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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
  • Capitulo 59

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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 8

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Palavras: 3554
Acessos: 2963   |  Postado em: 25/10/2021

Capitulo 59

 

Capítulo 59º

Rebeca

            A semana de trabalho se iniciou com uma viagem para Ouro Preto. Dessa vez tive que ir sozinha, como precisaria passar alguns dias pedi a Tália que ficasse para trabalhar com Alice. Por falar nela tem se mostrado cada dia mais dedica em tudo que tem feito na empresa.

            Em qualquer outro momento da minha vida chegaria a me sentir ameaçada pela presença dela lá dentro. Afinal além de ser a dona de tudo aquilo ela tem se mostrado com tanta competência quando eu. Mas já deixou claro para mim, ao menos, que não tem interesse em trabalhar na empresa. Que deseja criar seu próprio negócio. Lógico que em nenhum momento chegou a contar isso as mães, pois acredito que será um choque e tanto.

            Alice tem meu total apoio para buscar suas próprias conquistas. Sei que ela tem a capacidade para isso e muito mais. Eu sei, parece que estou puxando o saco dela, porém essa é apenas a verdade. O piloto tirou minha mala no helicóptero. Agradeci e sai empurrando o objeto enquanto mando mensagem avisando que cheguei. A secretaria de Ruan já me esperava.

- Bom dia, me atrasei? – questionei para a mulher que me sorriu simpática pegando a mala.

- Não. Falta algumas pessoas ainda. Mas os que chegaram estão todos na sala de reunião.

- Certo. Vou apenas responder alguns e-mails.

            Acho que esqueci de mencionar o que está acontecendo. Larissa decidiu que quer transformar a empresa em uma multinacional. Ruan aprovou a ideia e desde então estamos buscando por colaboradores em todos os estados do país e em alguns internacionais. Isso significa mais trabalho, mas também um lucro gigantesco. Nem vou negar que estou muito interessada em entrar como uma investidora.

- Rebeca, como foi o voo? – Ruan me sorriu assim que me avistou.

- Bem. Obrigada.

- Ótimo. Podemos começar?

- Claro.

            Assim iniciamos uma longa manhã de infinitas reuniões. Na hora do almoço estava na sala de Larissa, sim, ocupo a sala dela quando estou aqui. Analisava alguns documentos e escutei batidas à porta.

- Pode entrar.

- Rebeca, seu almoço chegou. – a secretaria falou.

- Mas eu não pedi nada. – estranhei afinal nem percebi que já era tão tarde.

- Bom, mandaram deixar aqui. Acho que tem um bilhete. – me esticou o embrulho.

“Sei que quando se prende no trabalho esquece de comer, então pedi seu almoço. Por favor come tudinho para o nosso botãozinho crescer forte. Beijos, Baby Girl. “

            Sorri vendo a forma que ela pediu para assinar o bilhete. Baby girl virou o apelido carinhoso que sempre a chamo. Todo o cuidado que ela tem comigo me deixa ainda mais apaixonada, se é que isso é possível. Pelo horário sei que ela já estaria na empresa, liguei e ela me atendeu com um largo sorriso.

- Oi, meu amor.

- Oi, baby girl. – ela sorriu ainda mais. – Liguei só para agradecer o mimo. Como sabia que eu ainda não havia comido nada?

- Te conheço muito bem, senhorita Rebeca. Mas e aí, a comida estava boa?

- Ainda não provei, resolvi te ligar primeiro para agradecer.

- Me agradece comendo tudo. Tenho notado que não tem se alimentado direito.

- Você sabe que estou numa correria.

- Sei sim. Mas você precisa se cuidar, vai acabar passando mal.

- Não vou, por que tenho você para cuidar de mim.

- Mas essa semana você estará sozinha. Por falar nisso, vai ficar na casa dos seus pais?

- Sim. – respondi já imaginando o martírio que seriam esses dias.

- Se não se sentir bem lá pode ficar em um hotel. Consigo algumas diárias para você. – piscou me fazendo rir.

- Eu sei que você tem muita moral com as minhas chefes. Mas vou tentar ficar com os meus pais. Já faz um tempo que não venho vê-los.

- Se precisar de socorro avisa, chego no meu cavalo branco para salvar a princesa.

- Pode deixar. Agora me deixa comer que eu ainda tenho muito o que fazer. E você precisa trabalhar também. Eu te amo, até mais tarde.

- Até. Também te amo muito.

                        Quando anoiteceu sai da empresa e fui direto para a casa dos meus país. O Uber parou em frente aos largos portões e os seguranças me deixaram entrar assim que me anunciei. Cheguei à porta de entrada e fui recepcionada pela minha mãe. Era incrível o quanto Amélia a cada dia fica mais parecida com ela.

- Bequinha. Minha filha, quanta saudade. – abriu os braços me envolvendo neles.

- Oi, mamãe.

- E essa barriga linda? – acariciou. – Vamos entrar, você precisa me contar tudo sobre essa gravidez. E precisamos conversar sobre esse seu namoro.

- Mamãe, eu acabei de chegar. Não me dê motivos para me fazer ir para um hotel. – revirei os olhos já imaginando que esse seria o assunto de todos os dias.

- Não fale bobagem.

            Pôs a mão nas minhas costas e me guiou para dentro. Bastou chegar à sala para perceber a quantidade de reformas já feitas. A casa em nada parecia a mesma de quando morava aqui. Fitei um imenso quadro dos meus pais na parede.

- Seu pai amou essa pintura.

- Está perfeita. – falei observando mais de perto.

- Foi um artista de Paris quem pintou. Trouxe de presente para ele. – falou se aproximando. – Filha, eu sei que não é certo se meter na sua vida, mas você não acha que o Pedro merece uma chance?

            Respirei fundo tentando não ser grosseira. Entendo que ela apenas se preocupa comigo e o fato de eu estar grávida e passar por tudo isso sozinha pode ser assustador.

- Mamãe, eu não gosto do Pedro. Ele é um ótimo cara, mas eu amo a Alice. Você precisa ver a forma como ela me trata, como cuida de mim mesmo estando longe. Nunca me senti tão amada e tão valorizada como me sinto quando estou com ela. Nossa conexão é profunda, intensa, as vezes nem consigo explicar a forma que me sinto. Com ela tudo acontece de uma forma tão natural.

- Tudo bem filha, percebo que você de fato a ama. Nunca te vi tão feliz como agora. Seus olhos brilham apenas por citar o nome dessa garota. – segurou minhas mãos nas suas. – Quero muito conhecer a responsável por amar tanto a minha filha. – acariciou meu rosto. – Acredito na sua escolha e torço para que em algum momento seu pai se adapte à isso também.

- Seria ótimo que ele pudesse apenas entender o meu lado. Sei que ele adora o Pedro, sempre o adorou. Mas não sou criança para deixar que o papai escolha algo tão importante para a minha vida. Eu escutei tantas barbaridades dele na minha casa, nunca pensei que tivesse tanto preconceito. A forma que ele falou pareceu até sentir vergonha de Amélia. – notei-a ficar inquieta. Soltou minhas mãos, ficando de costas para mim.

- Seu pai é cheio de princípios antiquados. Não se pode mudar alguém assim da noite para o dia. 

- Mamãe, não é da noite para o dia. Amélia vive a vida dela assim há muitos anos. O papai entrou com ela no dia do casamento. E mesmo assim me parece discordar da sexualidade dela.

- Rebeca, você precisa entender que muitas coisas são feitas apenas para manter a aparência. – falou com o olhar perdido.

- Então está me dizendo que ele apenas foi para não gerar falatório?

- Exatamente.

- Nunca pensei que o papai fosse esse tipo de pessoa. – falei incrédula.

- Acho que você não conhece seu pai. – completou triste.

- Não mesmo. – afirmei. – Então a preocupação dele com a minha gravidez é apenas que os outros irão comentar sobre eu não estar com o pai da criança?

- Isso você precisa perguntar a ele. Agora acho melhor você tomar um banho, vou mandar preparar o jantar. – mudou de assunto rapidamente.

            Concordei com o que ela disse. Fui para o meu antigo quarto. Por aqui as coisas continuam iguais. Olhei a mesa de cabeceira, uma foto minha com Amélia na Disney. Foi nossa primeira viagem sozinhas. Sorri com as boas lembranças, naquele dia ela me contou sobre gostar de garotas. Não que eu já não desconfiasse, mas ver a confiança que ela teve ao me contar me deixou feliz pela nossa aproximação. Sempre evitei discutir com Amélia, pois sempre pensei que ela poderia fazer como a tia Nina e deixar de falar comigo como a minha tia fez com a mamãe.

            Na verdade, ninguém nunca soube o que aconteceu entre as duas para gerar uma desunião tão séria. Por muitos anos eu ainda cheguei a insistir no assunto, mas sempre que eu perguntava a mamãe me mandava parar. Deixei as recordações de lado e decidi ir para o banho.

            Alguns minutos depois sai do quarto. Passei pelo escritório do meu pai e escutei ele conversar com a minha mãe.

- Querido, nossa filha já é maior de idade e dona da própria vida. Não adianta insistir em jogar o Pedro para cima dela. Rebeca ama a garota Rodrigues. – sua voz era doce e baixa.

-  Não. Ela vai acabar aceitando se casar com o Pedro. Ele é o homem ideal para a Rebeca, essa coisa de namorar mulher é apenas uma modinha, uma fase. Daqui a pouco passa.

- Modinha? Como pode falar que o amor é uma modinha, ou fase? As suas coisas são fases? – falou desafiadora.

- NÃO OUSE FALAR SOBRE ISSO AQUI. – gritou batendo o punho na mesa. Minha mãe continuou na mesma posição, encarando-o desafiadora.

- Mas eu não estou falando de nada. Apenas te lembrando que todos temos nossas preferências, e nossas filhas não fogem a exceção. E se for mesmo isso que Rebeca queira para a vida dela, tem meu apoio.

- Você não ousaria. – seu tom saiu beirando a chateação.

- Ela é minha filha, sempre terá meu apoio.

- Você é minha mulher. Deveria me apoiar.

- Já te apoiei demais, inclusive me privei da minha felicidade para garantir a sua. Mas se for preciso estou disposta a contar tudo e deixar que nossas filhas saibam quem você sempre foi.

- ISSO É UMA AMEAÇA?

- Entenda como quiser. – se pôs de pé. – Eu estou cansada de viver um casamento de fachada. – disse de costas para ele.

- Você é igualzinha a elas. – falou como se pudesse a ofender.

- Talvez. Mas ao menos elas tiveram coragem de lutar por amor. – escutei seus passos em direção a porta.

            Sai rapidamente da frente, entrando no primeiro cômodo que vi. Meu coração estava acelerado, talvez por ser a primeira vez que presenciei meus pais discutindo. Ou pela curiosidade em descobrir quais os segredos que aqueles dois escondem. Aproximei o ouvido da porta para ter certeza de que ela já havia saído do corredor.

            Respirei fundo tentando controlar meu corpo que tremia. Peguei o celular e liguei para Amélia. No terceiro toque ela atendeu.

- Oi, você está bem?

- Sim. Eu estou em casa.

- E?

- Não, eu estou em casa. Digo, na casa do papai.

- Não sabia que ia visita-los.

- Me arrependi assim que cheguei. – disse isso enquanto fechava a porta do quarto.

- O que aconteceu? O papai disse alguma coisa com você?

- Não. Não comigo. Mas escutei os dois discutindo.

- Nossos pais? Discutindo?

- Sim. Eles escondem algo de nós.

- Não é possível.

- É sim. A mamãe o ameaçou de contar caso ele insista em me jogar para cima do Pedro. – Amélia ficou em silêncio. – Você está aí?

- Sim. É que isso é assustador demais. E não consigo acreditar que o papai tenha algum podre. Logo ele que surtava se a gente descumprisse uma ordem. Sempre muito rígido.

- Pois é. Mas eu vou descobrir. A tia Nina deve saber.

- Mesmo que soubesse não contaria. Nunca contou o motivo da briga dela e do vovô, e muito menos o motivo que a fez deixar de falar com a mamãe.

- Mas e se tudo isso estiver interligado?

- Acho que a gravidez está mexendo com seus neurônios.

- Estou falando sério, Mellie. Faz todo o sentido. E se o motivo for algo que o papai fez?

- Beck, esquece esse assunto.

- Não. Eu vou descobrir.

- Só cuidado, talvez o que encontre não te agrade tanto. – aconselhou. – Agora eu preciso ir, Elisa está terminando a aula de natação.

- Tudo bem. Beijo. Beijo na Letícia e na Valente.

- Pode deixar.

            Encerrei a ligação e alguém bateu à porta do quarto.

- Já vai. – respirei fundo e abri a porta.

- Senhorita, o jantar está servido.

- Certo, já vou descer.

            O homem acenou e saiu. Fiz o mesmo percurso que ele, mas me surpreendi ao chegar à sala de jantar e encontrar apenas minha mãe sentada me esperando.

- Aonde está o papai?

- Disse que precisava ir ao escritório. – falou tomando um gole de vinho.

- Ouvi vocês discutindo, está tudo bem? – ela deixou o copo sobre a mesa, se ajeito na cadeira me fitando.

- Está sim. Podemos jantar?

            Iniciamos nossa refeição em completo silêncio. Cada uma perdida em seus próprios pensamentos.

- Fui visitar a tia Nina. – comentei e percebi sua inquietação. – Ela está bem, feliz. Maria e ela são ótimas juntas.

- Imagino que sejam. – falou distante. – Alguma vez perguntou por mim?

- Sim. Ela se importa com a senhora. – deu um sorriso de canto. – Ainda não entendo o que aconteceu para que tudo acabasse como acabou. Vocês são irmãs, deveriam ser unidas. Não era sempre isso que a senhora me dizia quando brigava com a Amélia?

- Era. Mas com Nina foi algo mais sério do que uma briga por quem ficaria com a boneca.

- Então me conta o que foi? Já se passou tanto tempo, deveriam conversar. Tentar se entender. Ela é sua única irmã.

- Você perguntou se ela gostaria que isso acontecesse?

- Não. Mas acho que ela sente sua falta.

- Ela sabe aonde me achar. – falou isso brincando com as pontas dos dedos nas bordas do copo.

- Deveria ir nos visitar. Poderíamos ir juntas até ela.

- Não. Acho que ainda não é o momento.

            Percebi que não adiantaria insistir no assunto. E aquilo só me instigou ainda mais a descobri o que havia acontecido entre elas. Terminamos o jantar em total silêncio. Era pouco mais das oito quando fui para o quarto.

- Amor, que saudade de você aqui. – Alice reclamou se atirando na cama.

- Eu sei, saudade de ficar com você.

- Aconteceu alguma coisa? Estou te achando um pouco preocupada.

- Sim. Aconteceu. Vi uma discussão um tanto quanto suspeita entre os meus pais. Acho que eles escondem algo de mim e Amélia.

- Por que acha isso?

- Porque acredito ser sobre o motivo da briga da mamãe com a tia Nina.

- Seja o que for é algo sério. E você deveria se cuidar e evitar estresse. Lembra?

- Lembro sim. Não se preocupe.

- Impossível não me preocupar com a coisa mais importante que tenho.

- Boba. – falei se graça. – Espera um segundo.

            Escutei passos no corredor. Puxei um pouco a porta para poder olhar. Vi minha mãe sair de um dos quartos de hospedes e trancar a porta. Olhou de um lado para o outro e saiu em direção as escadas.

- Amor, posso te ligar depois?

- Claro. Vou ficar esperando.

- Certo. Já te ligo.

- Se cuida.

- Pode deixar.

            Encerrei a ligação e abri a porta do quarto. Fui até um local que pudesse ver a escada, apenas para ter certeza de que não estava vindo ninguém. Caminhei até a porta que minha mãe havia trancado. Girei a maçaneta da esperança que ela pudesse ter se enganado.

- Merda. – resmunguei.

            Mas para minha sorte no corredor tem uma estante com livros, e em uma das partes há um lindo canivete que o papai faz questão de exibir. Peguei o objeto que tinha cravado o nome do meu pai. Voltei para perto da porta. Forcei um pouco e consegui destrancar.

            O quarto era nosso antigo quarto de brinquedos. Mas hoje aparentemente minha mãe o transformou em escritório. Mas se era apenas um escritório qual o motivo de deixar trancado? Me questionei.

            A mesa que fica no meio do cômodo exibia algumas fotos nossas. Mas nenhuma do meu pai. Entre todas as fotos que eram expostas apenas uma me chamou atenção. Na imagem três mulheres estavam abraçadas e sorriam felizes. Ao fundo eu reconheci o lago da fazenda. Na foto do lado direito estava tia Nina, tia Maria no centro e na outra ponta a minha mãe.

- Elas eram amigas. – falei comigo mesma.

            Movida pela curiosidade desprendi a foto do porta retrato. Na parte de trás da foto havia algo escrito. “Que nossa amizade possa durar tanto quanto meu amor por sua irmã”- M.  A mamãe sabia sobre o romance da minha tia com a Maria desde o início. Será que ela acabou contando ao vovô e por isso as duas brigaram?

- O que faz aqui? Como conseguiu entrar?

- Não sabia que não deveria entrar. – comentei ainda com a foto nas mãos.

- Estava trancada por um motivo.

- Você sempre soube que a tia Nina namorava a tia Maria? – indaguei mostrando a foto.

            Minha mãe cruzou os braços, mas continuou me encarando.

- Eu preciso de respostas. – insisti.

- Você acha que precisa. Isso é diferente de precisar.

- Mamãe, só quero entender o que levou vocês a se afastarem. O que aconteceu? Porque eu já tenho uma teoria formada, mas prefiro acreditar que a senhora não seria capaz de ter feito isso.

- O que está pensando?

- Que a senhora contou ao vovô sobre elas.

- Isso é o que sua tia acredita que eu fiz.

- E você fez?

- Isso importa? Já se passou tanto tempo.

- Para mim importa. E claramente para a senhora também, sente falta dela. Caso contrário essa foto não estaria aqui. – mostrei o papel na minha mão.

- Tudo bem, Rebeca. Se quer saber vou contar o que aconteceu. – sentou-se cruzando as pernas.

            Me aproximei ocupando a cadeira a sua frente.

- Nina assumiu que estava namorando com Maria. Maria sempre foi minha melhor amiga, não nego que a aproximação das duas me incomodou profundamente. Pois passei a dividir a atenção da minha melhor amiga com Nina.

- Você contou ao vovô para separá-las?

- Claro que não. Naquele tempo aquele tipo de comportamento era muito errado. As pessoas abominavam e eu jamais deixaria que alguém fizesse mal a minha irmã. Muito menos a Maria.

- O que aconteceu?

- Depois que passei a ficar mais tempo sozinha, conheci seu pai. Então começamos a namorar. Passamos a sair nos quatro juntos. E logo seu pai notou que havia algo entre elas.

- Espera! Quer dizer que foi o papai?

- Sim. Ele viu as duas se beijando e veio me perguntar se eu sabia. Eu neguei, disse que ele estava imaginando coisa aonde não tinha. Mas aí, ele viu essa nossa foto. E as suspeitas foram confirmadas.

- O papai não devia ter feito isso. – vi os olhos da minha mãe banhados em lágrimas.

- Não devia mesmo. – secou uma lágrima. – Aquela noite ele contou ao meu pai. Furioso, seu avô foi confrontar Nina. Mas ela sempre foi destemida, e não negou a verdade. Ela acreditou que fui eu quem contei ao nosso pai. E mesmo que eu tenha tentado conversar com ela depois, sua tia nunca aceitou. Me culpa pelo ocorrido. Mesmo eu não tendo feito nada.

- Mamãe, eu sinto muito. – fui até ela. – Deveria procurá-la, contar o que de fato aconteceu, talvez hoje ela te escute.

- Não filha. O passado deve ficar aonde está. No passado.

- Claro que não. Vocês têm que conversar.

- Eu acho melhor ir dormir. Boa noite, filha.

            Beijou minha testa e saiu me deixando sozinha. Em seguida coloquei a foto de volta ao seu lugar, apaguei a luz da sala e sai para o meu quarto. Fiquei tão envolvida com a história que acabei esquecendo de ligar para Alice. Mas quando lembrei já era muito tarde e eu sabia que ela deveria estar dormindo já.

            Quase não consegui dormir a noite. A história remoía os meus neurônios. Não consigo entender por qual motivo a mamãe deixaria esse assunto para trás por tanto tempo, já que além de não ter culpa pelo que aconteceu ainda sente falta da tia Nina. O que me fez acreditar que ainda havia muita coisa escondida. Que o que a mamãe me contou não fosse toda a história. Mas estou disposta a descobrir toda a verdade.

Fim do capítulo

Notas finais:

Oiê. Voltei. Quais os segredos dessa família Cardoso?????

Alguma suspeita???

E sobre o extra eu vou postar agorinha. kkk

beijos. Boa leitura. E comentem muito.

Ah! agradeçam a Preguicella que veio me ameaçar caso eu não postasse hoje. kkk

Beijo Preg.


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Comentários para 59 - Capitulo 59:
lay colombo
lay colombo

Em: 08/11/2021

Vou votar q todo mundo da família é LGBT incluindo o pai homofóbico


Resposta do autor:

kkkkk. Menina será?

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 26/10/2021

Mistério


Resposta do autor:

kkk. Eu li isso com uma voz de mistério mesmo. kkk

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 26/10/2021

Das duas uma: ou a mãe de Rebeca se viu apaixonada pela melhor amiga e escondeu isso o tempo todo,casando com o pai das meninas,ou ela também tinha uma paixão secreta e proibida,e que deixou escapar por ter presenciado o quando a irmã sofreu e foi julgada pela própria família.

E qual o segredo do pai dela? Ele ameaçou jogar tudo no vento, caso eles não se casassem?


Resposta do autor:

Nos próximos capítulos descobriremos.

kkkk

beijossss.

Responder

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SPINDOLA
SPINDOLA

Em: 25/10/2021

Boa noite, caríssima.

 

Essa " Família Addams" é sinistra, kkkk, o pai insuportável da Beca deu um de dedo duro, mas as irmãs estarem sem conversar não deve ser só por isso, também acho que a mãe da Bequinha arrasta um bonde pela Maria.

E a delicia não pode ver uma porta trancada hein, kkk, que o lado 171 aflora, e que maldade a dela em deixar a lorinha no vácuo, vai acabar dormindo no sofá na volta, kkkkk.

Bjs

 


Resposta do autor:

Boaa. Saudade de ser chamada de Cruella. kkk

kkk O lado 171 aflora foi  ótimo.

Beijoss

Responder

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Reny
Reny

Em: 25/10/2021

Acho que a mãe de Rebeca é apaixonada por Maria e que o pai homofóbico é gay.....tem muito cabelo nesse rolo.....estou adorando.. beijos


Resposta do autor:

Adoro essas teorias. kkk

Beijos

Responder

[Faça o login para poder comentar]

preguicella
preguicella

Em: 25/10/2021

De nada, viu pessoal!

Essa família tem esqueletos no armário e certamente coisa boa não é, pq se defende a sagrada família hetero só pode ter teto de vidro.

Cadê o próximo?! Tá prometendo o extra a milhões de anos e não publica. Olha a greve e o bloqueio, hein!

Bjin, bjin
Resposta do autor:

kkk. Quando alguém não gostar é bom virem te culpar tbm. kk

E tenho certeza que votou no Bozo.

Vai sair. E para de me cobrar. Ou conto o seu segredo. kkk

bjin

Responder

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 25/10/2021

Mistério!


Resposta do autor:

Muitossss

Responder

[Faça o login para poder comentar]

paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 25/10/2021

Família Cardoso é cabulosa hein..
Resposta do autor:

Num é. Vamos esperar e ver o que vem a seguir.

 

Responder

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