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Sociedade Secreta Lesbos por contosdamel

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Palavras: 1388
Acessos: 1624   |  Postado em: 14/11/2021

CAPÍTULO 3: O RITUAL

O dia esperado chegou, Amy tratou de atiçar ainda mais Jonh para que ele não desistisse do tal encontro, foi assistir ao seu treino, usando uma mini-saia e uma camiseta regata, durante minutos, seu cruzar de pernas na arquibancada tirou a atenção do jogador que tentava conter seu tesão jogando água fria na cabeça e na nuca, a loirinha se divertia com isso, puxou do bolso um pirulito, e quase que em movimentos obscenos o deliciou enquanto encarava Jonh, até o momento que as líderes de torcida entraram no campo, aí, Amy se retirou sorrateiramente sob o olhar atento do quarterback.

 

         As 19H as recrutas deveriam se apresentar na casa da Gama-Tau, alguma espécie de ritual as aguardaria antes de serem levadas ao local escolhido para apresentação de suas tarefas cumpridas. A casa estava com ares misteriosos, todos os membros vestiam capas e máscaras, era impossível reconhecer qualquer uma, as recrutas foram vendadas, e conduzidas por escadarias no subsolo da casa, o clima era de expectativa, algumas esboçavam medo, mas Amy estava tranqüila, era a primeira da fila, uma mão quente segurava sua mão a conduzindo, inexplicavelmente a loirinha sentia seu corpo arrepiar com o calor daquela mão.

 

         Caminharam alguns metros por túneis frios, ao longe se ouvia sons de música instrumental, batidas fortes de tambores, misturadas a sons de cordas, aumentando a atmosfera de mistério. As recrutas foram posicionadas em fileira e só aí as vendas foram retiradas, os olhos de todas se perderam naquele cenário, a Gama –Tau caprichou na produção do ritual, aumentando a expectativa de algumas como Amy e o pavor de outras.

 

         Tratava-se de um descampado, mas envolvido por árvores altas, não conseguia imaginar como Jonh chegaria ali, e logo comprovar que cumprira a tarefa, nem de longe era o local que ela havia marcado com ele, a ordem era que marcasse o encontro para uma praça próxima aos laboratórios de física. Todo o ambiente era cercado por tochas altas, lateralmente, várias estacas fincadas na terra, ao centro, uma pequena chama que saía de uma espécie de pira, à frente das recrutas, degraus de pedras, neles, o que poderia ser as irmãs gama-tau vestidas em capas com capuz, mantinham o ar misterioso.

 

         Para qualquer leigo, o cenário poderia aparentar um templo de bruxaria ou algo parecido, algumas meninas tentavam cochichar algo umas com as outras, sendo repreendidas com uma chicoteada na areia das guardiãs da chama, que formavam um semi-círculo em volta da pira. Amy muito curiosa tentava identificar algum gesto ou traço conhecido entre as mascaradas em vão, nem ao menos sabia distinguir quem lhe conduzira. Não se conseguia distinguir de onde vinha a música, mas ela contribuía para aumentar a tensão entre as recrutas.

        

E de onde ninguém sabe, uma voz feminina surgiu, voz desconhecida, de uma mulher mais velha, que se declarou membro vitalício da gama-tau, abriu o ritual com o discurso falando sobre as armas do poder, e como deve ser a vida das mulheres que detém essa força, nunca baixar a cabeça para dificuldades, vencer tudo e todos em prol de seus objetivos, e claro, manter seus inimigos aos seus pés e seus amigos ao seu lado...as palavras eram fortes, incisivas, inspiravam algumas, especialmente Amy que tinha certeza que a exigência para seu ingresso fora cumprida.

 

         Foi anunciado então, que as recrutas deveriam apresentar sua tarefa cumprida, todas se perguntavam como, uma vez que sequer sabiam onde estavam, que dirá trazer seus alvos de sedução até ali. As recrutas então foram novamente vendadas, levadas até perto da chama, uma série de palavras de ordem desconexas eram repetidas pelas guardiãs da chama, Amy sentiu mais uma vez a mão quente, elétrica, que lhe conduzira, tocando as suas, sentiu em volta de sua cintura braços quentes que a envolviam por trás, atribuiu tanto calor à proximidade da pira com fogo, mas o calor que ela sentia vinha de dentro, uma sensação intensa tomava seu corpo a medida que sentia lábios roçarem em seu pescoço, e a mão quente segurar seu rosto, colocando alguns dedos em sua boca, dedos suaves, nervosos, sentiu então um líquido descer por sua boca, amargo, morno, teve um impulso de colocar pra fora, mas as mãos que a envolviam prenderam seus lábios forçando a ingestão daquele fel que desceu por sua garganta com aspereza.

 

         Amy não sentiu mais nada, em minutos seu corpo estava dormente, o chão parecia ter degraus da altura de seus ombros, a cabeça pesava, mal podia notar as peças de roupas que usava sendo tiradas, sentiu apenas que um tecido lhe envolvia, a venda foi retirada, com uma visão turva, apertou os olhos na direção das estacas fincadas no chão, e viu ali enfileirados e amarrados, homens e mulheres usando apenas roupas íntimas, identificou com dificuldade Jonh, com os pés e mãos amarrados junto à estaca, qual acusado pela inquisição na idade média, pronto para o sacrifício. Associou então que ali estava a representação de sua tarefa cumprida, mas o ritual ainda exigia outra tarefa das recrutas.

 

         Pelo menos cinco meninas não conseguiram atrair seus alvos, e para elas, as futuras irmãs gama-tau deveriam firmar seu poder de sedução, ensinando-lhes como as armas do domínio de mulheres poderosas agem na conquista de seus objetivos. Era o que a mesma voz do discurso explicava, as recrutas que não cumpriram a tarefa, seriam sacrificadas, mas não se tratava de um sacrifício humano, pelo menos algo que envolvesse sangue ou carne... elas seriam exemplo de como o poder é capaz de dominar o corpo e os desejos latentes em cada um que se submetem a uma gama-tau.

 

         As cinco meninas estavam à frente das estacas de madeira, com os alvos conquistados pelas demais, todos estavam visivelmente com aparência atordoada, como se estivessem embriagados ou dopados por algo. Cabia as novas irmãs exercerem seu domínio e comandarem o que se seguiu, diante dos olhares pervertidos das encapuzadas, o ritmo da música mudou, não se ouvia tambores nem cordas, mas uma batida sensual eletrônica, que parecia tomar posse do corpo das meninas que foram levadas entre beijos ardentes pelas iniciadas até próximo as estacas onde os alvos da tarefa re recrutamento permaneciam amarrados. Amy colocava diante de Jonh a antipática Jesse que estava quase que possessa por um espírito vulgar, provocando-o até sentir a ereç*o do rapaz, Amy desamarrou-o assim como outras iniciadas fizeram com seus alvos, transformando aquele cenário de mistério em uma grande orgia entre sacrificadas e alvos, enquanto as iniciadas eram tiradas daquele festival de exposição de corpos nus pelas irmãs encapuzadas.

 

         Amy não sentia seu corpo, mas a cena que via lhe excitava profundamente, envolvida em um tecido fino, experimentava ondas de calor quando sentia o mesmo abraço quente por trás, com uma língua suplicante raspando em sua nuca, seus olhos viram as iniciadas passarem de mão em mão entre as encapuzadas enquanto perto das estacas a orgia continuava na troca de casais, ela no entanto, se mantinha envolvida, tomada pelas mesmas mãos macias e quentes que ainda a abraçava por trás, penetrava seu sex* encharcado suspendendo seu corpo a cada estocada, arrancando gemidos roucos da loirinha que acreditava estar em um sonho erótico, ansiava em sentir aquela boca quente na sua, queria aquele corpo incendiado, mas sequer sabia se aquilo era real. Segurava os braços que a envolvia com força, enterrando suas unhas naquela pele quente a cada movimento que os dedos tórridos invadiam suas entranhas, nunca experimentara seu corpo em brasas daquela forma, sentiu que sua vida de fato mudaria depois daquela fantasia, porque se assim o fosse ela buscaria trazê-la para o seu mundo real.

 

         A loirinha acordou em uma cama de solteiro, macia, olhou em volta, um quarto bem decorado em tons pastel, cortinas na janela, à frente da cama uma escrivaninha, do lado um criado mudo com um abajur delicado. Não reconhecia o local, deu mais uma olhada, encontrou um guarda-roupas branco, fez menção de levantar-se, mas não conseguiu, sua cabeça girava, o corpo estava mais pesado, na boca uma secura inédita, misturada a uma náusea insuportável, parecia uma ressaca, mas multiplicada a um exponencial desconhecido, e pior de tudo, o vazio na memória, o oco que ocupava a sua mente com interrogações sobre sua noite anterior.

Fim do capítulo


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Comentários para 3 - CAPÍTULO 3: O RITUAL:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 14/11/2021

Nossa foi verdade ou sonha...


Resposta do autor:

Acho que Amy e você ainda demorarão a ter essa resposta...

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