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  • Capítulo 7 – Inesquecível.

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Under The Influence Of Love por Silvana Januario

Ver comentários: 4

Ver lista de capítulos

Palavras: 2533
Acessos: 2013   |  Postado em: 01/11/2021

Notas iniciais:

Olá meninas, tudo bem?

 

Primeiramente, peço desculpas por não ter subido capítulo ontem. Tive problemas com a energia aqui no bairro onde moro por causa da chuva.

 

Não abandonei vocês. A história está completa e editada, só postar mesmo e deixar todas vocês felizes!!

 

Então... Partiu capítulo?

 

Ah, esse tem música.

 

The Stylistics - Give a Little Love.

https://www.youtube.com/watch?v=zGIcgI-wdVI

 

Espero que gostem.

 

Beijos e excelente leitura!!!!

Capítulo 7 – Inesquecível.

 

Fechei a porta atrás de mim e Aretha continuava a me olhar com cara de poucos amigos e eu não entendia o que ela estava fazendo ali. 

 

-- Desculpa ter invadido assim o apê.

-- Ele é seu. Só não entendo o que faz aqui nessa hora. Faz tempo que está aqui?

-- Tempo suficiente.

 

Deixei minhas coisas no quarto, tirei o salto e voltei para sala. Ela olhava o nada e me fitou quando voltei. Sentei ao seu lado no sofá perguntando.

 

-- Quanto tempo é o suficiente?

-- O suficiente para o Ivan ter me deixado em casa, eu pegar meu carro e vir para cá. 

-- Há muito tempo?

-- Sim. Há muito tempo. 

 

Ficamos em silêncio e ela me olhou mais irritada e perguntou.

 

-- E esse ch*pão em seu pescoço?

-- O quê? - Perguntei e fui ao espelho ver.

 

Em meu pescoço tinha uma bela marca e eu não sabia onde enfiar a minha cara. Se bem que, Aretha não pode falar nada. Certeza que saiu mais cedo pra ficar de agarramento com aquela mala. Que ódio! Voltei para a sala e ela me encarava ainda mais brava. Ela se levantou e, parou em minha frente, dizendo.

 

-- Bela marca fizeram em você.

-- Eu não sabia...

-- Qual é? Pelo jeito a noite foi bem proveitosa. E eu aqui te esperando... Como eu sou idiota. Está explicada a sua demora. 

-- Você está insinuando?

-- Eu não estou insinuando. Estou dizendo! Essa marca diz tudo! Estava trepando com aquela menina. Pensa que não sei? Por isso demorou. Pedi ao meu irmão para levar o Doug para nossa casa. Faz mais de duas horas que eles estão lá e me disseram que você saiu quase em seguida de mim.

-- Com que direito você fala assim comigo? Você está equivocada sobre mim, mas você não pode falar muita coisa. Afinal, você e o Ivan... - Fiz cara de deboche pra ela.

-- Eu e o Ivan? Você acha que eu e ele temos alguma coisa?

-- E não tem?

-- Claro que não!

-- Duvido!

 

Nós duas já estávamos bem alteradas. Meu ciúme começou a aflorar, mas eu não entendo a reação dela. Por que esse show todo mesmo?

 

-- Diana! Eu não tenho nada com o Ivan apesar dele querer e ficar insistindo pra sair comigo. Mas não existe nada entre nós.

-- Eu não acredito em você. - Disse sem olhar nos olhos dela. - Se puder sair, eu agradeceria. Estou cansada e minha cabeça está doendo.

 

Ela pegou a bolsa dela e passou por mim feito um raio, destrancou a porta, abriu e bateu-a. E eu? Sem entender o fato dela ter aparecido ali naquela hora. Encucada com aquela discussão sem pé nem cabeça. Eu fiquei olhando para a porta, mas voltei ao quarto. Peguei um comprimido para aliviar a minha dor. Minha cabeça pesava e rodava. Aretha com Ivan e ela fazendo a ceninha por mim e a Viviane? Cara, ela é hétero! Definitivamente, não entendo.

 

                                                     -----//-----

 

Cerca de meia hora depois, ainda revirava na cama. A dor havia passado, mas eu não parava de pensar naquela ruiva. Por que o Douglas tinha que insistir que Aretha é lésbica? Agora eu fico desenvolvendo paixonite por ela. Tô pior que amadora, viu?

E eu continuei ali, revirando na cama, até que a campainha tocou. Pela hora, pensei ser Douglas que estava sem a chave. Fiquei bem surpresa ao abrir a porta.

 

-- Aretha?

-- Oi, Diana. Posso entrar?

 

Dei passagem para ela e senti um cheiro estranho. Talvez de uísque.

 

-- Você bebeu? - Perguntei preocupada e incrédula.

-- Um pouco. Nada que me deixe bêbada e sim, corajosa.

-- Coragem para que?

-- Enfim fazer o que eu vim fazer aqui naquela hora.

-- Senta, Aretha.

-- Prefiro ficar em pé.

 

Ela estava no meio da sala, com a luz de um abajur no canto da mesma acesa. Criando um clima de meia-luz tão grande. Quase um clima romântico.

 

-- Você disse que precisava de coragem.

-- Sim. Eu vim aqui com um propósito, mas a sua demora em aparecer e, esse ch*pão em seu pescoço me impediu. - Ela falou com o olhar triste.

-- Por que impediu?

-- Diana, eu não quero nem queria brigar àquela hora, mas... Eu fiquei possessa quando vi essa marca em seu pescoço. E eu estou aqui, engolindo meu orgulho, mesmo depois de ter bebido um pouco.

-- Aretha, eu também não quero brigar com você, nunca quis. Somos amigas, mas... 

-- Não quero a sua amizade. 

 

Meu coração deu um solavanco tão grande. Tinha dificuldades  de respirar.

 

-- Eu sabia. Agora entendo aquela sua reação no banheiro da pizzaria e esses dias meio sumida. Você é preconceituosa. - Falei quase sem ar e com uma dor no peito.

-- Diana, deixa eu terminar de falar? Por favor.

-- Pra que? Você não quer a minha amizade. Descubro que o que eu pensava de você é justamente o contrário.

-- Eu quero você! - Gritou exasperada e colocou as mãos no rosto.

-- O que?

-- Nunca percebeu os meus olhares? Nem mesmo a minha surpresa e felicidade no banheiro da pizzaria? Eu sei que aquela conversa foi meio estranha. Eu não soube como abordar o assunto. Na verdade, desde que te vi naquela estrada, quando troquei o pneu do teu fusquinha. Não me sai da cabeça. Eu fiquei com raiva de início, pois eu pensei que era mais uma turista, mas a minha alegria ao descobrir que você é da cidade foi tão grande! Você acha mesmo que eu deixaria você ocupar meu apartamento assim?

-- Ah! Já entendi... Tô aqui em troca de uma boa trepada...

-- Não! Desculpa, não me expressei bem. Eu deixei você aqui porque eu gosto de você. Eu confio em você. Entende?

-- Aretha, você tá com o Ivan. Não me venha com esse papinho pra cima de mim...

-- Eu sou gay! Sempre fui. Não quero nada com o Ivan por motivos óbvios. Ele que não entende e acha que é só uma fase. Como eu já fui bissexual um dia, ele acha que eu ainda sou ou que sei lá, não importa. 

-- Aretha, não sei o que dizer.

-- Olha, deixa eu explicar. Sei que pode não acreditar em mim porque eu bebi, mas é verdade. - Ela olhou para mim e segurou em minhas mãos. - Gosto de você. Eu não sou boa com essas coisas, sabe. Aliás, nunca fui. Quero te conquistar. Eu quero te conquistar porque você é linda. E não falo esteticamente, você é linda por dentro, sabe. O seu jeito tímido, seu modo de falar, carisma... Você encanta as pessoas e comigo não foi diferente, tentei disfarçar e como você já sabe, não tem porque eu ficar fingindo que não sinto nada quando você está por perto. Tô te querendo desde o momento que eu botei os olhos em você lá naquela estrada.

-- Aretha, eu...

-- Olha, não fala nada por enquanto. Posso te levar em um lugar agora?

-- Agora?

-- Sim. É um lugar que gosto muito e eu gostaria que conhecesse.

-- O tempo de eu colocar um salto.

 

Fui para o quarto e, enquanto colocava o salto, meu coração galopava no peito. Ela me quer? Meu Deus! Ainda extasiada, cheguei à sala e ela me olhava intensamente e, depois do que ela me disse, entendi os olhares que ela me dirigia. Todos tão intensos. Saímos para o estacionamento e eu disse.

 

-- Desculpe, mas você não vai dirigir.

-- Nem queria. Na verdade, gostaria muito de andar no seu fusca.

-- Sério? Você não acha uma lata velha?

-- Não. Ele está bem conservado. Você cuida dele muito bem.

-- Ele é o meu pequenino.

 

Entramos no carro e, assim que dei partida nele, ela disse:

 

-- Quero que conheça um lugar que eu gosto muito. Pra pensar, tomar decisões ou pra ficar na boa, sozinha.

-- Vou gostar muito.

-- Então vamos, eu te dou as coordenadas.

 

Ao sairmos, liguei o som numa rádio que tocava sertanejo, no estilo arrocha. Ela olhava a paisagem e eu fui dirigindo de boa. As vezes olhando pra ela e ela ali, concentrada em algo que eu deixei pra perguntar depois e, passava as coordenadas para mim.

 

                                                  -----//-----

 

Uns 15 minutos depois, pegando parte da estrada que liga Anchieta e Rio das Águas e uma estradinha de terra. Chegamos a um lugar lindo. Uma espécie de farol onde os casais vão pra namorar ou curtir a vista incrível de lá. Dá pra ver boa parte de Anchieta e um pedacinho ao longe de Rio das Águas. 

Desci do carro, liguei o farol e aumentei o som, dessa vez, em uma rádio de música romântica. Ela desceu do carro e eu estendi o braço para que ela segurasse minha mão e ela o fez.  Ficamos apreciando a vista em silêncio. Eu estou louca pra saber o que ela tanto pensava. Do nada ela começa a sorrir e abre os braços, anda alguns passos à frente e eu ali, parada e encostada ao carro. Aí, ela virou-se para mim e disse.

 

-- Amo este lugar! Isso aqui é o verdadeiro paraíso.

-- Lindo mesmo.

-- E aí? Gostou?

-- Se eu gostei? Eu amei esse lugar!

-- É aqui que eu venho quando estou deprê, querendo ficar sozinha, pensar...

-- Se durante o dia, o lugar é maravilhoso... Imagine à noite.

-- O pôr do Sol é ainda mais bonito. Só falta eu conhecer o nascer do Sol aqui.

-- Acho que iremos conhecê-lo hoje... Obrigada.

-- Por quê?

-- Por me trazer aqui e compartilhar esse lugar comigo.

 

Nos olhamos e foi extremamente intenso a nossa troca de olhares. Senti a música mudar para uma que adoro muito e é das antigas. Stylistics cantava Give A Little Love, quando ela se aproximou de mim e disse bem baixinho.

 

-- Você sabe o que sinto, mas não tive a oportunidade de saber se posso ter esperanças.

 

Meu coração foi às alturas! Olhei no fundo dos olhos dela e acariciei seu rosto, deslizando o polegar pelos lábios dela e depois direcionando ao queixo, aproximando meu rosto do dela. E o beijo aconteceu... Ela entreabriu os lábios para receber minha boca por inteiro. Envolveu meu pescoço com os braços e eu segurei a cintura dela com a outra mão, que estava livre.

Minha língua foi vencendo aos poucos os lábios de Aretha. Queria tanto explorar aquela boca... Eu ansiava por descobrir cada detalhe, cada movimento, o sabor, a textura daqueles lábios e daquela boca. Senti a língua dela invadir minha boca e, naquele momento, descobri que não conseguiria viver sem os beijos dela, sem aquela boca deliciosa. O beijo era lento, pois não sentia a mínima vontade de avançar o sinal com ela. Queria apenas curtir o beijo, as sensações causadas por ele. Estava curtindo tudo, mas o clima foi quebrado pelo celular dela tocando insistentemente. Ela parou o beijo com um selinho e foi atender o celular. Ao voltar, ela disse.

 

-- Quero aproveitar o máximo o nosso tempo. O dia está nascendo e eu não sei se eu olho essa visão perfeita da natureza ou a sua beleza.

 

Fiquei sem ar e completamente sem graça. Ela aproveitou para me abraçar e me virar de frente para aquela vista perfeita. O Sol começou a nascer tão lindo. A noite não poderia terminar de forma mais perfeita.

 

                                                  -----//-----

 

Parei o carro em frente ao prédio e Aretha desceu. Entrei e, em seguida, saí para encontrá-la. Nos abraçamos forte e ela disse:

 

-- Posso subir rapidinho? Estou com sede.

-- Claro. Vamos.

 

Ela me deu passagem e subimos. Trocamos olhares significativos no elevador, mas fomos muito discretos. Mas, quando abri a porta do apê e entramos...

 

-- Diana, preciso dos seus beijos.

 

Meu Deus! Aretha ainda vai me matar. Sua boca era tão exigente... A língua envolvente... Céus! Sem raciocinar direito, apenas sentindo aqueles lábios macios e finos se apossar dos meus. A língua dela era quente demais e  extremamente delirante apossou-se da minha boca de tal forma que não consegui segurar um gemido rouco.

 

-- Ahhhh... Aretha... - Gemi o nome dela entre beijos.

 

E ela intensificou o beijo depois disso de tal forma... Não sei se ela quer mesmo seguir adiante, mas se ela quiser, eu topo sem medo de ser feliz. Mas, para minha tristeza, o beijo maravilhoso cessou e eu despenquei das nuvens.

 

-- Diana, um excelente dia pra ti. Nos falamos mais tarde. Tudo bem?

-- Você não quer ficar? Você mal dormiu e é perigoso você voltar para casa dirigindo.

-- Preocupada comigo?

-- Claro! Eu também gosto de você e eu espero que meus beijos tenham respondido a sua pergunta feita lá naquele paraíso.

-- Respondeu. 

-- Então... Fica?

-- Adoraria, mas não posso. Tenho compromissos hoje, por isso aquela ligação. Meu pai.

-- Nossa! Seu pai deve ser bem importante. Mas você mal fala dele... Quem sabe não o conheço um dia.

-- Você não vai querer conhecê-lo, acredite.

-- Por quê? - Claro que estranhei essa afirmativa da Aretha e quis saber o motivo. E eu a senti ficar nervosa e se atrapalhar na resposta.

-- Bom... É... Enfim... Meu pai não é tão sociável assim. Ele é aquele cara dos negócios, fica muito tempo fora. Claro que ele passou a ficar assim depois que eu e Marvin atingimos a maioridade. Parece que ele quer recuperar negócios perdidos.

 

Bom, resposta estranha, mas... Ela que sabe do pai dela, né? E nos despedimos com um beijão na porta do elevador, prometemos nos falar durante o dia e eu voltei para o apê, toda alegre e nas nuvens.

 

                                                   -----//-----

 

Não sei por quanto tempo eu dormi, só sei que eu fui acordada pelo Doug pulando na cama e gritando.

 

-- Viada! Acorda! Temos muuuuuuita coisa pra conversar.

-- Douglas! Preciso dormir... Que horas são?

-- Nem oito horas da manhã.

-- O que? Nem tive 1h de sono.

-- Aiiiiii!!! Quero saber os bafos! Sem contar que tenho algo babadíssimo pra te contar.

-- Doug, dorme. - Falei com os olhos fechados.

-- Diana! 

-- Depois...

E adormeci. Nem ouvi as lamúrias de meu amigo. E sonhei com ela...

 

Fim do capítulo

Notas finais:

E enfim!!!!

 

Primeiro beijo rolou...

 

Espero que nada de ruim aconteça, né?


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Comentários para 7 - Capítulo 7 – Inesquecível.:
Lea
Lea

Em: 09/02/2022

Será possível que o pai da Aretha seja,o cara com quem a mãe da Diana fugiu!!!!

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 03/11/2021

Tem treta com esse pai. Rum.


Resposta do autor:

Será que tem?

Só aguardando pra saber :D

Responder

[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
NovaAqui

Em: 01/11/2021

E agora, Alice?

Vamos ver como será daqui para frente! Acho que vai dar ruim. Só acho tá! rsrs


Resposta do autor:

E agora?

Espero que não dê ruim viu, pq torço muito por elas!!!

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 01/11/2021

Eita rolou beijos sentir firmeza.


Resposta do autor:

Siiiiimmmmm!!!!

Agora vai!!!

Responder

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