A Seguranca II por Lena
Vamos ao lado de Mirian...
Capitulo 29
Acordei assustada ao ouvir os meninos chorarem. Não sabia por quanto tempo eu tinha dormido mas olhando o relógio vi que foi por alguns minutos.
Pegando o Renan vejo que ele não estava sujo e nem com fome da mesma forma, com Caleb que chorava desesperadamente.
- O que houve com eles ? - questiona João ao pegar um dos meninos que estavam vermelhos de tanto chorar.
- Será que estão com dor ? - olho aflita para meu amigo que balançava seu sobrinho.
- Não sei. Vamos colocar um desenho. - diz João já saindo quarto.
Sigo meu amigo, que ainda com a criança chorosa nos braços, liga a tv mas os pequenos continuaram da mesma forma. Ainda com barulho de choro estridente na sala, vejo meu celular tocar insistentemente. Porem meu coração gela ao ver o nome do Augusto, o segurança que foi com as crianças aparecer na tela.
- O que foi ? - pergunta João ainda ninado a criança agora mais calma.
- É o Augusto... - João se alerta e deixando a criança segura no sofá ele pega a outra deixando da mesma forma.
Respirando fundo e tentando manter minha calma sinto João ao meu lado e colocando o celular no viva voz, atendo a ligação.
- Por favor me fala que eles estão bem. - pergunto antes de ouvir a voz do meu colega.
- Desculpa Mirian... Ouve uma confusão e acabei me perdendo deles. - diz o homem preocupado.
- Merda Augusto! - entrego o celular ao João que retira do viva voz.
Sigo para o quarto trocando de roupa e colocando minha arma atrás das costas. Não demorando, logo desço encontrando João junto as crianças que sorriam com as graças do tio.
- Fica com eles para mim ? Avisa com cuidado a Mainha e Beatriz. - João não contesta e entrega o celular a sua amiga vendo a mesma já sumir pela porta sem olhar para trás.
Dirigindo rápido ao ponto de ultrapassar de forma irresponsável diversos sinais vermelhos, chego ofegando ao zoológico onde o ônibus com as demais crianças ainda estavam.
Chegando fui parada pela responsável do passeio que demostrava seu desespero ao me pedir diversas vezes desculpas. Eu sabia que não foi culpa dela, por isso a pedi que ficasse calma, apesar de nem eu mesma estar. Segui para sala de segurança do local onde foi liberadas as filmagens.
Ao analisar as imagens, meu coração gela ao ver meus filhos serem levado em direção a mata. Já imaginava de que se travava, por isso ligando para o escritório, uma equipe veio para me ajudar na busca. Com todos já no local liberamos o pessoal do ônibus para a escola onde também forma acompanhados por minha equipe, e os demais me ajudaram na procura dos meus filhos.
O tempo estava passando rápido, o sol já se despedia deixando a escuridão se fazer presente me deixando mais preocupada.
Depois de um tempo ainda sem resultado e num local mais a dentro da mata, encontro a mochila do meu filho...
Olhando a mochila em minhas mãos respiro fundo tentando me manter forte ao imagina diversas coisas que poderiam ter feito a minhas crianças. Meu coração dói ver um dos meus colegas me mostrarem as sandálias de Maria, que estava mais a frente.
Continuamos as buscas até meu celular tocar, e ao ver que se tratava de Beatriz eu decidir não atender. Pois do jeito que eu estava com certeza eu desmoronaria. Mandando uma mensagem para o João o pedi que acalmasse a todos.
Meu celular toca novamente e irritada eu não iria atendê-lo porem ao pensar na preocupação de todos pego meu aparelho estranhando o número desconhecido. Atendo com meu coração na boca. Mais meu suspiro de alivio vem ao ouvir a voz da minha pequena.
- Mãe? - chama a menina chorosa.
- Maria, Graças a Deus! - me sento no chão após o alívio passar por meu corpo e feliz ao ouvir a voz da minha filha.
- Você esta bem ? Cadê o Gabriel ?
- Estamos bem mãe. Por favor, vem pegar a gente. - diz a menina ainda tentando conter o choro.
- Eu vou meu amor. Passa o telefone para um adulto. - Maria atende ao meu pedido e após pegar o endereço sigo rápido para o local, que era próximo aonde nós estávamos.
Com toda a equipe junto a mim, chegamos ao bairro deixando alguma pessoas um pouco assustadas, porem não liguei ao ver meus dois amores correrem em minha direção.
Deixo minhas lagrimas rolarem ao sentir o abraço dos meus pequenos que também choravam.
- Desculpa, desculpa... - peço chorando sem desgrudar do abraço.
- Ela é mau Mainha. - diz Biel ao agarrar o pescoço da mãe.
- Ela queria nos levar. - completa Maria sem soltar do abraço.
- A mamãe vai resolver isso, não se preocupem. - beijo ambos limpando suas lágrimas nos rostos sujos de terra.
- A gente teve medo. - Maria olha dentro dos olhos da sua mãe.
- Eu também... Não me perdoaria nunca se algo acontecesse a vocês. - os aconchego novamente em meus braços erguendo ambos que se grudaram ao meu colo.
Com as crianças grudadas a mim ouço mais um pedido de desculpas do Augusto que demostrava seu medo por não ter cuidado dos meus filhos. Beijei a testa do homem que sorri fraco e peço que o mesmo fique calmo e que não precisa se desculpar.
- Eu só quero essa mulher morta Augusto. - digo olhando dentro dos olhos do homem.
- E você terá. - ele logo sai sem olhar para trás.
Seguimos para casa, não antes de parrarmos para comprar vários lanches. Eu tinha avisado a João por mensagem sobre as crianças e em retorno o moreno me informou feliz que estavam todos mais aliviados.
Ao chegar em casa as crianças foram agarradas por todos que as olhavam dos pés a cabeça para ver se estava tudo bem, porem o abraço maior foi com Beatriz que não conteve o choro.
- Oh meus amores. A mamãe ficou preocupada. - a notícia tinha me pegado de surpresa.
Estava no trabalho quando recebi a mensagem de João, e sem pensar duas vezes corri para casa. Minha vontade na hora foi de ir até o local e procurar por meus filhos, mas com a ajuda do João e dos demais, eu fiquei aflita esperando, mas como Mirian estava no local com certeza a morena só voltaria com nossos filhos.
Despois desse dia conturbado, Gabriel e Maria dormiram comigo e Mirian na cama, pois ambos ainda estavam assustados. E claro, que deixamos sem reclamar, só a dor de pensar em não ver mais nossos filhos despedaçava meu coração. E sabia que com a morena era da mesma forma.
- Eles são lindo... - digo ao olhar para Beatriz e continuar o carinho nos cabelos de Maria que dormia agarrada a mim.
- São sim... - a morena olhava com carinho para as crianças que dormiam serenas.
- Não vou deixar que nada de mau acontece a vocês, nunca. - olho firme para a ruiva que sorri e assente.
- Eu sei meu amor. Mas vamos dormir também precisamos descansar. - dando um leve beijo nos lábios de Mirian eu me acomodo a cama.
Vejo Beatriz beijar os cabelos cacheados de nossos filhos para em seguida se deitar abraçando o Biel que já dormia profundamente. Então, depois de beijar as crianças deixo meu corpo relaxar um pouco e meu cérebro tentar esquecer que esse dia de tanta angustia existiu.
Fim do capítulo
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Marta Andrade dos Santos
Em: 14/11/2021
Oxe essa mulher não morre tem sete vidas.
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