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  • Capitulo Extra III - Amélia

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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 8

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Palavras: 4343
Acessos: 2592   |  Postado em: 15/11/2021

Notas iniciais:

Mais um extra. E só para deixar claro quem não gosta é só não ler. Como a maioria pediu trouxe mais um.

Capitulo Extra III - Amélia

 

Capítulo extra III –

Amélia

            Durante o percurso até em casa seguimos em silêncio. Elisa dormiu até chegarmos ao meu condomínio. Letícia se despediu com dois beijos no meu rosto. Claro que andou longe de ser aquilo que eu desejava. Mas não posso simplesmente obriga-la a gostar de mim. Afinal ao recusar meu convite para jantar ela deixou bem claro que não queria envolvimento.

            A semana de trabalho foi corrida. Me limitei apenas a ir de casa para o trabalho. Mas não posso negar que deixei de pensar em algum momento em Letícia. Abri nossa conversa tantas vezes, ensaiei mandar um “oi”, mas no mesmo instante eu desistia. Afinal ela também tem meu número. Agora estou eu em frente ao meu computador encarando a tela e desejando apenas uma bebida.

- Você fica mais linda cada dia que passa. – Jordana falou adentrando minha sala.

- O que você quer? – respondi revirando os olhos.

- Nossa, antigamente você era mais educada. Eu acabei de te fazer um elogio, deveria retribuir ou ao menos agradecer. – sorriu sentando a minha frente. Sem cerimônia alguma colocou os pés em cima da minha mesa.

- Obrigada pelo elogio, e você também está...- pausei um minuto. - ...apresentável.

- Apresentável? Eu estou linda. E vim te convidar para sair e tomar uns drinks.

- Jurei que já tinha bebido. De onde já se viu nós duas sairmos para tomar uns drinks?

- Mel, estou conhecendo uma pessoa. Ela me convidou e disse que vai levar uma amiga. Pensei que poderia me ajudar. Ou prefere que eu continue no seu pé? – questionou com ar de riso.

- Não. Deus me livre. Podemos ir. Mas não garanto que vá acontecer nada com essa amiga da sua amiga.

- Nem eu estou dizendo que deve acontecer. Só me ajuda a conquistar a minha morena. Para mim já está ótimo. – sorriu e me empurrou porta a fora.

            Seguimos em carros separados. Jordana ia na minha frente me guiando para o tal bar que ela disse ser um dos melhores da cidade. Alguns minutos depois adentramos ao pub. O ambiente era agradável preciso admitir. Não tenho lembranças de saber que aquele lugar existia. Mas também não sou muito de sair, vivo do trabalho para casa.

- Acho que elas ainda não chegaram. Podemos escolher uma mesa. – indicou uma das vazias do lado de fora da varanda.

            Alguns olhares se voltaram para nós enquanto caminhamos juntas, tanto homens como mulheres viravam a cabeça em nossa direção. Puxei a cadeira para que Jordana sentasse. Claro que ela não perderia a chance de me provocar.

- Algumas coisas não mudam.

- Gentileza é algo natural. – respondi.

- Sei. – estreitou os olhos me fitando. – Vinho. – pediu ao garçom.

- E a senhora?

- Meu bem, senhora? Pegou pesado. Chame-a de Amélia. – corrigiu Jordana com ar de riso. O rapaz sorriu envergonhado.

- Apenas uma água. Por favor. – falei forçando um sorriso.

- Água? Me poupe. Um uísque. – Jordana falou e logo o rapaz saiu.

- Não posso beber, estou de carro.

- Deixa de ser careta, uma dose não vai te matar.

            Resolvi não discutir. Talvez fosse isso que eu precisasse para esquecer Letícia. Mas o destino adora brincar comigo e assim que pensei isso a própria doutora apareceu na porta do bar me fazendo respirar mais compassado. Meus olhos não desgrudaram dela, muito menos de sua acompanhante. As duas correram os olhos pelo lugar como se procurassem alguém.

            Ela estava linda, os cabelos presos em um rabo de cavalo com alguns fios soltos na lateral. Usava uma blusa soltinha, na cor azul, a calça era preta com cintura alta o que só salientava aquelas lindas curvas. Minha mente viajou para o dia que fizemos amor na fazenda. O cheiro de sua pele, seus gemidos, o gosto delicioso.

- Aqui está. – o garçom se aproximou, eu tomei literalmente o uísque da mão dele. Bebi tudo de um único gole.

- Agora sim. – Jordana comentou surpresa. – Traga outra, por favor. – pediu gentilmente. – Elas chegaram. – falou ficando de pé.

            Eu agradeci por estar sentada. Afinal quem estava parada bem ao nosso lado era ninguém mais ninguém menos que Letícia. Jordana se pôs de pé e sorriu abraçando a mulher de longos cabelos pretos que retribuiu o abraço com a mesma empolgação que recebeu.

- Eloá essa é Amélia, a minha amiga que te falei. – me olhou implorando para que eu não a corrigisse.

- Como vai? – simpática me estendeu a mão.

- Bem. Obrigada. – apertei sua mão com firmeza.

- Essa é a minha amiga...

- Nós já nos conhecemos. Como vai Amélia. – me sorriu aberto e eu senti meu ar faltar. O que diabos essa ruiva fez comigo? Pensei.

- Ótima. E você?

- Bem. Muito bem. – Jordana me lançou um olhar como se me questionasse de onde nos conhecíamos.

- Vamos sentar? – falou simpática e apontando as duas cadeiras vazias.

            Jordana e a tal Eloá iniciaram uma conversa animada. O flerte entre as duas era algo notório, minha ex-esposa não poupa elogios quando quer conquistar alguém e ela tem seu charme. Letícia se limitou a responder apenas o que lhe foi perguntado, estava mais calada que o normal. Como se estivesse ali forçadamente. Evitava me olhar nos olhos, mas vez ou outras eles se cruzavam e quando isso acontecia eu sentia meu ar falhar nos pulmões.  

- Mas e vocês como se conheceram? – Eloá fitou a amiga e em seguida a mim.

            Letícia sorriu de canto. Aquele assunto claramente não era algo que ela queria falar. Senti um misto de raiva e decepção. Por algum motivo ela não queria dizer nem mesmo de onde nos conhecemos.

- Ela é amiga da minha irmã. – cortei o assunto.

- Rebeca?

- Tenho outra? – questionei a Jordana que apenas sorriu, ela me conhecia muito bem para saber que eu escondia algo e esse algo me irritava.

- Não que eu me lembre. – completou sorrindo. – Acho que você está arrasando corações hoje. Aquela mulher não para de te olhar. – apontou a direção.

            Letícia se arrumou na cadeira. Eu me virei olhando em direção a desconhecida que abriu um largo sorriso para mim. Retribui sem muito entusiasmo. Logo o assunto na mesa mudou e acabamos interagindo de forma mais amigável.

- Preciso ir ao banheiro. – declarei me pondo de pé.

            Passei pela mesa da mulher que acompanhou meu andar desde que sai e onde estava. Quando fiquei próxima a elas, tocou levemente minha mão me fazendo parar, ficou de pé bem próxima a mim.

- Quer companhia? – sorriu de forma sedutora. Em qualquer outra ocasião eu diria sim, mas não estava no clima.

- No momento não.

- Mas se mudar de ideia, pode me ligar. – pegou um cartão e colocou dentro do bolso da minha calça. Apertou minha bunda enquanto sussurrou no meu ouvido.

            Sorri para ela e continuei meu caminho em direção ao banheiro. Na verdade, eu não precisava ir até lá, só queria sair de perto de Letícia por alguns instantes. Pensei em ligar para Rebeca e pedir que ela inventasse alguma desculpa para me ligar e me tirar dali. O perfume de Letícia estava me embriagando mais que o álcool do uísque, ficar perto dela é algo que me consome por completo a pouca sanidade que me resta.

            Lavei as mãos e passei na nuca. Tentando amenizar o calor que dominava meu corpo inteiro. Fitei minha imagem no espelho. Poderia muito bem ter aceitado a proposta daquela mulher e nesse momento estar beijando-a. Mas o que adiantaria se a mulher que realmente me importa tem até vergonha de dizer que tivemos algo?

- Está tudo bem? – a voz de Letícia preencheu o ambiente.

- Sim. – respondi sem olhar para ela.

- Achei que ia te encontrar com a mulherzinha que te deu o telefone. Aposto que ela queria dar outras coisas.

- Como pode ver ela não está comigo. – sorri sem graça.

            Letícia deu dois passos em minha direção. Seus olhos buscaram os meus pelo reflexo do espelho. Ficou atrás de mim, pude sentir sua respiração no meu pescoço me causando um arrepio, suas mãos envolveram minha cintura. Senti minhas pernas perderem as forças momentaneamente, agradeci por estar me segurando na borda da pia.

- Senti sua falta. – sussurrou roçando a ponta do nariz na minha pele.

            Instantaneamente fechei os olhos. Ela me tem fácil demais, e isso me assusta.

- Não foi o que pareceu. – acusei e ela deu um leve sorriso. – Sabia onde me encontrar e como fazer. Mas escolheu o silêncio.

- E mesmo te evitando o destino nos coloca frente a frente. – uniu ainda mais nossos corpos.

- Me evitou? Posso saber o motivo?

- Você despertou coisas em mim que não deveriam estar acordadas. E isso me assusta para caramba. Foi melhor para mim ficar longe.

- Então mantenha-se longe. – falei de forma firme.

- Esse é o problema. Eu não consigo. Você tem ocupado meus pensamentos desde aquele final de semana. Só consigo pensar nos seus beijos, nos seus toques, no seu cheiro. Eu não paro de pensar em você. Você virou meu vício. Não consegue entender isso?

            Indagou me virando para ela. Ouvir que causo tudo o que ela também causa em mim fez meu coração disparar. Letícia envolveu meu corpo próximo ao dela. E sem pedir licença invadiu minha boca com sua língua, não que ela precisasse de permissão para fazer alguma coisa. Sua mão segurava firme minha nuca, aumentando o contato das nossas bocas. Eu estava completamente rendida a ela. O beijo demorou tempo suficiente para que ela me fizesse perder o ar.

- Jordana é sua ex? – foi a primeira coisa que ela perguntou, ainda de olhos fechados e com a testa apoiada na minha.

- Sim. Como soube?

- Apenas intuição. Não sabia que eram amigas.

- Se ela precisa de alguém para sair do meu pé. Digo que sou até mãe, quanto mais amiga. – Letícia deu uma deliciosa gargalhada.

- Poderíamos sair daqui. O que me diz?

- Não posso. Tenho planos com aquela mulher que me deu o número. – mostrei o papel segurando-o na ponta dos dedos. Não iria perder a chance de causar ciúmes nela.

- Você não vai sair com ninguém além de mim. – tomou o número da minha mão e amassou. Beijou meus lábios mordendo levemente no final.

            Em seguida me arrastou porta a fora sem soltar minha mão da sua fazendo questão de mostrar para a moça da mesa que estávamos juntas. Jordana nos fitou curiosa quando percebeu nossas mãos entrelaçadas.

- Eloá, estou indo embora.

- Já?

- Sim. Tenho coisas mais importantes para fazer. – olhou em minha direção.

- Claro. Fiquem à vontade. – sorriu com malícia. – Nos vemos amanhã.

            Seguimos para a saída. Letícia estava sem carro, e pediu que eu desse as chaves do meu a ela.

- Aonde vai me levar?

- Isso importa?

- Não. – respondi entregando a chave a ela.

            Ela sorriu abrindo a porta do carro e sentando-se em seguida. Ocupei o banco do carona. Letícia deu partida e seguimos por um caminho que eu conheço muito bem.

- Estamos indo para a minha casa?

- Sim. Algum problema?

- Nenhum.

            Alguns minutos depois paramos o carro na minha garagem. Letícia não esperou que saíssemos do carro. Veio para o meu colo beijando meu pescoço enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo.

- Eu senti sua falta. – sussurrava em meio aos beijos. – Pensei que eu ia ficar louca.

            Antes que eu pudesse falar alguma coisa ela tomava minha boca novamente em um beijo ainda mais voraz que o outro. Seu corpo fazia movimentos em cima do meu, como se desejasse me sentir ainda mais. Ousei e tirei a blusa dela. A pouca luz não me permitiu ver a cor da lingerie, mas eu senti o calor de sua pele nas pontas dos meus dedos. Junto veio um arrepio e um lindo sorriso dela.

Letícia

            Tentei fugir de todas as formas daquele encontro as cegas que minha amiga Eloá insistiu em me levar. Nem mesmo a desculpa de não ter conseguido uma babá funcionou.

- Lê, por favor. É o nosso segundo encontro.

- Exatamente. Não entendo qual a necessidade da minha presença se vocês já se conhecem. – revirei os olhos.

- Só preciso de apoio. Eu faço qualquer coisa que você quiser.

- Tudo bem, mas não vou demorar.

            Na verdade, não queria deixar que ela criasse nenhuma expectativa em relação a essa tal amiga. Afinal não conseguia tirar Amélia da minha cabeça. Até Elisa vive chamando a “Mellie” vez ou outra.

            Consegui a babá para Elisa e da clínica mesmo saímos para o pub. Precisei ir de carona com Eloá, pois meu carro estava na oficina. Assim que entramos no pub minha amiga procurou por sua nova conquista. Até que a encontrou na varanda do bar.

- Ali estão elas.

            Mas o “elas” significava Amélia junto, na mesma mesa. Eu travei, sem conseguir mover os pés.  Era muito ironia do destino, depois de vários dias evitando pensar nela, aqui estamos nós sendo usadas em um encontro as cegas.

- Você vem?

- Sim.

            Caminhamos até lá. A cara de Amélia era de pura surpresa. Minha amiga e Jordana se abraçaram e por um segundo desejei fazer o mesmo, mas com Amélia que continuava evitando meus olhos.

            Quando Jordana foi nos apresentar comentei que já nos conhecíamos. Agradeci internamente por nenhuma das duas perguntarem de onde. Mas sei que isso não demoraria a noite toda e em algum momento o assunto voltaria à tona.

            As conversas seguiram animadas. Eu me senti meio perdida, respondi apenas o que me foi perguntado. Meus olhos sempre observando atentamente Amélia, no entanto, sempre que ela notava que estava observando-a eu desviava meus olhos dos dela.

            Não sei o que acontece comigo. Por tantos dias desejei poder vê-la de novo, hoje ela está diante de mim e eu simplesmente não consigo ser eu mesma. Pois a eu mesma já estaria beijando-a desesperadamente.

            Até que o assunto de onde nos conhecemos veio á tona novamente. Eu não queria dizer que ficamos, não por ter vergonha ou algo do tipo. Só não acho necessário deixar que outras pessoas saibam da minha vida. Permaneci em silêncio, foi quando ela percebeu que eu não iria dizer nada. Tomou a frente com um olhar extremamente irritado e disse apenas que eu era amiga de Rebeca, sua irmã. Depois que falou isso seus olhos não buscaram mais o meu. Notei que Jordana e ela eram muito íntimas, apesar de não saber o nome da ex-esposa dela deduzi que era ela.

            Alguns minutos se passaram e ela resolveu ir ao banheiro. Até pensei em me oferecer para ir junto só que não me controlaria. E não quero baixar minha guarda de novo. Acompanhei o andar de Amélia, Eloá percebeu meu interesse nela. Senti meu sangue ferver quando a mulherzinha que havia sorrido para ela segurou sua mão impedindo que ela continuasse seu trajeto.

            A fulana ficou de pé e enquanto falava algo no ouvido de Amélia levou a mão até o bolso da calça de dela. Deixou dentro um papel que imaginei se tratar do número dela, mas o pior de tudo foi ver a ousadia dela em apertar levemente o bumbum de Amélia. Me veio uma raiva quase que incontrolável. Só então minha fixa caiu que aquilo era ciúmes. Mas eu não posso sentir ciúmes de algo que não é meu, ou posso? Fiquei nesse dialogo interno por alguns minutos. Nada de Amélia voltar para a mesa, até que percebi que a mulher ia na mesma direção que Amélia estava. Aquilo foi demais para mim. Não aceitaria isso, ela não ficaria com outra na minha frente. Eu não permitiria.

            Me levantei da mesa ignorando completamente os chamados de Eloá. Consegui alcançar a mulher antes que ela entrasse. Assustada se virou para mim.

- Posso ajudar?

- Sim. Ficando longe da minha mulher. – afirmei com raiva. Não faço a menor ideia de onde veio a coragem para dizer isso.

- Oi?

- Sim, minha mulher. Aquela que você abordou agora a pouco.

- Olha, não sabia que ela estava acompanhada. Mas ela também não disse nada quando dei meu número a ela.

- Some da minha frente. – falei entre dentes, acredito que a assustei pois sem nem pensar duas vezes ela sumiu.  

            Respirei fundo antes de abrir a porta. Precisava ter certeza que queria fazer aquilo, pois depois não teria como voltar atrás. Assim que ficássemos sozinhas eu sei que me renderia ao que sinto por ela. Aquilo que fez meu peito doer todos esses dias.

- Está tudo bem? – indaguei quando entre.

- Sim. – responde sem me olhar, seus olhos continuavam fitando o espelho.

- Achei que ia te encontrar com a mulherzinha que te deu o telefone. Aposto que ela queria dar outras coisas. – falei apenas pela raiva, afinal sei bem que ela não estaria aqui.

- Como pode ver ela não está comigo. – sorriu sem graça.

            Não me contive, parecia que imãs me levavam até ela. Dei dois passos diminuindo nossa distância. Meus olhos buscaram urgentes pelos dela e quando se encontraram pareciam travar uma briga silenciosa. Me pus atrás dela. Sentir seu cheiro de tão perto assim era tentador. Ela se arrepiou e eu dei pulos de alegria internamente. Percebendo que ela não me afastaria me senti segura para avançar um pouco mais. Assim deslisei minhas mãos por sua cintura. 

- Senti sua falta. – confessei em um misto de delírio deixando meu nariz tocar levemente sua pele. Nada do que falei foi mentira, pensei nela todos os dias. E Deus sabe o quanto tentei fazer o contrário. 

            Ela fechou os olhos sentindo meu carinho. Ver suas reações me deixam alegre pois sei que ela não é indiferente a mim. Percebo assim que estamos no mesmo barco, prestes a naufragar no mar do desejo. 

- Não foi o que pareceu. – me acusou, sua voz saiu um tanto chateada e isso me arrancou um sorriso. – Sabia onde me encontrar e como fazer. Mas escolheu o silêncio.

- E mesmo te evitando o destino nos coloca frente a frente. – puxei-a ainda mais para mim. Parecia mesmo coisa do destino esse nosso encontro não planejado. 

- Me evitou? Posso saber o motivo?

- Você despertou coisas em mim que não deveriam estar acordadas. E isso me assusta para caramba. Foi melhor para mim ficar longe. – confessei.

- Então mantenha-se longe. – falou de forma firme.

- Esse é o problema. Eu não consigo. Você tem ocupado meus pensamentos desde aquele final de semana. Só consigo pensar nos seus beijos, nos seus toques, no seu cheiro. Eu não paro de pensar em você. Você virou meu vício. Não consegue entender isso? – questionei com urgência.

            Sem hesitar a virei para mim. Diminuiu ainda mais a distância dos nossos corpos, queria uni-los o máximo que eu pudesse. Ela estava tão rendida quanto eu, assim fiz o que desejei por tantos dias. Tomei sua boca em um delicioso e saudoso beijo. Nem tenho como explicar a sensação maravilhosa de ter aqueles lábios tocando os meus novamente. Mas como tudo que é bom dura pouco, senti que precisávamos de ar e me afastei, mas não muito. Permaneci de olhos fechados e com nossas testas coladas.

- Jordana é sua ex? – indaguei curiosa.

- Sim. Como soube?

- Apenas intuição. Não sabia que eram amigas.

- Se ela precisa de alguém para sair do meu pé. Digo que sou até mãe, quanto mais amiga. – não aguentei o comentário dela cai na risada.

- Poderíamos sair daqui. O que me diz? – perguntei antes que eu mudasse de ideia.

- Não posso. Tenho planos com aquela mulher que me deu o número. – atrevidamente me mostrou o cartão dela.

- Você não vai sair com ninguém além de mim. – tomei o papel de sua mão e o amassei. Nos beijamos novamente e eu fiz questão de morder levemente seus lábios.  

            Saímos do banheiro e eu fiz questão de mantes nossas mãos juntas. Comuniquei que estávamos indo embora e assim fizemos. Pensei em irmos lá para casa, mas a babá ainda estaria com Elisa. E nunca levei ninguém lá, então achei melhor irmos para a casa dela. Dirigi, pois, percebi que ela havia bebido.  

            Assim que estacionei o carro na garagem dela. Senti uma necessidade quase louca de beijá-la. Sem pudor algum sai do bando e fui para seu colo. Distribui beijos em seu pescoço, sentindo quele perfume delicioso. Deixei minhas mãos passearem por ela, precisava disso. 

- Eu senti sua falta. – confessei em meio aos beijos. – Pensei que eu ia ficar louca.

            Sem controle algum meu corpo começa a se movimentar em cima dela. Meu sex* pulsava de desejo. Amélia pareceu sair de seu transe momentâneo e percebeu minhas intenções, com agilidade tirou minha blusa jogando-a no banco. Passou a ponta dos dedos na minha pele, meu corpo inteiro arrepiou e eu sorri. Não tinha mais como fugir, era isso o que eu queria, mais do que isso era o que eu precisava. Amélia segurou minha nuca e me beijou intensamente.     

            Não pergunte em que momento meus seios foram para na boca dela, pois eu não tenho resposta para tal questionamento. Só sei que ela brincava deliciosamente com a ponta da língua nos meus mamilos, me arrancando gemidos roucos. Aquela mulher sabia o que fazer, onde tocar e como tocar.

- Me toca. – sussurrei. Precisava de mais.

            Ela desabotoou minha calça e com agilidade conseguiu espaço para sua mão, enquanto me beijava seus dedos me invadiram preenchendo o vazio que ela deixou desde nossa ultima vez. Gemi mordendo seu lábio sentindo seus dedos ganharem ritmo entrando e saindo de mim.

- Você é deliciosa. – mordeu meu queixo. – Rebola pra mim. – pediu apertando meu seio e me fazendo rebol*r.

            Não que eu tivesse como controlar ou me recusar a fazer o que ela me pedia. O barulho de suas estocas evidenciavam toda a minha excitação. O que claramente a deixa ainda mais excitada. Seu ritmo delicioso dentro de mim me fez explodir em um orgasmo delicioso enquanto ela me segurava firmemente.

- Você está bem? – indagou acariciando meus cabelos.

- Sim. Mas quero mais. – passei a língua sua orelha. – Muito mais disso.

- Ahh! Então vamos entrar. Tomamos um delicioso banho de banheira e depois podemos continuar isso tudo.

- Você não consegue ser apenas sexual, não é? Tem que ter o romantismo.  

- Eu sou assim. Não faria diferente com você. Vamos entrar?

- Sim.

            Procurei minha blusa e caminhei com ela e o sutiã na mão. Amélia ria da cena enquanto segurava minha mão. Tudo parecia tão natural entre nós que não me sentia envergonhada em sua presença.

- Uau! – falei assim que entramos na sala. – Faz jus a parte de fora.

- Obrigada. Mas o cômodo mais bonito fica lá em cima. E com você nele posso dizer que vai ser um pedaço do paraíso na terra. – sorriu me dando um leve selinho. - Vem comigo.

            De fato, o quarto era ainda mais bonito. Amélia me guiou até seu banheiro. Mandou que eu esperasse pois voltaria logo. Enquanto eu esperava a banheira ficar cheia observava atentamento os detalhes na decoração. A organização dos produtos parecia simetricamente calculada.

- Não tenho TOC. – falou assim que entrou.

- Não pensei isso. – me virei para ela.

- Algumas pessoas pensam. – deixou o vinho que trazia nas mãos próxima a banheira.

- Isso é você me dizendo indiretamente que muitas pessoas frequentam esse banheiro? – apesar de ter usado um tom de brincadeira senti no fundo um pouco de ciúmes.

            Amélia não me respondeu nada, apenas se virou para mim. Segurou minha cintura enquanto sua boca buscou a minha iniciando um beijo.

- Não. Quer dizer apenas que quem me vê jura que tenho TOC.

- E eu vou jurar que acredito nisso.

            Quando entramos na banheira Amélia fez questão de me deixar apoiada em seu corpo. O tesão que sentia enquanto estávamos no carro deu lugar a uma sensação gostosa de me sentir em casa ao lado dela. Nossas conversas eram divertidas.

- O que significa isso? Você vai fugir na manhã seguinte? – me questionou com a voz mais baixa.

- Não. Estou sem carro, preciso de carona. – brinquei e ela sorriu.

- Isso significa que você vai dormir comigo?

- Desde que você queira, sim. – ela acariciou minha nuca.

- Quero sim. Mas e depois?

- Depois a gente vai se vendo, vai ficando e vamos ver aonde isso aqui vai nos levar.

- Não tenho mais idade para jogos. Gosto de você e quero que a gente aconteça. Mas preciso saber se você quer o mesmo que eu.

- Estou na sua banheira, dizendo que vou dormir longe da minha filha. Isso não quer te dizer nada? – ela apenas sorriu. – Não vou mais fugir de você, afinal o destino parece encarregado de me colocar no seu caminho.

- Preciso agradecer a ele depois. -  disse isso beijando minha cabeça carinhosamente.

            Talvez esse fosse meu maior medo. Diferente de outras mulheres que me envolvi com Amélia não era apenas o sex*, tinha algo a mais. Muito além do que um dia eu possa ter sentido por qualquer outra pessoa.

             

 

Fim do capítulo


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Comentários para 74 - Capitulo Extra III - Amélia:
lay colombo
lay colombo

Em: 30/11/2021

A paixão me pegou, tentei escapar não consegui ????

 


Resposta do autor:

só para dizer que eu li no ritmo da música. kkk

Responder

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Acarolinnerj
Acarolinnerj

Em: 19/11/2021

Só tenho um comentário...

 

Oi Destino estou livre ?

Vai que cola né ????????????????????????????


Resposta do autor:

kk. Senti um pouco de desespero??? kkk

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 16/11/2021

Quem diria que a Amélia é uma mulher romântica kkkk

Gostei de Letícia,ela é uma mulher de atitude,e vai saber espantar toda e qualquer biscste que aparecer na frente da Amélia


Resposta do autor:

kkk. Letícia bem que tentou fugir, mas o desejo falou mais alto. Ou seria o ciúme?

Responder

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Mille
Mille

Em: 16/11/2021

Oh destino filha da mãe com Letícia e  Amélia kkkk

Não tem como fugir. 

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Ainda bem que Amélia teve ajuda. kkk

Pq a Letícia tentou fugir.

beijos

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 15/11/2021

Eita destino arretado de bom.

Responder

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preguicella
preguicella

Em: 15/11/2021

Adoroooooo, finalmente saiu o extra! Já tá escrevendo o próximo?!

Eita mas que gente estressada. Não gosta não lê. História no site é o que não falta!

História flopada é boa. Uma das mais comentadas e certamente depois de completa deve virar uma das mais lidas. Faz-me rir! hahaha

Responder

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paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 15/11/2021

Eu amo essas duas juntas S2..

Seria muita ousadia pedir mais extras? Kkk
Resposta do autor:

seria sim. kkkk

Responder

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barbara7
barbara7

Em: 15/11/2021

Só gosta de comentários que te elogiam? Primeiro, eu faço questão de dizer que esse é mais um que não vou ler, só comento o que gosto mesmo amor. E outra, não critiquei a história delas, até porque é o casal preferido Alice e Rebeca. Agora vim com essa tua arrogância achando que é o quê ? Sem nossos comentários e visualizações, seria mais uma história flopada. Comento e falo o que eu quiser, sou leitora e contribuo com a página. E quanto a talzinha que me respondeu, vai comprar um ursinhi vai. Quer atenção? Implora no próximo cap kkkkkkkkkkkkk


Resposta do autor:

Amada, primeiro que você comentar ou não para mim não faz diferença. Enquanto a vc reclama que a história não está boa, meus acessos nas duas só aumentam a cada dia. vc ler ou não para mim não faz diferença. E não é arrogância não. Só que se vc for ver todos os seus comentários sempre foram mal intencinados e cheio de falta de educação. Escrevo por gostar. Não escrevo para agradar ninguém. Mas também quando leio, sei bem filtrar o que devo ou não comentar. Mas a sua educação e noção passaram longe.

E fico agradecida se não aparecer por aqui. Afinal é coisa rara vc vir dar as caras. beijos de luz.

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