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  • CAPÍTULO 47– LIÇÃO 41 : O mundo não gira, ele capota.

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MANUAL NADA PRÁTICO PARA SOBREVIVER A UM GRANDE AMOR por contosdamel

Ver comentários: 5

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Palavras: 1837
Acessos: 1479   |  Postado em: 16/11/2021

CAPÍTULO 47– LIÇÃO 41 : O mundo não gira, ele capota.

Em dois dias estávamos desembarcando cedo em Congonhas, seguimos do aeroporto direto para o HCor, onde teríamos a consulta com uma das médicas responsáveis pelo estudo clínico do novo cardioversor implantável. Antes de viajarmos para São Paulo, fiz meu trabalho de casa como boa pesquisadora, lendo o que podia a respeito da pesquisa, e obviamente no currículo da Dra. Ana Carolina Arruda Botelho, a cardiologista que consultaria meu pai, e seria responsável por incluí-lo ou não naquele ensaio. Assisti a entrevistas, li alguns artigos, afim de me familiarizar o quanto podia com os processos daquela pesquisa, confiante de que seria um ótimo recurso para meu pai.

            A gigantesca estrutura do hospital impressionava, e por ser gigante, apressei-me em solicitar uma cadeira de rodas para meu pai, que com muita relutância acabou cedendo a necessidade, por se cansar andando até o bloco onde seria a sua consulta.

            Com alguns minutos de atraso, fomos atendidos. A Dra. Ana Carolina era exatamente como eu imaginava: segura, hábil nas palavras para explicar a morbidade do meu pai e como o tratamento poderia ser uma alternativa para lhe dar mais conforto e logicamente evitar morte súbita pelas arritmias, além disso, era muito gentil, soube lidar com a implicância de minha mãe que já reclamava da necessidade de passar algum tempo em São Paulo para o início do tratamento.

 

-- Mãe, por favor, essa é uma consulta de triagem, temos que torcer para que o papai seja aceito no estudo, e a senhora já reclama de vir para São Paulo?

 

            Cochichei, sob olhar de censura de minha mãe. Dra. Ana Carolina, continuou a explicação sobre as próximas etapas da triagem.

 

-- Alguns exames que vocês trouxeram seriam feitos aqui, mas, como são recentes e eu confio no serviço e na qualidade do Pró-Cardíaco, não acho necessário repetir, mas, precisamos de alguns laboratoriais específicos do nosso protocolo.

 

-- Tudo bem, doutora, podemos fazer hoje mesmo? – Perguntei.

 

-- Claro, vamos adiantar tudo, sei que a senhora é ocupada, doutora Luiza, tenho acompanhado sua pesquisa em Oxford.

 

-- É um lisonjeiro para mim que conheça meu trabalho, doutora. Mas, minha ocupação agora é meu paizinho, pode seguir os protocolos da pesquisa do seu grupo, estamos à disposição.

 

-- Mas nós temos pressa em voltar para casa, doutora. – Minha mãe foi deselegante, e eu praticamente rosnei para ela.

 

-- Mãe... para com isso!

 

-- Entendo senhora, não vamos perder tempo. A Lilian, é a enfermeira responsável por essa etapa do procedimento, ela vai levar o senhor Antônio para a coleta dos exames, se a senhora quiser acompanhá-lo, fique a vontade senhora...

 

            Doutora Ana Carolina esperou para minha mãe se apresentar:

 

-- Helena.

 

-- Dona Helena, deseja acompanhar o marido, Lilian.

 

            Meus pais saíram do consultório, enquanto a médica foi mais técnica ao detalhar a situação crítica do meu pai:

 

-- Doutora Luiza, a situação do seu pai é bastante delicada, acredito que Dr.Walter e Dr. Marcos tenha deixado isso claro. Eu me sinto na obrigação de esclarecer que nosso estudo tem se mostrado promissor para o controle de arritmias, até nos casos de insuficiência cardíaca severa como a do seu pai, contudo, o infarto que ele sofreu foi bastante deletério, se ele se encaixar nos parâmetros do estudo, ele será alocado em outro grupo, um protocolo específico, não posso deixar de adiantar que ele não poderá se afastar do nosso serviço por um tempo, devem estar preparados para uma rotina aqui no hospital, e não acho prudente deslocamentos de viagens, por menor que seja o tempo entre Rio e São Paulo.

 

-- Estou ciente, doutora. Ignore esses comentários de minha mãe, tem sido um período difícil desde o infarto do papai, perdoe-me.

 

-- Não há motivo para pedir desculpas, estou acostumada, fique tranquila.

 

            A elegância e a solicitude da cardiologista me confortaram, apesar da apreensão que senti ao ouvir sobre o dano que meu pai sofrera com o ataque cardíaco. Enquanto esperava os exames na recepção, aproveitei para responder alguns e-mails de trabalho e mensagens dos meus amigos e claro, da Ivy, ansiosa por notícias do papai.

 

Como que impulsionada por alguma força sobrenatural, mudei o foco dos meus olhos do celular para observar meu entorno, o vai e vem de pessoas, a rotina de um grande hospital de referência, e me perdi nas hipóteses sobre meus próximos dias naquele cenário se meu pai fosse aceito no ensaio clínico. No corredor, fixei meus olhos em uma mulher que caminhava de cabeça baixa, mexendo em um tablet, alguém que me parecia familiar, suas formas, seus gestos, fiquei hipnotizada pelo seu caminhar, acompanhei com os olhos o seu trajeto até que ela se aproximou da porta de um dos consultórios, e ali parou.

Ela parou, e o mundo pareceu fazer o mesmo, pelo menos o meu. Fiquei surda aos barulhos daquele ambiente, todo o resto do quadro parecia desfocado, por que minha visão só tinha um alvo, em câmera lenta eu observei com o coração sobressaltado aquela mulher enfim levantar a cabeça e eu reconhecer nela, aquela menina de cabelos negros e olhos claros de sorriso fácil que mudou minha vida, era ela, Marcela.

Parece que experimentei o que meu pai sentia ao menor esforço, o ar me faltou. E como se eu tivesse o poder de atrair o olhar dela para mim levantei-me e mantive o foco sobre ela, que decepção eu não ter pode algum sobre o olhar de Marcela, observei-a abrir a porta do consultório e antes que eu a alcançasse ela bateu a porta me deixando zonza pela emoção parada no corredor. Provavelmente se passaram apenas alguns segundos, que não foram suficientes para me recompor, até que a porta se abrisse novamente colocando-me mais uma vez Marcela na minha frente, dessa vez, acompanhada da médica do meu pai, Ana Carolina.

 

-- Doutora Luiza, eu já ia pedir que a chamassem... Vamos até o consultório, já temos os resultados dos exames do seu pai.

 

            Juro que a voz da médica ecoava pelo corredor como um efeito de um alucinógeno. Eu mal conseguia esboçar uma reação, que dirá verbalizar algo. Marcela me fitou com aqueles olhos esverdeados que cintilavam o mesmo brilho que enxerguei nos nossos primeiros esbarrões na porta da minha sala de aula anos atrás. Não era só eu que estava paralisada com o reencontro, Marcela parecia chocada, os músculos da minha face pareciam entorpecidos, não concatenei palavras ou gestos, só segui Ana Carolina, sentindo que Marcela seguia o mesmo trajeto atrás de mim.

 

            No consultório, por mais que eu tentasse me concentrar nas informações trazidas pela cardiologista do meu pai, eu não conseguia tirar os olhos de Marcela, que agora estava sentada vizinho a Ana Carolina.

 

-- Sendo assim, doutora Luiza, seu pai poderá ser inserido no nosso grupo de pacientes no estudo, mas, precisamos interná-lo para administrar alguns fármacos do nosso protocolo que precisam de monitoramento. Doutora Luiza?

 

            Marcela franziu a testa como se desejasse me despertar do transe que eu parecia estar diante dela.

 

-- Sim, doutora. Eu entendi.

 

-- Preferi conversar com a senhora antes de comunicar aos seus pais, acha que conseguem vir até o final da semana para procedermos com a internação?

 

-- Não será um problema, doutora, viemos preparados para ficar.

 

            Meus pais entraram no consultório e a médica repetiu para eles todas as informações pacientemente. Enquanto eu e Marcela nos encarávamos com os olhos magnetizados de um sentimento confuso, mas intenso. Aquela troca de olhares por certo chamou a atenção da doutora Ana Carolina:

 

-- Perdoe-me a indelicadeza, não apresentei a doutora Marcela, ela também é cardiologista do nosso grupo de pesquisa, desde a residência. Marcela, a doutora Luiza é a filha do senhor Antônio.

 

            Desconcertada pela apresentação, não sabia como agir sem denunciar nosso grau de intimidade. Marcela foi mais ágil para diminuir a estranheza daquele momento:

 

-- Já nos conhecemos doutora Carolina, a professora Luiza foi minha professora na faculdade.

 

-- Mas que mundo pequeno!

 

Ana Carolina falou enquanto se despedia, dando orientações aos meus pais sendo acompanhada por Marcela. E eu continuava sem ação, o máximo que consegui foi retribuir o sorriso da médica do meu pai. Deixamos o consultório depois de agendar a internação em dois dias. Ainda abalada com o encontro com Marcela, fiquei surda às reclamações da mamãe, entrei no elevador e antes que a porta se fechasse fui arrancada daquela anestesia com o susto do braço que impediu que o elevador se fechasse: era Marcela que chegava ofegante:

 

-- Doutora Luiza, pode me dar um minuto?

 

Acenei em acordo, pálida.

 

-- Aguardem um pouco no térreo, já desço para irmos para o hotel, mãe.

 

            Nem dei tempo para minha mãe proferir mais uma reclamação, saí do elevador com a agilidade que me faltou na última hora. Diante de Marcela na minha frente, outra vez o cenário não tinha outros elementos, só ela diante de mim, com os mesmos olhos penetrantes e sorriso arrebatador que se fez em seus lábios em câmera lenta. Como eu reconhecia aqueles gestos... ajeitou os cabelos e retirou as mãos do jaleco e disse:

 

-- Você ia embora sem me dar um abraço, depois de quatro anos?

 

            Lembra do mundo que parou para que eu contemplasse Marcela horas atrás? Ele parou de novo para testemunhar eu me jogando em um abraço longo, absorto na troca das respirações descompassadas, corações acelerados e no eriçar das peles quentes atiçadas pelas lembranças e pela saudade. Eu não queria que aquele momento tivesse um fim, por isso nos afastamos lentamente.

 

-- Não era bem assim que eu esperava te reencontrar, Luiza.

 

-- Ah... Acredite, não era nessa situação que eu esperava retornar ao Brasil... E também te reencontrar, aliás, eu acho que...

 

            Calei-me antes de revelar que eu não estava preparada para reencontrá-la.

 

-- Vamos concordar que foi uma grande surpresa para nós duas.

 

-- É... Foi, Luiza.

 

            Alguns segundos de uma troca de olhares intensa, as palavras pareciam sumir.

 

-- Eu preciso ir, Marcela. Meus pais estão me esperando, vamos para o hotel, e enfim...

 

-- Claro, não vou te prender mais, acho que nos veremos mais vezes por aqui, podemos tomar um café para colocar o papo em dia...

 

-- Sim, vamos sim tomar um café... qualquer hora dessas... A gente se vê por aqui.

 

            Entrei no elevador com a sensação ambígua sobre a intensidade daquele encontro e as muitas interrogações que ele representaria para mim, e um enorme desconforto em experimentar o sentimento de ser uma estranha conhecida para Marcela. Minha estada em São Paulo se transformara em algo imprevisível, não só pelo tratamento de meu pai, mas também sobre o meu passado voltando ao presente em um novo contexto.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Minicapítulo de meio de semana, meninas.

Espero que gostem da surpresa!

 

Beijos e boa semana!


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Comentários para 47 - CAPÍTULO 47– LIÇÃO 41 : O mundo não gira, ele capota.:
patty-321
patty-321

Em: 18/11/2021

Eita.

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 17/11/2021

Misericórdia vai dá confusão.

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LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 17/11/2021

Ahaaaa, agora sim! Linda surpresa e as meninas atônitas. Ainda bem que Marcela teve iniciativa de ir pedir um abraço  ;)

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cris05
cris05

Em: 17/11/2021

Amei a surpresa!

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 16/11/2021

Adorei a surpresa!

E parece que a surpresa deixou as duas sem palavras

Responder

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