Olá meninas,, tudo bem?
Passando pra deixar mais um capítulo pra vocês.
Espero que gostem.
Beijão e excelente leitura á todas!!
PS: responderei os comentários do capítulo anterior no próximo capítulo.
Capítulo 9 – Quem é Bóris Monte Belo?
Meu pai me olhou e ficou branco feito cera. Fechei a porta e o encarei, perguntando mais uma vez:
-- Quem é Bóris Monte Belo?
-- Filha! Que surpresa boa... - Meu pai estava desconversando e não estava disposta a cair nessa.
-- Parou, pai. Eu ouvi muito bem o que o senhor disse. Acho melhor o senhor falar quem é esse tal de Bóris Monte Belo ou eu irei descobrir por conta própria. - Falei, já sentando na cadeira e esperando sua explicação.
-- Tudo bem, filha. Eu vou te contar... - Meu pai disse derrotado.
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Depois de uma hora conversando com meu pai, ainda fiquei chocada com tudo o que ele disse. Pedi para que compartilhasse com Bárbara, por ela também ser filha e herdeira e trabalhar no haras. Fui embora de lá com o pensamento fervilhando. Como que um homem como esse tal de Bóris acha que manda em tudo?
Voltei para o apê para esfriar a cabeça. Doug estranhou o meu semblante e, principalmente, o fato de eu ter chegado tão cedo.
-- Amiga! Não falei pra você só sair da casa da Aretha depois de fazer as pazes com ela?
-- Eu não fui lá.
-- Como não?
-- Estava no haras com meu pai. Bárbara...
-- Ah! Não! Você deu trela pra Bárbara?
-- O assunto é sério.
-- Quer falar sobre o que aconteceu?
-- Preciso falar. Caso contrário, irei explodir. E senta que a história é longa.
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-- Gente! Que babado. - Doug estava estarrecido.
-- Pois é. O pior é que não temos ideia de como nos livraremos desse homem.
-- Amiga, nem sei o que dizer.
-- E nem sei por onde começar a ajudar a minha família.
-- Bom, você sabe que pode contar comigo pra tudo. Posso pesquisar sobre esse homem.
-- Eu também farei isso.
-- Você pode pedir ajuda à Aretha e ao Marvin.
-- Quanto mais pessoas ao nosso lado, melhor. Farei isso Doug.
-- Agora... Mudando o assunto. Você vai falar com ela ou não?
-- Você acha que está muito tarde pra eu ir até lá?
-- Liga antes.
E foi o que eu fiz. Peguei o celular, com meu coração na mão. Ao iniciar a chamada, desejei que ela não me ignorasse.
-- Alô?
-- Oi, Aretha. Tudo bem? - Falei com a voz vacilante.
-- Estou melhorando. - Falou-me com a voz bastante séria.
-- Eu falei com Marvin hoje mais cedo e eu disse que iria até sua casa. Como eu tive um assunto sério para tratar e cheguei agora... Queria saber se posso ir à sua casa para conversarmos.
-- Eu posso ir até você. Tudo bem? - Ela falou com a voz um pouco mais solta.
-- Como quiser.
-- Em uma hora estarei aí.
-- Eu te espero. - Falei com um sorriso no rosto.
Desligamos o telefone e, enquanto aguardava Aretha chegar, pedi a Doug que desse uma volta para ficar a sós com ela. Ele aceitou e disse ainda que estava torcendo por nós. Meu amigo é show de bola. Né?
Aproveitei para me olhar no espelho e vi que estava apresentável. Não queria que ela me visse mal vestida. E, enquanto esperava, resolvi navegar na net e saber mais sobre esse tal de Bóris Monte Belo.
Infelizmente, o máximo que consegui sobre esse empresário, foi saber que ele está entre os solteirões mais cobiçados. Está no Top 10 dos mais ricos da América. E olhando pelas fotos dele é um gatão que não aparenta ter toda essa idade.
Continuei a minha pesquisa sobre o mega empresário e, passando por algumas fotos, o vi ao lado de Henrique e Pedro. Salvei a foto e abri meu e-mail.
DE: Diana Moretti
PARA: Henrique Cerqueira
ASSUNTO: Bóris Monte Belo
Olá, Henrique.
Tudo bem?
Estou entrando em contato para saber sobre um conhecido seu. Trata-se de Bóris Monte Belo. É um caso complicado e de extrema importância.
Gostaria de saber mais sobre ele ou, se possível, me passe algum contato dele. E-mail, telefone, endereço... Ajuda muito.
Agradeço desde já.
Diana Moretti.
Anexei à foto junto ao e-mail, enviei e fiquei aguardando o retorno dele e Aretha aparecer.
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Nem percebi como adormeci. Olhei no relógio e a madrugada já tinha adentrado havia um tempo. De repente, ouvi barulho de chaves e fiquei inquieta no sofá. Dei uma mexida rápida no cabelo e disfarcei a cara de sono para Doug entrar e ver a minha cara de desapontada. Foi tão nítida que ele me perguntou:
-- Por que esta cara?
--Aretha não apareceu. Também não enviou mensagem. - Disse, visivelmente decepcionada.
-- Ela pode ter tido algum problema. - Meu amigo tentou ponderar.
-- Não! Ela não veio porque não quis. Deixou-me aqui a esperando.
-- Amiga, liga pra ela e tira a prova. - Ele estendeu o celular para mim.
Resolvi ligar e estava na caixa postal.
-- E aí? - Me perguntou.
-- Caixa postal.
-- O que pretende fazer? Só não vale fazer igual seu pai.
-- Não farei. Mas eu tomei uma decisão.
-- Que decisão?
-- Não faz sentido eu ficar aqui sozinha. Você vai embora amanhã e eu voltarei para a casa de meu pai.
-- Não brinca?
-- Sério mesmo.
Naquele instante, escuto um beep em meu celular e uma mensagem de Aretha.
"Diana, peço mil desculpas por não aparecer. Eu tive assuntos graves para resolver de última hora e meu celular estava descarregado. Como está tarde, poderia passar aí amanhã? Espero não estar chateada e sinto muito mesmo."
-- Não falei pra você? - Doug disse com a expressão de quem tem razão .
-- Mesmo assim, Doug. Estou chateada e não quero falar com ela.
-- Então eu digo.
-- Como assim? - Minha cara foi ao chão ao vê-lo com o celular na mão.
Enquanto ele estava falando com Aretha, fiquei aqui pensando se eu deveria ou não escutá-la. Afinal, esse show de confusões começou com ela. Mas eu sou orgulhosa e então, já viram. No fundo, estou louca pra ouvir aquela voz rouca em meu ouvido, ao mesmo tempo que eu quero-a longe de mim por esses dias. Bom, preciso mesmo dizer o que venceu?
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Os três últimos dias que passaram, posso resumir assim: esperei algum retorno de Henrique, ignorei todas as ligações e mensagens de Aretha e agilizei a minha volta para casa. Meu pai não se conteve de alegria e até Bárbara estava feliz com meu retorno.
O ponto baixo foi a volta de Doug para São Paulo. Iria aproveitar e ficar com a mãe dele também. Claro que não deixamos de nos falar um dia sequer e ele continua me aconselhando em tudo. Inclusive acha que eu estou de birra por não responder aos apelos da ruiva.
Ah! Ele me deixou uma boa notícia. Parece que ele descobriu ao acaso um contato que conhece o tal Bóris e já colocou as manguinhas de fora para descobrir mais sobre o empresário.
O dia passou voando e, ao final dele, aproveitei para dar uma geral no apartamento de Aretha e assim devolver em ordem. O interfone tocou. Estranhei o fato, entretanto sabia que não era Marvin e nem Aretha. Fui atendê-lo e minha cara foi ao chão.
-- Pois não?
-- Olá, senhorita Diana. Há um rapaz aqui chamado Ivan e ele quer falar com a senhora.
-- Bom, pede para ele subir.
Enquanto o aguardava, fui tomar um copo de água. Ainda me assustei quando a campainha tocou.
-- Oi, Diana. Tudo bem?
-- Oi, Ivan. Entre, por favor.
Dei passagem á ele e fechei a porta. Enquanto ele se dirigia à sala, aproveitei para observá-lo um pouco. Ele sentou-se no sofá e me encarou. Cheguei até ele e sentei ao seu lado. Ele iniciou a conversa:
-- Vim aqui inúmeras vezes com Aretha. Discutíamos coisas relacionadas ao escritório, fazíamos reuniões com amigos, jantávamos juntos quando ela preferia algo mais reservado. Inclusive, foi aqui que ela me confessou gostar de meninas e eu não acreditei. Engraçado isso... - Falou em tom nostálgico.
-- O que é engraçado?
-- Aretha gosta de você. Eu gosto dela.
-- Ainda não vi a graça.
-- Eu não posso lutar contra isso. Por mais que você diga que não gosta dela, não é de mim que ela gosta. Demorei pra colocar isso na minha cabeça.
-- Ainda não entendi o motivo que o trouxe aqui.
-- Aretha me contou, depois de eu insistir em querer namorá-la, que vocês ficaram. Eu daria a minha vida para estar em seu lugar. Ela nunca olhou para mim como eu a olho e foi um golpe muito duro aceitar isso. São anos tentando entrar naquele coração que se fechou desde... - Percebi que ele iria falar demais e hesitou um pouco.
-- Desde...? - O encorajei a continuar.
-- Isso eu não posso dizer. Ela mesma lhe conta.
-- Tudo bem. Gosto de sua atitude, Ivan.
-- Estou enrolando, mas é difícil pra eu dizer o que me fez vir parar aqui. Não negarei o amor que sinto por ela, mas não sou idiota em insistir. Eu achava que ela falava que gostava de mulheres para fugir das minhas investidas. Só percebi o meu engano quando ela confessou o que sente por você.
-- O que ela sente por mim?
-- Isso, só ela poderá lhe dizer. E é o que ela tenta fazer, mas você não a atende.
Minha cara foi de espanto por saber dessas coisas. E, de certa forma, amoleceram meu coração.
-- Eu... Nem sei o que dizer.
-- A receba. Seja aqui ou em qualquer outro lugar.
-- Tudo bem, Ivan. Avise-a que eu a espero na casa do meu pai, no Haras Nova Era.
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Depois que Ivan saiu, dei uma grande olhada para o mesmo e achei que estava em ordem e pronto para devolver as chaves. Ligaria para Aretha amanhã e tentaria fazer as pazes com ela.
Olhei mais uma vez para aquele apartamento e, estava para sair, quando recebi uma notificação em meu celular. Era um e-mail do Henrique. O abri imediatamente.
DE: Henrique Cerqueira
PARA: Diana Moretti
ASSUNTO: [Re] Bóris Monte Belo
Olá, Diana.
Tudo caminhando. E contigo?
Recebi seu e-mail e peço desculpas pela demora em respondê-lo. Alguns problemas me impediram de retorná-la.
Sobre Bóris, ele foi um grande amigo de meus pais, mas não sei muitas coisas dele. Apenas que sempre ia em casa para aquelas reuniões chatíssimas e, nesta foto, foi em uma viagem que fiz com Pedro para um congresso de Turismo.
Bom, engoli o orgulho e procurei meu pai. Pedi qualquer coisa sobre e ele me passou telefone e endereço. E disse que nós dois nos merecíamos. Não entendi bem isso, mas segue o endereço e telefone dele em anexo.
Espero tê-la ajudado.
Um beijo.
Henrique Cerqueira.
Deixei para abrir o anexo quando chegasse ao haras e aproveitei para sair do apartamento. Ao trancá-lo, levei um susto:
-- Só assim para você parar de fugir. Não é Diana?
Fim do capítulo
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