Olá meninas, tudo bem?
Primeiramente, peço desculpas por não ter subido capítulo ontem. Tive problemas com a energia aqui no bairro onde moro por causa da chuva.
Não abandonei vocês. A história está completa e editada, só postar mesmo e deixar todas vocês felizes!!
Então... Partiu capítulo?
Ah, esse tem música.
The Stylistics - Give a Little Love.
https://www.youtube.com/watch?v=zGIcgI-wdVI
Espero que gostem.
Beijos e excelente leitura!!!!
Capítulo 7 – Inesquecível.
Fechei a porta atrás de mim e Aretha continuava a me olhar com cara de poucos amigos e eu não entendia o que ela estava fazendo ali.
-- Desculpa ter invadido assim o apê.
-- Ele é seu. Só não entendo o que faz aqui nessa hora. Faz tempo que está aqui?
-- Tempo suficiente.
Deixei minhas coisas no quarto, tirei o salto e voltei para sala. Ela olhava o nada e me fitou quando voltei. Sentei ao seu lado no sofá perguntando.
-- Quanto tempo é o suficiente?
-- O suficiente para o Ivan ter me deixado em casa, eu pegar meu carro e vir para cá.
-- Há muito tempo?
-- Sim. Há muito tempo.
Ficamos em silêncio e ela me olhou mais irritada e perguntou.
-- E esse ch*pão em seu pescoço?
-- O quê? - Perguntei e fui ao espelho ver.
Em meu pescoço tinha uma bela marca e eu não sabia onde enfiar a minha cara. Se bem que, Aretha não pode falar nada. Certeza que saiu mais cedo pra ficar de agarramento com aquela mala. Que ódio! Voltei para a sala e ela me encarava ainda mais brava. Ela se levantou e, parou em minha frente, dizendo.
-- Bela marca fizeram em você.
-- Eu não sabia...
-- Qual é? Pelo jeito a noite foi bem proveitosa. E eu aqui te esperando... Como eu sou idiota. Está explicada a sua demora.
-- Você está insinuando?
-- Eu não estou insinuando. Estou dizendo! Essa marca diz tudo! Estava trepando com aquela menina. Pensa que não sei? Por isso demorou. Pedi ao meu irmão para levar o Doug para nossa casa. Faz mais de duas horas que eles estão lá e me disseram que você saiu quase em seguida de mim.
-- Com que direito você fala assim comigo? Você está equivocada sobre mim, mas você não pode falar muita coisa. Afinal, você e o Ivan... - Fiz cara de deboche pra ela.
-- Eu e o Ivan? Você acha que eu e ele temos alguma coisa?
-- E não tem?
-- Claro que não!
-- Duvido!
Nós duas já estávamos bem alteradas. Meu ciúme começou a aflorar, mas eu não entendo a reação dela. Por que esse show todo mesmo?
-- Diana! Eu não tenho nada com o Ivan apesar dele querer e ficar insistindo pra sair comigo. Mas não existe nada entre nós.
-- Eu não acredito em você. - Disse sem olhar nos olhos dela. - Se puder sair, eu agradeceria. Estou cansada e minha cabeça está doendo.
Ela pegou a bolsa dela e passou por mim feito um raio, destrancou a porta, abriu e bateu-a. E eu? Sem entender o fato dela ter aparecido ali naquela hora. Encucada com aquela discussão sem pé nem cabeça. Eu fiquei olhando para a porta, mas voltei ao quarto. Peguei um comprimido para aliviar a minha dor. Minha cabeça pesava e rodava. Aretha com Ivan e ela fazendo a ceninha por mim e a Viviane? Cara, ela é hétero! Definitivamente, não entendo.
-----//-----
Cerca de meia hora depois, ainda revirava na cama. A dor havia passado, mas eu não parava de pensar naquela ruiva. Por que o Douglas tinha que insistir que Aretha é lésbica? Agora eu fico desenvolvendo paixonite por ela. Tô pior que amadora, viu?
E eu continuei ali, revirando na cama, até que a campainha tocou. Pela hora, pensei ser Douglas que estava sem a chave. Fiquei bem surpresa ao abrir a porta.
-- Aretha?
-- Oi, Diana. Posso entrar?
Dei passagem para ela e senti um cheiro estranho. Talvez de uísque.
-- Você bebeu? - Perguntei preocupada e incrédula.
-- Um pouco. Nada que me deixe bêbada e sim, corajosa.
-- Coragem para que?
-- Enfim fazer o que eu vim fazer aqui naquela hora.
-- Senta, Aretha.
-- Prefiro ficar em pé.
Ela estava no meio da sala, com a luz de um abajur no canto da mesma acesa. Criando um clima de meia-luz tão grande. Quase um clima romântico.
-- Você disse que precisava de coragem.
-- Sim. Eu vim aqui com um propósito, mas a sua demora em aparecer e, esse ch*pão em seu pescoço me impediu. - Ela falou com o olhar triste.
-- Por que impediu?
-- Diana, eu não quero nem queria brigar àquela hora, mas... Eu fiquei possessa quando vi essa marca em seu pescoço. E eu estou aqui, engolindo meu orgulho, mesmo depois de ter bebido um pouco.
-- Aretha, eu também não quero brigar com você, nunca quis. Somos amigas, mas...
-- Não quero a sua amizade.
Meu coração deu um solavanco tão grande. Tinha dificuldades de respirar.
-- Eu sabia. Agora entendo aquela sua reação no banheiro da pizzaria e esses dias meio sumida. Você é preconceituosa. - Falei quase sem ar e com uma dor no peito.
-- Diana, deixa eu terminar de falar? Por favor.
-- Pra que? Você não quer a minha amizade. Descubro que o que eu pensava de você é justamente o contrário.
-- Eu quero você! - Gritou exasperada e colocou as mãos no rosto.
-- O que?
-- Nunca percebeu os meus olhares? Nem mesmo a minha surpresa e felicidade no banheiro da pizzaria? Eu sei que aquela conversa foi meio estranha. Eu não soube como abordar o assunto. Na verdade, desde que te vi naquela estrada, quando troquei o pneu do teu fusquinha. Não me sai da cabeça. Eu fiquei com raiva de início, pois eu pensei que era mais uma turista, mas a minha alegria ao descobrir que você é da cidade foi tão grande! Você acha mesmo que eu deixaria você ocupar meu apartamento assim?
-- Ah! Já entendi... Tô aqui em troca de uma boa trepada...
-- Não! Desculpa, não me expressei bem. Eu deixei você aqui porque eu gosto de você. Eu confio em você. Entende?
-- Aretha, você tá com o Ivan. Não me venha com esse papinho pra cima de mim...
-- Eu sou gay! Sempre fui. Não quero nada com o Ivan por motivos óbvios. Ele que não entende e acha que é só uma fase. Como eu já fui bissexual um dia, ele acha que eu ainda sou ou que sei lá, não importa.
-- Aretha, não sei o que dizer.
-- Olha, deixa eu explicar. Sei que pode não acreditar em mim porque eu bebi, mas é verdade. - Ela olhou para mim e segurou em minhas mãos. - Gosto de você. Eu não sou boa com essas coisas, sabe. Aliás, nunca fui. Quero te conquistar. Eu quero te conquistar porque você é linda. E não falo esteticamente, você é linda por dentro, sabe. O seu jeito tímido, seu modo de falar, carisma... Você encanta as pessoas e comigo não foi diferente, tentei disfarçar e como você já sabe, não tem porque eu ficar fingindo que não sinto nada quando você está por perto. Tô te querendo desde o momento que eu botei os olhos em você lá naquela estrada.
-- Aretha, eu...
-- Olha, não fala nada por enquanto. Posso te levar em um lugar agora?
-- Agora?
-- Sim. É um lugar que gosto muito e eu gostaria que conhecesse.
-- O tempo de eu colocar um salto.
Fui para o quarto e, enquanto colocava o salto, meu coração galopava no peito. Ela me quer? Meu Deus! Ainda extasiada, cheguei à sala e ela me olhava intensamente e, depois do que ela me disse, entendi os olhares que ela me dirigia. Todos tão intensos. Saímos para o estacionamento e eu disse.
-- Desculpe, mas você não vai dirigir.
-- Nem queria. Na verdade, gostaria muito de andar no seu fusca.
-- Sério? Você não acha uma lata velha?
-- Não. Ele está bem conservado. Você cuida dele muito bem.
-- Ele é o meu pequenino.
Entramos no carro e, assim que dei partida nele, ela disse:
-- Quero que conheça um lugar que eu gosto muito. Pra pensar, tomar decisões ou pra ficar na boa, sozinha.
-- Vou gostar muito.
-- Então vamos, eu te dou as coordenadas.
Ao sairmos, liguei o som numa rádio que tocava sertanejo, no estilo arrocha. Ela olhava a paisagem e eu fui dirigindo de boa. As vezes olhando pra ela e ela ali, concentrada em algo que eu deixei pra perguntar depois e, passava as coordenadas para mim.
-----//-----
Uns 15 minutos depois, pegando parte da estrada que liga Anchieta e Rio das Águas e uma estradinha de terra. Chegamos a um lugar lindo. Uma espécie de farol onde os casais vão pra namorar ou curtir a vista incrível de lá. Dá pra ver boa parte de Anchieta e um pedacinho ao longe de Rio das Águas.
Desci do carro, liguei o farol e aumentei o som, dessa vez, em uma rádio de música romântica. Ela desceu do carro e eu estendi o braço para que ela segurasse minha mão e ela o fez. Ficamos apreciando a vista em silêncio. Eu estou louca pra saber o que ela tanto pensava. Do nada ela começa a sorrir e abre os braços, anda alguns passos à frente e eu ali, parada e encostada ao carro. Aí, ela virou-se para mim e disse.
-- Amo este lugar! Isso aqui é o verdadeiro paraíso.
-- Lindo mesmo.
-- E aí? Gostou?
-- Se eu gostei? Eu amei esse lugar!
-- É aqui que eu venho quando estou deprê, querendo ficar sozinha, pensar...
-- Se durante o dia, o lugar é maravilhoso... Imagine à noite.
-- O pôr do Sol é ainda mais bonito. Só falta eu conhecer o nascer do Sol aqui.
-- Acho que iremos conhecê-lo hoje... Obrigada.
-- Por quê?
-- Por me trazer aqui e compartilhar esse lugar comigo.
Nos olhamos e foi extremamente intenso a nossa troca de olhares. Senti a música mudar para uma que adoro muito e é das antigas. Stylistics cantava Give A Little Love, quando ela se aproximou de mim e disse bem baixinho.
-- Você sabe o que sinto, mas não tive a oportunidade de saber se posso ter esperanças.
Meu coração foi às alturas! Olhei no fundo dos olhos dela e acariciei seu rosto, deslizando o polegar pelos lábios dela e depois direcionando ao queixo, aproximando meu rosto do dela. E o beijo aconteceu... Ela entreabriu os lábios para receber minha boca por inteiro. Envolveu meu pescoço com os braços e eu segurei a cintura dela com a outra mão, que estava livre.
Minha língua foi vencendo aos poucos os lábios de Aretha. Queria tanto explorar aquela boca... Eu ansiava por descobrir cada detalhe, cada movimento, o sabor, a textura daqueles lábios e daquela boca. Senti a língua dela invadir minha boca e, naquele momento, descobri que não conseguiria viver sem os beijos dela, sem aquela boca deliciosa. O beijo era lento, pois não sentia a mínima vontade de avançar o sinal com ela. Queria apenas curtir o beijo, as sensações causadas por ele. Estava curtindo tudo, mas o clima foi quebrado pelo celular dela tocando insistentemente. Ela parou o beijo com um selinho e foi atender o celular. Ao voltar, ela disse.
-- Quero aproveitar o máximo o nosso tempo. O dia está nascendo e eu não sei se eu olho essa visão perfeita da natureza ou a sua beleza.
Fiquei sem ar e completamente sem graça. Ela aproveitou para me abraçar e me virar de frente para aquela vista perfeita. O Sol começou a nascer tão lindo. A noite não poderia terminar de forma mais perfeita.
-----//-----
Parei o carro em frente ao prédio e Aretha desceu. Entrei e, em seguida, saí para encontrá-la. Nos abraçamos forte e ela disse:
-- Posso subir rapidinho? Estou com sede.
-- Claro. Vamos.
Ela me deu passagem e subimos. Trocamos olhares significativos no elevador, mas fomos muito discretos. Mas, quando abri a porta do apê e entramos...
-- Diana, preciso dos seus beijos.
Meu Deus! Aretha ainda vai me matar. Sua boca era tão exigente... A língua envolvente... Céus! Sem raciocinar direito, apenas sentindo aqueles lábios macios e finos se apossar dos meus. A língua dela era quente demais e extremamente delirante apossou-se da minha boca de tal forma que não consegui segurar um gemido rouco.
-- Ahhhh... Aretha... - Gemi o nome dela entre beijos.
E ela intensificou o beijo depois disso de tal forma... Não sei se ela quer mesmo seguir adiante, mas se ela quiser, eu topo sem medo de ser feliz. Mas, para minha tristeza, o beijo maravilhoso cessou e eu despenquei das nuvens.
-- Diana, um excelente dia pra ti. Nos falamos mais tarde. Tudo bem?
-- Você não quer ficar? Você mal dormiu e é perigoso você voltar para casa dirigindo.
-- Preocupada comigo?
-- Claro! Eu também gosto de você e eu espero que meus beijos tenham respondido a sua pergunta feita lá naquele paraíso.
-- Respondeu.
-- Então... Fica?
-- Adoraria, mas não posso. Tenho compromissos hoje, por isso aquela ligação. Meu pai.
-- Nossa! Seu pai deve ser bem importante. Mas você mal fala dele... Quem sabe não o conheço um dia.
-- Você não vai querer conhecê-lo, acredite.
-- Por quê? - Claro que estranhei essa afirmativa da Aretha e quis saber o motivo. E eu a senti ficar nervosa e se atrapalhar na resposta.
-- Bom... É... Enfim... Meu pai não é tão sociável assim. Ele é aquele cara dos negócios, fica muito tempo fora. Claro que ele passou a ficar assim depois que eu e Marvin atingimos a maioridade. Parece que ele quer recuperar negócios perdidos.
Bom, resposta estranha, mas... Ela que sabe do pai dela, né? E nos despedimos com um beijão na porta do elevador, prometemos nos falar durante o dia e eu voltei para o apê, toda alegre e nas nuvens.
-----//-----
Não sei por quanto tempo eu dormi, só sei que eu fui acordada pelo Doug pulando na cama e gritando.
-- Viada! Acorda! Temos muuuuuuita coisa pra conversar.
-- Douglas! Preciso dormir... Que horas são?
-- Nem oito horas da manhã.
-- O que? Nem tive 1h de sono.
-- Aiiiiii!!! Quero saber os bafos! Sem contar que tenho algo babadíssimo pra te contar.
-- Doug, dorme. - Falei com os olhos fechados.
-- Diana!
-- Depois...
E adormeci. Nem ouvi as lamúrias de meu amigo. E sonhei com ela...
Fim do capítulo
E enfim!!!!
Primeiro beijo rolou...
Espero que nada de ruim aconteça, né?
Comentar este capítulo:
Marta Andrade dos Santos
Em: 01/11/2021
Eita rolou beijos sentir firmeza.
Resposta do autor:
Siiiiimmmmm!!!!
Agora vai!!!
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]