Capitulo 73
Capítulo 73º
Narrador
- Alice! Eu te fiz uma pergunta. Onde você estava?
Deu dois passos em direção a ela. Alice tentava se equilibrar, mas aparentemente sua capacidade de locomoção estava desatualizada. Passou a mão no rosto e conseguiu ao menos dar alguns passos até a cozinha. Rebeca foi em seu encalço. Abriu a geladeira com dificuldade, pegou uma garrafa de água. Tudo isso sobre o olhar acusador da namorada.
- Me deixa abrir. – falou impaciente tomando a garrafa da mão dela, que lutava para tentar desenroscas a tampa.
- Obrigada. – agradeceu bebendo todo o líquido de uma única vez. – Nós estávamos na boate.
- E por qual motivo você voltou para casa nesse estado? – a fúria dela era notória em cada palavra dita.
A loira suspirou percebendo que estava completamente enrascada. Mas tinha plena consciência de que não poderia contar o que aconteceu, pois isso geraria uma confusão para Carmem. Ignorando a pergunta feita por Rebeca, ela caminhou tirando as roupas enquanto ia em direção ao quarto.
- Alice! Você só pode estar de brincadeira. – reclamou espalmando a mão na bancada da cozinha.
- Amor, só bebemos enquanto o cara arrumava o cano. – se explicou de forma mentirosa. Respondeu acreditando que a mulher continuava na cozinha. Mas com agilidade ela barrou a entrada de Alice no quarto que ainda conseguiu se questionar como ela conseguia ser tão rápida com aquela barriga enorme, guardou o pensamento para si, na esperança de não piorar as coisas. O olhar acusador de Rebeca encontrou os olhos culpados de Alice, que assustada com a possibilidade de ela ler pensamento desviou fitando algum ponto dentro do quarto.
- Se não pretende me contar a verdade, não merece dormir ao meu lado. – afirmou entre dentes.
- Amor, eu já falei. – passou a mão na nuca, sentindo um misto de desespero e arrependimento de ter aceitado aquela loucura imposta por Letícia.
- Você falou e tudo o que vejo são mentiras. Espero que durma bem. No quarto de hóspedes. – bateu a porta na cara dela.
Alice passou a mão na ponta do nariz pois tinha plena certeza de que a madeira tocou nele. Ensaiou uma batida na porta, mas parou a mão na metade do caminho. Rebeca estava com raiva, e ela não estava em condições de pensar em uma desculpa plausível que explicasse o que fez. Deixou os ombros caírem em total derrota e caminhou para o quarto de hóspedes. Tirou suas roupas e foi para o chuveiro. Alguns minutos depois deitou e apagou completamente.
Enquanto isso na casa de Amélia. Letícia tentava levar a sogra até o quarto sem fazer barulho, já que aparentemente Amélia e Elisa estavam dormindo. Mas a mulher não queria colaborar, estava animada por todas as bocas que beijou e os números que conseguiu.
- Adorei a noite, podemos repetir. – falou assim que a médica a colocou na cama.
- Podemos sim, mas só quando você assumir quem é. Assim ninguém se mete mais em enrascada por você. – apesar de ter bebido muito Letícia parecia a mais sóbria das quatro.
Levou o lençol cobrindo todo seu tronco. Apagou a luz, fechou a porta em seguida saiu deixando-a sozinha. Viu a luz noturna do quarto de Elisa acesa. Abriu a porta vagarosamente pois detestaria acordar a filha e ter que coloca-la para dormir de novo, ainda mais tão embriagada.
Mas a imagem que viu aqueceu seu coração. Amélia estava junto de Elisa na pequena cama da menina. Os cabelos ruivos da menor estavam espalhados pelo braço da mais velha. Em cima de sua barriga estava um dos livros que costumavam ler para ela antes de dormir. Se em algum momento Letícia pudesse imaginar que teria a sorte de encontrar uma mulher como Amélia teria procurado há mais tempo.
Decidiu que era melhor deixa-la dormir ali mesmo, deixando para conversarem apenas na manhã seguinte. Fechou a porta e foi para o quarto de casal. Tirou suas roupas vagarosamente e entrou no banho. Em seguida se deitou na confortável cama se entregando a todo o cansaço que consumia seu corpo.
- Como assim vocês beberam? Pensei que tinha ido arrumar algo na boate. – Tália insistiu impedindo que a namorada fechasse a porta do banheiro.
- Amor. Será que podemos conversar amanhã? Eu estou cansada.
- Cansada? De beber ou fez algo mais? Por acaso tem mulher envolvida na história?
- Tália, já disse que não. Jamais faria isso com você.
- Então me diz o que aconteceu ou se prepare para ficar sem sex* até que me conte a verdade. – franziu o cenho.
Anna arregalou os olhos. Aguentaria todo e qualquer tipo de tortura, mas ficar sem fazer sex* com Tália era de longe seu ponto mais fraco. E ela sabia disso, afinal não perdeu tempo tentando descobrir a verdade com armas justas. Precisava jogar sujo para conseguir saber o que aconteceu. Deu um passo em direção a ela, que recuou com a aproximação.
- Você deveria confiar em mim. – seu tom saiu baixo, estava além de bêbada muito cansada.
- E você deveria não mentir para mim.
- Quer mesmo saber?
- Lógico, por qual motivo eu estaria aqui te ameaçando?
- Tudo bem. Eu digo, mas você precisa prometer que vai aguardar segredo. Rebeca não pode saber.
- Anna, se pensa que vou esconder safadeza de Alice, você precisa me conhecer melhor. Rebeca é minha melhor amiga.
- Não tem nada de safadeza, ninguém fez nada. Bom, quase ninguém.
- Você não está dizendo coisa com coisa. – completou já irritada.
- Claro, eu estou bêbada e você está me coagindo a dizer coisas que eu não deveria.
- Ótimo. Então continua guardando seus segredos que eu vou continuar guardando meu corpo. Aproveita e dorme aí no sofá. – deu as costas e saiu pisando firme.
Anna ainda chegou a duvidar que ela teria mesmo coragem de deixa-la dormir no sofá, mas ao tentar abrir a porta do quarto percebeu que estava trancada. Respirou fundo já se arrependendo por não ter contado.
- Letícia é bom que você também esteja em maus lençóis. – resmungou enquanto tentava tirar sua roupa. Atirou-se no sofá em seguida e adormeceu.
A luz invadia o quarto pela janela que estava aberta. As cortinas brancas estavam uma em cada canto da parede. Alice se mexeu na cama tentando encontrar Rebeca, mas com um pouco de sanidade lembrou-se da namorada batendo a porta em sua cara.
- Aí! – reclamou segurando a cabeça. Manteve os olhos fechados evitando a claridade.
- Bom dia. – Tereza entrou no quarto acendendo a luz.
- Bom dia para quem? – respondeu com mal humor. A senhora sorriu.
- Com certeza para mim é, acordei com saúde e dormi na minha cama, diferente de você. – parou em frente a cama com as mãos na cintura. – Trouxe café. – esticou a xícara.
- Deus! Isso é café? – reclamou a loira sentindo o gosto amargo na boca.
- Sim. Forte e amargo, do jeito do humor da sua namorada quando saiu para trabalhar e me mandou cuidar da sua ressaca. O que você aprontou? – fitou a outra com curiosidade.
- Nada. Só bebi demais. Como pode ver. – falou deixando o café na mão da mulher.
- E só por conta de bebida a Rebeca te colocou para dormir na casinha do cachorro? – questionou com ar de riso.
- Ela exagerou. – resmungou voltando a se cobrir.
- Bom, se ela exagerou eu não sei. Mas que ela está puta com o que aconteceu isso eu sei. Me mandou te acordar com um balde de água.
- Você não faria isso, faria?
- Sua sorte é que já estava acordada. Não sou nem louca de recusar um pedido de uma grávida, quero meus olhos lindos sem terçol.
- Isso é apenas uma superstição. – falou.
- Superstição ou não, faria o que ela me pediu. Quer algo para o almoço?
- Não. Só preciso dormir um pouco mais. Preciso ir trabalhar ainda hoje.
- Certo. – fechou a porta deixando-a sozinha.
Apesar de estar chateada com Alice, Rebeca ainda deu uma olhada nela antes de sair de casa para trabalhar. Deu instruções a Terê para que cuidasse da possível ressaca que tomaria conta dela aquela manhã. Assim que chegou à empresa Tália já a esperava. Nem precisaram trocar uma única palavra. Quando Rebeca entrou a amiga a seguiu.
- Me diz em que estado a Anna chegou em casa ontem. – falou para a amiga.
- Bêbada. E a Alice?
- Do mesmo jeito. E ainda mentiu sobre onde estavam.
- Eu sei. Consegui farejar a mentira de longe. Mas deixei claro que nada de sex* até descobrir o que aprontaram. Inclusive ela dormiu no sofá.
- Alice no quarto de hóspedes. Passei a madruga inteira matutando algo que possa justificar aquilo, mas nada. A não ser que estivessem nos traindo.
- Anna não seria louca. Pois eu acabaria com a raça dela. A sogrinha que me desculpe.
- Então qual a explicação?
- Não sei. Mas quero descobrir. Vou tentar perguntar a ela de novo hoje. Se bem que se ela não me contou a verdade enquanto estava bêbada imagina se vai falar sóbria. – resmungou sentando-se em sua cadeira.
- Verdade. O que fazemos?
- Vou continuar com raiva. Ligamos mil vezes, nenhuma das duas deu a graça ao menos para atender e dizer onde estavam. Sei que não podemos controlar o que fazem, mas custava apenas ter avisado?
- Não. Não custava. Se elas não atenderam foi por decidirem assim. E já estou me irritando só de pensar nisso. Acho melhor a gente ir trabalhar.
- Verdade.
Anna foi a primeira a chegar à boate. Achava que já tinha condições de ir, mas assim que entrou no escritório, se atirou no sofá de canto. Cobriu os olhos. Sua cabeça doía, seu estomago revirava. Fora o medo que estava de encontrar com a namorada a noite.
- Juro que nunca mais eu bebo. – falou ao escutar a porta ser aberta.
- Pensei que você já tinha usado essa promessa. – respondeu Alice indo até ela, levantou seus pés e se sentou deixando as pernas dela cair sobre as suas.
- Usei, mas eu estava bêbada quando prometi. Hoje estou sóbria.
- Nem tanto, consigo sentir o cheiro de álcool daqui.
- Me deixa dormir.
- Viemos para trabalhar. – reclamou. – Quer saber, vou tomar uma cerveja, aposto que esse mal estar vai embora. Virgínia me ensinou isso.
- Se funcionar essa foi a única coisa boa que ela te ensinou. – gritou pois a amiga descia as escadas com pressa.
- Oi, não esperava te encontrar aqui. – falou para Barbara.
- Anna pediu para eu vir passar o som. Você está bem? – indagou preocupada ao ver a cara da outra.
- Sim. Só exagerei na bebida ontem. – sorriu abrindo a cerveja.
- E essa vai ajudar? – apontou para a garrafa em sua mão.
- Espero que sim. – respondeu sorrindo. – Quer uma?
- Não. Estou trabalhando. – recusou educadamente.
- Eu também. – se defendeu.
- Mas você é a dona.
- Esqueci esse detalhe. – sorriram juntas. – Bom, eu vou subir. Anna precisa de uma dessas.
- Prometo não fazer muito barulho.
- Fique à vontade, não vamos escutar nada de onde estamos.
- Okay!
Alice voltou para a sala, entrou e Anna continuava na mesma posição.
- Toma. – entregou a garrafa verde a ela.
- Se isso me fizer piorar vou catar aquela fotografa na África para dizer que ela mentiu. – reclamou sentando. Abriu a garrafa e tomou quase tudo de uma única vez.
Claro que não era um remédio milagroso, mas em minutos foi aliviando sua dor de cabeça. Assim iniciaram os trabalhos. Anna parou observando Barbara curtindo o som que fazia no andar de baixo.
- Ela se garante demais. – falou com as mãos na cintura.
- Você nem consegue ouvir o que está tocando, como pode ter certeza de que está bom?
- Estamos falando da Barbara, ela sabe o que faz.
- Se você diz. – deu de ombros.
- Já pensou no que vamos dizer as nossas amadas? – questionou sentando-se em sua frente.
- Não. Por falar nisso, será que Letícia se deu mal?
- Aposto que não.
- Vou mandar uma mensagem para ela. – desbloqueou o celular e digitou algo rapidamente. – Ela está perguntando se pode vir aqui.
- Claro. – deu de ombros. Anna respondeu a mulher e voltou a trabalhar.
Alguns minutos depois Letícia avisou que havia chegado. Anna disse que ela poderia subir para a sala delas. Não demoraram a escutar o barulho da porta abrindo e logo a figura da mulher aparecer. A médica sorriu ao ver o estado das duas.
- Vocês estão péssimas. – falou com desdém.
- E você está...- Anna pensou em mentir e dizer que a mulher também estava mal, mas era impossível. – Impecável. Como você conseguiu? Por acaso é uma bruxa?
- Sim. Inclusive vim na minha vassoura até aqui. – retribuiu a brincadeira.
- Ah-ah! Muito engraçada. Estou com essa cara por ter bebido com vocês, além de tudo briguei com Rebeca, ou ela brigou comigo, nesse ponto nem tenho mais certeza de nada. E fui forçada a dormir no quarto de hóspedes.
- Nossa que pena. Eu dormi no sofá. E ainda estou sobre a ameaça de que se não contar a verdade vou ficar sem sex*. – falou irritada.
- Vocês são duas bebês choronas.
- Bebês? Ela disse isso mesmo? – encarou Alice com indignação. – Meu amor, eu não sobrevivo um dia sem sex*. Hoje mesmo se Tália não me desculpar vou contar a verdade.
- Você não faria isso. – afirmou e em seguida olhou para Alice. – Ela faria isso?
- Por sex*? Com certeza. Mas me diz. O que aconteceu quando chegou em casa?
- Nada. Coloquei nossa querida sogrinha na cama, depois dormi. Amélia já tinha capotado com Elisa. Só nos falamos hoje.
- Filha da mãe de sorte. Custava Rebeca ter dormido também? – reclamou para o universo.
- Algumas pessoas tem um santo forte.
- No seu caso foi o altar inteiro. – completou Anna com ar sério, mas logo arrancou sorrisos das duas.
- Agora falando sério. Carmem está disposta a repetir a noite de ontem.
- Ela vai sozinha. Eu não vou inventar de desviar ninguém do caminho da retidão, por que depois eu que me dou mal. Só pode ser castigo por levar a senhora para a farra.
- Se ela te escuta chamar de senhora.
- Não me importo. E já disse se eu não me acertar com Tália e conseguir trans*r hoje, o segredo dela vai sair por essa boquinha aqui. – apontou para ela.
- Falei que não temos como ficar saindo as escondidas, que ela precisa sentar e conversar com as meninas. Aposto que nem vão se importar.
- Como duas sapatões vão se importar pela mãe também ser uma ? – Anna indagou o óbvio.
- Acho que ela tem apenas medo da reação delas.
- Ela devia ter tido medo de outras coisas. Não disso.
- Nunca pensei que pudesse concordar tanto com você. – Alice falou brincando.
As três seguiram conversando por quase duas horas. Já era noite quando Letícia alegou que precisava ir pois havia combinado de jantar com Amélia. Anna estava apenas enrolando para ir embora. Sabia que Tália iria insistir no assunto, e sabendo bem qual ponto tocar para saber a verdade faria de novo.
- Acho que vou dormir aqui. – falou em tom de brincadeira.
- Cabe nós duas?
- Se encaixar direitinho, talvez. – riram.
- Acho melhor enfrentarmos as feras.
- Fale por você.
- Vamos?
- Não.
- Anna! Larga mão de ser covarde. – empurrou a garota porta a fora.
- Depois que eu contar o segredo da sua sogra, não vem reclamar.
- Não vou reclamar, por que sei que você não vai contar.
- Se eu fosse você não contaria com isso.
- Confio no seu poder de manter uma mentira. Eu vou tentar me acertar com a Rebeca.
- Ela vai te desculpar.
- Tomara. Até amanhã.
- Até.
Acenou para Barbara que conversava com Thiago. Seguiu para o carro e dirigiu com calma até a cobertura. Pelo horário Tereza já não estaria mais lá. Fez como em todas as noites, deixou suas chaves e já caminhou para o quarto. A luz estava acesa. Rebeca cochilava em meio a vários papéis.
Tentando não fazer barulho decidiu juntar os documentos para guarda-los e deixar espaço para que Rebeca pudesse se deitar ficando mais confortável.
- Que horas são? – indagou passando as mãos nos olhos.
- Quase oito. – respondeu colocando os documentos na bolsa dela que estava aberta sobre a poltrona.
- Chegou agora?
- Sim. Fiquei presa na boate. – respondeu se virando para ela.
- Assim como ontem? – questionou.
- Amor, não precisamos falar disso agora. Eu preciso de um banho, podemos comer alguma coisa. – falou tirando a roupa e caminhando em direção ao banheiro.
- Eu já jantei. Afinal não sei quando você vai resolver aparecer. Por acaso aquela Dj estava na boate ontem?
- A Barbara?
- Sim.
- Não.
- E hoje?
- Hoje ela estava, precisava passar o som. A inauguração já é depois de amanhã. – respondeu ligando o chuveiro.
- Entendi. E sobre ontem, vai continuar não me contando o que aconteceu?
- Rebeca, você deveria confiar em mim, sabia? Já te dei tanta prova do quanto te amo. E que quero ficar com você. Nunca te dei motivos para desconfiar de mim. Sobre o que aconteceu ontem, no momento certo você vai saber. – falou cansada.
- Então está assumindo que aconteceu alguma coisa?
- Eu nem sei o que você está pensando que aconteceu. Mesmo assim deveria confiar em mim. – falou se enrolando na toalha.
- Como posso confiar em você se está claramente mentindo para mim?
- Não estou mentindo. Só tem coisas que você não pode saber agora. – procurava algo para vestir.
- Você acha que eu sou idiota? – questionou fazendo-a se virar para ela.
Estavam próximas demais, os olhos se desafiando em uma fúria quase incontida. Alice conseguia quase sentir o gosto dos lábios da mulher no seu. Rebeca tentava controlar a vontade de puxar aquela toalha e amá-la até esquecer sua raiva, mas sabia que não seria tão simples.
- Eu acho que você é linda, mesmo quando tenta me matar com esses olhos verdes. – apertou sua cintura.
- Não faz isso. Eu estou com raiva. Você está escondendo algo de mim. Eu te odeio.
- Não odeia, não. Você me ama. E eu posso ver isso quando te seguro nos meus braços. Falou enquanto deixava a toalha cair. Rebeca tentou manter seus olhos nos dela, mas a tentação de vê-la nua foi maior, desceu seus olhos sentindo seu corpo inteiro reagir.
- Eu falei que você me quer. – sussurrou em seu ouvido.
Não deu tempo para ela raciocinar. Agarrou a nuca de Rebeca puxando sua cabeça em direção a sua, intensificando o movimento das línguas. Sem cerimonia as mãos de Rebeca passearam por seus seios, atiçando ainda mais seu corpo. Queria senti-la dentro dela. Ansiava por isso.
- Me fode. – suplicou.
- Você não está merecendo. – sussurrou em meio ao beijo.
- Estou louca para dar para você. Me fode, por favor.
- Eu estou com raiva, não serei delicada. – afastou suficiente para olhá-la.
- Ninguém pediu delicadeza. Quero você dentro de mim.
Voltaram a se beijar com toda a vontade que sentiam. Rebeca puxava um pouco os fios loiros que estavam emaranhados em seus dedos compridos. Percebeu que estavam próximas a cama, atirou o corpo de Alice que sentiu o choque do colchão em suas costas, mas sorriu ao ver Rebeca retirar a camisola que usava.
- Você tem certeza que quer mesmo me testar hoje?
- Sim. – afirmou já esperançosa pelo que viria.
Engatinhou com dificuldade até ela, beijaram-se deixando todo o tesão que sentia ser extravasado. Rebeca apertava a bunda de Alice com força, as vezes deixando um tapa no local. A loira estava enlouquecida pela fúria da namorada. Desceu depositando beijos por seu queixo, pescoço, até atiçar seus seios novamente. Apertando levemente um dos bicos enquanto lambia e mordiscava o outro.
- Amor, por favor.
- Vai ser no meu tempo, não adianta implorar. – sussurrou com a voz rouca.
Beijou sua barriga, descendo para as coxas. Alice já se contorcia esperançosa de que logo sua língua tocasse seu íntimo. Mas Rebeca não tinha pressa e adorou ver o quanto a outra ansiava por goz*r.
- Fica de quatro. – falou com a voz firme, e mesmo que Alice quisesse perguntar alguma coisa sua voz não saiu.
Seu corpo obedeceu ao comando automaticamente. Empinou sua bunda e logo recebeu um tapa, o barulho preencheu o quarto em segundos. Quase em um eco. Rebeca sorriu. Adorava ver Alice assim, entregue, a mercê de seus carinhos.
Afastou-se indo até a mesinha de cabeceira. Alice observou-a curiosa imaginando que a outra iria usar o plug anal. O que não contou foi que a namorada tirasse de dentro da gaveta um p*nis enorme de borracha. Seu primeiro pensamento foi fazer como Anna e fugir dali. Aquele sem dúvidas era o RETORNO DA ANACONDA ALBINA.
Rebeca parecia saber o que fazer, encaixou o p*nis no local adequado da cinta. Abriu uma camisinha em seguida com agilidade vestiu o objeto. Ela olhou com um sorriso maldoso. Alice queria correr, mas ela foi mais rápida tomou seus lábios. Depois colocou uma das pernas na cama. Deixando aquela coisa literalmente na cara da loira que parecia imóvel de medo e desejo. Enquanto se questionava como era possivel sentir aquilo ao mesmo tempo.
O cheiro que emanava daquela mulher inebriava Alice como se fosse uma droga. A loira apoiou-se em apenas uma das mãos e a outro levou até o sex* da namorada. Sem receio algum puxou-a para perto. Passou a ponta da língua no p*nis olhando fixamente para Rebeca, que soltou um gemido rouco. Não só pelo estímulo que a outra fazia em seu sex*, mas pela cara safada e ousada de Alice.
Não demorou para que a loira colocasse quase todo o objeto na boca. E isso enlouquecia Rebeca de uma forma completamente anormal. Os sons que ela fazia, gem*ndo enquanto sugava com vontade sua nova parte do corpo.
- Você é safada. – falou segurando seu queixo, fazendo-a parar. Pois sabia que iria goz*r se continuasse assistindo aquela indecência maravilhosa. – Quero ver como vai se sentir quando eu te preencher com ele. – afirmou com os olhos cintilantes de desejo.
- Podemos ver como vou me sair. – provocou.
- Você é fogo garota. – deu um leve tapa em seu rosto.
- Sim. E quero que você o apague.
Beijou levemente sua boca. Pois sua intenção já era outra. Se pôs atrás de Alice, apertando levemente sua bunda. Ousou passar um dos dedos sobre sua fenda. Gem*u sentindo o quanto ela estava molhada. Era safada e isso atiçava ainda mais Rebeca.
Desceu sua boca apenas para sentir aquele delicioso gosto. Enquanto sentia a boca dela com maestria lhe beijar de forma deliciosa. Alice rebol*va, pedia para que ela continuasse. Percebendo que ela iria goz*r, parou o que fazia.
- Não faz isso comigo. – suplicou.
- Eu vou te dar o que quer.
Falou isso já posicionando o brinquedo novo na entrada de Alice. Apesar de estar com raiva e aquele ser um sex* durante uma briga, não tinha intenção de machucá-la. Cuidadosamente deixou o objeto deslizar para dentro. Mas a excitação dela era tanta que logo estava dentro. Alice gem*u se sentindo completamente preenchida.
- Gostou? – perguntou Rebeca, deixando que ela se acostumasse.
- Sim! Vou gostar mais quando você começar a entrar e sair de mim. – Rebeca segurou nos quadris dela.
Fazendo exatamente o que ela pediu. Entrou e saiu devagar, se deliciando com os gemidos roucos e desesperados de Alice. Aquela sem dúvida era a melhor visão que já teve. Se arrependeu por não ter pego o plug anal, assim seria ainda melhor.
- Mais rápido. – pediu Alice. Ela prontamente obedeceu aumentando o ritmo.
- Você é uma puta mesmo, não é? – falava enquanto colocava e tirava o brinquedo da cavidade úmida, aquela altura o barulho já estava alto e era delicioso demais ouvir.
- Sim. Sou uma puta.
- Diz que é minha. – mandou desferindo um tampa em uma das nádegas, logo a marca ficou vermelha na pele alva.
- Sim. Eu sou toda sua. Agora me fode, mais rápido, mais fundo. – falava isso aos urros.
Rebeca percebeu que o que era um castigo, virou uma grande fonte de prazer. Ver Alice rebol*ndo daquele jeito era enlouquecedor, e ela própria já estava perdendo o controle.
- Pega o vibrador. Está aí na sua frente. – mandou.
Alice obedeceu e começou a se questionar em que momento a mulher havia o colocado ali, mas desistiu de tentar recordar. Ligou o aparelho levando-o em direção ao seu clit*ris. Aquilo era enlouquecedor demais, sentir Rebeca entrando e saindo dela, de forma majestosa, enquanto se tocava. Iria goz*r e sabia que não demoraria. Seu corpo já dava os sinais. Ela sabia disso, Rebeca sabia disso.
Tentada a tocar ainda mais Alice. Rebeca sem timidez iniciou uma massagem no ânus de Alice. Pensou que iria receber algum tipo de repreensão, mas ao invés disso escutou um gemido alto.
- Ahhh! PUTA QUE PARIU, ISSO É DELICÍOSO DEMAIS. – gritou a puros pulmões.
- Quer que eu continue?
- Enfia tudo em mim. Por favor. Me faz goz*r.
Rebeca atendeu o pedido. Deixou seu dedo deslizar para o buraco apertado. Alice arfou gritando outro palavrão, sincronizou os movimentos e não demorou para que Alice goz*sse intensamente gritando seu nome e o quanto a amava. Rebeca conseguiu goz*r junto com ela, afinal o brinquedo tocava seu clit*ris enquanto entrava e saia de Alice. Seu coração estava acelerado. Talvez não devesse ter se esforçado tanto. Tirou o brinquedo deitando ao lado de Alice em seguida.
- Você está bem? – indagou preocupada ao vê-la de olhos fechados.
- Sim. Só um pouco cansada.
- Isso foi maravilhoso. Você literalmente me comeu de todos os jeitos. – sorriu com malicia. – Conseguiu goz*r?
- O que você acha?
- Que sim. – sorriu ainda mais aberto. – Deveríamos tomar banho.
- Não. Eu preciso de água.
- Quer que eu busque?
- Por favor.
- Tudo bem, já volto. – beijou seus lábios levemente.
Apesar do sex* maravilhoso, Rebeca ainda não havia esquecido a briga. Assim que Alice saiu, ela se levantou e foi até a porta trancando-a. O sex* não tinha feito esquecer a mentira da noite anterior.
- Amor, isso não tem graça. Abre a porta.
- Não tem ninguém aqui brincando. E fique à vontade para dormir no outro quarto de novo. – gritou já indo em direção ao banheiro.
- Isso não é justo, acabamos de trans*r. Eu quero dormir com você.
- Nada disso. Até que me conte a verdade dormiremos em quartos separados. E nada de sex*. Hoje foi um deslize.
- Eu vi, você literalmente deslizou para dentro de mim. – falou alto se sentindo idiota por ter caído naquele papo de que ela estava com sede.
- Até amanhã, espero que você tenha uma péssima noite. – sorriu macabra.
- Filha da mãe. Ou mães. Ah! Que saco.
Abriu a garrafa de água e bebeu indo em direção ao quarto de hospedes. Já que não tinha outro jeito. Esperava que na manhã seguinte pudesse domar a fera. Apesar de achar quase impossível, pois ela teve sangue frio para fazer aquele sex* maravilhoso e depois coloca-la para fora do quarto, sem dúvidas era capaz de qualquer coisa.
Fim do capítulo
Voltei.Ouvi gritos de felicidade? kkk
Olha só o castigo de Alice. kkk
Tô precisando de um desse tbm.
Alguém ai tem alguma aposta de quanto tempo essa coisa de dormir separadas vai durar?
Gente, juro que vou tirar um tempo para responder os comentários. Iniciei uma nova rotina ai tô sem tempo. Ou eu respondo vocês ou atualizo. E eu acredito que vocês prefiram o capítulo. rsr
Se não for o caso, me avisem. kk
Beijos, e muito obrigada por continuarem por aqui.
Fernado!!! Saudades do meu nome no Serasa. rsrs
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FENOVAIS
Em: 20/11/2021
Teste do elefantinho é relativo a memória. Elefantes tem uma memória incrível.
Mano, pode contar. Tem mulher mais velha na história minha atenção já cola na personagem. É automático.
Já lembra aí moça, eu fui o primeiro a estar no fã clube. Kkkkk .
Resposta do autor:
kkk. Só canceriana, meu HD é ilimitado. kkkk NUnca esqueço nada.
Somos dois. Adoro uma mulher velha. POde deixar que está anotado aqui que o Presidente do fã clube de Carmem é você.
beijos
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Acarolinnerj
Em: 19/11/2021
Nunca quis tanto ser castigada!!!
Kkkkkkkkkkkk
Resposta do autor:
Safadinhaaaaa.
kkkk
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keique
Em: 19/11/2021
Estou adorando a continuação de uma das minhas histórias preferidas do Lettera.
Parabéns autora pelo domínio da escrita.
Queremos mais...
Abraço e boas energias.
Resposta do autor:
Oi, pessoa que resolveu sair da moíta.Fico feliz que esteja entre as suas histórias preferidas.
Muito obrigada por me acompanhar.
Apareça mais. Beijos.
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Baiana
Em: 17/11/2021
Caraca! Até eu que sou bestinha queria um castigo desse kkk
Acho que a Anna vai jogar na cara de Carmem as consequências da noitada,e como a mulher já está livre do marido,não tem mais segredos, acredito que ela vai contar para as filhas e assim todo mundo fica feliz.
Resposta do autor:
MUlher, até eu queria. kkkk
Será que Carmem vai ter todo esse peito??
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SPINDOLA
Em: 17/11/2021
Bom dia, Cruellita do meu cuore.
Saindo enfim da moita, depois do trampo terrível do começo do mês, e pra completar entrei na bad com a morte da sensacional e inesquecível Marília Mendonça.
A tristeza pegou de jeito, mas vida que segue. Então, vamos ao "resumão da moitada",kkk
Nada como uma boa conversa pra tentar consertar o mal feito do passado por amor a filha.
O ser que se dizia pai merecia era ser capado antes de ver o sol quadrado, mas pelo menos foi preso e vai receber com juros toda maldade que praticou, ser desprezível.
Adoro momentos fofinhos e safadinhos entre os casais.
O Spyro tem que nascer logo, senão a mamãe dragão vai enlouquecer a loirinha com seus hormônios em erupção, kkkkk.
Que hominho burro o Pedro hein, entrar na conversa do sogro escroto, agora vamos ver se essa besta quadrada tem conserto, tomara que não termine em confusão a tal conversa.
Ninguém resistiria a Alice sem roupa e molhadinha, e nem um predadora sexual deliciosa que nem a Rebeca, elas são nossa perdição.
Ameiiiiiiiiiii o momento dominatrix e submissa, intensamente quente e fosdástico.
O destino tem hora que é um fdp bom pra caraleo, kkkk, deve ser irmão do cupido, kkkk, dois treimzim baum de juntar casais apaixonados e relutantes. Amo extras, próximoooooo.
Letícia deu a ideia pra desencalhar a sogrita, mas saiu sem nem um arranh ãozinho, injustiça, kkkk, enquanto que as meninas se lascaram, kkkkk. Que maldade da Bequinha castigar a loirinha, o mo Deuso, que dóóó, só que não, kkkk. Quem não gostaria de ser castiga assim hein, kkkk.
Acho que o segredo das meninas será revelado na inauguração da boate, aposto que a sogrita pegadora estará presente e as filhas descobriram que a mãe é uma sapinha safadinha, kkkk.
EXTRA, EXTRA, EXTRA
História está sensacional sem as costumeiras separações que as autoras tanto gostam, as confusões, dormidas nos sofás e os amorzinhos quentes de reconciliações é que fazem nossa alegria, kkkk, adoroooooo.
Bjs.
Resposta do autor:
Já estava com saudadessss. E compartilho esse mesmo pesar pela partida de Marília, as músicas delas embalaram meu começo de namoro. kkk Só sofrencia.
Se ele apronta mais alguma coisa acredito que Larissa arrancaria o negócio dele com as prórpias mãos. A mamãe dragão é puro fogo. kkk
Beijosss.
E apareça, ou aqui ou no whats, só para dizer que está viva.
kkk
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FENOVAIS
Em: 17/11/2021
Rapaz, sua memória tá Boa viu!?!? Passou no teste do elefantinho. Kkkkk
Seu nome foi retirado do Serasa com sucesso (viu?! Era só ter sumido com a rapariga da Virgínia. Dueu?! Não. Pessoa difícil minha gente).
Eu tô só vendo vendo essas prosas. Eu sou do time da Anna, ia babar litros pela Carmen (adoro uma mulher mais velha, ainda mais uma com personalidade autêntica).
Olhe, dizer que o Pedro é uma boa pessoa eu achei FORÇADO (referência a uns 2 capítulos anteriores). O que ele praticou várias vezes foram crimes (homofobia, difamação, injúria...) Só que já estamos tão "acostumados" a esse tipo de situação que não temos a clara visão.
Até o próximo capítulo da maldade alheia. Kkkkkkk
E é?! Sem stress guria. Gratiluz.
Resposta do autor:
Fê, seu lindo. Só te cutucando para te tirar da moíta, né? kkk E tô aqui me perguntando que teste de elefantinho é esse. rsrs
Carmem tem seu primeiro crush. Adoro.
Eu nem sou má. kkk
Pode deixar, só paz agora. kkk
Beijos. E apareça mais vezes.
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Mille
Em: 17/11/2021
Letícia se livrou kkkkk mais acho que só conseguiu porque Amélia estava dormindo.
Carmem é bom você conversar com as filhas para a Alice sair do castigo, que foi até maravilhoso pra ela.
Alice se chegar sorridente na boate a Anna vai entregar a sogrinha kkkkk
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Com certeza, imagina só se ela vai para casa com todas na cabeça depois de ter dito que ia para uma cirurgia de emergência? Não ia sobrar nada dela. kkk
Beijosss.
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preguicella
Em: 16/11/2021
Letícia é uma cagona, se deu bem! Só as duas manés que se ferraram, se bem que até agora quem se ferrou foi Anna, pq ferrada do jeito que a Alice foi no dia seguinte, eu tb queria ser!
Queria era uma Rebeca com bebê e tudo! haha
Bjuuuu
Ah, a preferência é por capítulo sempre!
Resposta do autor:
Letícia até agora só se deu bem. tô pensando e virar esse jogo. kk
Todo mundo querendo uma Rebeca de presente.
beijos, Pregui.
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paulaOliveira
Em: 16/11/2021
Alice é Anna se fuderam, Letícia escapou no
Estou adorando a amizade de Alice, Anna e Letícia!!
Eu queria ser castigada igual a Alice, eu queria...
Rebeca foi fria e má, adoro! Kkk
Manda mais capítulos autora e não esqueça dos extras!! Kkk
Resposta do autor:
Teu crush na Rebeca é eterno já sei disso. kkkk
Como eu esqueço se tu não deixa?
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