Estar em casa novamente era ótimo, ainda mais sabendo que agora Savannah estava definitivamente comigo, nossa última noite na casa de Amélia fora incrível, passamos praticamente a madrugada inteira fazendo amor, era como se nossos corpos jamais se fartassem de toques, a fome, o desejo e o fogo que sentíamos era insaciável. 

Durante todo o caminho de volta estava grudada em Savannah, ela e aquela moto são uma combinação de tirar o folego. Assim que chegamos em casa pedi para ela trazer suas coisas para meu quarto, queria ela ao meu lado todas as noites e todas as manhãs.

 Claro que ainda tinha a questão de Michael a qual pretendia resolver o mais rápido possível, entrei em contato com ele algumas vezes, mas não obtive sucesso.

— Emma onde coloco isso? — Savannah pergunta enquanto procura um espaço para seus sapatos.

— A direita, bem ao lado dos meus. — Digo apontando o closet.

— Acredito que precisaremos de mais espaço.

— Isso é fácil de resolver, falarei com Jimmy.

— Jimmy? — Savannah faz uma cara de descrença.

— Acredite, não existe nada que Jimmy não resolva.

— Conseguiu falar com Michael?

— Ainda não.

— Vai sempre para caixa postal, mas ele retornará em breve, tenho certeza.

— E o que você dirá? — Savannah me abraça.

— Que amo você.

— Boa resposta. — Ela beija minha bochecha e depois meus lábios, era para ser algo terno, mas acabou esquentando. Em questão de segundos já nos encontrávamos na cama ofegantes.

— Parem já com isso! Savannah, tire suas mãos de cima dos peitos da minha irmã um momento. — Dome entra no quarto, sem bater como sempre.

— Será que você não consegue bater na porr* de uma porta? — Savannah diz enquanto sai de cima de mim.

— Claro que consigo. Mas, que graça teria? Veja pelo lado bom, entrei antes que estivessem peladas.

— Que gentil da sua parte. — Digo revirando os olhos e abaixando a blusa que Savannah estava tentando tirar do meu corpo. — O que você quer Dominique?

— Só vim avisar que temos a noite das garotas hoje, Ellen tem algo para vocês e me pediu para avisa-las. Jennie ligou, ela precisa falar com você quanto antes.

— Meu celular está sem bateria, esquecera da reunião com os fornecedores, droga! — Começo a me arrumar o mais rápido que posso, Jennie certamente irá tentar me matar com as próprias mãos.

— Você está bonita. — Savannah aponta para minha calça preta e blusa azul.

— Obrigada, você também está muito bonita. Aonde vai?

— Tenho uma sessão com Tilly. Semana que vem irei até Los Angeles. — Algo dentro de mim não gosta dessa notícia. — Preciso saber do meu trabalho.

— Só do seu trabalho? 

— Bem é tudo do que me lembro. Hey, não fique assim. Mesmo que tenha alguém esperando por mim, não mudarei de ideia, eu amo você e estamos juntas agora. — Ela segura meu rosto entre as mãos. — Posso não me lembrar dos últimos cinco anos da minha vida, mas tenho certeza que nada que esteja me esperando lá será capaz de me separar de você.

— Eu te amo, confie em mim.

— Eu confio. Preciso ir.

— Boa sorte com Jennie.

— Obrigada, vou precisar. — Trocamos um rápido beijo.

 

 

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— Pipe, será que você pode tentar chegar uma única vez na hora? — Jennie como sempre exagerando, porém, não é uma boa ideia contraria-la quando ela está sendo guiada por uma quantidade alarmante de hormônios.

— Desculpe.

— Ora, você sabe como estou sensível e nervosa. Por que simplesmente não chega na hora? — Lágrimas começam a brotar em seus olhos.

— Foi só dez minutos.

— Ótimo! Agora além de gorda, está sugerindo que sou exagerada.

— Jennie eu nunca disse que você estava gorda.

— Você acha que não estou? — As lágrimas cedem lugar a um sorriso. — Você está linda com essa barriga.

— Você é a melhor amiga do mundo, mesmo se atrasando sempre. — Ela me abraça e só consigo pensar em como seus hormônios são malucos.

A reunião foi um sucesso, tivemos bons lucros, abriremos duas novas floriculturas uma em Ne w York e outra na Holanda, ainda não sei exatamente como farei em relação à Holanda, mas resolvi pensar nisso mais tarde. 

Cheguei em casa as 18:00, Savannah estava na cozinha e Dome vendo TV, um cheiro delicioso tomava conta do ambiente, ela estava andando de um lado para o outro, seus pés descalços, cabelo em um coque, short e camiseta.

— Querida, cheguei! — Digo abrindo um sorriso, enquanto ela leva a mão ao coração tentando se recuperar do susto.

— Emma, você me assustou.

— Você estava muito distraída. Onde estavam seus pensamentos?

— Inteiramente em você. — Ela diz se aproximando. — Estava pensando quanto tempo mais teria que esperar para poder beija-la.

— Nem mais um segundo. — Nossos lábios se juntam com ânsia, as horas que ficamos longe uma da outra parecem ter sido séculos, estou entre seu corpo e a bancada da pia, minhas mãos perdidas em seus cabelos, até que um cheiro de queimado invade meus sentidos. — Savannah, acredito que algo está queimando.

— Droga! A torta de maça. — Ela corre e tira uma torta completamente queimada do forno. — Não, não… — Savannah sopra sobre a torta.

— Não fique assim.

— Levei a tarde toda para prepara-la.

— Sei que ela ainda está deliciosa. — Pegou uma faca e corto um pedaço da torta.

— Não coma isso, está muito queimada. ­ — Savannah Ri e joga a torta no lixo. — Você é mesmo maluquinha.

— Hey casal. As visitas vão chegar em breve, parem de agarração e se arrumem. — Dome diz passando por nós.

— Tomarei um banho. — Savannah me lança um olhar malicioso e sobe para o quarto. Continuo na cozinha, recolho a louça e levo até a pia.

— Sei que está tentando disfarçar, vai logo é óbvio que Savannah está te esperando na banheira.

— Dominique! — Estou mentindo? — Você poderia tentar ser mais discreta?

— Vá logo, eu cuido da louça.

Não esperei mais nenhum segundo para seguir o conselho de Dome, subi as escadas e para minha total felicidade Savannah já se encontrava na banheira.

Minhas roupas foram tiradas com rapidez, um sorriso de canto estampava meu rosto, o qual se converteu em um sorriso largo quando encontrei as esmeraldas dela concentradas em mim.

— Estamos devendo nos devendo um banho. — Savannah diz enquanto me ajuda a entrar na banheira.

— Hora de acertamos nossa dívida.

Nossos corpos se juntam, a ausência de roupas é bem-vinda, finalmente temos total liberdade para nos tocarmos, minhas pernas em volta da cintura de Savannah e seus lábios tocam meu ombro esquerdo, suas mãos passeiam por minhas costas e minha respiração começa a descompassar, sua boca agora está em meu pescoço dando beijos e leves mordidas, tento deixar nossos corpos ainda mais colocados, nossas bocas se encontram e um beijo lento e sensual começa.

 Minhas mãos vão para a frente do seu corpo e toco seus seios, ganhou um gemido manhoso como resposta, as mãos de Savannah também vão para seios e começamos uma massagem simultânea, nos beijamos, meu sex* já pulsa ansioso.

 Sem a necessidade de palavras penetramos uma a outra ao mesmo tempo, o mesmo ritmo forte, começo a perder o controle. Primeira aquela sensação maravilhosa que começa a crescer no mais íntimo do meu ser e se espalhar pelo resto do meu corpo.

— Mais forte Emma… gaze comigo.

Savannah joga sua cabeça para trás e ataco seu pescoço aumento a força das minhas estocadas e ela começa a arfar assim como eu. Desço e encontro seu seio o qual ch*po com força, sinto meus dedos serem apertados e isso me enche de prazer, quando mordo o seio de Savannah ela gem* muito alto e sinto seu gozo em minhas mãos, um segundo depois alcanço o orgasmo. Estamos dentro de uma banheira, abraçadas e ofegantes.

— Isso foi incrível.

— Você torna tudo incrível Savannah.

— Estou pronta para uma segunda rodada.

— Infelizmente não temos tempo.

— Tem certeza. — Savannah coloca sua mão entre minhas pernas.

— Não faça isso, por favor.

— Será uma rapidinha.

A rapidinha evolui para mais duas, resultado chegamos 30 minutos depois dos convidados, fomos recebidas por uma tempestade de piadinhas, as quais ouvi de bom grado, tudo vale a pena quando se tem Savannah envolvida.

— Emma E Savannah, tenho algo para vocês. — Ellen entrega dois pacotes, com certeza era mais um de seus criativos pijamas.

— Obrigada Ellen. — Digo enquanto abro o embrulho, dentro como suspeitei tem um lindo pijama, ele é branco e o tecido é delicado, a parte de cima é uma camiseta sem mangas, na parte do busto um grande coração e dentro dele uma frase que encheu meu coração de alegria. “Sou da Savannah” achei tão simples e delicado, a frase estava carregada de verdade.

— Veja o meu. — Savannah diz com um grandioso sorriso. Seu pijama é preto, na parte da frente o mesmo coração e sua frase também me emociona “Sou da Emma. ”

— Vistam logo! — Ellen diz, trocamos nossas roupas na sala mesmo.

— Olho… Vocês estão uma graça. — Dome diz. — Isso merece uma foto. — Ela pega sua câmera de fotógrafo profissional. Ela adora fotografia. — Agora fiquem juntinhas. — Dome começa a tirar fotos, a campainha toca. — Ellen, por favor abra a porta deve ser meu amorzinho, ela disse estar a caminho. 

 Ellen vai até à porta, mas para a surpresa de todas é Michael quem entra. Em suas mãos ele traz um boque de rosas-vermelhas e na outra caixa que suponho ser de chocolate, seu sorriso vai morrendo gradualmente, ela olha para meu pijama e em seguida para o de Savannah.

— QUE PALHAÇADA É ESSA? — Ele grita surpreendendo a todos nós.

— Calma, Michael. — Digo me aproximando.

— Calma? Calma… Como pode me pedir isso? Você está agarrada a essa mulher e seu pijama diz que você pertence a ela.

— Vamos conversar em outro lugar, assim poderei explicar tudo.

—  Só quero que me diga que isso tudo é um grande mal-entendido. — Ele joga as rosas e a caixa em cima do sofá.

— Não tem nenhum mal-entendido, eu estou com Savannah, Michael, tentei falar com você, não queria que as coisas ocorressem dessa forma.

— Como assim você está com Savannah?

— Estamos juntas, somos um casal. — Savannah segura a minha mão.

— Tire suas mãos de cima da minha noiva agora. — Michael segura no braço de Savannah e começo a temer pelo pior.

— Acho bom você tirar essa mão de cima de mim antes que se machuque.

— Você é uma vagabunda. Aliás, vocês duas.

— Chega Michael!

— Cala a boca Emma! Você é uma maldita desgraçada. — Michael solta o braço de Savannah e me dá um tapa no rosto.

A cena que se segue é Savannah empurrando Michael, ela acerta um soco em seu nariz, ele dá passos para trás enquanto ela soca seu rosto mais três vezes até que ele cai no chão, as mãos dela ficam cheias de sangue. Michael gem* enquanto tenta se levantar, Dome e Ellen seguram Savannah pela cintura.

— Você vai me pagar por isso, todas vocês vão. — Michael diz e sai aos tombos.

— Tudo bem com você?

— Savannah observa meu rosto.

— Sim e você?

— Feliz por quebrar a cara daquele imbecil.

— Que porr* foi essa? — Dome diz eufórica.

— Savannah quebrou a cara do desgraçado. — Ellen diz, seus olhos muito abertos.

— Salvei a donzela e agora mereço um beijo. — Junto nossos lábios e ela sorri.

 

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Três dias depois ainda estava surpresa com a atitude de Michael, ele sempre se mostrou tão calmo e compreensivo, seu comportamento explosivo era totalmente desconhecido. Senti pena dele por alguns minutos, mas assim que ele mostrou o quão estúpido pode ser resolvi não me importar com o que ele sente ou deixa de sentir.

Uma nossa fase estava se iniciando em minha vida, gostaria que as coisas tivessem sido mais tranquilas entre mim e Michael, mas infelizmente o estrago foi inevitável, agora o que resta é esperar que tudo se acalme. Savannah ainda estava irritada pela agressão que sofri, na verdade, todas estão, mas para amenizar o clima, resolvemos sair e aproveitar um pouco, hoje sairei com Savannah, Dome e Paige.

— Ande logo Emma. — Dome dizia da sala.

— Estou indo. — Digo descendo as escadas. — Pronto!

— Você está linda. — Savannah diz e me beija levemente nos lábios.

— Não mais que você. — Ela está usando um vestido preto, seu busto bem marcado, assim como o restante do seu corpo, sua maquiagem é leve.

— Parem de se comer com os olhos. — Dome reclama.

— Você e Paige se olham exatamente assim. — Savannah comenta.

— Ela tem razão amor.

— Baby, não concorde com o inimigo.

Saímos no carro de Dome, ela assumiu a direção, uma direção perigosa para falar a verdade, não entendo como alguém teve a coragem de dar uma carteira a ela.

— Dome, vá mais devagar.

— Emma, estou dirigindo nos padrões, Dome de segurança.

— Iremos todas morrer. — Savannah brinca. 

Trinta e cinco minutos depois chegamos ao nosso destino, um Pub charmoso onde tem a noite do bom e velho Karaokê, nos dirigimos até uma mesa e pedimos a primeira rodada de bebidas.

— Vem amor cantaremos algumas músicas. — Paige puxa Dome pelo braço.

— Me diga que ela não sabe cantar. — Savannah diz divertida.

— Dome é simplesmente horrível.

— Então preciso gravar isso. — Savannah se aproxima das duas e começa a gravar. Elas começam a cantar os primeiros versos de "Heaven " de Brayn Adams. Paige canta lindamente chegando a arrancar aplausos da plateia, já na vez de Dome as pessoas começam a rir, porém, a incentivaram a continuar.

— Parabéns Paige, você canta muito bem. — Savannah diz quando voltam para mesa. — Não posso dizer o mesmo de você Dome.

— Ha, ha, ha... faça melhor!

— Com prazer! — Savannah se afasta, pega o microfone, dá leves batidas chamando a atenção de todos. 

— Bem, fui desafiada a cantar melhor do que aquela ruiva baixinha e descabelada ali. — Ela diz e aponta para Dome. Todos fazem um coro de "uuuuuu…". — Mas, também quero dedicar a próxima canção para minha namorada, aquela bela loira de olhos azuis, mostre-se meu amor. — Levanto timidamente e ganhou aplausos. — Espero que essa canção prove duas coisas, primeiro que eu te amo Emma Clark e a segunda que canto melhor que você Dome.

 Então a música começa, mais uma de Bryan.

Please forgive me.

It still feels like our first night together
It feels like the first kiss
And it's getting better, baby
No one can better this

Savannah canta lindamente, seus olhos não deixam os meus e a emoção que sinto é quase indescritível, porém é o refrão da música que mais me toca, Savannah o canta com tanta certeza, cada palavra carregada de sentimento.

Please, forgive me
I can't stop loving you

Aplausos e mais aplausos tomam conta do lugar, Savannah finaliza a canção e volta para mesa, assim que se aproxima me jogo em seus braços e a beijo com toda paixão que tenho, ela corresponde e nos perdemos uma na boca da outra em Pub lotado.

 De repente sinto meu braço ser puxado com violência, meu corpo é afastado do de Savannah e um soco atinge meu rosto, sou lançada ao chão.

— Emma, você está bem? — Savannah me ajuda a levantar.

 Quando fico de pé uma mulher um pouco mais baixa que eu, cabelos castanhos escuros e um olhar carregado de fúria me encara.

— Qual o seu problema? — Pergunto.

— O meu problema é ver você beijar minha esposa.

Foi aí que meu mundo caiu.

 

Fim do capítulo