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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 7

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Palavras: 4103
Acessos: 2743   |  Postado em: 10/11/2021

Capitulo 68

 

Capítulo 68º

Alice

            A noite caia tranquila. Me inclinei na borda da piscina admirando o pôr do sol que tímido se escondia. Tive um dia péssimo. As coisas na boate estavam me dando muita dor de cabeça e como se não fosse suficiente uma reforma ainda tem a da casa que me causa discussões com Rebeca.  Detesto me desentender com ela ainda mais quando se trata de uma discussão por causa de qual piso vamos usar na casa. Bem vindos a minha vida de mulher adulta e casada, bom quase casada.

            O pedido oficial ainda não foi feito, pois Rebeca deixou claro que precisa de um grande gesto. Mesmo que eu tenha tudo planejado, tenho esperado o momento certo para fazê-lo. Meu celular tocou e eu sai da água indo em direção ao barulho que insistente me chamava atenção.

- Alô.

- Oi. Jurei que não ia me atender. Está pensando que vai fugir do nosso combinado? – Anna indagou séria.

- Amiga, estou cansada demais. Só quero a minha cama. – reclamei sentando.

- Nem vem com essa, Alice. Os meninos insistem na nossa presença. E sei que Rebeca ainda nem chegou. Tália já me disse que vão trabalhar até tarde. Vamos comigo, vai. Depois elas irão juntas.

- Tudo bem. Eu vou. Me dá meia hora.

- Assim que se fala. Estou te esperando.

            Encerrei a ligação com Anna, discando em seguida o de Rebeca.

- Oi. – foi fria.

- Oi. Eu só queria saber se você vai demorar.

- Acho que sim. Ainda tem muita coisa para fazer.

- Hum! Tudo bem, eu estou indo me arrumar. Anna me ligou para irmos a casa nova dos meninos.

- Claro. Tália me lembrou mais cedo.

- Você me encontra lá quando acabar aí?

- Sim. Agora eu preciso ir. – encerrou a ligação.

            Detesto esse clima pesado. Sei que a irritação maior dela nem foi a discussão. Rebeca tem andado com muitas mudanças de humor por conta da gravidez. Parece até uma bomba hormonal prestes a explodir. Quando não é tesão, é uma irritação por qualquer coisa. Eu se que as coisas nos últimos meses não foram fáceis, primeiro foi toda a história das mães dela, depois a prisão de Airton e toda a confusão que isso causou na nossa vida. Para completar tem o Pedro, que depois que Carmem conversou com ela deu uma sumida, mas acredito que esteja próximo a voltar a aparecer.

            Deixei o celular na cadeira e fui para o banho. Escolhi o que vestir e alguns minutos depois já estava a caminho do apartamento de Anna. Mandei mensagem avisando que já havia chegado e em alguns minutos ela entrou no carro. Seu perfume se espalhou pelo automóvel. Observei suas roupas e ela me fitou com ar de riso.

- Nossa, que gata. Rebeca que se cuide. – brincou batendo levemente no meu ombro.

- Para garota. – reclamei seguindo o endereço que ela colocou no gps.

            Anna aumentou o volume da música e começou a cantar junto. Entre caras e bocas ela conseguiu me arrancar muitas risadas. Sentia falta das nossas saídas aleatórias depois da faculdade. Mas hoje temos tantas responsabilidades com a boate e nossos respectivos relacionamentos que as saídas se tornaram escarças.

- Você precisa trans*r.

- Impressionante o quanto você acha que tudo se resume a sex*. – respondi parando a alguns centímetros do carro da frente.

- E eu estou errada? Dois dias de mal humor, e você sem sex* por não aceitar o piso que a Rebeca quer colocar na casa. É um preço muito alto a ser pago. Vivo sem ter razão, mas sem sex* jamais. – afirmou rindo.

- Eu sei. Foi apenas uma discussão boba, mas como Rebeca está com as emoções afloradas virou algo grande. Já me desculpei, e nada.

- Transem. Se desculpe dando vários orgasmos a ela. Acorda ela com uma bela ch*pada na bocet*. Aposto que rapidinho ela vai esquecer essa briga. – completou rindo. – E depois aceita esse maldito piso. – concluiu arrumando o batom no espelho.

- Você é impossível. Chegamos. – falei olhando a casa.

- Uau! Amei. Essas bichas acertaram na escolha. Vamos?

- Sim.

            Saímos do carro e Anna tocou a campainha. Fernanda abriu a porta, me fitou por alguns segundos até que abriu um largo sorriso.

- Alice, que surpresa. Quanto tempo. – me abraçou.

- Oi, Nanda. Pois é, muito tempo. Não sei se lembra, mas essa é a...

- Anna. Continua linda, como vai? – abraçou minha amiga.

- Bem. Obrigada.

- Vamos, entrem. Os meninos estão para descer. Fiquem à vontade, sirvam-se. Vocês estão em casa. – disse isso e nos deixou sozinhas.

            Anna cumprimentou algumas pessoas que ela conhecia. Juro que se a boate dependesse apenas das pessoas que ela conhecesse o lugar seria lotação todo final de semana. O único rosto conhecido que vi foi Barbara, que de longe acenou para mim. Sorri de volta e fui pegar um refrigerante.

- Como anda a vida? – Nanda me perguntou.

- Bem. Estou quase casada e com uma criança a caminho. – brinquei.

- Eu soube. Fico feliz que esteja bem.

-  Obrigada. Mas e você?

- Estou bem. Trabalhando, namorando.

- Namorando?

- Sim. Aquela é a Barbara. – apontou para a Dj que sorriu em nossa direção. – Linda, não é?

- Sim. Mas eu pensei que você fosse hetero.

- Eu também. – comentou rindo. – Mas aparentemente não existe essa coisa de ser 100% heterossexual. E cá para nós...- se aproximou como se me confessasse um segredo. - ...se eu soubesse que o sex* com uma mulher era tão maravilhoso teria ficado com Virgínia. – eu sorri por educação. Ela percebeu a gafe. – Sinto muito, não quis falar nela. Me desculpa. – tocou meu braço.

- Não precisa se desculpar. Está tudo bem. As coisas mudaram. Ela está bem, eu espero.

- Sim, ela está. – afirmou.

- Tem falado com ela?

- Sim. Somos amigas. E se quer saber, ir para lá fez muito bem a ela.

- Que bom. – sorri. – Bom, vou conversar com a Anna. Licença. – me afastei quando vi que Barbara ia em direção a namorada.

- O que aconteceu?

- Nada. A Nanda falou sobre a Virgínia.

- Ah! E isso mexeu com você?

- Claro que não. – dei de ombros. – Você já se embebedou?

- Nem comecei ainda. As duas estão juntas? – questionou olhando para Barbara e Nanda.

- Sim. Namorando.

- Hum! Quem diria que a Barbara iria namorar.

- Quem diria que você iria namorar, mais que isso, quem diria que estaria quase casada.

- Mas eu sempre fui quieta. – falou prendendo o riso. – A quem estou tentando enganar?

- Não sei, afinal eu te conheço do avesso. – provoquei. – Olha os meninos.

            Falei em direção a escada. Os três desciam de mãos dadas. Amei ver a carinha de felicidade de Cadu. Depois da confusão com o pai, a família super apoiou eles três. E sem dúvidas essa foi uma parte crucial para que ele pudesse estar tão feliz hoje.

- Alice, Anna, que bom que vieram. – Miguel nos abraçou.

- Imagina se perderíamos a chance de ver você oficialmente ser uma bicha casada. – Anna brincou.

- E com dois homens lindos por sinal. – olhou para Rick e Cadu que conversavam com Nanda e Barbara. - Mas eu não sou o único casado. Quem diria que seriamos tão felizes, não é?

- Concordo. – respondi.

- Onde estão Tália e Rebeca? – indagou curioso.

- Trabalhando, ficaram de passar aqui depois. – Anna falou sorrindo. – Já sabe da nossa inauguração?

- Claro! Na nossa comunidade não se fala em outra coisa. Me contém tudo.

            Assim os dois iniciaram uma conversa animada sobre como seria a inauguração. Conforme o álcool era consumido, as vozes no ambiente se tornavam mais altas. Minha cabeça deu uma leve pontada, e eu decidi conhecer a parte externa da casa. Caminhei por entre os convidados, que não eram muitos, cerca de vinte pessoas talvez.

            Olhei o jardim bem cuidado. As rosas vermelhas espalhadas pelo chão. O barulho das vozes diminuiu a cada passo que eu dava. Eu pude escutar a natureza falar quando fiquei de fato sozinha. Fechei os olhos sentindo o cheiro da grama molhada.

- Cansou de ficar com a gente? – uma voz interrompeu meu momento de paz.

            Girei nos calcanhares para encarar quem ousava me incomodar. Barbara sorria próxima a mim. Deu alguns passou até ficar ao meu lado.

- De tanto tocar nas noites, o barulho já não me incomoda mais. Consigo dormir mesmo com o meu vizinho insistindo em mudar os móveis da casa as sete da manhã. – ela não pareceu se importar com o meu silêncio. – Quer um? – ofereceu um cigarro.

- Não fumo. Obrigada.

- Claro. Desculpe. Vou guardar aqui. – voltou o cigarro para a caixinha e depois a colocou em seu bolso. – Parece que a gente nunca vai conseguir estar na mesma.

- Como? – indaguei confusa.

- Da última vez que nos vimos você estava acompanhada. Hoje eu estou.

- Ah! Entendi. Mas eu ainda namoro, na verdade estou quase casada.

- E com um bebê a caminho. – completou me fitando. – Eu sei muito sobre você.

- As fofocas me perseguem.

- Eu entendo. Nem sou famosa, mas tenho meu nome envolvido em várias coisas. – afirmou com ar de riso. – Deve ser péssimo para você. Aliás, para vocês.

- Sim. Muito. Mas sabemos lidar com isso da melhor forma.

- Que bom. – ela ficou em silêncio. – Não sabia que você conhecia a Nanda.

- Na verdade, eu sou uma das melhores amigas do Miguel, o Cadu é meu primo. E eu já namorei com a melhor amiga dele.

- Nossa! Fiquei até tonta. É quase um rebuceteio de amizades. – ela disse e eu achei a piada engraçada. – Quem diria que você sabe sorrir. – provocou.

- Não estou em um bom dia. – afirmei. E ela ficou calada.

- Uma cerveja poderia animar as coisas. – insistiu me oferecendo a garrafa que segurava.

            Olhei para ela, em seguida para a garrafa. Talvez não fosse má ideia. Aceitei e tomei um gole devolvendo-a em seguida.

- Já consegue sentir?

- O quê?

- A felicidade correr pelo seu sangue. – brincou batendo seu braço no meu.

- Ah! Aqui está você. – Anna disse se aproximando de nós. – Preciso tratar de negócios. – fitou a Dj.

- Agora? – interrompi olhando para minha amiga.

- Sim. Agora. Não quero correr o risco que outra casa a contrate. – apontou para Barbara que apenas sorriu.

- Podemos conversar em outro lugar. Foi um prazer Alice. – acenou para mim. – Toma, você parece precisar mais que eu. – estendeu a garrafa novamente.

            Segurei a garrafa e Anna me olhou questionadora, mas seguiu junto de Barbara para dentro da casa. Dei um gole na bebida e senti meu celular vibrar. Era uma mensagem de Rebeca avisando que iria para casa. Estava cansada demais para sair ainda. Apenas visualizei e guardei o aparelho. Suspirei frustrada.

            Continuei perdida em pensamentos enquanto tomava a cerveja. Por mais que eu tente entender que toda a questão de humor de Rebeca está ligada a gravidez, não posso deixar de me sentir mal por precisar andar pisando em ovos o tempo inteiro. Afinal basta um olhar e ela as vezes começa a chorar como se eu tivesse feito algo grave.

            Antes de ontem ela chorou vendo um comercial de margarina. Quem chora vendo comercial de margarina? Ela chorou e ficou com raiva quando eu comecei a rir dela. Aliás não ri dela, achei apenas a situação engraçada. Mas aí a gente deita para dormir, e a raiva passa. Logo me abraça e as coisas voltam ao normal. Porém a briga sobre o piso foi um tanto mais séria. Discordamos em várias coisas na casa, mas eu sempre dou o braço a torcer e acabamos fazendo do jeito dela, entretanto dessa vez eu não mudei de opinião. Assim a discussão durou da obra até em casa.

            Suspirei tentando afastar essa agonia que sinto por estarmos assim. Lembrei de Anna dizendo que prefere ter sex* a ter razão. Eu prefiro dizer que prefiro ter Rebeca, mesmo que para isso tenha que dar meu braço a torcer, deixando meu ego de lado. Terminei a cerveja e me virei tentando voltar para dentro.

- Ai! Desculpa. – Nanda disse se segurando em mim. – Não pensei que fosse se mover assim.

- Estou indo embora. – falei fitando-a. Minhas mãos estavam em sua cintura. – Desculpa. – soltei-a.

- Acabei sujando sua blusa de batom. – passou os dedos e a mancha só piorou.

- Não tem problema. – sorri para ela. – Eu vou indo.

- Mas e a Anna? – questionou quando eu dei as costas.

- Tália deve estar chegando.

- Na verdade, Tália chegou. – sorriu ficando em minha frente. – Rebeca foi para casa, estava cansada demais. – mas não deixou de notar minha aproximação com Nanda.

- Ela me avisou. Eu estou indo também.

- Cadê a Anna?

- Está conversando sobre trabalho com a Barbara. – Nanda falou. – Prazer, eu sou Fernanda.

- Eu sou a Tália.

            Fui para o carro. Liguei o som deixando a música calar meus pensamentos. Chegando em casa tudo estava escuro, deixei minhas chaves na mesinha ao lado da porta. Caminhei até o corredor e a luz do nosso quarto estava acessa.

- Oi. Pensei que estava dormindo. – comentei observando Rebeca deitada com um livro nas mãos. Parecia muito concentrada na leitura.

- Estava te esperando. – sorriu para mim fechando o objeto.

- Quer fazer algo? Está com fome? Posso preparar alguma coisa para comermos.  

- Não. Só quero deitar aqui, e te beijar. – ficou de joelhos na cama.

- Isso quer dizer que não estamos mais brigadas?

- Sim. Essa é nossa trégua. – afirmou segurando meu rosto. Beijou meus lábios com carinho. – Estava com saudades. – disse se afastando.

- Eu também, amor.

- O que é isso? – olhou para a blusa manchada.

- Isso foi a Nanda...

- Alice! Que palhaçada é essa?

- Não tem nada demais.

- Você me aparece com batom na blusa, depois de ir em uma festa que só tem gay e lésbica e diz que não foi nada? – questionou com indignação.

- Eu posso explicar.

- É melhor você explicar mesmo. – fechou a cara.

- Estava vindo embora e a Nanda esbarrou em mim. Ela tentou limpar e só piorou. – contei fitando seus olhos verdes. – Acha mesmo que eu ficaria com outra pessoa se tenho você ao meu lado?

- Eu não sei. Isso quem me diz é você.

- Amor, eu não quero mais ninguém além de você. Acredite. – beijei seu pescoço. – Eu amo cada pedaço seu. Não tenho olhos para mais ninguém. E adoro te ver com ciúme. Deveria ter ido para a festa me encontrar.

- Não. Queria que você viesse para casa.

- Agora eu estou aqui. Podemos iniciar uma briga, ou apenas fazer algo melhor o que me diz?  - ela sorriu com minha sugestão e me beijou.

- Concordo, podemos assistir um filme. – falou interrompendo o beijo.

- Isso foi um belo balde de água fria. – brinquei e ela sorriu.

- Hoje eu te deixo escolher. – completou com ar de riso.

- Sem sex*?

- Apenas o filme e muito chamego. – beijou meu pescoço.

- Tudo bem, mas antes vou para o banho.

            Beijei seus lábios e sai para o banheiro. Tirei minhas roupas, ficando debaixo do chuveiro. A água quente me fez relaxar com uma rapidez quase instantânea. Enquanto me ensaboava senti as mãos de Rebeca em meus seios.

- Pensei que não íamos fazer sex*. – comentei com um sorriso.

- Eu sei. Mas ficar naquele quarto te imaginando aqui sem roupa. Não é uma tarefa fácil. – falou deixando a ponta da língua deslizar no meu pescoço.

- Você virou uma predadora sexual, sabia?

- Não vai dar conta? Podemos chamar alguém para dividir as tarefas.

- Rebeca! – reclamei me pondo de frente a ela, que começou a rir da minha cara de indignação. – Você só pode estar de brincadeira. – completei irritada.

- Sim. Estou brincando. Até por que eu sei que você vai dar conta. – sussurrou no meu ouvido.

            Não demorou para que suas mãos passeassem por todo o meu corpo me levando do inferno ao céu em questão de segundos. Ela tinha precisão em cada gesto, cada toque, cada movimento. Bastava eu pensar em algo e como se lesse minha mente ela fazia exatamente aquilo que eu queria.

- Você é minha perdição. – disse isso mordendo meu queixo. – Adoro a forma que você se entrega para mim. – Eu te amo, baby girl. – afirmou com sua testa colada à minha e os olhos fechados.

            Não consegui prender o sorriso que surgiu ao escutá-la dizer que me ama. Sei que essa sem dúvidas é a frase que mais me diz durante o dia, mas sempre que escuto parece que meu coração ganha ainda força para continuar batendo.

- Eu te amo. – sussurrei sentindo seus dedos me preencherem por completo.

            Alguns minutos depois, já estávamos deitadas na cama. Rebeca escolheu o filme que íamos assistir. Mas acabou adormecendo nos primeiros minutos. Fitei seu rosto adormecido. Agradecendo por tê-la comigo, e mais que isso, por ela me amar o quanto eu a amo. Beijei seu rosto. Apaguei o abajur e me agarrei em seu corpo, tocando sua barriga, em seguida adormeci.

- Amor, acorda. Os meninos ligaram cobrando a carona para escola. – beijou meu ombro.

- Da próxima vez que eu fizer uma promessa dessas, você me interna. – reclamei ainda de olhos fechados.

- Não diz isso, eles sentem sua falta. – ponderou enquanto escovava os dentes.

- Eu sei, também sinto deles. Que tal levarmos os dois para almoçarem hoje?

- Claro. Só me avisar aonde.

- Que tal na Nina? – falei de uma única vez. Ela me fitou pensativa. Em seguida deu de ombros.

            Desde que descobriu tudo, Rebeca segue se mantendo longe de Nina, assim como de Carmem, apesar de terem conversado decidiu deixar a filha levar o próprio tempo para assimilar as coisas. Os processos de Airton foram muitos, pois a maioria das mulheres que ele assediou decidiram acusa-lo depois que soltei o vídeo dele aqui em casa.

- Eu sei que você ainda não se sente confortável com isso. – me pus atras dela enquanto terminava sua maquiagem. – Mas podemos ir pelos meninos. Você não precisa conversar com ela.

- Uma hora eu preciso enfrentar isso. – afirmou.

- Mas não precisa ser hoje. Estamos indo apenas como clientes.

- Tudo bem. – afirmou forçando um sorriso.

- Ótimo. Agora vou tomar banho ou vou atrasar. – beijei seu ombro.

            Cheguei à casa das minhas mães depois de trinta minutos. Encontrei todos ainda tomando café.

- Bom dia, filha.

- Bom dia, mamma. – beijou o rosto das duas mulheres. – Bom dia, pestinhas. – assanhou o cabelo deles.

- Bom dia. – responderam juntos.

- Hoje vocês terão a sorte te almoçar com a irmã preferida de vocês. – falei isso rindo e roubando uma torrada que Arthur levava até sua boca.

- A preferida eu não sei, mas a folgada sei quem é. – respondeu e fitando com ar de riso, pisquei para ele.

- Aonde vamos? – Bernardo questionou curioso.

- Surpresa. Agora podemos ir? Vou me atrasar. – me pus de pé.

- Cuidado. – a mammy falou antes que passássemos pela porta.

            Arthur e Bernardo já passaram daquela fase de implicar um com o outro. Os dois foram o caminho inteiro com seus respectivos celulares na mão. Cada um perdido no seu mundo particular.

- Me pediram carona só para conversar com as namoradinhas?

- Eu não namoro. – Arthur se defendeu.

- E a Agnes? – insisti.

- Foi apenas um beijo.

- Ele está com outra garota.

- Bê! – reclamou encarando o menino.

- Quem é ela?

- Ninguém. Podemos descer? – indagou tentando fugir do assunto.

- Podem sim, mas depois quero saber quem é essa garota. – falei antes que eles saíssem do carro.

            Os dois me deram um beijo e saíram correndo. Esperei que passassem pelo portão de entrada até que segui para a faculdade. Anna já me esperava no estacionamento.

- Então como foi a noite? Espero que com sex*. – me puxou para próximo dela deixando seu braço repousar sobre meus ombros.

- Sim. Fizemos as pazes. – sorri.

- Aleluia, vou ter que pagar minha promessa agora. – falou em tom preocupado.

- Como assim promessa?

- Jurei que se vocês voltassem a trans*r para Rebeca ficar de bom humor e eu também conseguir trans*r, já que Tália se estressa junto eu pararia de beber. Mas quando eu fiz essa promessa eu estava bêbada, então não vale, não é? – parou me questionando. Eu segui caminhando e rindo do que ela falou. – Alice! EU PRECISO PARAR DE BEBER?

- Se vira, sua promessa, você paga. – falei me virando para ela. Depois segui caminho.

- FIZ ELA PARA VOCÊ VOLTAR A TRANSAR! – gritou indignada. – O quê, aqui por acaso é uma creche? Ninguém sabe o que é sex*? – sei que ela reclamava com as pessoas que acabaram olhando para ela enquanto gritava comigo. Aí sim eu ri com vontade.

            Ao final da aula, me despedi dela e fui pegar os meninos. Combinei que Rebeca nos encontraria no quiosque de Nina. Enquanto esperava os meninos chegaram acabei vendo os dois saindo pelo portão. Caminhavam com mais duas outras pessoas, uma menina que acreditei ser a tal namoradinha do Arthur, já que eles caminhavam de mãos dadas. Ao lado dos dois, Bernardo sorria enquanto conversava com um garoto. Os dois sorriam enquanto um mostrava algo no celular ao outro. Quando se despediram na ponta da calçada. Arthur beijou o rosto da menina e esperou Bernardo abraçar o amigo.

            Procuraram meu carro em meio a todos os outros que esperavam. Bernardo foi o primeiro a entrar, sendo seguido por Arthur. Ficaram em silêncio completo, acredito que para evitar que eu pudesse perguntar quem eram os dois que caminhavam com eles.

            Parei o carro próximo ao quiosque. Nina me avistou de longe. Veio em minha direção. Sei que ela procurava Rebeca, na esperança de que ela viesse comigo.

- Alice, que surpresa. – me deu um longo abraço.

- Oi! Vim trazer meus irmãos para provar a sua deliciosa comida. – respondi sorrindo. Os meninos se posicionaram um de cada lado meu. – Esse é o Arthur.

- Muito prazer. – falou educado.

- O prazer é meu. – respondeu cordialmente.

- Esse é o Bernardo.

- Olá. – sorriu tímido.

- Olá, querido.

- Meninos essa é a...- fiquei insegura sobre como apresenta-la a eles, afinal ela não era apenas a tia, era sua mãe. Nina percebeu minha agonia.

- Eu sou...

- Uma das minhas mães. – a voz de Rebeca cortou o nosso momento um tanto constrangedor.

            Instantaneamente nos viramos para ela. Rebeca sorriu para mim, em seguida para Nina que tinha os olhos banhados em lágrimas. Sei que aquele passo foi algo importante para ela, e mais ainda para Rebeca que conseguiu ao menos dar uma chance a mulher.

            Rebeca deu um passo em direção a ela, fitou-a como quem pergunta se poderia lhe abraçar. Nina apenas sorriu, recebendo em seus braços o corpo da sua filha que agora sabia que de fato era filha, e não sobrinha.

- Legal, ela tem duas mães, como a gente. – Bernardo falou para Arthur.

- É quase isso. – respondi para ele. – É quase isso.

            A história era maluca demais para ser contada naquele momento. Nem sei se os meninos conseguiriam entender, nem mesmo eu consigo acreditar em tamanha barbárie que o pai de Rebeca conseguiu fazer. Mas o que importa é que as coisas caminham para outro rumo, e eu espero que possamos encontrar apenas felicidade nele.

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa noite.

Voltei com mais um capítulo.

Boa leitura. Comentemmm.


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Comentários para 70 - Capitulo 68:
Rosy Santos
Rosy Santos

Em: 29/03/2022

Calma Alice é assim mesmo a gravidez mas no final será maravilhoso o resultado. 

Responder

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Dolly Loca
Dolly Loca

Em: 10/11/2021

Os hormônios da Rebeca enlouquecendo todo mundo!!!

Adorei a aproximação com a Nina, elas merecem se reconciliar e serem felizes.

 

Bjos


Resposta do autor:

Obrigada por comentar. E concordo com você elas merecem se aproximarem de novo.

Beijos

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 10/11/2021

Força e muito Alice e rebeca..


Resposta do autor:

O amor vai vencer os hormônios. kkk

Responder

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preguicella
preguicella

Em: 10/11/2021

Hormônios de grávida, uma verdadeira montanha-russa de sentimentos! Aguenta Alice, tá acabando!

Ainda bem que a coisas estão dando certo, mas esse é o meu medo!

Extra, extra, extraaaaaaa!

Bjuuuu
Resposta do autor:

Tu e teus medos. kkk

E me cobrando extrassss

Beijoss

Responder

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Mille
Mille

Em: 10/11/2021

A Alice tem que fazer que nem a Anna kkkkk

Lidar com hormônios é pisar em ovos, mais creio que Alice dá conta. 

Hummm não gostei dessa Bárbara e esse baton da Nanda.

E que final de capítulo emocionante, não vou mentir chorei viu. 

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Alice já deu conta de tanta coisa que tô quase dando a ela a capa da supergirl. kkk

Aiiii. Adoro causar esse tipo de emoção. Me sinto realizada.

Beijosss.

Responder

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paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 10/11/2021

Força Alice, aguenta esses hormônios, a causa é nobre.

Acho que os gêmeos já vão aflorar a sexualidade, Lari e Isa falando sobre eu quero ver.

Essa relação de mãe e filha vai ser construída aos poucos.

Autora, cadê os extras? Kkk
Resposta do autor:

Você e esses extraasss. kkkk

Tá tudo na minha mente.

Beijos

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 10/11/2021

Os hormônios da gravidez estão deixando a pobre da Alice doida kkkk

Que bom que a Rebeca se aproximou da mãe biológica,afinal ela foi a maior vítima do safado abusador,que pela graça foi preso.

E quanto a chorar assistindo comercial de margarina,até eu choro,só bater a TPM kkk

 


Resposta do autor:

Rebeca sobre e Alice vai junto. kkk

Acho que eu sou a única que não choro com comercial de margarina. Mas as vezes choro escrevendo. kkk

Beijos

Responder

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