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Sociedade Secreta Lesbos por contosdamel

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Palavras: 4689
Acessos: 2460   |  Postado em: 19/11/2021

CAPÍTULO 8: O BAILE

Tudo pronto finalmente para o baile de máscaras da Gama-Tau, frisson no campus, na fraternidade então, as meninas estavam inquietas, estressadas e ansiosas. Desde o episódio da lanchonete, Esther e Amy não se viram, a loirinha ouviu comentários de que a presidente da Gama-Tau não dormira em casa, o que claro despertara seu ciúme, e a deixava mais sedenta em executar seu plano de provocação com Philip.

 

Faltando duas horas para a hora do baile, a maioria das meninas já estavam quase prontas, várias limusines foram alugadas pela fraternidade para conduzir as meninas quentes de Prescott até o salão Windson, local eleito para a realização do baile de máscaras, bastante tradicional na região. O Windson, era uma construção pomposa, com ares de nobreza, por isso, comparado a um castelo, na verdade, pertencera a uma família de nobres ingleses, fora destruída em grande parte na Guerra da Secessão, recuperada acerca de 20 anos pela Roberts CIA, empresas do marido de Michele Roberts.

 

Da janela do seu quarto, Amy viu Esther chegar apressada, segurando nas mãos o que parecia ser um vestido envolto em uma capa de plástico, como a maioria das meninas já estavam no primeiro piso da casa, esquentando-se para o baile, a custa de uma bebida especial preparada por Ellen e outras irmãs, nos andares superiores da casa o silêncio predominava, o que contribuiu para Amy escutar pela fresta da porta o diálogo entre Rachel e Esther:

 

-Em cima da hora Esther! Todas as outras estão prontas, e justo a presidente vai se atrasar?

 

-Rachel você sabe perfeitamente que não tive escolha, você sabe onde eu estava e o que eu estava fazendo...

 

-Mas até ela vai a esse baile, ela tinha que te chamar justo hoje?

 

-Você sabe com Michelle é, amiga...agora vem e me ajuda a me arrumar por favor...

 

As suspeitas de Amy só se confirmaram, estava claro que Esther tinha algo com Michelle Roberts, o que ela ainda não entendia, era que tipo de relação seria essa que fazia da morena sempre tão soberana, agir como total submissa àquela mulher que já lhe parecia ardilosa. Mas era hora de se concentrar no plano da noite. Ligou para Philip, que já estava pronto e ansioso para rever John, combinaram de se encontrar em um dos jardins do castelo, como todos estariam mascarados, Philip descreveu qual seria sua máscara afim de Amy o identificar.

 

As 22h as limusines já estavam estacionadas à frente da Gama-Tau, em cada uma delas, quatro irmãs da fraternidade embarcaram. Ellen fez questão de que Amy fosse do seu lado, aproveitando o atraso de Esther, que iria na última limusine junto com Rachel.

 

A chegada das limusines em comboio estacionando em frente ao Windson, com todo glamour das luzes da passarela vermelha, cercada de candelabros deu o ar quase hollywoodiano na recepção das Gama-Tau, todas devidamente mascaradas desembarcam, sob olhares atentos, curiosos e desejosos não só dos estudantes, mas também de toda tradicional sociedade da região que chegavam ao baile.

 

No interior de Windson, a orquestra já tocava clássicos, o luxo era de deslumbrar qualquer membro da realeza, sem dúvida, as meninas da Gama-Tau capricharam nos detalhes de sofisticação, sob o jugo da Sra. Roberts que fez questão de opinar em tudo. Amy se apressou em procurar Philip, no jardim lateral, conforme combinaram. O rapaz exibia seu bom gosto no fraque impecável, a face estava coberta por uma máscara branca com apenas um detalhe prateado para destacar das demais, e assim Amy o encontrar.

 

-Amiga, até toparia em voltar a ser hetero por uma noite, só pra ficar com você, por que você está um arraso!

 

-Philip por favor não deixa a purpurina tomar de conta de você hoje...não esqueça que hoje você é meu bofe!

 

-Então reza pra sua fada madrinha não me transformar numa abóbora pink quando eu ver aquele deus grego aqui!

 

-Philip!

 

-Estou brincando amiga pra descontrair você, que tensão heim...mas lembre-se, você tem algo a fazer por mim também...

 

-Não esqueci não...

 

-A senhorita então aceitaria essa contradança?

 

Amy entrou no espírito do tom jocoso de Phillip e seguiu para o salão principal conduzida pela mão do amigo, e dançaram como um casal apaixonado, apesar da impaciência evidente de Amy que buscava algum sinal que identificasse Esther em meio a tantas máscaras ao seu redor, mas a loirinha sequer sabia se sua paixão já estava ali.

 

Dançaram uma, duas músicas, até o alvo de Philip dá as caras perto do bar, o amigo de Amy identificou fácil a boca marcante do rapaz, que em um momento de descuido permitiu que a máscara escorregasse pelo rosto quando o elástico soltou. Sem muito alarde, Philip levou Amy até o bar, e como se fosse um velho conhecido de John, deu um nó seguro no elástico da máscara anunciando seu gesto:

 

-É tudo uma questão de saber prender meu caro, uma vez preso, a gente só esconde no momento que convém...

 

John virou-se surpreso com o gesto e confuso com as palavras de Philip, que logicamente destilou um sentido ambíguo naquela frase. Como quem dominava completamente essa arte do flerte discreto, Philip se adiantou:

 

-Prender bem o elástico da máscara, assim sua identidade ficará em segredo até o momento que você quiser, e a festa está só começando né, ainda não é hora das máscaras caírem.

 

Um sorriso se desenhou nos lábios de John que agradeceu educadamente:

 

-Você tem razão, obrigada parceiro. Aceita beber algo como agradecimento ao seu gesto?

 

Amy ainda sem acreditar no que estava testemunhando: o homem mais popular e desejado da universidade, caindo no flerte de Phillip facilmente...tratou de interromper antes que o seu plano fosse arruinado antes mesmo de Esther chegar:

 

-Ram RAM... – simulou um pigarro afim de chamar atenção do amigo.

 

A troca de olhares dos rapazes então foi cessada, e Phillip pediu a bebida preferida da amiga, blood Mary, e uma dose de whisky para ele, nesse momento, John se afastou do bar visivelmente sem graça.

 

-Eu te disse amiga...eu te avisei...

 

-Ok ok mestre da sedução gay! Mas dá pra se controlar um pouquinho?

 

Philip sorriu, e saiu do bar de braços dados com Amy, pela escadaria viram descer uma mulher simplesmente deslumbrante, vestido armado, ao seu lado um homem alto, careca, mas de porte elegante. Não demorou muito para o público especular que se tratava do casal Roberts. Alguns cochichos, olhares, mas o casal aparentava estar acostumado a essas entradas triunfais, pareciam abstrair os holofotes invisíveis.

 

-Deixe-me adivinhar...só eu não sei de quem se trata esse casal mascarado? –Philip comentou bem humorado.

 

-Aaroon e Michelle Roberts. Essa mulher tem algo com Esther, tenho certeza...uma relação que ainda não descobri o teor, mas vou descobrir. – Amy respondeu.

 

-Opa...espera um pouco...com Esther?

 

-É...ouvi uma conversa estranha entre as duas...

 

-Você anda muito esquisita amiga...investigações, espionagem, planos mirabolantes...

 

Amy não teve como conter o riso, continuou caminhando pelo salão com o amigo, divertindo-se tentando descobrir quem era quem por baixo daquelas máscaras, entretanto, sua ansiedade em encontrar Esther por vezes ficava evidente no seu olhar em direção a entrada principal. E como se houvesse um ranking de pontuação para entradas triunfais, eis que pelo portão dourado, desponta uma bela jovem: vestido vermelho com um decote generoso na altura do busto, cintura marcada, definindo as curvas impecavelmente desenhadas, cabelos presos, deixando alguns cachos caírem sobre o ombro nu, a máscara com pedras brilhantes iluminavam o olhar latino marcante da presidente da Gama-Tau, a perfeição do seu corpo não deixava dúvidas sobre a sua identidade mesmo escondida pela fantasia do baile.

 

Esther caminhou lentamente pelo salão, sob olhares atentos, inclusive sob o olhar de Michelle Roberts, entretanto o olhar de Esther só buscava uma pessoa, a mesma pessoa que lhe fitava quase sem ar diante da beleza que enchia o Windson.

 

Philip segurou firme na mão da amiga, notando a brusca mudança de temperatura que tomou de conta das mãos de Amy.

 

-Amy...você está bem?

 

Como quem fosse despertada de um transe, a loirinha olhou para Philip e somente teve forças para balançar positivamente a cabeça e andou em direção a uma das varandas laterais do salão numa tentativa de recuperar seu fôlego e sua calma.

 

-É amiga...você está apaixonada: FATO.

 

Amy não tinha disposição para começar uma discussão com o amigo, especialmente porque seria completamente inútil esconder o óbvio. De longe observou os movimentos de Esther pelo salão, a morena parecia impaciente, procurando alguém. Tal atitude serviu como deixa para a loirinha se encher de coragem e executar seu plano. Respirou fundo, deu uma piscadela para Philip e anunciou:

 

-Hora do show amigo!

 

O casal seguiu para o salão, o universo outra vez conspirou em favor de Amy, a banda começou a tocar um tango, ela nem precisou se esforçar para convencer o amigo a protagonizar a cena hollywoodiana, os dois tinham até número ensaiado, coisas do tempo de escola, quando imitavam a cena do filme Perfume de Mulher com Al Pacino. O cenário não podia ser mais cinematográfico, em pouco tempo, os demais casais no salão pararam de dançar, tornando-se público para a perfomance de Amy e Philip. Movimentos sincronizados, esbanjando sensualidade, olhares fixos, jogo de pernas, e ao final um beijo ardente arrancando suspiros de quem assistia.

 

Aplausos foram puxados surpreendentemente por Jonh, Philip não podia deixar de jogar sedução naquele momento, curvou-se em direção ao rapaz como artista ao final do espetáculo, Amy fixou o olhar em Esther que tomou a dose inteira em um gole só, da bebida que um garçom passou servindo, encararam-se até outra música começar, e Philip a puxar pelo salão mais uma vez em direção ao bar.

 

-Primeira parte do plano executada com maestria né amiga?

 

-Pelo jeito não fui só eu que tirei vantagem disso né?

 

-Qual o próximo passo?

 

-Preciso falar com ela...saber o que ela está pensando...

 

-Tenho uma idéia pra isso, mas...você tem que cumprir sua parte também, topa?

 

-Claro...

 

Philip pediu uma bebida, e abraçou Amy por trás cochichando no seu ouvido:

 

-Você sabe onde fica a central de energia desse prédio?

 

-Sim, eu estava na comissão de som e iluminação da festa, precisei saber detalhes do abastecimento de energia elétrica.

 

-Ótimo...vamos até lá agora, preciso conhecer o caminho...

 

Seguiram para o subsolo do Windson sorrateiramente, quem viu os dois se afastando de mãos dadas, só poderia pensar que estavam buscando ficar a sós para interesses mais intímos...inclusive Esther que ignorava a presença de Michelle sempre próxima a ela, a morena só virava copos visivelmente perturbada pelo casal Philip e Amy. No caminho até o porão, Philip olhava atento para corredores, portas, a fim de bolar o plano perfeito que atendesse a sua necessidade, e ao pedido da amiga.

 

-Ok Amy, preste atenção no que vamos fazer: você vai até a central e quando eu cumprir minha parte te envio uma mensagem pro celular e aí você desliga a força, tudo bem?

 

-Espera aí Philip, isso vai acabar com a festa! Não posso fazer isso, é a festa da minha fraternidade, precisamos arrecadar fundos e...

 

-Ei, calma! Não vai durar mais que cinco minutos sem luz, é o tempo suficiente para você sumir com Esther sem despertar a atenção de ninguém, muito menos sobre a veracidade de nossa paixão...e além do mais, assim posso sumir também com o quarterbacker...

 

-E qual será sua parte nisso?

 

-Atrair nossas presas...

 

-Você é horrível! Presas?

 

-Isso... – Philip sorriu malicioso. Preste atenção, como você é a responsável por essa parte na organização da festa, vou dizer a Esther que você desceu para resolver um problema com a eletricidade do salão e que ainda não voltou e que estou preocupado, peço a Jonh para ir conosco procurar você, quando estiver a caminho, te envio o sms, você desliga a força, aguarda três minutos, e religa a força.

 

-Ótimo, como vou encontrar Esther no escuro?

 

-Você está vendo aquela porta ali? Ela dá acesso a que?

 

-Vamos ver...

 

Abriram a porta, e se depararam com um depósito de móveis antigos, tapeçarias, todos cobertos com plásticos e panos. Philip sorriu como se tivesse a certeza que o universo conspirava a favor deles naquela noite, a porta só se abria por fora, assim, estava perfeito para seu propósito.

 

-Excelente amiga...trago Esther para cá e te mando a mensagem, com tudo escuro, eu digo a Esther para que ela fique lá enquanto vou com Jonh na central de energia, você a religa em três minutos e vem para cá, e encontra a Esther a essa altura estarei longe...a sós com Jonh e aí é comigo. – Arqueou as sombracelhas com ares de malícia.

 

Voltaram para o salão, a fim de dar início ao plano, esperaram alguns benfeitores anunciarem doações, e só aí Amy desceu para o porão. E como combinado, ao receber o sms de Philip, desligou a chave da energia, contando no cronômetro do celular os três minutos que o amigo estipulara. Ao final desse prazo, religou a energia e se dirgiu até a tal porta do depósito, de longe já se ouvia os gritos de Esther pedindo ajuda, apressou-se notando um tom desesperado na voz da morena. Destrancou a porta rapidamente, ao se deparar com Amy, Esther a abraçou forte, trêmula, estava pálida, Amy se compadeceu vendo o estado daquela mulher sempre tão altiva, parecia mais uma criança assustada naquele momento.

 

-Ei Esther, calma, já está tudo bem, estou aqui com você...

 

 

 

A morena continuou ali abraçada com Amy, até ir recuperando a calma aos poucos. A novata por sua vez, esquecera de qualquer plano armado ao sentir o corpo de Esther aninhando no seu, aquele perfume lhe envolvia de uma maneira quase que sobrenatural, uma vez que transportava Amy interiormente para um universo paralelo, no qual só existiam ela e Esther naquele depósito de quinquilharias, que num momento se transformara em um cenário cheio de romantismo. Esther permitia aquele aconchego desejando que o contínuo espaço-tempo fosse quebrado e aquele instante se eternizasse, ali tão perto do colo de Amy, podia ouvir o coração da loirinha bater no mesmo ritmo que o seu, esse som, esse clima, era o suficiente para esquecer qualquer jogo de intrigas, naquele momento só importava o que ela e Amy sentiam.

 

Aos poucos a morena se desvencilhou dos braços de Amy, a encarando intensamente, a loirinha não fugiu daquele olhar, parecia bem mais que atraída pela faísca dele, estava hipnotizada, rendida aos olhos castanhos latinos de Esther. A presidente da gama-tau baixou a cabeça e disse baixinho, evidenciando um toque de timidez por ter demonstrado tamanha fragilidade.

 

-Desculpe-me, eu acho que tenho um certo pavor de escuro, de locais fechados...e aconteceu algo estranho...

 

-Não precisa se desculpar Esther, está tudo bem,e não se preocupe, sua imagem de mulher destemida está a salvo comigo. – Amy a interrompeu, num tom de brincadeira extremamente doce.

 

-Seu namorado está a sua procura e me pediu que mostrasse onde era a central de eletricidade...e me deixou aqui saindo com Jonh, não entendi nada...o que houve?

 

-Fui informada sobre oscilações no fornecimento de energia em alguns pontos do Windson, quis averiguar antes que acontecesse algo para prejudicar a festa, era apenas um fusível com mal contato...providenciei o reparo com o pessoal da manunteção, mas na hora da troca a energia caiu de vez...

 

Esther parecia confusa com a versão dos fatos segundo Amy, mas queria ignorar os fiapos soltos da história, a fim de aproveitar aquele instante a sós com a loirinha.

 

-Que bom então que não estragou a festa...seu namorado está com Jonh...devem estar trocando impressões a seu respeito...

 

-Philip é um cavalheiro, não fala de nossas intimidades com ninguém, especialmente com outro homem...

 

-Se você diz...deve conhecê-lo melhor que eu...

 

-Com certeza...melhor sairmos daqui, vou procurar meu namorado.

 

-Espera loirinha! Pra que a pressa? Medo de ficar a sós comigo?

 

-Por que você insiste em não me chamar pelo nome? Você sabe que tenho um não sabe? E a medrosa aqui não sou eu...

 

Esther não conteve o riso vendo a irritação de Amy, ao notar um sorriso se desenhando nos lábios da morena, a novata também não conteve o sorriso, ambas baixaram a cabeça para que nenhuma fosse a culpada de dar o braço a torcer naquela discussão boba. Alguns segundos de silêncio e Esther paralisou olhando por cima dos ombros de Amy, sem fazer movimentos bruscos, caminhou lentamente até ela, e disse quase que sussurrando:

 

-Não se mova...

 

A orientação pareceu surtir exatamente o efeito contrário, Amy deu um salto, e uma aranha enorme que descia de um dos movéis empoeirados caiu sobre seus ombros, provocando uma série de gritos, que só se assemelhavam aos berros do filme “Aracnofobia”. Esther então, com um cabo de madeira derrubou a aranha, empurrando um móvel pesado por cima do animal, apressando-se em ir em direção a Amy para tentar acalmá-la.

 

-Ei...só uma arainha de nada, deixa eu ver se no seu ataque aconteceu alguma coisa no seu ombro...

 

Esther falou mansamente, deslizando as mãos nos ombros de Amy, o ombro esquerdo nu, estava vermelho, provavelmente não por efeito do contato com o bicho, mas pelas excessivas batidas que a loirinha deferiu contra ela mesma enquanto se debatia com medo da tal aranha.

 

Amy não conseguia falar, respirava rápido, sentindo o toque suave das mãos de Esther na sua pele, que imediatamente começava a queimar, mas não pelo contato acidental do bicho, e sim pelo desejo que emanava do seu corpo por Esther. A morena por sua vez estremecia diante da maciez da pele alva da novata, a vontade de tomá-la em seus braços era tanta, que o simples fato de ouvir a respiração acelerada de Amy, já lhe arrepiava inteira.

 

Em segundos a testa de uma já estava colada na outra...roçaram suas faces, as peles se eriçaram, as bocas se procuraram famintas, até se encontrarem num beijo pleno, intenso, urgente e sem reservas. A medida que as linguas se buscavam num movimento sincronizado das bocas, as mãos de Esther percorriam o decote do vestido de Amy, esta, puxava para si a morena pela cintura se deliciando nas curvas dela, ousando explorar cada centímetro que sua mão pudesse alcançar. O beijo não cessava, a vontade contida até aquele instante não deixava brechas sequer para recuperar o fôlego, ambas pareciam querer mergulhar uma na outra.

 

Aquele momento foi interrompido com um barulho de alguém se aproximando pelos corredores do subterrâneo do Windson, antes que Amy e Esther pudessem descobrir de quem se tratava, ouviram o barulho de portões rangendo, e o som característico de cadeados se fechando, entreolharam-se deduzindo o que acontecera, correram em direção a entrada do subterrâneo, mas foi em vão, os portões estavam trancados, e por mais que gritassem não seriam ouvidas naquela altura. Esther visivelmente contrariada exclamou:

 

-Ótimo...agora estamos trancadas nesse porão...

 

-Calma, vou ligar para Philip...

 

-Espera...

 

Não deu tempo Esther concluir o raciocínio e Amy já estava com o celular nas mãos discando.

 

-Ai não acredito! Estou sem bateria! Droga, descarregou...

 

-É...estamos presas aqui.

 

Voltaram para o depósito, Esther descobriu algumas poltronas envoltas por uma coberta e convidou Amy a sentar-se perto dela, sem mencionar uma palavra sequer a loirinha sentou-se demonstrando alguma ansiedade em estar mais uma vez tão próxima a Esther.

 

-Seu namorado virá procurar por você, e ele se for esperto deduzirá que não voltei para festa...enfim uma hora sairemos daqui.

 

-É...virá sim.

 

-Ele parece ser um cara legal...aliás legal até demais pra um cara...digo um hetero.

 

-Você acha que não existem caras  heteros legais? Isso me soa meio “heterofóbico”.

 

Esther sorriu, balançando a cabeça positivamente e continuou:

 

-Você tem razão, acho que estou sendo preconceituosa, mas é que...senti algo diferente nele e...enfim...pode ser impressão minha apenas, deixa pra lá...

 

-Você está procurando um defeito nele e não está encontrando então quer me colocar uma pulga atrás da orelha não é?

 

-Claro que não! Ninguém é perfeito muito menos ele, logo ele sai do casulo...e...

 

-Espera aí! Casulo?

 

-Ah loirinha, seu namorado está escondendo a purpurina, mas a mim ninguém engana...ele estava louco pra ficar a sós com Jonh, por isso me trancou aqui...

 

-Você está louca?

 

Amy fingiu cara de ofendida, mas Esther sorria com o canto da boca, enquanto desfazia o penteado dos seus longos cabelos negros, atitude que Amy não entendeu.

 

-Esther estou falando com você! E você está se desarrumando por quê?

 

-Você ainda não percebeu que dificilmente a gente sai daqui hoje? Só virão nos destrancar amanhã quando os funcionários vierem arrumar o salão...estão todos mascarados, não sentirão nossa falta, exceto seu namorado, mas esse deve estar muito ocupado com Jonh...

 

-Ai Esther...você me irrita!

 

Amy falou isso empurrando a morena pelo ombro, provocando risos em Esther, que tentava segurar as mãos da novata, até enfim conseguir puxar Amy para cima das suas pernas. A loirinha teve suas mãos presas para trás por Esther, que colou sua boca no pescoço de Amy, respirando forte sentindo a pele da novata arrepiar, não se conteve e deslizou seus lábios com a ponta da língua entre eles, despertando um gemido suave e sensual de Amy.

 

De mãos contidas, Amy reclinava seu pescoço pro lado a fim de dar espaço para o acesso da boca carnuda de Esther, que descia pelo seu colo desnudo evidenciado pelo decote. Os corpos de ambas queimavam, tamanho desejo de se entregarem. As mãos de Esther antes ocupadas em segurar as de Amy, agora passeavam por baixo do longo vestido da loirinha, esta por sua vez colocou suas mãos entre os cabelos de Esther soltando os últimos cachos presos no penteado da morena. A busca das mãos e bocas pelos corpos desejosos de paixão em pouco tempo tornou qualquer peça de roupa desnecessária, os pomposos vestidos se perderam no chão empoeirado, enquanto Esther arrastava Amy para o sofá vizinho a poltrona que elas estavam.

 

Esther colou seu corpo praticamente nu sobre o corpo de Amy igualmente provido apenas com a calcinha, roçando com movimentos suaves intercalados com beijos embebidos numa volúpia incessante, a perna de Amy se encaixou entre as pernas da morena que seguia com movimentos mais fortes aumentando mais a umidade no seu sex*. No passeio das mãos de Esther, ela encontrou a última peça do corpo de Amy, por dentro da calcinha penetrou suavemente seus dedos no sex* encharcado e trêmulo, sorriu ao sentir Amy se contorcer, e não parou o toque entre os pequenos lábios, massageando o clit*ris conforme a loirinha ditava sua entrega ao gozo.

 

Os gemidos de Amy se propagavam, aumentando mais o prazer de Esther que se enchia ainda mais de tesão, sentindo o gozo da loirinha se derramar entre seus dedos, isso para a morena era quase imperativo, desceu com sua boca até as pernas de Amy, mergulhando sua boca, língua naquele líquido quente, salgado, despertando em Amy mais do que um gemido, mas um grito de puro prazer, acompanhado de uma onda de tremores, a loirinha cravou as unhas nas costas de Esther que se deliciava com o orgasmo de Amy.

 

Amy se jogou contra o sofá sem forças, rendida, enquanto Esther repousava seu corpo nos seios eriçados da loirinha, acariciando a pele alva e suada, depositando pequenos beijos. Muita coisa precisava ser dita, Amy sentia isso, mas seu corpo parecia desprendido de qualquer racionalidade, queria mais de Esther, queria aquele corpo perfeito dentro dela, e principalmente queria fazer a morena sua, assim como ela se sentia dela naquele momento.

 

Aos poucos sentiu a dormência das suas mãos passarem, e se deu numa exploração urgente pelas curvas de Esther, que se entregava, de olhos fechados, em um movimento quase que sincronizado ficou sobre Esther, deslizando suas mãos no corpo moreno e arrepiado, retirando sua minúscula calcinha, dando completo acesso ao pulsante e molhado sex* de Esther. Não teve pressa em penetrá-lo, com movimentos provocativos, colocou sua mão inteira sobre ele, os dedos se dividiam no toque em diferentes pontos, por vezes massageando o clit*ris,por vezes iniciando uma penetração lenta, deixando a morena enlouquecida com tais investidas.

 

A loirinha não se esquecia de provocar os volumosos seios intumescidos de Esther, que arqueava seu corpo diante das pequenas mordidas que recebia neles, enquanto a mão de Amy continuava a protelar o gozo inevitável, que aconteceu tão logo Amy intensificou os movimentos de seus dedos num compasso ritmado, absorto enfim numa sequência de gemidos e sussurros de significados indecifráveis culminando com a explosão do gozo de ambas.

 

A paixão ainda deu lugar a mais momentos de carícias quentes, entre ambas, mas principalmente a uma troca de carinhos inédita entre as duas que pareciam estar num universo paralelo, no qual elas eram apenas um casal se entregando ao momento, sem jogos, sem interesses escusos ou segredos. Antes que adormecessem abraçadas, Esther falou ao ouvido de Amy suavemente:

 

-Amy, eu...preciso te dizer uma coisa...mas...tenho medo de que você entenda errado.

 

-Adoro quando você me chama pelo nome...me fala, se eu entender errado, você me explica né?

 

-Amy...não gosto, não quero que você tenha um namorado. É isso...

 

-Mas...você me trata como um objeto descartável, e acha  que tem direito de fazer exigências?

 

-Não é uma exigência, é um desejo...

 

-Mas, o que você quer de mim afinal? Que eu esteja à sua disposição, do jeito que você bem entender? Você acha justo isso?

 

-Não se trata de justiça...eu quero você...

 

-Você me quer...?

 

-É Amy...quero você só pra mim!

 

Amy ficou por alguns minutos com os olhos fixos nos de Esther, tentando enxergar neles que tipo de sentimento estava naquele pedido, desejou saber ler aqueles olhos, aquela expressão. Não sabia se Esther tinha apenas o sentimento de posse, se queria mostrar seu poder sobre ela, ou se existia ali o que seu coração queria que existisse, a sinceridade de Esther em querê-la como sua namorada, ou coisa parecida. Depois desse mergulho em interrogações vislumbrado no olhar que lhe fitava esperando alguma resposta, Amy baixou os olhos, balançou a cabeça negativamente, e indagou encarando-a com firmeza:

 

-Esther, eu quero muito entender como você me quer...porque não deixei de cumprir minhas obrigações como sua escolhida, como uma irmã de fraternidade, mas não acho que ser usada por você e depois descartada como eu suponho que você faça com outras meninas constitua uma de minhas atribuições, portanto, preciso que você me fale claramente, numa linguagem que não permita dupla interpretação...Esther, sem jogos...você me quer só pra você em que condições?

 

Em um momento raro, Esther sentiu-se intimidada, não só pela firmeza evidente da novata, mas principalmente pelo sentimento implícito em cada palavra e nítido nos olhos verdes que cintilavam qual esmeraldas puras...

 

-Amy, eu quero você pra mim, sem namorados, ou namoradas, quero você fique só comigo, seja mais que minha escolhida, seja minha...na condição de minha...

 

-Minha...? Minha o que Esther?

 

-Amy...você entendeu...facilita pra mim vai...

 

Esther aproximou-se então dos lábios da loirinha, que continha um sorriso meio abobado, visivelmente tocada pelo pedido tímido da morena. Beijou-lhe suavemente a boca, provocando um suspiro de Amy, que não tardou em precipitar um beijo longo, quente e sedento, e mais uma vez se entregaram a paixão até adormecerem enfim coladas uma na outra. Exaustas, mas com um sorriso nos lábios, Esther acariciou os cabelos finos e macios de Amy que estava recostada no seu peito e com a mesma timidez rara, voltou a perguntar:

 

-Isso foi um sim Amy?

 

-Vai depender de você Esther, de quem você será no dia seguinte.

Fim do capítulo


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Comentários para 8 - CAPÍTULO 8: O BAILE:
Dolly Loca
Dolly Loca

Em: 22/11/2021

Que linda a Esther tímida!!

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 19/11/2021

Boa resposta Amy.

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