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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
  • Capitulo 54

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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

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Palavras: 4494
Acessos: 3323   |  Postado em: 20/10/2021

Capitulo 54

 

Capítulo 54º

Narrador

            Larissa e Isabella pousaram para fotos na entrada ao lado dos dois filhos, já que Alice ainda não havia chegado. A segunda queria confirmar se tudo estava em ordem antes de começarem a festa. Larissa sorriu satisfeita com a decoração, sabia que a sogra e a esposa tinham bom gosto para isso.

            Recordou de como Helena foi insistente sobre a festa de noivado das duas. Sorriu concluindo que possivelmente Isabella fará a mesma coisa com Alice. Sentiu até um pouco de pena do casal.

- Nossa sogra nunca decepciona. – Milena comentou se aproximando.

- Nunca. Mas a Bella também ajudou muito.

- Defensora dos oprimidos. – brincou com ar de riso. – E a aniversariante?

- Deve estar para chegar com a turma.

- É estranho pensar que até alguns anos atrás nós erámos a turma de atrasados nos eventos, a galera que vinha para beber. Agora os nossos filhos tem a própria turma.

- Você ainda vem pela bebida. – implicou.

- Diz isso para o meu fígado que com duas cervejas já me deixa de cama na manhã seguinte. – riram juntas. – Olha quem acabou de chegar. – apontou com a cabeça para a entrada.

            Bianca estava parada analisando o local e as pessoas presentes, chegou a pensar que havia chegado muito cedo. Porém ao observar com mais atenção avistou Milena e Larissa. Caminhou até as duas. Ela usava um terninho branco, os cabelos soltos, sapatos de salto fino completavam os looks com outros acessórios.

- Acho que cheguei cedo. – comentou ao estar próxima suficiente.

- Ótimo. Podemos começar a beber. – Milena disse rindo.

- Essa é sua frase preferida e a minha também. – riram juntas. – Cadê Isaac?

- Conversando com o pai em algum lugar. – passou os olhos pelo local. – Uau! – indagou.

            Por curiosidade da expressão que Milena fez as outras duas viraram na direção que ela olhava. Bianca sentiu seu coração acelerar. A alguns metros estava sua ex-esposa, Samantha. Os cabelos não eram mais ruivos, agora estavam pretos, e longos indo até pouco mais da cintura. Continuava linda e constatar aquilo acabou com ela.

            Já haviam se passado anos, mas as sensações que a presença da outra causavam na advogada eram as mesmas. Ela estava mais velha, mas isso só a deixava ainda mais sedutora com aquele ar de mulher poderosa. Bianca estava petrificada, colocou as mãos nos bolsos em forma de defesa quando seus olhos cruzaram com dela.

            Isabella estava dizendo algo para Sam, talvez mostrando aonde estava Larissa. Samantha sustentou o olhar na direção da ex, parecia não ver mais nada a sua volta. Bianca foi jogada com força em suas lembranças, e assim recordou da última briga que tiveram. Na qual Sam disse que a amava, mas amava mais a ideia de ser mãe. Aquilo havia lhe machucado por tempo demais.

- Eu preciso ir beber. – virou-se indo em direção ao bar.

- É melhor eu ir atrás dela. – Milena disse acompanhando-a.

- Claro. Vou falar com a Sam. – sorriu consentindo. – Um bom filho a casa torna. – sorriu abrindo os braços para a mulher que sorriu.

- Estava com saudades dessa casa. – sorriu aceitando o abraço. – Vocês como sempre sabem dar uma festa. – observou em volta. Na verdade, não era para olhar o lugar, era apenas para tentar localizar Bianca.

- Ela vai ficar bem, só foi o choque inicial. – tranquilizou-a.

            Samantha nada respondeu. Sabia que existia uma grande probabilidade de dar de cara com Bianca, coisa que ela considerou já está preparada. Afinal já havia se passado anos. Mas toda sua teoria caiu por terra quando a viu.

- Quer beber algo?

- Por favor. E aonde está a aniversariante?

- Deve estar chegando com a namorada.

- Namorada?

- Sim. Por sinal acabaram de entrar. – Larissa ponderou.

- Nossa! Como ela cresceu. – afirmou rindo. – Aquela é a namorada? – indagou olhando para Rebeca.

- Sim. Aquela é Rebeca Cardoso.

- Isabella está surtando?

- Com o que?

- A bebezinha dela namorando uma mulher mais velha?!

- Nem um pouco. – falou vendo-as se abraçarem. – Isabella idolatra a Rebeca. Mas ela idolatraria qualquer uma que não fosse a irmã da Alana. – deu de ombros.

- Que história é essa?

- Outra hora te conto. E não me entenda mal, não estou desmerecendo Rebeca. Ela é tudo aquilo que você vê e muito mais. – ponderou olhando-as. – Tem feito um ótimo trabalho na empresa.

- Eu acho que mataram a Isabella que eu conheci. Como assim ela ainda é funcionária de vocês e a Isa nem surtou com isso?

- Pois é. Progresso. – riram cúmplices.

            No bar Bianca fitava o fundo do copo de uísque, que agora estava vazio. Milena se manteve ao seu lado, apenas em silêncio. Esperaria o momento que ela decidisse falar algo.

- Se vai ficar me olhando ao menos bebe comigo. – falou mal humorada.

- Tudo bem. – levantou a mão pedindo um drink ao bartender.

- Você sabia que ela estava aqui? – questionou baixo.

- Sim. Nós a encontramos quando estávamos de férias, foi apenas coincidência. Mas ela falou sobre voltar. Larissa a convidou para vir hoje. – ela deu uma risada sem graça, era apenas frustração.

- Obrigada pelo aviso. – disse ressentida.

- Bia, não foi por mal. Todo mundo sabe que vocês terminaram de forma abrupta. E nos torcíamos para que voltassem. Mas já faz tanto tempo. Estava na hora disso acontecer. – tocou seu ombro. – Deveria aproveitar a chance para conversarem. Sem armas, colocar as coisas em ordem para seguir sua vida. Você está presa nessa coisa de não se apegar.

- Prefiro meu silêncio e minha bebida. – falou ríspida. – Foi ela quem decidiu. E eu sofri muito, não confiarei meu coração a mais ninguém. Ou o que sobrou dele, depois que ela o destruiu. – bebeu todo o conteúdo do copo.

            Milena olhou penalizada para a amiga. Era notório o quanto ela ainda estava magoada com a forma que tudo acabou. Decidiu que não iria mais falar nada. Permaneceram em silêncio por longos minutos, até que Milena percebeu que Samantha queria se aproximar.

- Eu vou procurar meu marido. – disse ficando de pé. Bianca não se deu ao trabalho nem de responder.

- Posso sentar? – bastou ouvir a voz rouca para seu corpo inteiro reagir. Quis responder que não, mas sua voz não saiu. Quis levantar quando viu a mulher ocupar o banco ao seu lado, porém suas pernas não obedeceram ao comando do cérebro.

- Uísque, por favor. – pediu. – Como você está? – indagou insegura.

- Estou como você pode ver. – não ousou olha-la.

- Bia, não precisa ser assim. – suplicou.

- Acho melhor eu ir. – fez menção em levantar, mas sentiu a mão da mulher segurar seu braço.

- Não! Fica, só queria conversar com você, saber como anda sua vida. Se namora, se casou de novo. Podemos ser gentis uma com a outra ao menos algumas horas.

- Não casei, não namoro. – Sam sorriu vendo que ela aceitaria sua proposta.

            Assim iniciaram uma conversa amigável. Ao longe o ex-casal era observado pelas amigas.

- Alguma chance de elas saírem aos tapas? – Milena indagou olhando a cena de longe.

- São duas adultas. Bia claramente ainda ama a Sam. Deixe que elas se entendam. – Isaac enfatizou. – Que tal a gente ir dançar?

            Enquanto isso Amélia passava pelo meio dos convidados tentando evitar que Isabella visse que Virgínia havia invadido a festa. Conseguiu tirá-la pelos fundos do local. A garota parecia desolada, não deu uma única palavra durante o percurso.

- Vou chamar um táxi. – comentou pegando o celular.

- Não! Eu estou de carro. – falou quase sem forças.

- Você está bem para dirigir? – ela meneou a cabeça. – Ótimo! O que deu em você? Invadir uma festa desse jeito.

- Eu só precisava conversar com a Alice.

- Isso não poderia esperar? Outra ocasião, talvez. Se a Isabella te visse aqui ela iria te levar para a delegacia.

- Não importa. – deu de ombros. – Isso faria ela imensamente feliz, a irmã da Alana atrás das grades, essa mulher me odeia por motivo nenhum. Me trata como se eu fosse fazer a mesma coisa que a minha irmã. Pegar uma arma e atirar, no caso na sua irmã. – concluiu olhando para a chefe.

            Por um segundo Amélia viu no olhar da garota a magoa da comparação, mas também havia um brilho diferente. Como se aquela ideia não fosse tão impossível. Tal pensamento fez com que a mulher sentisse calafrios.

- Não fala isso. Veja como as coisas terminaram para a sua irmã. – ponderou com paciência. – Alice está com a Rebeca. E você pode encontrar alguém.

- Estou sozinha, parece que sempre vou ficar sozinha. – suspirou e Amélia sentiu pena da garota.

- Você não está sozinha, tem o Cadu, tem a mim. E pode até ter Alice, como amiga.

- Eu não tenho você, afinal está namorando a doutora. Cadu tem dois namorados. – sorriu com ironia.

            Escutaram um barulho vindo das latas de lixo. Mas quando se viraram para olhar não havia nada.

- As coisas não precisam ser desse jeito. – comentou com pesar.

- Eu acho melhor ir embora. Obrigada por tentar me ajudar. – agradeceu.

            Amélia esperou alguns minutos para ter certeza de que ela iria mesmo embora. Voltou para o local da festa. Letícia a fitou sem entender seu sumiço.

- O que houve?

- Virgínia. – disse tomando um gole do seu drink.

- O que tem ela?

- Invadiu a festa. Peguei ela, Alice e Rebeca dentro do banheiro discutindo. Minha irmã estava prestes a perder o controle com ela. – afirmou.

- Essa garota tem sobrenome problema. – revirou os olhos. – Mas aparentemente está tudo bem entre sua irmã e a Alice. – mostrou a pista e as duas dançavam juntas.

            Amélia viu o sorriso no rosto da irmã. Era notório o quanto Alice fazia bem a ela. Desde que a garota havia aparecido em sua vida as coisas fluíram melhor. Não ficava sempre trabalhando, estava até saindo mais. O que as aproximou já que agora tinham mais assuntos. Depois do termino do noivado, imaginou que ela levaria um bom tempo até confiar em alguém, mas aos poucos a loira ia ganhando território.

- Elas parecem felizes. – comentou Letícia. – Que tal a gente mostrar como se dança?

- Eu não sei dançar, tenho dois pés esquerdos. – justificou.

- Não me importo. Posso sobreviver a alguns pisoes se depois você me recompensar na cama. – sorriu com malícia.

            Rebeca reclamou de cansaço e o casal resolveu se sentar. Alice insistiu para que a namorada tirasse os sapatos, assim poderia massagear seus pés.

- Amor, ainda tem muita gente aqui. – reclamou.

- E daí? A maioria agora é a minha família. Me dá esse pesinho de princesa aqui. – insistiu fazendo a mulher rir.

- Desculpa pela noite não está sendo tão divertida. Você não bebeu, não conseguiu dar atenção a todos os convidados.

- Não precisa se desculpar. Só de te ter ao meu lado a noite já está mais que especial. – sorriu dando um leve selinho.

            Com o avançar das horas mais gente ia embora, e o álcool nas que ficaram aumentava ainda mais. Rebeca ria ouvindo Anna cantar quase fazendo um show. Ainda bem que de fato só estavam presentes as pessoas mais próximas a família. A velha turma de Larissa conversava como nos velhos tempos. Sam e Bianca conseguiram até sorrir recordando coisas do passado. Na mesa de Alice Anna falou:

- Eu acho que você deveria ir morar comigo. – afirmou Anna com a voz quase que inaudível.      

            Todas que estavam na mesa pararam para observar a cena. Anna fitava Tália, que aparentemente estava muito surpresa com o pedido daquela forma.

- Não estou te pedindo em casamento. – ponderou. – Só para deixar claro. – arrancou risos das amigas. – Só acho que a gente pode ensaiar. – sorriu segurando sua mão. – Odeio dormir longe de você. Fora que a gente nem pode mais trans*r na sala. – fitou Rebeca que revirou os olhos.

- Nem na piscina. – repreendeu.

- Não sabia que sua cobertura era um motel. – Letícia brincou. – Podemos ir até lá? – provocou a amiga.

- Essas duas saem trans*ndo em todo lugar. E não, minha casa não é motel.

- Até no seu balcão. – Anna contou travessa.

- Ah Deus! Fiz um pão lá esses dias. Sua bunda, minha pedra, a massa... – fez careta. – Chega. Vou trocar.

- Quer a lista de todos os móveis? – desaviou se divertindo com a situação.

- Aceita logo essa proposta. Não aguento mais imaginar vocês trans*ndo em todos os lugares daquela casa. – Rebeca quase implorou para a amiga.

- Amanhã, quando estiver sóbria ela me pergunta e eu respondo. – Tália beijou os lábios da namorada.

- Mas elas não são as únicas que devem morar juntas. – Amélia comentou com ar de riso. – Sei bem que Alice tem dormido todos os dias na sua casa.

- Quem é você para falar de mim? Já tem até uma cadeirinha instalada no seu carro. – revidou fazendo-a corar.

- Precisamos cuidar em ter um filho. Essas quatro são muito apressadas. – Anna concluiu.

- Amor, você precisa ficar sóbria urgente. – Tália disse rindo. – Você nem quer ter filho.

- Verdade. Não me deixa tomar nenhuma decisão enquanto tomei um caminhão de uísque. – apontou o dedo para ela.

- Você não consegue tomar uma decisão certa nem sóbria. – Alice implicou. Anna sem cerimônia nenhuma levantou o dedo do meio para ela. A loira apenas sorriu.

- VOCÊ NÃO TEM VERGONHA? MAS EU NÃO PODERIA ESPERAR OUTRA COISA DESSA FAMÍLIA DE ABERRAÇÕES.

            Viraram na direção dos gritos. Alice se pôs de pé, sendo impedida de ir até lá pela namorada que rapidamente segurou sua mão.

- Não. É melhor eles se resolverem.

- Concordo. – Anna disse.

- George, querido você está fazendo cena. – Iara interveio ficando no meio dos dois.

            Cadu observava tudo com ar surpreso. Alice havia convidado ele, Rick e Miguel, mas aparentemente o namoro dos três ainda estava no armário. Não que a garota julgasse, imaginava como seria difícil para sua família se acostumar com a ideia de o garoto ter dois namorados. Mas sabia que todos eram maravilhosos, e por mais que fosse causar certa surpresa, ele jamais seria desrespeitado por namorar dois rapazes.

- O que isso significa? – Antônio se aproximou dos três.

            Larissa, Isabella, Isaac e Milena estavam próximos também.

- ÓTIMO! MAIS ALGUÉM QUER ESCUTAR A POUCA VERGONHA QUE ESSE GAROTO ESTÁ VIVENDO?

- Pai, chega. O senhor bebeu demais. – Alice viu o desespero no olhar do primo, conseguiu se soltar da mão de Rebeca que ainda gritou chamando-a.

- Ôh! Otário, está na hora de você ir. – falou firme se aproximando dele.

- Ótimo, a aberração mirim veio dar uma de machoooo! – gritou em direção a Alice.

- George é melhor você ir. – Isaac ponderou segurando-o pelo ombro.

- IR? IR PARA AONDE? ESSE VELHO ESTÁ PRESTES A ME DEMITIR. TEM DIMINUIDO MINHAS HORAS DE TRABALHO- falou olhando para Antônio. – A MINHA ESPOSA ADORA CHUPAR BUCETA, QUE INCLUSIVE... A GAROTINHA QUE ELA COMIA ESTÁ BEM ALI. – apontou para Anna, que por algum motivo idiota se pôs de pé e ainda levantou a mão para ser vista. O álcool e aquela garota não combinavam era fato, ela já é tonta e bêbada fica ainda pior. Alice viu Tália puxando-a para sentar ao seu lado. – QUANDO EU PENSO QUE NADA PODE PIORAR, DESCUBRO QUE O MEU FILHO, MEU ÚNICO FILHO, NAMORA DOIS. VEJAM BEM, EU DISSE DOIS MARMANJOS.

            Todos permaneceram em silêncio. Apenas observando a cara espantada de Cadu e o ódio que o pai do garoto usava para falar tudo aquilo.

- MAS CLARO, ESSA FAMÍLIA NÃO SE IMPORTA. ACHA TUDO NORMAL. ATÉ UMA ADOLESCENTE NAMORAR UMA MULHER GRÁVIDA.

            Até aquele ponto Alice havia se controlado. Mas seu ódio foi ao topo do monte mais alto quando ele falou sobre a gravidez de Rebeca, ele não tinha direito nenhum. Deu dois passos em sua direção, pronta para fazer pior do que a última vez. Mas foi impedida por Helena que tomou sua frente.

- Querida, não. – segurou-a pelos ombros.

- Esse cara merece uma boa surra para virar homem. – falou entre dentes.

- George, vamos embora. – Iara segurou seu braço, tentando leva-lo dali.

- ME LARGA, EU NÃO VOU A LUGAR NENHUM. – puxou o braço, mas levantou a mão para bater em Iara que já fechava os olhos esperando a pancada lhe atingir.

            Mas Carlos Eduardo em um movimento rápido segurou a mão do homem. Seus olhos ardiam de raiva, fitando o filho.

- O QUE ESTÁ FAZENDO SEU MOLEQUE? – indagou aos gritos.

- Sendo mais homem do que você um dia foi. – respondeu firme. – De uns dias para cá tenho percebido coisas que antes não estava notando. E eu quis, quis acreditar que era apenas coisa da minha cabeça. Quis acreditar que você jamais faria isso com a mamãe. – nesse instante Iara já chorava. – Mas eu vi as marcas que tem deixado no corpo dela. Vi ela implorando para não fazer sex* com você. – sua voz embargou. – De todos aqui presentes, o único que é uma abominação é você. – afirmou e ele levantou a outra mão para agredi-lo. Cadu com facilidade segurou sua outra mão. – Mãe, todos aqui são testemunhas do que ele iria fazer com a senhora hoje. Mas eu sou sua testemunha de ontem, quando ele te forçou a...- respirou fundo. – A senhora merece mais, ele é um cara abusivo, tóxico, narcisista. – afirmou o garoto.

- ME RESPEITA QUE EU SOU SEU PAI.

- NÃO! VOCÊ NÃO É. VOCÊ ME ENVERGONHA, TENHO NOJO DE TER O SEU SANGUE CORRENDO NAS MINHAS VEIAS.

- SEU MOLEQUE. – forçou para se soltar, Cadu deixou que ele ir, desequilibrado por conta do álcool deu dois passos para trás. – VOCÊ ME PAGA. – gritou tirando do bolso uma pistola.

            Assustados todos deram um passo para trás. Isabella sentiu seu corpo inteiro tremer, lembrando do que havia acontecido com Larissa. Se posicionou em sua frente, na tentativa de que ele não mirasse nela.

- Abaixa essa arma, George. – pediu Isaac.

- Faça isso. – Bianca suplicou. Sam segurou a mão dela, impedindo que ela dessa mais um passo em direção a arma.

- Não se aproxime de mim. – ordenou apontando a arma para eles. Milena ia em direção ao marido, mas foi impedida por Helena.

- Não seja burro. Aqui tem seguranças, eles jamais vão permitir que você saia daqui vivo. – Alice afirmou dando um passo para a frente.

- Alice!!!- Rebeca gritou de onde estava, sentindo seu corpo inteiro tremer de medo da garota se machucar. Amélia a agarrou por trás, impedindo que ela fosse até lá. – Me solta.

- Você está grávida, não posso te deixar ir. Sinto muito. – falou baixo e Rebeca sentiu lágrimas descerem por seus olhos apenas esperando o pior.

            Quando George escutou o grito de Rebeca virou na direção para olhar. Alice aproveitou seu momento de distração e acertou um golpe no ante braço dele que gritou de dor e soltou a arma. Isaac chutou o objeto para longe. Só então os seguranças puderam conter o homem.

- VOCÊ ME PAGA SUA PUTINHA!!!- gritava para Alice.

            Sem paciência alguma o segurança deu um soco no homem que ficou desacordado. Alice se virou para a direção das amigas. Mas viu Rebeca caminhando rapidamente para junto dela.

- Por que fez aquilo? Por que se arriscou desse jeito? – reclamou entre o choro e o alivio.

- Ele ia machucar alguém. – afirmou a garota.

- Ele poderia ter machucado você. – continuava chorando. – Não seja assim, não seja a heroína, seja covarde. Se quer casar comigo você precisa se proteger, não sei se aguentaria te perder, Alice. – falou em um folego só.

            Rebeca nem se importou com as pessoas que ainda assistiam a cena. Seus olhos estavam presos na garota da cabelos loiros a sua frente.

- Eu estou bem. – a abraçou. – Está tudo bem. – beijou sua boca.

- Acho melhor a gente dar um calmante a ela, todo esse estresse não vai fazer bem ao bebê. – Letícia disse se aproximando das duas. – Vamos sentar. – Rebeca aceitou ser levada pela amiga.

- Eu já vou com vocês. – Alice disse soltando sua mão. Mas Rebeca não soltou a dela. – Prometo. – afirmou.

- Vem, Rebeca. Ela precisa dar o depoimento para a polícia.

            Passava de duas horas da manhã quando as testemunhas terminaram de falar com a polícia. Todos estavam exaustos. Iara estava inconsolável com tudo o que o marido havia feito, se sentia culpada por não ter tomado uma atitude antes que as coisas chegassem a tal ponto.

- Acho melhor vocês ficarem lá em casa alguns dias. – Helena disse a filha e ao neto.

- Mamãe, eu sinto muito. – desculpou-se aos prantos.

- Você não tem culpa de nada. Agora vamos embora, eu preciso dormir. Até amanhã. – beijou Larissa, Isabella e Alice.

- Até. – responderam juntas.

- Filha, acho melhor você levar a Rebeca para casa. – Larissa comentou acariciando os cabelos da garota.

- Vou fazer isso.

            Na limosine Alice acariciava a mão de Rebeca que estava meio grogue por conta do calmante. O motorista parou em frente ao prédio. As quatro subiram até o último andar em completo silêncio. Anna havia ficado sóbria assim que viu George mostrar a mesma arma que ela havia visto no dia que ele a ameaçou.

- Quer tomar banho? – indagou Alice para a namorada que apenas meneou a cabeça em concordância enquanto tirava seu vestido.

            Alice ajudo a namorada com o banho. A mulher parecia fazer tudo no automático. De certa forma a garota se sentia culpada pelo que aconteceu, poderia ter insistido mais para não ter festa, ou quem sabe ter batido o pé sobre a presença do homem. Alguns minutos depois as duas deitaram-se. Alice encaixou em Rebeca.

- Desculpa por tudo. – sussurrou para ela.

- Você poderia ao menos não ter ficado na mira dele, Alice. – respondeu com a voz embargada pelo choro.

- Eu sinto muito, mas foi um reflexo. Imaginei que ele poderia machucar alguém, ou até mesmo você. Afinal tinha munição para um massacre. – apertou-a em seus braços.

- Só não faz mais isso. Nunca mais. – suplicou.

- Tudo bem, eu prometo. – beijou seu ombro.

            Aquela noite Alice não conseguiu pregar o olho. Reviveu tudo várias e várias vezes, cada ação de George, cada reação de todos que estava presentes. No quarto ao lado Anna e Tália conversavam no escuro.

- Você falou sério sobre ir morar juntas?

- Sim. Eu sei que é cedo. Mas acho que a gente se dá bem, gosto de dormir e acordar com você. Pode ser bom para gente. Se não quiser ir de uma vez, pode começar passando alguns dias, depois vamos aumentando até que você se sinta pronta. – afirmou.

- Mas e a Iara?

- O que tem ela?

- Agora ela está solteira, e todos já sabem que vocês tiveram algo. Nada te impede de ficar com ela agora. – disse com receio.

- Não seja tola. Eu amo você, estamos namorando. Não importa se a Iara esta solteira. Eu quero ficar com você. – afirmou.

- Repete.

- Eu quero ficar com você, só com você. – beijaram-se intensamente.

            Alice viu a noite ir embora e o dia aparecer pela janela do quarto. Rebeca estava adormecida ao seu lado. Parecia mais calma do que a noite anterior. Saiu da cama com cuidado. Fez sua higiene e foi para a cozinha. Precisava de café. Enquanto esperava a máquina preparar. Viu o celular avisar sobre uma mensagem.

            Abriu e sorriu ao ver a foto dela e Rebeca juntas. A manchete dizia: “O outro lado de Alice Rodrigues.” A matéria falava sobre seu último relacionamento e como ela parecia feliz ao lado da nova namorada. Alice ficou aliviada por não ter nenhum comentário maldoso sobre elas.

- A foto ficou boa. – Anna disse olhando por cima de seu ombro.

- Né? Ei! Esse café é meu. – reclamou vendo-a tomar um gole.

- Só um pouco. – deu de ombros. – Como está a Rebeca?

- Dormindo.

- Ela ficou muito nervosa. Por que você fez aquilo? – indagou se apoiando no balcão.

- Não sei, reflexo eu acho. Pensei que ele poderia matar alguém.

- E precisava vestir sua roupa de mulher maravilha?

- Eu não pensei direito.

- Ela ia correr em sua direção, Amélia não deixou.

- Sério?

- Sim. Por isso ela gritou. – Alice se sentiu mal por ter feito aquilo com ela. – Alice, aquela história de casamento que a Rebeca falou é verdade?

- Eu...

- Que cheiro de café. – Tália interrompeu. – Ainda bem que trouxe coisas da festa. – falou colocando um salgado na boca.

            As três conversaram por horas. Anna ainda queria escutar a resposta da amiga sobre a história do casamento, mas sabia que era um assunto para quando as duas estivessem sozinhas. Já era quase hora do almoço quando Rebeca acordou.

- Oi.

- Oi, amor. Dormiu bem? – indagou a namorada.

- Sim. Estou faminta.

- Você leu meus pensamentos. – Anna disse rindo.

- Que tal a gente ir para o quiosque da sua tia? – propôs Alice. – Poderíamos convidar Amélia e Letícia.

- Ótima ideia. Vou ligar para elas. – saiu com o celular no ouvido.

            Não demorou para que se arrumassem e fossem até o local. Nina ficou feliz por ver as sobrinhas de novo. Foi muito simpática com Anna e Letícia. As seis não tocaram no assunto festa, o que foi um alivio para Alice que ainda se sentia culpada. Nina pareceu perceber que Rebeca e Alice eram mais que amiga, mas também deixou claro que aprovava a relação, tanto das duas quanto de Amélia e a doutora. Ao final do almoço decidiram ir dar uma volta no parque e assim encerram o dia.

 

           

           

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 54 - Capitulo 54:
Baiana
Baiana

Em: 22/10/2021

Festa sem barraco não é festa! Mas ainda bem que tudo deu certo no final,o abusador de mulheres teve o que merecia,a Iara ficou livre para viver a vida do jeito que quiser,o Cadu não se esconde mais,a Sam e a Bianca conversando de boa,e espero que elas reatem,e o que dizer da Alice e Rebeca? O melhor casal.

E que venha o casamento logo e o bebê,não necessariamente nessa ordem kkkk

Ah,tinha esquecido da Anna e da Talia,tudo bem que não gosto delas juntas,preferia a Anna com a Iara,mas fiquei feliz com o passo dado no relacionamento das duas.


Resposta do autor:

E nessa família tem que ter um. kkk

Muita coisa aconteceu e algumas foram resolvidas. Outras lá para frente nós vamos ver o que vai dar.

 

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patty-321
patty-321

Em: 21/10/2021

Foi tenso. O babaca se deu mal. Fiquei com dó da Virgínia. Mas ela q plantou.


Resposta do autor:

Só um pouco tenso. rsrs

Pois é, Vírginia colheu o fruto do que plantou.

Responder

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Mille
Mille

Em: 21/10/2021

Oi autora 

Alegria dos outros é motivo de raiva de uns, George é um fdp merece ficar na prisão e ter um tratamento VIP dos colegas para aprender a ser homem. 

Virgínia devia seguir outros passos, teve a chance de ficar com a Alice e não soube manter e depois da loirinha está feliz com com Rebeca e tentar superar e seguir em frente.

Iara passou por muita coisa e acho que agora com o filho apoiando talvez volte a namorar e encontre alguém para esquecer os problemas. 

Espero que não ter mais emoção forte, só o nascimento da pequena Rebeca kkkkk. Pedro ainda vai dar o seu aval ou vai que ele sofra um acidente kkkk

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Que ele merece isso tudo e muito mais eu tenho que concordar. kk

Adoro que tu já diz que é menina. rsrs

As vezes acredito que vc ler minha mente viu???

Sei nãooooo. Mas só vou dizer isso.

Beijosss

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lay colombo
lay colombo

Em: 21/10/2021

Sabia q o George ia dar problema, espero q ele seja preso mesmo, sinto muito pelo Cadu e pela Lara, sei q muita gente pode julgar a Lara por não ter saído desse relacionamento antes por ter uma família q acreditaria e apoiaria ela, mas relacionamento abusivo não é tão simples, o abusador qse sempre tem um poder de manipulação gigante sobre a vítima e é bom vc ter mostrado isso num ambiente familiar calmo e acolhedor como o da Lara, pq as pessoas muitas vezes acham q só qm não tem apoio q acaba em relacionamentos abusivos e não é bem assim, espero q esse capítulo traga um final pra esse relacionamento de merda deles e a Lara e o Cadu possam trabalhar em se curar agora, algo q eles vão precisar muito.

Sobre a Alice dando uma de mulher maravilha, super entendo ela, pq o tenho os mesmos tipos de reflexo, prefiro eu sofrer qlqr coisa q possa acontecer do q deixar qm eu amo se machucar e infelizmente isso não é um traço de personalidade positivo, mesmo q as vezes pareça, pq acaba colocando a gente em situações perigosas pra nós mesmos. Mas graças a Deus deu tudo certo, meus nenês estão todos bem, Talia e a Anna prestes a juntar os trapinhos de vez, Alice e Beca claramente tbm.

Ah e o reencontro da Sam e da Bianca, bom vamo ver se elas conseguem se acertar nem q seja como amigas (difícil com tanto amor envolvido).

Bjos meu anjo e até amanhã, aguardando ansiosa pelo próximo 

Obs, um dia eu aprendo a fazer comentários pequenos kkkkkkk

 

 


Resposta do autor:

Lindas as duas palavras sobre o quanto é dificil sair de um relacionamento assim. São tantas coisas envolvidas e muitas vezes quem está de fora acaba até julgando a vítima, chegando a dizer que é pq gosta de apanhar. Nem todas as mulheres recebem o apoio que merecem para enfrentar esse tipo de situação.

E cuidado como instinto de mulher maravilha. rsrs Alice teve sorte dessa vez.

Até já e beijos

Ps: pode comentar desse tamanho mesmo. kkk

Adoro ler

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preguicella
preguicella

Em: 21/10/2021

Eita que hoje foi dia de fortes emoções!
Só fiquei com peninha de Alice ficar se sentido culpada por ter dado uma de mulher maravilha, se arriscou? Fato, mas foi por amor aos amigos e familiares, incluindo Beca!

Ah, sabe o que eu gosto, apesar de momentos clichês, toda história tem momentos assim, vc consegue fugir do óbvio, viu! Muito bom, arrasou no capítulo!
Resposta do autor:

Alice é  fofa e eu tenho vontade de adotar. kkk As duas na verdade.

Quem te vê puxando meu saco nem imagina que ameaça com as greves, né?Já tõ ligada que tu és a cabeça da operação. kkkk

Beijos

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SPINDOLA
SPINDOLA

Em: 20/10/2021

Autora tu tava pro crime hoje, kkkkkkk, ainda bem que ninguém saiu ferido, e que assim permaneça. Bem que George podia ser preso e a Virgínia sair pelo mundão a fora. Acho que é hora deles darem tchau, kkkkk.

Hoje dois capítulos, adoro, amanhã quem sabre três, melhor ainda, kkkkk, não custa tentar né, kkkkk, vai que cola.

Apesar dos momentos tensos, ótimos capítulos.

Bjs


Resposta do autor:

Nem fui tão má, nem matei  ninguém. kkk

Beijos

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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 20/10/2021

Tenso mas tudo deu certo espero.


Resposta do autor:

Vamos descobrir logo mais.

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paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 20/10/2021

Meu Deus que agonia, mas no fim deu tudo certo.
Virgínia ainda vai aprontar, medo...
Resposta do autor:

Nem foi tanta emoção assim. kkk Só um pouco tenso.

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Reny
Reny

Em: 20/10/2021

Que nojo esse George, ele vai aprontar mais...pela safadeza de Virgínia ainda bem que não separou o casal magia...volte mais vezes maktube...beijos

 


Resposta do autor:

Vou voltar sim. Beijos

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