• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
  • Capitulo 61

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Agosto de 2016
    Agosto de 2016
    Por May Poetisa
  • Alem do olhar
    Alem do olhar
    Por CameliaA

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 14

Ver lista de capítulos

Palavras: 4426
Acessos: 3164   |  Postado em: 27/10/2021

Capitulo 61

 

Capítulo 61º

Rebeca

            Depois que cheguei de viagem não consegui esquecer a conversa que tive com a minha mãe. A única forma de descobrir o que aconteceu era perguntar a outra parte envolvida, no caso a tia Nina. Contei a Amélia minhas suspeitas, mas claro que ela disse para eu deixar as coisas como estão. Mas não acho certo as duas irmãs terem passado mais de cinco décadas sem nenhum contato. E possivelmente ter sido apenas por conta de um mal entendido.

            A semana de trabalho foi corrida e me impossibilitou de tirar um tempo para ir até o quiosque delas. A questão da ampliação da empresa tem me feito trabalhar dobrado. Não só a mim, mas Alice e Tália também. Essa tem reclamado sempre por estar chegando em casa tarde e não conseguir tempo para trans*r com Anna.

            Minha gravidez tem avançado cada dia mais, os enjoos diminuíram e logo vou realizar o exame para saber o sex* do bebê. Esse foi um assunto delicado a ser tratado com Pedro. Pois insisti para que Alice estivesse presente na consulta. Mas claro que ele não facilitaria minha vida. Disse em alto e bom som que ela não era mãe do bebê.

            Mesmo ela tendo deixado claro que não quer me causar problemas, e que tudo bem não ir junto. Sei que o assunto tem a deixado chateada. Não que tenha causado uma discussão entre nós, isso nunca acontece. Alice é adepta as longas conversas, para acertar tudo e não deixar nada mal resolvido. Isso é outra coisa que me encanta ainda mais na personalidade dela.

- Rebeca, você precisa colocar limites no Pedro. – Letícia falou quando nos sentamos. – Eu sei que ele é o pai, mas Alice é sua companheira, nada mais certo do que ela está ao seu lado.

- Eu sei. E já tentei fazer com que ele entenda isso. Mas o Pedro parece disposto a não facilitar minha vida. Sei que Alice diz que tudo bem não ir, mas noto que ela fica mal com a situação.

- Claro que fica. Ela te ama. Quer compartilhar esse momento com você. – afirmou.

- Não sei mais o que fazer.

- Começo a pensar que você não deveria ter contado sobre a gravidez.

- Jamais faria isso.

- É, eu sei. – respondeu pensativa.

- Mas e você, como anda o romance com a minha irmã? Não tivemos mais tempo para sair e conversar. – ela sorriu.

- Eu nunca pensei que pudesse me apaixonar de novo. – confessou. – Amélia é uma mulher maravilhosa, me trata bem, entende meus horários, é compreensiva. E ainda por cima a Elisa é louca por ela. Não poderia ter encontrado alguém melhor. – afirmou.

- Fico feliz. Acredito que Amélia sinta o mesmo. Fazia tempo que não a via tão bem. Mas quero saber o principal, quando vão morar juntas?

- Sua irmã é bem apressadinha, vejo que isso é algo de família. – brincou.

- Amélia é muito intensa, tudo que ela faz e tudo que ela vive, se entrega por inteiro. Ainda não sei como não estão casadas. – ela sorriu. – Espera, já estão falando disso?

- Não. Casar ainda não, mas Amélia quer que eu vá morar com ela.

- Isso é ótimo. Não é?

- Sim. Claro, mas tem a Elisa.

- Você acabou de me dizer que ela é louca pela Elisa. Qual o problema.

- Eu não posso envolver a minha filha em um relacionamento sem ter certeza de que vai dá certo. Amélia foi a primeira mulher que me relacionei depois da gravidez. Nenhum dos meus casos conheceu a Elisa.

- Isso a torna especial. Não entendo seu receio.

- Quando você for mãe vai entender. A gente se preocupa com todas as catástrofes possíveis. Até as que nem vão acontecer. Toda decisão que você for tomar, será tomada baseada no seu filho.

- Já tenho esse sentimento. – afirmei. – Quando imagino que Alice pode não aguentar o Pedro convivendo conosco. Acredito que possa ser um problema futuramente. E isso possa afetar tanto nosso relacionamento como a questão do neném.

- Exatamente, quando se é mãe as coisas mudam muito. Você não consegue decidir por si, sempre vai pensar no melhor para o filho. Mas sei que Alice tem uma maturidade admirável.

- Sem dúvidas. O meu problema é o Pedro e o fato de não aceitar que não ficaremos juntos.

- Com certeza. Não deve ser fácil te ver grávida de um filho dele, e feliz com outra pessoa. Mas me pergunto se fosse com um cara que estivesse namorando, isso incomodaria tanto ele?

- Acha que é apenas preconceito?

- Não sei, não o conheço para opinar sobre isso.

- Nem eu consigo.

            Iniciamos nosso almoço conversando sobre outras coisas que não fosse o Pedro e o fato da raiva dele. Afinal acredito que esse seja o sentimento dele. Raiva por me ver feliz com Alice.

- Bom, eu preciso ir. Tenho uma reunião agora. – falei olhando a hora no celular.

- Eu tenho consultas. – disse se pondo de pé. – Precisamos marcar mais vezes, depois que estamos namorando ninguém tem mais tempo.

- Quem sabe possamos marcar um jantar na sua casa nova? – brinquei e ela riu. – Deveria aceitar a oferta da Amélia.

- Vou pensar. Até mais. – beijou meu rosto.

- Até.

            Saímos do Santé juntas e seguimos direções separadas. Liguei o carro e dei partida. Cheguei à empresa em alguns minutos. Mas a entrada estava uma loucura. Havia uma multidão de repórteres e fotógrafos. Peguei o celular disquei o número de Tália e vi que havia algumas ligações perdidas. Dentre elas estava uma de Alice.

- Amor, aonde você está? – indagou aflita.

- Estou no estacionamento. Aconteceu alguma coisa? Aqui fora está cheio de repórter.

- Sim. E por favor não sai do carro. Eu estou indo te encontrar aí e iremos para casa.

- Alice, o que aconteceu?

- Amor, eu te explico quando estiver com você. Não sai do carro. Eu estou saindo.

            Não demorou para as pessoas correrem em direção a porta de entrada. Alice vinha acompanhada de dois seguranças que tentavam em vão evitar que as pessoas chegassem perto dela. Entre empurrões e passos largos, ela conseguiu chegar até o carro. Mas claro que os urubus conseguiram acompanha-la e cercaram o carro. Alice abriu a porta e entrou. Seu rosto estava vermelho, não sei se pela raiva ou o esforço que fez para passar por eles.

- Como vamos sair daqui? – indaguei observando meu carro completamente rodeado de gente.

            Vi mais três seguranças surgirem sei lá de onde e começaram a ajudar a afastar as pessoas. O que me permitiu sair do estacionamento. Dirigi com rapidez tentando evitar que alguém nos seguisse.

- O que aconteceu? – questionei ao pararmos no sinal vermelho.

- Alguém contou que você está gravida. – Alice apertava os dedos. Ela estava com raiva. – Se eu descobrir, juro que vou matar essa pessoa. – completou entre dentes.

- Quem poderia ter contado? Quase ninguém sabe ainda.

- O Pedro.

- A Virgínia também sabia. – falei rapidamente.

- Sério? Virgínia está longe daqui. É mais provável que tenha sido o Pedro na tentativa de nos causar um desconforto. Imagina só a pressão. Você gravida de um cara e namorando a filha de Isabella e Larissa.

- Não entendi.

- Isso é um prato cheio para eles. Logo vão descobrir que estamos morando juntas, depois vão começar a te atacar falando que está comigo por interesse. É assim que funciona para eles. Isso é coisa do Pedro. E vou descobrir.

- Calma, baby. – apertei sua perna. Nesse momento já estávamos parando na garagem.

- Não tem como ter calma. Agora vamos ter que nos expor. Confirmar que moramos juntas, falar sobre a gravidez. E o Pedro, ele vai ser procurado para falar. Sabe lá Deus o que vai dizer sobre nosso relacionamento. Odeio isso, odeio pessoas desse tipo. – saiu batendo a porta do carro.

            Sai em seguida caminhando ao lado dela. Entramos no elevador.

- Nossa privacidade já era. Vamos ter que lidar com esses abutres atrás de nós o tempo inteiro. E tudo por culpa do ego ferido do Pedro.

- Alice, você precisa se acalmar. Não temos como saber se foi ele.

- Me acalmar? Como vou me acalmar com tudo isso acontecendo. – respondeu irritada. – Durante toda a minha vida aprendi a manter minha privacidade. E agora estou completamente exposta. Me admira você ainda tentar defender o Pedro. – comentou abrindo a porta.

- Não estou defendendo. Só não quero acreditar que ele seria capaz disso.

- Rebeca, não seja tola. Ele não nos quer juntas. Já deixou isso muito claro. Usar a gravidez é apenas uma tática baixa dele. Ele é um crápula. – comentou indo até o bar e servindo uma dose de uísque.

            Fiquei calada. Em nada adiantaria tentar fazê-la se acalmar. Acredito que além da chateação com o que ele disse sobre ela não ser mãe do bebê, tem toda a questão da exposição. Meu celular começou a tocar insistentemente. Um número desconhecido.

- Alô.

- Rebeca Cardoso? Será que poderia nos confirmar sua gravidez? É verdade o que estão dizendo sobre está morando com a herdeira dos Rodrigues? – desliguei o celular.

- Já começou, não é? – Alice me indagou enquanto fitava o copo vazio.

- Sim.

- Detesto isso. Agora teremos que ficar em casa alguns dias, até que as coisas se acalmem.

- Não posso. Preciso trabalhar.

- Você vai trabalhar de casa. Eles fazem tudo por uma foto, vão colocar sua vida em risco e a deles também. É assim que funciona. Todas as revistas vão pagar uma bolada por cada foto.

- Tenho a consulta.

- Essa não temos como desmarcar. Mas quem sabe Letícia poderia nos atender mais tarde. Saímos daqui em carros separados e assim pode ser que eles me sigam ao invés de irem atrás de você.

- Mas você não vai comigo?

- Não. Pedro estará com você. – falou com enfado. – Vou para o banho.

            Deu as costas e caminhou até o corredor. Eu fui até a janela e olhei para a rua. Já havia alguns carros parado em frente ao prédio. O que me fez pensar que de fato terei que trabalhar de casa nos próximos dias.

            Me atirei no sofá com os olhos fechados. Alice tinha toda razão em ficar irritada. Sei que ela sempre evitou os holofotes. No dia que assumimos o namoro, ela estava nervosa por se ver obrigada a contar sobre nossas vidas. Imagina em uma ocasião como essa. Muitas questões podem ser levantadas. Ouvi meu celular tocar novamente.

- Oi, Amélia.

- Vi o que aconteceu. Está tudo bem?

- Sim. Estou em casa com Alice. Ela está irritada e acha que foi o Pedro que contou.

- Claro que ela está irritada. Estão te atacando Rebeca. Já leu?

- Não, e honestamente nem quero.

- É melhor mesmo. E quanto a ter sido o Pedro. Alice está certa.

- Como você sabe?

- Quem recebeu a informação me disse que ele havia falado. E inclusive insinuado que você não está com ele apenas por medo de terminar com a Alice e perder o seu emprego.

- Que filho da mãe. – indaguei com raiva. – Está envolvendo Isabella e Larissa nessa sujeira toda.

- Claro que ele iria tomar uma atitude dessas. Não aceita que não pode te ter.

- Mas isso não justifica.

- E eu não estou dizendo que justifica. Mas ele jogou sujo. Pensem logo em uma tática para todos os ataques que vão sofrer.

- Eu sei. – suspirei cansada.

- Fica bem, qualquer coisa que precisar me liga.

- Pode deixar. Obrigada, Mellie.

- Beijos.

            Encerrei a ligação e fiquei encarando o celular. Me levantei e fui até o quarto. Alice ainda estava no banho. Abri a porta do banheiro e ela fitava seu reflexo no espelho. Dei um passo em sua direção e a abracei por trás. Beijei seu ombro e ela me deu um sorriso, mas não era aquele sorriso que eu já estava acostumada a ver. Aquele era um sorriso cansado.

- Você tinha razão. Foi o Pedro. – falei baixo e ela se virou para me olhar.

- Como você sabe?

- Amélia descobriu.

- Nem sei até que ponto é bom está certa. Afinal agora sabemos que ele joga baixo. Como vamos deixar um cara desses conviver na nossa casa?

- Ele é o pai do bebê. Não posso mudar isso.

- Não estou dizendo que podemos mudar o fato dele ser o pai. Mas como vamos confiar nossas vidas a ele? Sabendo que ele pode e vai usar tudo para nos atingir de alguma forma.

- Vou conversar com ele.

- Você já fez isso diversas vezes e continuamos na estaca zero.

- O que quer que eu faça?

- Na verdade, queria que nada disso tivesse acontecido.

- Do que está falando?

- Queria que essa criança não fosse dele.

- O bebê não tem culpa de nada.

- Não estou dizendo que tem. E eu já amo essa criança como se fosse minha também. Mas não sei se quero conviver com o Pedro.

- Do que está falando? Quer terminar é isso?

- Não. Quero limites. Quero ele longe da nossa casa. Quero que ele tenha contato com a criança, mas que não esteja presente na nossa casa. Ele pode comemorar os aniversários sem precisar ser conosco. Não confio nele e não o quero em nosso circulo familiar.

- Eu não posso fazer isso. – recuei um passo. – Não posso privar a criança da presença do pai.

- Então deveria ficar com ele. – afirmou com os olhos em lágrimas.

- Alice, eu amo você. Não quero nada com o Pedro. Já deixei isso claro diversas vezes.

- Mesmo assim quer me obrigar a aceitar a presença dele. Coisa que eu não me sinto confortável fazendo. Não estou dizendo para impedir que ele tenha contato com a criança, estou apenas dizendo que não o quero em casa. E talvez você devesse pensar melhor sobre tudo isso. – ela se afastou de mim e foi até o quarto.

- Vai sair? – indaguei ao vê-la se vestir novamente.

- Sim. Tenho um compromisso e não posso mais adiar.

- Mas e os repórteres?

- Um motorista está me esperando. Vou sair em outro carro. E alguém vai dirigir o meu. Não se preocupe. Volto assim que puder. – beijou minha testa e saiu do quarto me deixando sozinha.

 

 

Alice

            Toda essa situação me tirou do sério. Honestamente não sei se estou disposta a aturar Pedro em nossas vidas. Sei que ele é o pai da criança, mas sei que existem outros meios para que ele possa cumprir o papel de pai sem precisar circular em nossa casa.

            Depois que sai da cobertura o motorista já me esperava na garagem. Entrei no carro e ele dirigiu para o destino final. O fato de um segurança ter saído no meu carro despistou os fotógrafos. Alguns minutos depois chegamos ao meu destino. Era estranho estar de dia naquele lugar que a noite era tão movimentado, mas naquele momento parecia um cenário de filme de terror.

- Bem vinda, Alice.

- Obrigada, Silvana. – sorri para a mulher.

- Podemos começar a visita?

- Sim. Claro.

            A mulher me deu passagem e adentramos o prédio da boate. Desde a noite que estive aqui e soube que estava à venda me interessei pelo lugar. Já havia feito planos em como investir meu dinheiro e aquela me pareceu uma boa ideia. Depois que saímos daqui consegui entrar em contato com Silvana que concordou em me mostrar o local e quem sabe fechar negócio.

- As possibilidades para cá são muitas, afinal temos muito espaço. Claro que ainda são necessários alguns reparos, mas nada que vá demorar muito.

- De fato o espaço é maravilhoso. – afirmei enquanto caminhávamos.

            Ela me apresentou todas as partes que quando estive aqui não pude ver. E fiquei ainda mais tentada a comprar o lugar. Apesar de saber que seria um investimento muito alto, sei que o retorno seria ainda maior. A boate tem uma ótima localização.

- Então o que achou?

- Estou impressionada. – falei sorrindo. – Confesso que estou balançada a comprar.

- Ótimo, podemos ver a questão de valores.

- Claro. Pode fazer um contrato, me manda por e-mail que vou pedir para um advogado analisar.

- Perfeito. Podemos brindar? – acenei que sim e ela abriu um espumante. – Aos novos projetos. – brindou.

- Aos novos projetos.

- Vi o que aconteceu hoje. – indagou me encarando. – Sinto muito. Deve ser horrível.

- Sim, muito. Mas é o preço que se paga.

- Para mim é um preço alto demais. Como está Rebeca?

- Bem. Obrigada por perguntar. Mas agora eu preciso ir. – completei me levantando.

- Certo. Entrarei em contato o quanto antes.

- Agradeço. – apertamos as mãos. – Vou ficar no aguardo.

            Segui caminho para casa. Mas antes de poder sair do carro meu celular tocou.

- Aonde você está?

- Oi para você também. Estou chegando em casa.

- Vi o que aconteceu, vocês estão bem? – fiquei em silêncio sem saber o que responder.

- Não sei.

- Bom, eu estou na merd*. Quer ficar na merd* comigo? 

- O que aconteceu?

- Vem para cá. Tália está aí com a Rebeca.

- Tudo bem. – concordei.

            Dei o endereço ao motorista e ele seguiu para o apartamento de Anna. Ela estava na sala com uma garrafa de uísque aberta.

- O que aconteceu?

- Fui demitida. – falou cansada e se atirou no sofá.

- E está procurando emprego no fundo do copo? – provoquei e ela me mostrou o dedo.

- Não brinca com isso. Nem contei a Tália ainda. Como vou conseguir manter o apartamento?

- Se desesperar não vai adiantar. – ponderei.

- Alice, bebe. Aqui e agora eu quero desespero, não calma. – serviu meu copo. – Como está lidando com os ataques?

- Por mim mandaria o responsável por isso para marte. Mas a Rebeca parece querer mantê-lo perto mesmo depois disso tudo.

- Ele é o pai da criança.

- Exatamente. A criança não nasceu ainda. Não tem porque tentar manter cortesia com ele.

- Você acha que vai conseguir lidar com isso por muito tempo?

- Honestamente, não sei. Pedro não desiste de tentar nos prejudicar. E já deixei claro que não o quero em nossa casa. Mas tem o fator de que o apartamento não é meu. Rebeca recebe quem quiser.

- É, vendo por esse lado. De onde você vem?

- Fui conversar com a Silvana.

- Da boate?

- Sim. Já tinha motivos para comprar, e agora que sei que foi demitida acredito que seja o que me faltava para decidir.

- Como assim?

- Se eu decidir comprar, quero que seja minha sócia.

- Alice, eu não tenho dinheiro. – disse com ar preocupado.

- Não quero dinheiro. Da venda do apartamento ainda sobra uma boa quantia depois que eu fechar negócio.

- E como posso ser sua sócia?

- Preciso que administre para mim.

- Uau! Você está falando sério?

- Sim. Claro que eu ainda vou ajudar, mas quero deixar tudo nas suas mãos. Cada decisão a ser tomada, contratação de funcionários, artistas para se apresentar, fornecedores, tudo. Tudo será responsabilidade sua. E como você está desempregada já pode começar com as coisas da reforma.

- Você não pode está falando sério. – indagou incrédula.

- Estou sim. Silvana vai me mandar o contrato em alguns dias. Então sentamos para ver as reformas necessárias e um plano para a abertura.

- Isso inclui um novo nome?

- Lógico. Vamos repaginar aquele lugar e dar a nossa cara a ele.

- Eu te beijaria agora, mas somos amigas. E namoramos. Então vou só te abraçar.

            Se atirou no meu colo rindo e me apertando em seus braços. O contato demorou alguns minutos e logo ela ocupou o lugar ao meu lado. Fizemos um brinde e ela na empolgação começou a falar dos planos para a boate. Como resultado tomamos quase toda a garrafa de uísque.

- Eu acho melhor ir embora. – fale me pondo de pé com dificuldade.

- Nãooo! Vamos terminar a bebida. – mostrou a garrafa.

- Não. Vou para casa tomar banho e dormir.

- Vai é tentar fazer as pazes com a namorada.

- Nós não brigamos.

- Mas você está chateada.

- Mesmo assim. Eu vou embora. Até mais. – abri a porta e Tália estava do lado de fora.

- Alice, o que faz aqui?

- Vim conversar.

- E beber. – Anna completou rindo.

- Rebeca estava preocupada.

- Deixei meu celular no carro. Mas já estou de saída. – sorri para ela.

            O percurso até em casa foi feito com rapidez. Abri a porta e a sala estava escura.

- Rebeca? – indaguei.

- Oi. Estou aqui no quarto. – sua voz percorreu o corredor.

            Caminhei até lá e parei na porta admirada com sua beleza. Admiro o cuidado que ela tem com a pele depois que descobriu a gravidez. Como todas as noites ela estava passando um óleo corporal.

- Demorou, aonde estava? – questionou sem direcionar seu olhar para mim.

- Desculpa. Depois do meu compromisso acabei indo para a casa da Anna. Ela me disse que Tália estava aqui com você.

- Foi. Saiu faz pouco tempo. Você está bem? – me olhou.

- Sim. Sim. Estou.

- Bebeu?

- Um pouco. – ela deu um riso. – Por pouco quero dizer uma garrafa de uísque. – dei um passo em sua direção.

- Apenas. – sorriu para mim. – Deveria tomar um banho, pedi comida, deve estar para chegar. – falou enlaçando minha cintura.

- Tudo bem. Vou sim. Desculpa se fui grossa com você. Só estou irritada e a culpa não é sua.

- Eu sei que está. E de certa forma é minha culpa, te inclui nisso tudo. Sinto muito.

- Não se desculpe por me amar e querer ficar comigo. – acariciei seu rosto. – Eu amo você.

- Eu também te amo. Muito. – sorriu para mim.

- Queria te beijar, mas acredito que poderia te deixar bêbada. Então vou tomar banho. Já volto. – ela riu e me deu passagem.

            Demorei no banho tempo suficiente para ficar ao menos um pouco sóbria. Escutei a televisão do quarto ligada. Sai com a impressão de ser a minha mãe.

- O que está acontecendo? – indaguei parada na porta.

- Sua mãe. – mostrou a tv.

- Isabella, é verdade que Rebeca está com a sua filha apenas por medo de perder o emprego? – um dos homens perguntou.

- Essa pergunta eu não posso responder. Mas diante mão afirmo que mesmo que o relacionamento das duas não dê certo, a competência profissional de Rebeca é suficiente para que a mantenhamos no mesmo cargo que ela ocupa hoje. – respondeu calmamente.

            Era nítido o desespero dela em chegar até o carro. Os seguranças tentavam conter as pessoas, mesmo assim conseguiam se aproximar.

- Você não acha estranho ela esta grávida e mesmo assim se relacionar com a Alice? Não parece um interesse maior por trás disso? – uma mulher insistiu. Minha mãe parou de andar.

            Ela estava irritada, muito irrita. O olhar que ela lançou na direção da mulher foi quase mortal. A repórter se encolheu assustada com a reação dela.

- Eu acredito no amor. Você sabe o que é isso? – indagou olhando diretamente para a mulher. – Ver o quanto Rebeca ama a minha filha é o suficiente para mim. Vocês não a conhecem como eu a conheço. Rebeca tem um coração lindo, ela não tem apenas uma beleza exterior. A gravidez não foi esperada, mas a criança será amada. Tanto pela minha filha como por todos nós. A pessoa que tem espalhado essas barbaridades envolvendo o nome da Rebeca não sabe um terço da mulher maravilhosa que ela é. Alice tem sorte.

            Deu as costas e saiu. Olhei para a cama e Rebeca estava emocionada. Me sentei ao seu lado.

- Ei! Está tudo bem. – afirmei.

- Eu sei. É só que...- chorou. - ...ninguém nunca me defendeu assim. – se atirou nos meus braços.

- Já disse diversas vezes, minhas mães te adoram. – comentei beijando sua cabeça.

- É mais que isso. Nem meu pai falaria assim de mim. Sua mãe foi maravilhosa.

- Não. Isso não tem nada a ver com ela, é você que é maravilhosa. Por isso ela te defendeu. Por um segundo jurei que ela iria socar a mulher. – arranquei um riso dela.

- Também pensei isso. – secou as lágrimas. – Vou ligar para ela.

- Amanhã. Agora a gente precisa comer.

- Tudo bem. – concordou.

            Enquanto eu nos servia, ela esperava sentada.

- Não deveria ficar lendo isso.

- Estou respondendo sua mãe.

- Ah! Certo.

- Me diz uma coisa. Aonde você foi? – indagou bloqueando o celular. Sorri com a pergunta. Deixei o prato em sua frente.

- Uma reunião de negócios.

- Decidiu investir?

- Sim. Comprei a boate.

- A boate?

- Exatamente. Ainda não é oficial, mas amanhã devo receber o contrato de compra.

- Que maravilha, amor. – falou me abraçando.

- O momento não poderia ser melhor.

- Como assim?

- Anna foi demitida.

- Caramba.

- Pois é. Ofereci uma sociedade. Entro com o dinheiro e ela com a parte burocrática.

- Ela aceitou?

- Quase me beijou. – ri divertida.

- Precisamos comemorar.

            Falo se levantando e indo pegar suco. Isso mesmo, brindamos com suco. A noite foi regada a conversas sobre a boate e os planos de como fazer funcionar de forma lucrativa. O que ajudou Rebeca a esquecer os acontecidos do dia. É maravilhoso receber esse tipo de apoio dela. E eu só tenho mais certeza do que quero. Mesmo que para isso precise aturar o Pedro. Se esse for o preço a ser pago, não vou me importar em fazer esse sacrifício.

           

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Voltei. Beberes. kkk

Sem extra dessa vez. E pedindo a calma de vocês pq a minha inspiração foi dar uma voltinha. Entaão preciso cuidar com carinho dos 7 capítulos que estão prontos, para poder esperar a minha inspiração voltar das férias forçadas.

E sobre o grupo do whats preciso que me mandem os números. kkk Só tenho contato com 4 de vocês. kkk

Saíam da moíta. Please.

Beijos no coração e boa leitura.


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 63 - Capitulo 61:
lay colombo
lay colombo

Em: 08/11/2021

Acredito q ambas estão certa, Alice em dizer q elas precisam impor limites no Pedro e Rebeca está certa em dizer q não vai manter a criança afastada do pai, agora elas só precisam achar o equilíbrio nessa decisão


Resposta do autor:

mas será que vão encontrar o tal equilíbrio?

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Baiana
Baiana

Em: 30/10/2021

Em resposta a resposta do meu comentário eu quis dizer que não tenho Instagram,acabei comendo o não kkkkk


Resposta do autor:

kkk. manda uma mensagem privada aqui. Vai lá para o meu e-mail.

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mille
Mille

Em: 30/10/2021

Oi dona autora

Hj tem capítulo????

Saudades 


Resposta do autor:

Oiê. vai ter sim

beijoss

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Baiana
Baiana

Em: 28/10/2021

A Alice pirou o cabeção com a atitude infantil do Pedro,espero que a Rebeca o coloque em seu devido lugar,mas depois dessa defesa ferrenha da sogra,o embuste lá vai perder um pouco da pode.

Anna administrando uma boate? Sucesso total kkkk

Quanto a mandar o número...por onde? E-mail? tenho Instagram


Resposta do autor:

Acho que ela foi até calminha. kkk

E a Isa vestiu mesmo a camisa em defesa da nora.

Me manda no instagram @andriellyteixeira92

Responder

[Faça o login para poder comentar]

laisrezende
laisrezende

Em: 28/10/2021

Rebeca tem que começar a ter atitudes, só dizer que ama não resolve não!!!!!!! Poxa, o cara expor a Alice assim e ficar por isso mesmo? Agora já sabemos que a tempestade vem... ela sentiu a raiva da Alice. 


Resposta do autor:

Concordo plenamente. E acredito que a Alice tem a paciência de Jó. kk

beijos

Responder

[Faça o login para poder comentar]

CatarinaAlvesP
CatarinaAlvesP

Em: 28/10/2021

REBECA MINHA FILHA ACORDA PRA VIDA

Tem que levantar as mãos pro céu por Alice estar junto dela nessa. Eu mesma não aceitaria! 


Resposta do autor:

kkkk, Uma hora ela acorda.

 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

barbara7
barbara7

Em: 28/10/2021

Muito bem, Alice !!!!!! Tem que se impor mesmo. Primeiro esse macho escroto, depois o pai da Rebeca. Me poupe né, ter que ficar aguentando tudo isso calada... Não era pra ter pedido desculpas pra Rebeca, ela também também tem que se impor por causa da Alice. 


Resposta do autor:

Acho que essa fio a gota d'água para paciência da Alice. Acredito que pelo que ela sente acaba deixando muita coisa ir acontecendo.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mille
Mille

Em: 28/10/2021

Oi autora 

Só espero que nesses 7 capítulos guardados o Pedro já tenha sido despachado ou sofrido um acidente e ir para o outro lado.

Bom Rebeca tem que impor limites no pataca, que está mostrando um mau caráter.

Isabela defendendo a Rebeca, a morena conquistou a família. 

Alice dona da boate e com a ideia da Anna administrar vai ser bom.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Não vou garantir nada. kkkk

Beijosss

Responder

[Faça o login para poder comentar]

SPINDOLA
SPINDOLA

Em: 28/10/2021

Bom dia. Cruellíssima.

 

Rebeca está me irritando com essas defesas do legalzinho do Pedro, hominho bom que se aproveita de ser "o pai do bebê" pra fazer o que bem entende e já está passando dos limites. Ela está é parecendo uma marionete nas mãos dele e quando ela levar a sério o que a loirinha pensa e falou, provavelmente será tarde demais, por que com certeza ele vai aprontar uma merda bem grande para separá-las e pelo andar da carruagem vai conseguir, graças a tonta da Beca que não defende sua amada direito, infelizmente parece que aquela separaçãozinha básica de toda história vem por aí, como dizia Charlie Brown " QUE PUXA", KKKKK.

Isa foi sensacional na defesa da norinha, mas no momento acho que ela não está merecendo não, pois fica defendo o infeliz por que ele é 'o pai do bebê", vai acabar perdendo a Alice e morrer com está adorável frase.  

E vamos de fazer meditação ou de calmante mesmo, kkkk, por que parece que vem uma tempestade bem feia por aí, kkkkkk, ai ai, adoro uma BONANÇA, kkkkk.

Bjs


Resposta do autor:

Boa noiteee.

Agora senti que as coisas voltaram ao normal. kkk Assumi o posto de Cruella.

Acredito que no momento certo ela ai colocar o Pedro no lugar dele, afinal acho que Alice não vai aguentar isso muito tempo.

A Isa é louquinha pela nora.

Acho bom deixar o chá de maracujá para ajudar a controlar os nervos. kk

beijosss

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 28/10/2021

Eita Isabela kkkk

 


Resposta do autor:

um amor pela norinha. kkk

Responder

[Faça o login para poder comentar]

FENOVAIS
FENOVAIS

Em: 28/10/2021

Você ainda está no Serasa do Fernando mocinha. Ainda vou lhe mandar a carta de renegociação de débitos kkkkkkk. 

Eu ando calado, contudo observo sua história cotidianamente. Como ela tomou rumos diferentes do meu gosto pessoal eu fico mais na minha para não emitir comentários descabidos. 

 

Até a próxima publicação. 

 

Obs. Concordo com o time de fazer uma história só da Letícia, Amélia e Elisa.  A infância e a adolescência da Valente seria um bom campo futuro de exploração.


Resposta do autor:

Eita que passo 10 encarnações e não saio desse Serasa do Fernando. kkk

Apreciou o seu bom senso em manter os comentário descabidos para você mesmo. kkk Mas não deixe de comentar não, sinto saudades. kkk

Beijosss

Vou pensar com carinho nessa possivel história.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Reny
Reny

Em: 27/10/2021

Amo Isabella...manda esse Pedro para Plutão.....beijos


Resposta do autor:

Pelo visto com passagem só de ida. kkk

beijos

Responder

[Faça o login para poder comentar]

preguicella
preguicella

Em: 27/10/2021

Eitaaaaaa, Pedro, o chato já aprontou e sinto que vai aprender mais! Que Alicinha não se deixe contaminar por essas chatices.

Será que uma boate vai ser um bom negócio para uma família que está começando com direito a um bebê recém-nascido no pacote?!

DJ safadinha na área, sei não, hein!

Criatura não assusta a gente!

Bjuuuu
Resposta do autor:

Pedro é uma pedra no sapato da Alice. kkk

Não me responsabilizo por sustos futuros. kkk

beijão.

Responder

[Faça o login para poder comentar]

paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 27/10/2021

Esse Pedro é um desgraçado, quero socar ele, que ódio.
Isa sempre defendendo a família, amo!!
Resposta do autor:

kkk, Olha a revolta. Nada de gastar o réu primário.

beijos

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web