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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 8

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Palavras: 4699
Acessos: 2785   |  Postado em: 30/10/2021

Capitulo 62

 

Capítulo 62º

Rebeca

            Uma semana. Isso mesmo, uma semana foi o tempo que levou para as coisas se acalmarem. Bom ao menos foi o que eu pensei. Mas sempre percebo alguém me seguindo. O que resultou em ter que andar com um segurança e um motorista vinte e quatro horas por dia. Tudo por insistência de Isabella e Alice.

            Não que eu esteja reclamando, acho linda a forma com que elas cuidam de mim em cada detalhe. Mas só percebi o quanto Alice estava certa em se irritar com a privacidade sendo invadida agora que não posso nem sequer dirigir meu próprio carro.

            Com toda essa confusão acabei adiando a conversa com a tia Nina. Porém não consegui esquecer que preciso tentar resolver isso. Nos falamos algumas vezes por telefone, mas esse era um assunto a ser tratado cara a cara.

- Nunca pensei que eu fosse precisar de escolta. – reclamei no banco de trás. Alice deu um sorriso de canto e continuou respondendo Anna que não parava de ligar desde que começaram a reforma da boate. – Você ri?

- Não tenho o que fazer. Você sabe que é para sua segurança.

- Sei, mesmo assim odeio. – reclamei.

- Logo passa.

- Não é o que parece.

- Amor, daqui a pouco a nossa vida volta ao normal.

- Acho pouco provável. – respondi já pensando que quando o bebê nascer vou estar no topo das fofocas de novo. – Pedro chega amanhã. – ela se mexeu inquieta ao meu lado. – Já disse que você vai comigo. – segurei sua mão.

- Tudo bem. E não quero te pressionar a nada. Já disse que posso esperar por você em casa. Tenho outros assuntos a tratar...- começou a encontrar desculpas para não me acompanhar.

- Alice, você vai comigo isso nem está em negociação.

- O que você quiser, meu amor. – beijou levemente meus lábios.

            Odeio essa situação. Desde que a confusão nas nossas vidas começou por conta do que Pedro fez, eu não o vi ainda. Discutimos algumas vezes por telefone, e ele se desculpou. Mas sei que detestou quando falei que Alice iria nos acompanhar na consulta na manhã seguinte. Evitou dizer algo apenas para evitar mais uma chateação.

            Apesar de não conseguir imaginar uma forma de fazer essa situação ao menos se tornar um pouco tolerável me mantenho entre tentar deixar Alice próxima de mim o máximo possível sempre que ele estiver por perto. Assim ele vai se adaptando a ideia de que o que temos é de fato algo sólido.

- Anna já está me esperando na empresa. Precisamos acertar alguns detalhes com a tia Mile. Você se importa que eu me atrase alguns minutos?

- Lógico que não. Mas você vai ter que compensar esse atraso.

- Uma massagem?

- Sim. – sorri para ela.

            Chegamos à empresa e ela foi direto para a sala de Milena já que precisavam acertar algumas coisas da boate. Por falar nisso, Alice não me permitiu visitar o lugar até que tudo estivesse pronto. Vê o quanto ela tem se dedicado a isso me deixa muito orgulhosa. Está conseguindo conciliar a faculdade, a empresa e agora a boate. Claro que isso faz com que tenhamos menos tempo juntas. Mas sempre que tiramos um momento para nós acabamos esquecendo o resto do mundo. Ela consegue essa proeza com facilidade.

- Se atrasou. – Tália falou assim que me viu.

- Saudades de quando você me tratava com educação. – provoquei.

- Desculpa. Só temos muita coisa para fazer. Alice veio com você?

- Sim, veio. Mas está em reunião com a Anna e Milena.

- Imaginei. Ainda não consigo acreditar que elas estão escondendo as reformas de nós. Estou curiosa para ver.

- Eu também. Até tentei convencer Alice, mas não rolou. O que nos resta é esperar a inauguração.

- Odeio essas duas com mistério. – bufou com raiva. – Vamos trabalhar.

            Iniciamos nossa tarde de trabalho. Acabou que a reunião de Alice nem demorou tanto assim e logo se juntou a mim. Já passava das cinco e meia quando resolvemos ir para casa.

- Jantar lá em casa hoje. – Isabella abriu a porta da sala.

- Mammy, a senhora nem sabe se temos planos para hoje. – Alice reclamou.

- Não me importo, se tiverem desmarquem. Espero vocês as oito.

- Tá vendo só o que significa dar liberdade? Ela acha que pode mandar nas nossas vidas. – Alice falou me fitando.

- E a culpa é minha?

- Sim. Elas te levam na maior por que sabem que você faz tudo para agradá-las. – disse rindo.

- Amo as suas mães, e aposto que elas sentem sua falta. Por isso tem exigido a nossa presença em quase todos os dias essa semana.

- Você roubou a filhinha delas. – deu dois passos em minha direção e enlaçou minha cintura. – Agora elas vão te torturar e me torturar. Espero que você me compense na cama. – beijou meus lábios.

- Eu que preciso de uma recompensa por te aguentar. – brinquei e ela sorriu. – Você é uma pirralha chata.

- Mas você me ama. – fitou meus olhos.

- Amo mais que tudo. – confirmei beijando-a.

            Enquanto tentava em vão vestir uma das minhas calças jeans Alice sorria se divertindo com a cena. Desisti de tentar forçar uma entrada que claramente não ia rolar.

- Para de rir. Nenhuma roupa me cabe mais. A barriga está maior a cada dia. Daqui a pouco você vai namorar a Dona Redonda. – falei irritada, atirando a peça em cima da cama.

- Você está cada dia mais linda. Deveria apenas fazer compras.

- Ótimo. Quero só vê o quanto vou sofrer para ter meu corpo de volta depois que essa criança nascer. Espero que esteja feliz. – falei encarando a barriga. Nesse momento senti algo diferente. Foi a primeira vez que percebi que a criança se movimentou. – Amor, se mexeu.

- O quê? Como assim? Isso já é possível?

- Simmmm! – indaguei com os olhos arregalados. Sem duvidas essa era uma sensação única. Me senti fazendo parte de um milagre. Até então não havia me tocado do quão importante é gerar uma vida dentro de mim. – Você não vai sentir. Mas deveria falar com ela.

- A barriga? – indagou confusa.

- Sim.

- Oi bebê. Espero que o que sua mãe esteja sentido seja mesmo você começando a se mexer, por que se forem gases vou dormir em quarto separado. – eu comecei a rir.

- Alice. Fala sério. – reclamei revirando os olhos.

- O assunto é entre nós. Se importa de não ouvir? – provocou.

- Daqui alguns meses você vai sair daí. E nós estamos aqui ansiosas para ver o seu rostinho. Sua mãe ainda não comprou nada, nisso ela está um tanto negligente. Mas amanhã vou resolver. Juro. Ninguém se importa com o seu sex*. Só queremos te ter logo aqui. Eu nunca pensei que falaria com uma barriga, mas cá estou eu, de joelhos em frente a sua mãe.

- Continua mexendo.

- Pelo visto você já deve estar praticando natação aí dentro. Deveria esperar para aprender com a melhor, no caso sou eu. – falou com ar de riso. – Só quero que saiba que eu te amo muito. – beijou minha barriga e nesse momento tudo ficou quieto.

            Alice tinha os olhos cheios de lágrimas. Assim como eu. Esse momento ficaria marcado para sempre em nossas vidas. Ajudei-a a se por de pé.

- Deveria ir com o vestido. – fugiu do meu olhar ficando de costas. Não queria chorar na minha frente.

- Vou com ele. Mas amanhã vou comprar roupas novas.

- Apoiado. Vou te esperar na sala.

- Certo. – beijou meus lábios e saiu.

            Me vesti rapidamente e fui até a sala. Alice estava na varanda conversando ao celular. Observei seu caminhar de um lado a outro, aparentemente era algum problema com a boate.

- Amanhã a gente vê isso. Estou saindo agora. – falou se virando para mim. – Beijo. – encerrou a ligação. – Você está linda.

- Obrigada. E você também está linda.

- Eu sei. – disse rindo.

- Convencida. – revirei os olhos.

- Podemos ir?

- Sim.

            A noite estava fria. Algumas nuvens cheias prontas para banhar a cidade. Raios cortavam o céu. Alice acariciava minha mão enquanto o carro se movia vagarosamente pelo trânsito. Levamos alguns minutos até chegar ao condomínio que Isabella e Larissa moram.

- Nossa, pensei que o jantar seria apenas para nós. – indaguei ao ver os carros parados.

- Tio Isaac está, meus avós. Acredito que a Bia também. – Alice falou observando os veículos.

- Tália e Anna. – vi o carro de Anna.

- O que está acontecendo? – Alice questionou curiosa.

- Vamos entrar para descobrir.         

            Assim que adentramos ouvimos vozes na sala de estar. Todos os olhares se voltaram para nós.

- As atrasadas chegaram. – Anna disse com ar de riso.

- Rebeca não tem mais uma roupa que caiba. Alguém precisa ir ao shopping com ela. – Alice disse arrancando gargalhadas de todos.

- Eu posso cuidar disso. – Isabella se prontificou. – Você está cada dia mais linda. – disse isso segurando meus ombros e me abraçando em seguida.

- Obrigada.

- Vai beber? – escutei Anna indagar a Alice.

- Não.

- Bebe, você vai precisar. – Alice encarou a amiga tentando entender a mensagem subliminar que ela tentava passar. Aceitou o copo com uísque que Anna estendia em sua direção.

- Esse jantar sai? – Milena indagou. – Se estávamos esperando o casal do momento está na hora de nos alimentar.

- Vamos para a sala de jantar.

            Pouco a pouco foram se levantando e seguindo Larissa e Isabella. Alice ficou atrás de mim.

- O que está acontecendo? – questionei baixo.

- Não faço a menor ideia. Mas seja lá o que for elas querem comemorar. – beijou meu ombro. – Adorei o cabelo, Bê. – falou para o garoto.

- Valeu.

            Ele estava com os cabelos mais longos. O visual de fato combinou com ele. Alice puxou a cadeira para que eu me sentasse ao lado dela. Notei que Larissa fez o mesmo com Isabella. Alice tem muito da mãe. O jeito galanteador, carinhoso, compreensivo e sereno. Isso só me faz perceber o quanto sou uma mulher de sorte, assim como Isabella é.

            Não demorou para as conversas paralelas começarem. Está com eles sem dúvida era algo que inspira e revitaliza. A união que eles têm é algo raro hoje em dia. Milena e Tália conversavam animadas. Isaac e Anna também. Só então percebi que Iara, tia de Alice não estava presente. Comecei a pensar que esse jantar pode ser para comemorar a compra da boate. Por isso o convite para Anna e a ausência de Iara nesse ambiente.

- Eu quero fazer um brinde. – Helena disse chamando a atenção de todos. – Um brinde a vida, as que já estão aqui. – falou olhando todos. – E as que ainda estão por chegar. – me fitou com um largo sorriso. – Acredito que o amor é o mais puro dos sentimentos, e vejo aqui o quanto ele é presente em nossa família. Sou grata por cada um de vocês existir.

- Já que iniciamos com esse discurso lindo da minha amada sogra. – Larissa disse arrancando risos. – Queria aqui também pedir um brinde a nova fase na vida de Alice. Que resolveu dar um passo importante para o lado profissional. E também para a vida pessoal. – me fitou com um sorriso. – Espero que cuide bem da minha garotinha.

- Irei. – afirmei.

- Não tenho dúvidas disso. – Isabella indagou. – E como forma de gratidão, e também para ter vocês mais perto. Compramos uma casa aqui nesse condomínio para vocês.

            Eu agradeci por estar sentada. Já havia conversado com Alice sobre essa possibilidade e não chegamos a um acordo. Amo minha cobertura. E acredito que depois de toda a fofoca sobre eu estar com Alice apenas por medo de perder o emprego, esse não seria o melhor momento para aceitar uma casa de presente das mães dela.

- Mammy, já havíamos conversado sobre isso. – tentou argumentar.

- Eu sei. E discordo em dar importância para fofoca. Ninguém precisa saber que fomos nós que compramos. A casa está no nome de vocês duas. Então é uma compra de vocês. – Isabella disse e piscou para mim.

- Um brinde a nova casa, e já quero uma bebedeira para comemorar. – Milena falou rindo.

- Concordo com a Mile. Precisamos inaugurar. – Anna completou.

            Eu não tinha o que dizer, todos estavam nos olhando como se esperassem que concordássemos com a notícia. O barulho das taças se tocando me tirou do transe em que me encontrava.

- Desculpa. – Alice sussurrou.

- Você não tem culpa. E eu entendo a intenção delas. Não se preocupe. – tranquilizei-a.

            O jantar seguiu sem mais emoções. Bom quase, Larissa anunciou que as extensões da empresa estavam a todo vapor e era questão de tempo até começarmos a funcionar em todo o país. Uma forte chuva começou a cair lá fora.

- Você conseguiu o impossível. – uma voz falou atras de mim.

- Oi? – indaguei confusa.

- Isabella sempre foi muito protetora com os filhos. Mas você conseguiu a proeza de desmontar a guarda dela. Isso é raro. – a mulher insistiu. – Ah! Desculpe. Eu sou Bianca, acho que não tivemos a chance de nos conhecer.

- Prazer. Já ouvi falar de você. Na verdade, da sua ex-esposa. Samantha, não é?

- Sim. A própria.

- Ela trabalhou na empresa antes de mim.

- Isso mesmo. – concluiu. Notei que esse assunto não a agradou.

- Desculpe, não quis ser inconveniente.

- Não precisa se desculpar. – forçou um sorriso.

- Alice sempre disse que vocês foram muito felizes juntas.

- Sim. Tiramos o melhor.

- Mas o que aconteceu?

- Eu não quis filhos, ela sim. Então terminamos. – concluiu com pesar. – E hoje vejo que foi a pior coisa que fiz na minha vida. – confessou. – Não tem um único dia que não me arrependa dessa decisão.

- E por que não a procura? – ela deu um sorriso amargo.

- O tempo passou, as coisas mudaram. Hoje ela está noiva de outra pessoa. Não é justo chegar e dizer que mudei de ideia depois de tantos anos. – falou com pesar.

- Sinto muito. – apertei sua mão tentando confortá-la.

- Eu sei. Também sinto. Então te aconselho a não deixar isso que você tem construído com a Alice acabar. É raro demais. E viver com o peso de uma decisão errada é triste. – afirmou e eu pude sentir o quanto ela ainda amava a ex. – Agora eu vou conversar com o meu sócio. Já te aluguei demais. – falou se levantando.

- Que papo tenso. – Tália disse sentando ao meu lado.

- Você ouviu?

- Sim. Como você está com essa novidade?

- Surpresa.

- Deveria mesmo. Elas são maravilhosas, não é? – indagou olhando para Isabella e Larissa que conversavam animadas com Alice.

- São sim. – afirmei. – Alice é igualzinha a elas.

- Eu sei. E você precisa ver sua cara de boba apaixonada. – implicou.

            Iniciamos uma conversa aleatória. Passava das dez quando resolvemos ir embora. Nos despedimos de todos e saímos no meio da tempestade. O cansaço acabou me vencendo e assim que chegamos em casa acabei adormecendo.

            O sol entrava tímido pela janela na manhã seguinte. Me virei na cama e estava sozinha. Sai a procura de Alice, mas o apartamento estava vazio. Em cima da bancada da cozinha ela deixou meu café da manhã e um bilhete.

“Bom dia, amor. Você estava linda dormindo e eu não quis te acordar. Deixei seu café pronto, por favor come tudo. Tenho prova hoje, mas vou para a consulta. Não se preocupe. Amo muito você. E para de sorrir feito boba.”

            Sacudi a cabeça ao ler suas últimas palavras. Eu sei, de fato fico com cara de boba quando ela me diz ou faz coisas as quais nunca fui acostumada. Mas o que posso fazer se ela é simplesmente maravilhosa? Qualquer simples gesto dela me encanta.

            Tomei o café da manhã depois me arrumei e sai de casa. Mas com um mal humor por precisar de escolta. Não consigo me acostumar com isso. O carro parou em frente a empresa, o motorista abriu a porta para que eu saísse.

- Bom dia. – escutei a voz de Larissa.

- Bom dia.

- Espero não ter causado uma discussão entre vocês. Isabella quando coloca uma coisa na cabeça é difícil de tirar. – falou enquanto caminhávamos lado a lado.

- Não discutimos. Pode ficar tranquila. E eu sei que também tem dedo seu nessa história. – ela riu segurando a porta do elevador.

- Não vou negar que a ideia de ter vocês por perto me agrada. Mas vou me limitar a responder apenas isso. Nos vemos na reunião. – saiu me deixando sozinha.

            Iriamos nos reunir com os novos responsáveis pelas filias. Apesar de acreditar que apenas a presença e Larissa era necessária, juntamente com Ruan, ela insistiu para que eu estivesse junto. Fui até minha sala e acertei algumas pendencia, mas alguns minutos depois tive que ir para a sala de reunião.

            Na sala havia cerca de doze pessoas. Incluindo Larissa e Ruan. Fiquei feliz por ver que a grande maioria era mulher. O que significa que estamos de fato ganhando o mercado.

- Essa é a nossa CEO, Rebeca. – Larissa me apresentou.

- Bom dia. – acenei educadamente para todos.

- Bom dia. – responderam educadamente.

- Desculpa o atraso. Mas acabei errando o endereço daqui. – me virei rapidamente em direção aquela voz, de imediato senti meu estomago revirar.

- Sem problema, estamos apenas começando. – escutei Larissa responder. – Pode se sentar. – apontou a cadeira. Com um largo sorriso acenou agradecendo e ocupou a cadeira.

- Você está bem? – indagou Larissa próxima a mim.

- Sim. Só fiquei um pouco enjoada. – tranquilizei-a.

- Se quiser pode sair.

- Não. Eu estou bem.

- Certo. – tomou seu lugar. – Então podemos começar.

            Larissa explicou todas as expectativas e como o trabalho de expansão será feito. As filias seguirão o mesmo padrão de funcionamento. Eu tentava ao máximo focar apenas no que ela dizia, mas sempre que percebia o olhar de Diego em mim, sinto meu estomago revirar.

- Todo vocês vão responder a Ruan e Rebeca. Eles são os principais. Qualquer problema que fuja do controle de vocês deverá ser resolvido por um dos dois. Teremos reuniões mensais aqui, nesse caso acredito que será apenas com Rebeca e eu. Os prédios já foram comprados. Acho que em quase todos os locais.

- Sim. Alguns precisam de reforma, mas coisa de poucos dias. Em um mês acredito que todas já possam abrir para funcionamento. – Ruan completou.

            O homem esclareceu algumas coisas. Uma hora depois deram a reunião por encerrada. Pouco a pouco foram saindo da sala. Aprecei o passo para evitar que Diego se aproximasse de mim, mas assim que passei as portas de vidro escutei sua voz:

- Rebeca, podemos conversar?

            Parei sem conseguir dar mais um passo. Mesmo que meu corpo desejasse imensamente aquilo. Seus sapatos fez um som ecoar ao tocar o piso enquanto ele caminhava se aproximando de mim.

- Podemos? – ficou em minha frente.

- O que você quer?

- Apenas conversar. Podemos?

- Você tem dois minutos. – falei começando a caminhar.

            Ele me seguiu sem falar nada. Tália ao nos avistar arregalou os olhos sem entender nada. Passei por ela e entrei em minha sala.

- Quem diria que você iria tão longe. – indagou com um tom de crítica. – Mas claro, dormir com a filha das suas chefes torna tudo mais fácil. – falou com ar superior. – Não sabia que você curtia esse tipo de sacanagem.

- Primeiro, você não é ninguém para me julgar. Segundo que essa vaga eu consegui antes de me relacionar com a Alice. Terceiro, o que tenho com Alice é um relacionamento não uma sacanagem, e por último o que diabos você quer comigo? – bati as mãos na mesa.

- Calma, não precisa se irritar. – deu um sorriso cínico. – Só queria saber como está sendo sua gravidez. Se o Pedro está surtando com a troca que você fez.

- Eu estou bem. E sobre o Pedro deveria perguntar a ele.

- Acredita que ele não me atende? Acho que tem medo de que eu possa ir tomar satisfação por ter de comido.

- Diego, você é nojento. Como conseguiu essa vaga?

- Competência. Mas bem que poderia facilmente comer aquela loirinha. Ela tem cara de quem é deliciosa na cama, ela é?

- SAI DAQUI. – gritei. – Vai embora agora. – apontei a porta.

- Eu vou, mas nós ainda vamos nos ver muito. – saiu da sala com ar de riso.

            Meu corpo inteiro tremia. Depois de tanto tempo dar de cara com Diego e ainda por cima escutar as barbaridades que ele falou sobre Alice me desestruturou. Sentei na cadeira tentando acalmar meu coração. Passei as mãos nos cabelos aflita.

- Rebeca, está tudo bem? – Tália indagou entrando.

- Não. – falei com dificuldade.

- O que o Diego fazia aqui?

- Ele vai trabalhar em uma das novas filiais. – respondi de olhos fechados.

- Como assim?

- Isso mesmo. Pior foi o que ele me disse. Insinuando que adoraria ficar com a Alice.

- Eu vou buscar uma água com açúcar. Você está muito nervosa, isso não vai fazer bem ao neném. – disse isso já saindo da sala.

            Não era possível que agora além de me preocupar com Pedro e os surtos por cauda da gravidez, agora preciso me preocupar com Diego. Mas ele sem dúvida é a pior espécie que existe. Senti um nojo absurdo apenas por ele cogitar a ideia de ficar com Alice. Ainda mais depois que soube o que ele fez com a pobre mulher que engravidou dele. Merecia mesmo era estar atrás das grades.

- Toma. – Tália me esticou o copo.

            Peguei com dificuldade e ela se sentou esperando que eu me acalmasse. O que aconteceu gradativamente. Tentei focar meu pensamento apenas em Alice, no sorriso dela, no cheiro, no bilhete que me deixou mais cedo. Peguei o celular e disquei o número dela.

- Amor, eu sei. Acabei atrasando um pouco aqui, mas estou saindo para a consulta.

- Você não está atrasada, não foi por isso que eu liguei.

- O que aconteceu, você está bem?

- Sim. Só precisava ouvir sua voz. – confessei baixo. Notei Tália saindo da sala para me dar mais privacidade.

- Isso é bom. Mas sinto que tem algo errado. Você tem certeza que está tudo bem?

- Não. Diego veio aqui, na verdade ele vai trabalhar em uma das filiais. Agora só precisava ouvir sua voz para me acalmar.

- Diego tipo o Diego seu ex?

- Isso.

- Ele fez alguma coisa com você? Eu vou falar com a minha mãe para tirar ele.

- Não. Ele só foi inconveniente como sempre e disse algumas bobagens.

- Mesmo assim, não quero ele perto de você.

- Eu sei. Também não quero.

- Você está bem? Está sentindo alguma coisa? Posso ir ate aí se precisar.

- Não precisa, amor. Pode ir direto para a clínica. Daqui a pouco estou saindo.

- Tudo bem. Eu te amo.

- Também te amo. – sorri. – Até já.

- Até.

            Encerrei a ligação e comecei a organizar minhas coisas para sair. Mas apareceu um problema de última hora e eu precisei resolver. Mandei mensagem para Letícia avisando que possivelmente me atrasaria. Enviei outra para Alice e Pedro. O que me restava era torcer para que ninguém saísse ferido em um possível impasse entre os dois.

            O que eu precisei resolver levou pouco mais de quarenta minutos. Quando cheguei ao consultório avistei Pedro e Alice. Os dois se levantaram ao me avistarem.

- Desculpa a demora. Acabei ficando presa com algumas coisas. – falei para Alice.

- Não tem problema, amor. – beijou levemente meus lábios. Vi Pedro virar o rosto em outra direção.

- Podemos entrar? – falou impaciente.

            Alice deu um leve sorriso adorando ter irritado o homem. Eu revirei os olhos pela implicância. Ela seguro minha mão na dela e caminhamos assim até o consultório. Letícia nos cumprimentou e disse para que eu fosse me trocar.

- Como ela está? – escutei ela indagar para Alice.

- Bem, tem comido melhor. Dormido mais, e sem enjoos.

- Isso é bom. Você deve ser o Pedro.

- Sim. Sou o pai da criança. – enfatizou isso e posso até imaginar a cara de Alice ao escutar isso.

            Letícia ficou claramente em maus lençóis, pois tratou de se por de pé quando eu sai do banheiro. Me levou até a cama. Notei a cara de ciúme de Alice ao perceber que eu estava quase nua na frente de Pedro.

- Vocês podem acompanhar essa tela. – Letícia falou percebendo o desconforto presente na sala.

            Não é como se ele nunca tivesse me visto sem roupas, mas foram outras circunstâncias e o resultado está bem aqui mexendo dentro de mim.

- Vamos tentar ver o sex*. – falou passando o gel na minha barriga. – Olha só. Você será mamãe de um menino. – disse.

- Que maravilha. – Pedro indagou feliz.

            Da outra ponta os olhos de Alice buscaram os meus. Ela estava feliz, seus olhos brilhavam e um sorriso satisfeito dançava em seus lábios. O procedimento levou alguns minutos. Marcamos a próxima e saímos nos três da sala.

- Podemos começar a comprar as coisas. – Pedro indagou.

- Pedro, você pode começar a comprar separado. As coisas que ficarão lá em casa Alice e eu compraremos. Já disse que nosso elo é a criança, mas apenas isso. Depois do que fez eu não me sinto confortável com a sua presença constante na minha vida.

- Rebeca, isso é um absurdo.

- Não. Absurdo foi o que você fez. Isso que estou decidindo agora é apenas a resposta da sua ação. O filho é nosso, e você vai participar da vida dele. Mas não da minha.

- Você está adorando isso, não é? – indagou furioso em direção a Alice.

- Eu? Não fiz nada. Seja homem e aceite as consequências das suas atitudes.

- Você não vai ficar com o meu filho. – afirmou feroz.

- Gente. Vocês estão em um ambiente cheio de pessoas. – Letícia apareceu tentando amenizar a discussão.

- Me desculpe. Estamos de saída. – falei segurando a mão de Alice e saindo.

- Você vem comigo. – afirmou.

- Preciso ir trabalhar.

- Não precisa não. Você vai passar a tarde comigo. E nem adianta discutir. – segurou minha cintura. – Faz o que estou dizendo. – sorriu de canto beijando minha boca.

- Droga! Odeio as armas que você usa para me convencer das coisas.

- Ótimo. Então entra no carro e vamos comigo.

- Onde vai me levar?

- Vai ser uma surpresa. – disse isso entrando no carro.

            Sorri entrando em seguida. Nem me preocupo com essas maluquices dela, sei que jamais me levaria para algum lugar perigoso. Aposto que no mínimo quer ir para casa e fazer amor. Mas me frustrei quando percebi que ela tomou um rumo diferente da nossa casa. Não perguntei nada, confiaria minha vida inteira a ela. Na verdade, ela já me tem por completa em suas mãos e da melhor forma possível.

 

           

Fim do capítulo

Notas finais:

Voltei. O que me dizem de 2 capítulos hoje???

Beijos e boa leitura.


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Comentários para 64 - Capitulo 62:
lay colombo
lay colombo

Em: 08/11/2021

Nossa senhora mas q dedo podre pra homem q a Beca tem hein, já pra mulher acertou em cheio kkkkkkkk


Resposta do autor:

kkkkk. puxa saco da ALice.

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 31/10/2021

Credo,se não bastasse o embuste do Pedro ainda tem o falecido para assombrar? A Rebeca, independente do relacionamento com a Alice,tem autoridade sobre quem trabalha ou não na empresa,logo,ela deveria demitir o ex,ou isso vai virar uma bola de neve.


Resposta do autor:

Muitos esqueletos e histórias mal resolvidas dá nisso. Acredito que no momento certo ela vai tomar a atitude que precisa ser tomada.

 

Responder

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Reny
Reny

Em: 31/10/2021

Estou esperando você postar autora querida do meu coração......postaaaa.. beijos


Resposta do autor:

Vou postarrr

Responder

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SPINDOLA
SPINDOLA

Em: 31/10/2021

Boa tarde, sumida Cruella.

Com tanto traste saindo da tumba nesta história, kkk, tu acabará pegando prisão perpétua pra dar fim nessas pragas, kkkk.

Apesar de quê, acho que a perpétua no caso do Diego vai ser da Isa, quando descobrir o que ele fez e fará com sua norinha predileta, kkk.

Bjs

 


Resposta do autor:

Eu não sumi. kkkk Fui tomar cana. kkk

Mas voltei na ressaca. Já sei que todo mundo quer minha cabeça junto com as dos embustes. kkk aceito meu castigo.

Beijos

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paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 30/10/2021

2 embustes? Tá ótimo! (Contém ironia).
Resposta do autor:

kkkk. Amo uma ironia.

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preguicella
preguicella

Em: 30/10/2021

Eita muitas emoções no capítulo!

Ser vizinha das sogras, aturar dois ex's babacas, dar conta dos hormônios de grávida, trabalhar, tá fácil pra Rebeca, não!

Claro que queremos mais um capítulo!
Resposta do autor:

Eu mesma não duraria 2 dias morando perto da sogra. kkk

Rebeca é só ladeira abaixo. Tô até pensando em mudar meus planos. kkk

Xeru

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Mille
Mille

Em: 30/10/2021

Oxe autora 

Sumiu por dois dias e trás mais um traste para nós???

E como assim um menino ah protesto queria uma menina kkkk

Pode aí contrar um matador e aluguel para esse Diego e Pedro. 

Acho que a Alice vai mostrar a reforma para a Rebeca. 

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

O sumiço foi exatamente para preparar meus couro para chibatada. kkk

beijosss

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Reny
Reny

Em: 30/10/2021

Posta mais 3 maktube...por favor compensar seu sumisso...kkkkkk beijos


Resposta do autor:

O que acha de outro hoje?

kkkk

beijos

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