CAPÍTULO 42: LENÇOS, ANSIOLÍTICOS E VINHO, ESPALHADOS PELA CASA.
Vamos de remember sofrência? O cenário não mudou muito, era o mesmo apartamento, os lenços, agora eu usava umedecidos, aprendi algo de skin care... as drogas, eu experimentava algumas amostras que roubei do laboratório, e acrescentei o vinho para compensar o glamour que perdi ao trocar Adele por Lauana Prado e Marília Mendonça na playlist, dessa vez meu quarto não era meu mundo, ele foi ampliado para minha sala, escritório, varanda, cozinha...
A diferença estava no meu estágio que eu me encontrava. Estava afundada com meus lenços, ansiolíticos e vinhos, fugindo dos meus amigos, de qualquer contato social. Aquele momento era só meu, aquela dor, aquela frustração era toda minha. Não queria falar sobre ela, revivi os momentos com Marcela em cada espaço da minha casa, repassei as fotos, os pequenos vídeos... Até tentei stalkear Marcela, nenhuma movimentações nas redes sociais dela.
Enfurnada no meu quarto, eu me joguei na cama, abraçada com um moletom que Marcela esquecera na última vez que dormiu comigo. Enquanto eu estrelava meu momento de rainha do drama, sofri um pequeno infarto de susto com o berro de Ed:
-- Credo! Maria Luiza, que cena deplorável!
--Ed? Como você entrou aqui? Tenho certeza que tranquei a porta...
Ed foi adentrando pelo quarto acompanhado de Cris que se precipitava em abrir a porta que dava acesso a varanda, deixando o sol entrar no meu quarto depois de dias na escuridão completa.
-- Não entrei, eu surgi! Como esse sol maravilhoso que você não vê a quanto tempo? Pela sua cor, um século?
-- Ahan, surgiu? Como a pomba do Espírito Santo que desceu do céu? – Perguntei enquanto me ajeitava na cama, escondendo o moletom de Marcela.
-- Pomba? Só se for a pomba-gira! – Cris disse e os dois gargalharam.
-- Que pomba o que, se eu fosse descer do céu como um pássaro, eu seria uma arara linda, colorida! Ou melhor, uma águia! Com aquelas enormes, imponentes asas... Pomba...coisa mais sem graça.
-- Ai Ed, você entendeu! A Cris me devolveu a chave que estava com ela, e você, tem minha chave desde quando?
Ed e Cris se entreolharam como cúmplices de um crime
-- Isso é um detalhe, mona! Para com isso, Luiza! Se fosse preciso eu arrombaria a porta, quer dizer, eu não, a Cris, não ia querer comprometer minha pele perfeita com um machucado...
-- Lu, ficamos preocupados com você. Não respondeu nossas mensagens, nem atendeu nossas ligações e aquela nojenta falou para o Ed que você não aparece há uma semana na universidade, o que você esperava que fizéssemos?
-- A Clarisse também queria vir, mas, ela está te substituindo em uma conferência, criatura... Ela me disse que você nem lembrava dessa palestra! Logo você? Isso exigia a nossa intervenção.
-- Ai gente, obrigada pela atenção, desculpem-me a preocupação... Mas, eu simplesmente não tenho energia para falar nada... Só quero ficar quieta no meu canto.
-- Luiza, o que mudou? Ela te pediu um tempo, um espaço. Não era isso que vocês haviam combinado? Por que você cumprindo esse ritual de luto de final de relacionamento?
Cris queria detalhes, com muito custo resumi a fatídica conversa com Marcela na sua festa de open house.
-- Eu errei feio com aquele perfil fake, mas, esse não é o maior problema. A Marcela tem tanta mágoa, está tão perdida, eu não tinha parado para pensar nessa assimetria de poder entre nós... Eu seduzi a Marcela, acho que me aproveitei da admiração que ela tinha por mim, eu estava com minha auto estima tão destruída, me deixei levar pela vaidade... Fui abusiva com ela, como eu não enxerguei isso?
-- Ah não, Luiza! Seduziu? Vocês se apaixonaram amiga... Tem algumas coisas aí que ela tem razão, especialmente sobre o fato de você ser controladora, você mergulha nos seus relacionamentos e arrasta quem está com você... Mas, isso é o seu jeito de amar...
Ed argumentou, cutucou Cris para que ela continuasse a defesa. Contudo, Cris desviou o olhar e eu a conhecendo como conhecia, sabia que ela estava se coçando para soltar a língua.
-- Fala, Cris! Essa sua cara não engana! – Perdi a paciência com o silêncio e a expressão de Cris.
--Lu... Isso que a Marcela sente em relação ao namoro de vocês era exatamente seu argumento quando falava conosco que não podia se envolver com alunas, orientandas... cansei de ouvir lição de moral sua, falando da falta de ética, e que existia uma relação de poder entre professor e aluno, poderia ser confundido com assédio...
-- Menos, Cris, eu nunca concordei com essa ideia. A Marcela é maior de idade, e sabia exatamente o que estava fazendo. – Ed insistiu.
-- Eu acho que entendo a Marcela, não te acho um monstro, Lu... Concordo com o Ed, você é intensa, se apaixonou de verdade e foi com tudo para viver esse amor depois do perrengue que enfrentou com o fim do namoro com Beatriz... Mas, pode ter sido muito para a Marcela. Você como uma mulher mais velha, com estabilidade, admirada na universidade como pesquisadora, enfim, realizada profissionalmente, e a Marcela está só começando...
-- Que coisa mais anos 60, Cris! Você vai querer me convencer que diferença de idade é um problema? – Ed se exaltou.
-- Claro que não! Não foi o que eu disse! Eu só estou trazendo uma outra perspectiva que a própria Luiza defendia, antes de se apaixonar por Marcela... Lu, se dependesse de você, da sua vontade, a Marcela estaria aqui, morando com você, e com certeza você não ia querer que ela pagasse nada, uma hora você não ia mais achar tão legal fazer programas com internos, residentes... E quando a Marcela se formasse? Ela teria que escolher os programas de residência daqui... Quando você já pode desfrutar dos melhores programas de pós graduação do país e fora do país também.
-- Mas, eu a apoiaria, eu mudaria minha vida por ela também! – Desabafei.
-- Eu não duvido disso, Lu... Eu só estou descrevendo o contexto da Marcela... Tem tudo isso e a confiança dela abalada, por que você a manipulou... Desde o começo, Lu.
No fundo, eu sabia que Cris estava certa, por isso, eu já tinha perdido as esperanças de reconstruir minha relação com Marcela. Interpretei como um sinal do universo meus olhos sempre pararem no e-mail da universidade de Oxford, fugir parecia uma ótima ideia, e assim, daria o tempo e o espaço suficientes para Marcela, me perdoar ou me esquecer.
Naquele mesmo dia, respondi o e-mail aceitando o convite para integrar um grupo de pesquisadores sobre uma nova droga anti-neoplásica, como professora visitante. Apresentei todo o processo para a universidade, solicitando meu afastamento, apesar de reticente, Beatriz se encarregou de acelerar o trâmite burocrático. Sobre a minha decisão, somente ela ficou sabendo a princípio, só comunicaria aos demais membros do grupo de pesquisa e também aos meus amigos, se, meu afastamento fosse autorizado.
No final da semana, depois de dias fugindo das conversas com meus amigos, incluindo Clarisse, que tentava contato comigo de diversas formas, fui surpreendida com minha colega de pesquisa batendo à porta trazendo meu almoço pedido por aquele aplicativo de delivery.
-- Clarisse? Mas... O que você fez com o entregador? Sequestrou meu almoço o desovou o corpo do coitado em algum beco?
-- Ha ha ha... Muito engraçadinha... – Clarisse foi sarcástica enquanto me entregava as sacolas com a comida.
-- Sério, o que você está fazendo aqui disfarçada de entregador?
-- Ah sua boba! Encontrei com o entregador na portaria, paguei seu almoço e disse ao porteiro que você estava me esperando.
-- Acha que eu não aceitaria que você subisse se me avisasse que estava aqui? Não exagera, Clarisse.
-- Como eu ia saber? Pelo que sei, Ed e Cris usaram a chave reserva para entrar aqui, por que você nem atendia a porta.
-- Isso aí da chave reserva ainda é um mistério para mim... Mas, você poderia ter me ligado, ou avisado que estava aqui... Já que pagou meu almoço, quer dividir comigo?
-- Pensei que não ia me convidar!
Clarisse seguiu direto para minha cozinha, e ela mesma foi colocando a mesa, enquanto desembrulhava o nosso almoço.
--Sei que estão sendo tempo difíceis para você, Luiza, mas, se isolar de todos, sumir do seu trabalho... Acha que esse é o caminho? Você perdeu uma grande oportunidade de apresentar o relatório do GRUFARMA na conferência da semana passada, tínhamos agências fomentadoras de pesquisa de olho... Sabe que os recursos do governo estão escassos...
-- Eu sei, Clarisse... Eu quero te agradecer por ter me substituído, e pelo que sei, você se saiu muito bem.
-- Mas, não era eu que eles queriam ver. A linha de pesquisa farmacológica é o que atrai mais financiamento. Mas, enfim... Estou mais preocupada com você do que com sua pesquisa. Como você está?
-- Decepcionada comigo mesma, frustrada... Acho que eu nunca me senti tão mal ao reconhecer meus erros, meu egoísmo. A Marcela me acusou de ser manipuladora, controladora, e ela tem toda razão, Clarisse.
-- Luiza... Não é bem assim... A gente sabe que relacionamentos entre mulheres são intensos, e você, ah minha amiga... Você é uma força da natureza quando está apaixonada. Você se entrega e faz tudo para quem está ao seu lado se sentirem únicas e isso as envolve...
-- Nossa... Clarisse, ninguém nunca me descreveu dessa forma...
-- Sou uma boa observadora. E foi o que eu testemunhei em todos os seus relacionamentos, desde que te conheci. Eu só acho que a Marcela não estava preparada para você ou para o amor que obviamente existe entre vocês.
-- Acha então que devo dar esse espaço para ela? Acha que isso resolveria nossa situação?
-- Luiza, somos adultas, quantos namoros já tivemos? A gente sabe o que essa merd* de dar espaço quer dizer, não é?
Baixei os olhos e larguei os talheres. Saber o que dar espaço significa, era o que me apavorava.
-- Luiza, acho que ela já está aproveitando esse espaço... Esse nosso mundinho é pequeno, sempre tem uma que conhece a amiga da outra...
-- O que está tentando me contar, Clarisse? A Marcela está com alguém?
-- Acha que eu viria aqui para te contar uma fofoca de alunas?
-- Não sei, o que está querendo me contar afinal?
-- Estou te abrindo os olhos, você aceitou dar esse espaço e vai se enfurnar nesse apartamento enquanto ela explora as possibilidades? Isso não funciona, Luiza! A Marcela é apaixonada por uma mulher forte, que encara tudo de frente, inclusive colocar sua reputação em risco para assumir o namoro com ela! Uma mulher que se anula e se esconde... Não é essa mulher que a Marcela precisa saber que corre o risco de perder!
-- Clarisse... Minha reputação já foi manchada e não foi pelo meu namoro com Marcela. Acho que mostrar minha força, que nesse momento está bem abalada, não mudaria minha situação com a Marcela. Mas, é bom saber que ela está se divertindo... Se, realmente existir uma esperança para nós, ela tem que viver tudo que ela acha que não viveria se estivesse comigo, então ela pode fazer as escolhas dela.
-- Por que eu acho que você está me escondendo alguma coisa?
Desisti do almoço. Afastei-me da bancada e tentei mudar de assunto, antes de revelar a Clarisse meus planos de deixar o país.
-- Pode me lembrar de avaliar mal esse restaurante? O tempero deles é péssimo! – Joguei a comida do meu prato na lixeira.
-- Podemos sair para comer alguma coisa...
-- Perdi a fome agora, mas, podemos jantar mais tarde, deixo você escolher o lugar!
-- Jura? Nossa, a Cris vai me odiar ainda mais, se souber que consegui te tirar de casa e ela não.
-- Não provoca Clarisse... Eu te devo uma por me representar na conferência. Mas, não divulga um simples jantar como um troféu na disputa com a Cris, por favor.
-- Pode deixar! Vou te mandar a localização do restaurante, e a gente se encontra as 8, pode ser?
-- Combinado.
O convite que fiz a Clarisse foi melhor saída para fugir da pergunta da minha amiga. Agora, eu era obrigada a cumprir minha palavra, sair do meu casulo do luto era imperativo. Não posso negar que a informação que Clarisse me trouxe sobre Marcela estar curtindo o espaço dela não me incomodou... me perturbou a ponto de concordar com Clarisse, se a Marcela queria espaço para pensar, eu daria, mas, isso não poderia me condenar a clausura para que ela não se sentisse invadida.
O restaurante escolhido por Clarisse era novo, escolhemos uma mesa colocada na calçada, cercada por uma varanda de madeira decorada por primor por um paisagista famoso. Tudo corria como um jantar normal entre amigas, até uma de nossas ex-alunas, passar pela calçada e nos cumprimentar:
-- Professora Clarisse, professora Luiza! Que coincidência encontrar vocês aqui!
-- Oi, Eveline, tudo bem? Coincidência por quê? – Respondi com outra pergunta.
-- É que nossa turma está numa pré-comemoração ali no barzinho do Pepe – apontou para o outro lado da rua – A gente estava com a comissão de formatura, e vocês duas serão professoras homenageadas da nossa turma!
-- Nossa! Que honra! O tempo passa muito rápido, vocês já vão se formar esse semestre? – Clarisse quis saber.
-- Para nós não foi tão rápido, professora. – Eveline brincou. – Mas, não quero atrapalhar o jantar de vocês, mas, seria ótimo se passassem lá no bar, o pessoal vai gostar de ter vocês nessa previa de nossas comemorações da formatura.
Sorrimos enquanto a garota atravessava a rua, aos poucos a calçada do bar estava lotada de ex-alunos não só dessa turma em específico, mas outros internos e residentes, e para minha surpresa, Marcela se juntava eles acompanhada de Milena. Clarisse logo percebeu minha face ficar pálida.
-- Luiza... Podemos ir para outro lugar... Podemos cancelar o pedido...
-- Não, não, Clarisse. Está tudo bem. Mas, mudei de ideia, vamos pedir um vinho.
Por mais que eu tentasse, meus olhos passaram a se fixar no lado contrário da rua, observei Marcela com aquele sorriso lindo, gargalhava, aquela mesma Marcela que vi tão à vontade na sua festa de open house. Com algumas meninas ela parecia mais intima, cochichavam ao ouvido, trocavam carícias, e para minha surpresa, Milena nem estava perto de Marcela.
-- Luiza, você quer trocar de mesa? Posso pedir uma dentro do restaurante...
-- Não precisa.
-- Ah ótimo! Vamos passar o resto da noite assistindo a noite de farra de Marcela.
-- Não fode, Clarisse.
Clarisse revirou os olhos, enquanto eu continuava a bisbilhotar de maneira nada discreta cada passo de Marcela, que entrava e saía do bar sempre acompanhada. Terminamos o jantar, sob os protestos de Clarisse, inconformada pelos diálogos se restringirem a especulações sobre quem seriam as acompanhantes de Marcela, quem seria a nova “crush” dela?
-- Acha que ela está ficando com aquela loira azeda? – indaguei apontando com os olhos.
-- Pode ser, mas, pode ser que ela esteja com aquela negra maravilhosa também... Quem sabe com as duas ao mesmo tempo, e elas sejam um trisal?
Franzi a testa em sinal de censura.
-- Quer saber? Acho que deveríamos passar lá no bar. Aceitar o convide de Eveline.
-- De jeito nenhum! Você quer ser vista pela Marcela. Isso é o oposto do que ela pediu: espaço! Aqui é nosso espaço, lá é o dela.
-- Ué, não foi você que me falou mais cedo que ela tinha que ver a mulher que forte, admirada, que ela corre o risco de perder?
-- Olha aí a Luiza manipuladora... usando minhas palavras para me convencer a embarcar em uma cilada!
-- Menos drama, Clarisse. É só uma passada, não é nada demais.
Clarisse sabia que não ia conseguir me dissuadir do contrário. Saímos do restaurante e atravessamos a rua em direção ao Bar do Pepe. Eveline foi a primeira a nos receber e anunciar aos colegas nossa presença. Em meio a cumprimentos animados dos colegas da turma de Eveline, eu buscava Marcela pelos cantos do bar.
Passada a euforia do encontro, depois de aceitar a bebida oferecida por um dos alunos, encostei-me no balcão acompanhada de Clarisse.
-- Luiza, uma bebida e vamos embora.
-- Relaxa, Clarisse. Está tudo sob controle.
O controle foi-se quando vi Marcela saindo do banheiro de mãos dadas com uma garota, nem a loira, nem a negra, na verdade eu mal consegui olhar para a garota, meus olhos se fixaram nas mãos delas com os dedos mindinhos entrelaçados. Aquele gesto se desfez quando Marcela me viu, instantaneamente se afastou da garota, que tentava envolve sua cintura com o braço.
-- Clarisse... Vamos embora.
O ar pareceu sumir dos meus pulmões, senti uma dor asfixiante. Clarisse envolveu seu braço no meu ombro e me tirou do bar, antes que eu deixasse as lágrimas molharem meu rosto na frente de todos ali.
-- Lu, te deixo em casa, te faço companhia hoje...
-- Não, Clarisse, eu vim de carro, estou bem, quero ficar sozinha se não se importa.
-- Claro que eu me importo. Não vou deixar você se afundar de novo em ansiolíticos e sumir de novo do radar.
-- Prometo que não vou sumir. Só não quero falar nada hoje. Agora sou eu que preciso de espaço.
Abracei Clarisse e segui para meu carro, amargando a memória recente do novo affair de Marcela, definitivamente eu não estava pronta para aquilo, o término da nossa história era um fato, não era mais uma hipótese.
Entrei debaixo do chuveiro para um longo banho, em uma tentativa inócua de apagar minhas lembranças, a água quente se misturou às minhas lágrimas. Enquanto buscava um novo ansiolítico para testar, a campainha da porta tocou, imaginei que fosse Clarisse que preocupada comigo havia decidido passar a noite me fazendo companhia. Contudo, ao abrir a porta, me deparei com Marcela, com os olhos marejados:
-- Podemos conversar?
-- Marcela, desculpa. Mas, acho que não é uma boa hora.
Tentei fechar a porta, mas ela a segurou.
-- Luiza, se não me deixar entrar, vou começar a falar o que preciso falar aqui mesmo...
-- Ah é? Precisa? Então pode falar Marcela.
-- Quer saber? Vim te falar...
Marcela respirou fundo, balançou a cabeça e num ímpeto voraz, avançou na minha boca, me tomou em um beijo sôfrego, me deixando sem defesas, e incapaz de rejeitar, tamanho o desejo que senti ao me deixar invadir por sua língua. Ela me jogou contra a porta, mordiscou meus lábios emendando outro beijo lânguido, e suas mãos começaram uma incursão entre meus seios, entre minhas coxas, completamente tomada pela paixão eu me rendi segurando Marcela pelo pescoço empurrando-a para o sofá. Depois de me desafazer do hobbie que eu vestia, sentei sobre o quadril de Marcela e remexi ouvindo seus gemidos, sabia o quanto a excitava me ver daquela forma.
Deixei meu corpo cair sobre o dela e posicionei suas mãos na minha cintura, para que ela conduzisse o ritmo do roçar de nossos corpos. Beijei seu pescoço, seu colo, enquanto apertava seus seios por cima do seu vestido. Senti-me encharcada, e sabia que ela estava do mesmo jeito, o cheiro da sua excitação me deixava louca de tesão. Tratei de posicionar minhas mãos por baixo do seu vestido, como supunha, a calcinha ensopada era uma mostra do que eu encontraria no seu sex*.
Não tive pressa, massageei com meus dedos, enquanto continuava a ch*par sua língua e mordiscar a sua boca.
-- Entra em mim, Luiza...
Esse era o meu desejo, penetrei Marcela com meus dedos lentamente, me deliciando com os seus gemidos, com sua expressão de prazer arqueando as sobrancelhas, fechando as pernas, os músculos das suas coxas tremiam. Seu clit*ris inchado era um convite para que eu permanecesse ali prolongando o orgasmo que se desenhava na nossa face.
Fim do capítulo
Hei girls!
Será que o desfecho da história já chegou? Essas duas são puro fogo, mas, isso é o suficiente para superar os obstáculos?
Aguardem os capítulos finais...
Beijos e até a próxima!
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Marta Andrade dos Santos
Em: 24/10/2021
Sei não viu é só fogo mesmo.
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