A Seguranca II por Lena
Capitulo 27
Dois meses havia se passaram e minha recuperação ocorreu totalmente bem.
Meus dedos não estão mais enfeixados porem ainda não podia usa-los pois fui incumbida a fazer fisioterapia, e claro, para manter meus nenês bons eu fiz sem problema algum.
Beatriz tinha voltado ao trabalho mas sempre voltava mais cedo por causa dos gêmeos. Eu também tinha voltado a luta com trabalho dobrado pelo tempo que fiquei fora. Mas fora isso, esta tudo nos seus melhores momentos, o que me causa um certo medo porem tentei tirar isso da minha cabeça.
~*~
Alisando meus cabelos ruivos no escritório calmo, eu trabalhava em um caso de violência doméstica que tomou totalmente a minha atenção, pois se tratava de caso delicado, onde tenho que me manter firme, pois acompanhamos relatos e cenas que nenhuma mulher gostaria de passar.
Apesar da minha rotina pesada ter voltado, eu estava feliz com a minha vida. Meus gêmeos estavam crescendo, meus pequenos já voltaram as aulas e minha convivência com Mirian estava perfeita como sempre.
O meu dia foi puxado, e após terminar minha carga horária segui ria para casa porem ao chegar no estacionamento escuto uma voz que fez meu corpo inteiro se arrepiar.
- Espero que a sua mulher esteja bem...
Me viro sem acreditar no que via, mas me assusto pois o rosto da mulher estava completamente desfigurado. Não parecia a Gerusa que foi mostrada para mim em foto.
- O que você quer ? - eu ainda carregava uma arma em minha bolça, e ao ver a mulher, minha mão foi em direção a pistola.
- Só queria dinheiro para sair desse merd* de pais. Mas seus amigo fizeram isso comigo. - diz a mulher apontado para seu rosto desfigurado pela queimadura evidente.
- Você que provocou isso... - vejo a mulher se aproximar em passos lentos sem deixar seu olhar de ódio sobre mim
- Eu não provoquei nada, e todos vocês iram pagar por isso!
Sentia o ódio na voz da mulher, que foi se distanciando ao perceber que pessoas vinham em nossa direção e em questão de segundos a mulher some me deixando aflita.
Tento manter minha respiração, e entrando ao carro sigo para casa.
Fiquei o tempo todo no quarto e ao perceber que os meninos e Mirian tinham chegado chamei todos e contei todo o ocorrido.
- Essa mulher tem quantas vidas ? Pelo amor de Deus! - diz João sem creditar no que ouvia.
- Couro de sapo da porr*! - completa Diana ainda sem acreditar.
- Bom, essa não é uma boa noticia. Então deixaremos uma equipe de plantão para acompanhar a Bia e as crianças. - olho para os meninos que logo concordam
- E a tia ? - questiona Matheus.
- Ela esta aprendendo a atirar. Eu se fosse essa mulher nem aparecia na frente dela. - falo rindo ao me lembrar da alegria da minha mãe na aula de tiro.
- António só anda com medo agora. - João junto aos demais ao se lembram da cara de pânico do namorado da mais velha.
- Tadinho dele. - completa Matheus.
- Bom. Vou pedir as câmeras da região e fiquem de olho no esconderijo antigo dela. - olho séria para todos.
- Ela sabe onde maramos e nós não fazemos a menor ideia por onde ela anda. Ainda mais agora sem registros. - passando as mãos na cabeça imagino os problemas futuros.
- Vai dar tudo certo. Ela não é louca ao ponto de vir até aqui. - aperto o ombro de Mirian que acolhe meu carinho.
Após a pequena reunião seguimos para sala onde todos se encontravam, e como a noite estava um pouco quente combinamos de sair para sentir o ar fresco.
A confusão sempre se formava quando nós decidíamos sair. E depois da demora de João e Beatriz, seguimos para um restaurante próximo a praia, onde as crianças poderiam brincar um pouco na área de lazer.
Chegando, logo nos acomodamos e foi posta uma mesa maior, já que, estávamos eu, Beatriz, Diana, Simone, João, Matheus, Mainha, António e as quatro crianças, então podem imaginar o quão grande foi a mesa.
A noite foi mais prazerosa do que eu esperava. Apesar que de ainda não poder beber eu estava curtindo bastante o passeio com minha familia.
- Mainha eu quelo blinca. - diz Biel ao grudar no braço da mãe que sorri para o mesmo.
- Está certo vou levar vocês. Vai também Maria ? - nem sei porque perguntei, a menina tinha pulado da cadeira e já estava do meu lado.
- É, acho que isso foi um sim.
Sigo para área que era em ambiente aberto assim como o restaurante. E identificando as crianças, as deixo com a responsável pelo local não antes de enche-la de instruções.
Voltando, seguimos o resto da noite entre sorrisos para esquecer os problema tão visíveis.
- Queríamos aproveitar que estão todos aqui e dar uma noticia. - Diana se levanta junto com sua esposa que não deixava de sorrir e logo fala.
- Nós decidimos ter um filho. - diz olhando para Simone que deposita um beijo casto em seus lábios.
- Ai que fofa ela vai procriar. Tomara que venham com a beleza da Simone. - diz João feliz apesar da brincadeira feita.
- Há há! Todo engraçado você. Meus filho será lindo. - ela diz convicta arrastando todos a gargalhada.
- Não entende? - questiona Diana.
- Amor senta logo. Você sabe que eles vão tirar com a sua cara a noite toda. - Simone puxa sua mulher de volta para a cadeira.
- Ouça a voz da razão Diana. - diz Matheus sem conter o riso.
- Nem parece que são meus irmão. - Diana finge aborrecimento.
Mas a cara emburrada dura pouco ao sentir seu corpo ser erguido pelo seus amigos que a levaram para a praia atirando seu corpo ao mar.
E se juntando a mulher, todos deram um grande abraço na jovem mães que não conseguiu conter as lágrimas e se aconchegou nos braços dos amigos. E do restaurante todos viam a cena achando graça da situação.
O resto da noite foi alegre e curtida por todos. Quando decidimos ir embora não demorou para que as crianças aparecessem mas me assustei ao ver Maria com um cachorro pequeno um pouco debilitado em seu colo.
- Se prepara Mirian. - diz João ao apertar o ombro da amiga já imaginando o pedido da criança.
Maria agarrava o pequeno cachorro com tanto cuidado que parecia ter medo do pequenino se quebrar. E só de ver essa cena meu coração mole já me fez suspirar.
-Mainha... - começa a pequena abraçando o cachorro junto ao seu corpo.
Como é que eu nego em ? Eu já sabia o que ela iria me pedir. E ao ver aqueles olhos lindos e pidões me fitarem junto a Beatriz eu não conseguiria dizer não. E olhando para Bia a mulher só beija minha bochecha e se afasta sorrindo.
- Pode levar ? Ela tá doente não posso deixar ele na rua. Eu já passei por isso não quero que ele sofra também. - diz a menina com os olhos marejados.
- É Mainha dexa é um bichinho. - diz Biel segurando a mão da irmã.
- Oh meu Deus! O que eu fiz para merecer vocês em ? - olho para meus filhos que sorriem.
- Claro que vocês podem levá-lo. Mas vamos passar pelo veterinário amanhã certo ? - em resposta recebo um grande abraço dos meus pequenos.
- Ele já tem nome ? - questiono analisando o bichinho que se mantinha quieto no colo de Maria.
- Ele vai se chamar Happy.
Meus meninos me abraçam novamente e seguem para o carro, onde fomos recebidos por aplausos pelo nossos amigos que não tiravam o sorriso alegre do rosto.
Fim do capítulo
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