar no voo das 21H em Congonhas, eu estou louca pra te ver, não queria esperar mais um dia...

 

 

 

-- Mah, eu vou estar lá te esperando as 21H.

 

 

 

            Desligamos o telefone com ambas suspirando. Por um momento pensei de maneira irresponsável “Já que está no inferno, abrace o capeta”, nem de longe Marcela era meu inferno, mas, eu estava agindo como alguém cujo comportamento eu desprezava, trair não era da minha índole, o período que agi como amante de Beatriz quando ela estava noiva de Alicinha, não podia ser comparado ao que eu vivia naquele momento, era eu a traidora, e mesmo assim, não deixei de sorrir quando fechei meus olhos e pensei em Marcela antes de dormir.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi meninas, enerrando o final de semana com mais um capítulo fresquinho.

Espero que curtam e aguardem o próximo!

 


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Comentários para 49 - CAPÍTULO 49– LIÇÃO 43: FERIDAS QUE NÃO SE FECHAM, NÃO SE CURAM:
patty-321
patty-321

Em: 29/11/2021

E a ivy, gente? Foda a situação. Putz.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Gpin
Gpin

Em: 22/11/2021

Então, hoje às 21:00 teremos o capítulo 50... kkkk Brincadeiras a parte.

Estou amando, a sua escrita é perfeita! Parabéns! 


Resposta do autor:

Em breve...está sendo escrito! Obrigada pelo carinho!

Responder

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Acarolinnerj
Acarolinnerj

Em: 22/11/2021

Essa nova Marcela é apaixonante... Acho que tem que haver uma boa conversa da parte da Luh...

Sinceridade é tudo!!!


Resposta do autor:

Acho que ela vai se tornar mais apaixonante ainda, e o que a Luiza vai fazer? E a vida dela em Londres?

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 22/11/2021

Vixe Luiza complicado.


Resposta do autor:

Luiza é especialista em complicação, né?

Responder

[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
NovaAqui

Em: 21/11/2021

Essas duas se amam ainda


Resposta do autor:

Será ? 

Responder

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