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  • Um Novo Começo: O Despertar de Alice
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Um Novo Começo: O Despertar de Alice por maktube

Ver comentários: 5

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Palavras: 4497
Acessos: 3245   |  Postado em: 20/10/2021

Capitulo 53

 

Capítulo 53º

Narrador

            Alice acordou sentindo o corpo dolorido. O sol entrava tímido pela janela do quarto. A garota sentou-se na cama ao perceber que estava sozinha. Estranhou que nessa manhã a namorada não estivesse ao seu lado quando despertou. Na noite anterior saiu para jantar com Amélia, Anna, Letícia, Tália e Rebeca. E pelo horário e também por insistência de Rebeca acabou dormindo ali.

            Pegou o celular para olhar a hora, pouco mais de sete da manhã. Ainda era cedo, concluiu se espreguiçando. Foi ao banheiro e iniciou sua higiene matinal. Fitou seu reflexo no espelho, os cabelos bagunçados, a face marcada pela noite de sono profundo e relaxante. Precisava ir ao salão dar um jeito no cabelo antes da festa. Sabia que Isabella havia marcado hora para as três.

            Suspirou cansada só de imaginar ter que sorrir para várias pessoas durante a noite inteira. Era seu aniversário e como haviam combinado iriam dar uma festa. Isabella cuidou de todos os detalhes junto de Helena, desde decoração a lista de convidados. Alice conseguiu convencê-las de não fazer em casa pois no final ficava uma bagunça que levava dias para ser organizada. Fora que alguns convidados não respeitavam os limites e acabavam invadindo os quartos.

            Alice sorriu lembrando da vez que pegou um casal de colegas da faculdade se agarrando dentro do seu quarto, em sua cama, para ser mais exata. Detestava esse tipo de exibição, apesar de ser acostumada a frequentar ambientes do tipo, tanto por algumas vezes precisar acompanhar suas mães, como quando ia com o ex-namorado.

            Por falar nele já havia uma mensagem de parabéns que ela preferiu não responder. Vestiu um short e uma camiseta regata, saindo do quarto em seguida. Quando chegou na sala tomou um susto quando começaram a cantar juntas:

- Parabéns para você, nessa data querida... – Rebeca sorria divertida enquanto cantava com as outras, Anna segurava o bolo e Tália fazia a segurança pois não confiava na habilidade da namorada.

- Gente, que susto. – sorriu ao final.

- A intensão era ir até o quarto e jogar o bolo na sua cara, mas alguém disse que os lençóis eram muito caros para mancha-los com glacê. – Anna disse rindo. Rebeca revirou os olhos indo em direção a garota.

- Parabéns, amor. Você é quase uma adulta. – comentou rindo e beijando seus lábios.

- Obrigada. Ao menos sai do pirralha. Já é uma evolução. – brindou de volta se referindo a forma que a namorada a chamava.

- Não te desejo o melhor, por que você já tem. – Anna comentou abraçando a amiga.

- Claro a Rebeca. – Tália disse rindo.

- Estava me referindo a mim mesma. – fingiu-se de ofendida.

- Parabéns, Alice. – Tália a abraçou. – O presente só a noite. Depois que eu provar todas as bebidas que você vai servir na festa. – piscou para ela.

- Nada de dar PT. – suplicou Rebeca. – Não quero ter que cuidar de ninguém.

- Mas você é literalmente a mamãe do rolê. – Anna comentou com ar de riso e aumentando a própria barriga.

- Garota, já desisti de você. – a mulher deu de ombros. – Podemos comer o bolo? Estou faminta.

- Claro, meu amor. – beijaram-se levemente.

            A mesa de café estava posta na parte de fora. Mal sentaram-se e Anna falou:

- De quem é o primeiro pedaço?

- O primeiro pedaço vai para alguém especial. Que eu ainda nem conheço pessoalmente, mas já tem um espaço guardado no meu coração. E como ele ou ela, ainda não pode comer, preciso entregar o bolo para a mamãe. – sorriu se aproximando de Rebeca que sorria. – Só para deixar claro o primeiro pedaço é seu. – falou próximo a barriga da namorada que apenas ria completamente boba. – Eu te amo. – disse para a mulher quando ficou de pé.

- Também te amo. – acariciou seu rosto.

            Anna e Tália trocaram um olhar cumplice achando o momento a coisa mais fofa do mundo. Animadas começaram a se servir. Aquela manhã iriam para o salão juntas com exceção de Alice.

- Pena que não posso ir. Prometi as minhas mães que iria com elas.

- Não tem problema. A gente se vê depois. Afinal você vem nos buscar de limusine. – Anna comentou rindo.

- Você é uma aproveitadora. – implicou Alice fazendo-as rir.

- Nada disso, você que precisa entrar de mãos dadas com sua namorada, ou esqueceu que como diz os sertanejos “ já te assumi para o Brasil”. No seu caso é vou te assumir para o Brasil. – Rebeca fez uma careta. Já havia acordado nervosa por saber que hoje todos saberiam que as duas estão juntas. Não que se importasse com o que os outros falariam, apenas sabia que iriam falar e não seria pouco.

- Não esqueci, e para mim vai ser um orgulho assumir que uma mulher maravilhosa como Rebeca está ao meu lado. – apertou a mão da namorada.

- Odeio você ser tão fofa. Otária. – arremessou uma almofada na amiga.

- Matheus me mandou mensagem. – comentou mudando de assunto, usando um tom de que não era algo importante.

- Hoje é o dia dos ex-zumbis ressurgirem das cinzas. – Anna respondeu imitando o andado do zumbi.

- Esperamos que Virgínia não der o ar da graça. – Tália disse fitando Rebeca.

- Se ela fizer não muda nada. – afirmou Alice.

- Qualquer coisa você a coloca no lugar igual fez com as bolas do George. – Anna gargalhava ao final do que disse.

- Isso não tem graça. Imagina se ele revida e machuca a Alice? – Rebeca repreendeu.

- Ele não faria isso, não lá enquanto todos estarão perto. Ele é louco, mas não tanto.

- Mesmo assim. Alice precisa me prometer que não vai bater de frente com esse cara. – fitou a garota.

            Desde o acontecido Rebeca havia ficado preocupada com a segurança da namorada. Tanto que chegou a comentar com Isabella sobre o que havia acontecido. Pois sabia que Alice deixaria o assunto para lá. Mas a mulher por imaginar que George foi capaz de ameaçar a vida de Anna, poderia fazer pior com Alice, ainda mais depois do que ela fez.

- Eu prometo. Não precisa se preocupar com isso. Já te falei. – tentou a acalmar. – Sua única preocupação hoje é ficar linda para eu poder dizer que sou a mulher mais sortuda do mundo por te ter ao meu lado.

- Detesto como você me desarma. – reclamou trazendo-a para um beijo.

- A melação de vocês está mais doce do que o bolo. Eca! – Anna fingiu estar enjoada.

            Na mansão os meninos estavam de saída para a casa de Isaac, aonde ficariam até a hora de irem para o local da festa. Já que as mulheres precisavam começar a se arrumar mais cedo. Nessas horas parece até melhor ser homem, basta um terno, sapatos e fim. Mulher é outro processo completamente diferente.

- Alice não me atende. – reclamou pela terceira vez.

- Meu amor, ela deve estar dormindo. E você deveria aproveitar esses minutos que ainda temos apenas para namorar. – agarrou a cintura da advogada, beijando seu pescoço.

- Não faz isso, vamos nós atrasar. – sua voz saiu falha. – Dane-se! – falou atacando Larissa.

            Minutos depois as duas saiam de casa para buscar Milena e da lá seguirem para o salão.

- Alguém avisou que a Samantha vai? – Milena indagou.

- Não.

- Gente isso não vai prestar. – ponderou a mulher.

- Elas são adultas, e podem muito bem ao menos fingir cortesia uma com a outra. – Isabella comentou irritada. – Não tive tempo de avisar a cada convidado quem estaria na lista. – revirou os olhos. – Se bem que alguns convidei apenas por educação. O George foi um que só convidei por conta da Iara.

- Mas depois do que Alice fez com ele acho pouco provável que ele coloque as asas de fora. Ou as bolas para jogo. – Milena disse rindo a valer. – Por falar na Alice, ela vai nos encontrar lá?

- Sim. Falei com ela agora a pouco. Estava saindo da casa de Rebeca. – contou Larissa.

- Elas estão se dando muito bem, não é? Digo, a Alice parece feliz. A Rebeca é um amor. Fora que é linda. Tem exalado uma coisa que não sei explicar, um brilho. Tem horas que fico é com inveja de tanta beleza.

- Isso é a gravidez. – Isabella comentou sem perceber o que dizia.

- Oi?! Gravidez? Você disse gravidez, tipo de grávida?

- Sim. Mas é segredo. Ainda não passou do risco de aborto espontâneo. – completou sem importância.

- O que aconteceu com você? – indagou com os olhos arregalados. – O que deu nela? – olhou para Larissa. – Se fosse em outros tempos, só o fato de Rebeca ser mais velha do que a bebezinha da Isa, ela já estaria causando a terceira guerra mundial para acabar com o relacionamento. E me diz com toda essa calma, que a namorada da filha está grávida.

- De um cara ainda por cima. – Larissa completou.

- Quando eu penso que não pode piorar.

- Não exagera, Rebeca transou com um cara antes de namorar com nossa filha. Mas engravidou. Se você ouvisse o jeito que ela fala da Alice, entenderia por que apoio essa relação.

- Isso é verdade. – concordou Larissa.

- Nisso a Alice é parecida com você. – encarou a amiga. – Decidida a ponto de namorar uma mulher que está grávida. Se ela já tivesse um filho seria difícil. Mas gestante. Gente isso é muita coisa até para mim. E olhem que eu tenho a mente aberta.

- Bebe, que você esquece. – Isabella lhe entregou uma taça de champanhe.

- Vou precisar da garrafa. – respondeu tomando o líquido espumante todo de uma vez.

            Alice esperava as mães na entrada do salão, pois havia falado a pouco com Larissa que avisou já estarem chegando. Entre massagens, penteados e unhas feitas. Levaram a tarde inteira por lá. Fazia tempo que Milena não tirava tantas horas para se cuidar.

- Alice, eu só tenho que agradecer por me fazer ter tempo para uma massagem. – falou a mulher completamente relaxada com duas rodelas de pepino nos olhos.

- Mas essa ideia nem foi minha. Por mim não teríamos festa. – comentou sem interesse.

- Não repita tal absurdo. – repreendeu Isabella.

            Larissa olhou para a filha, pedindo silenciosamente que não tentasse argumentar mais. Já havia começado a escurecer quando as quatro saíram do salão. Alice estava com a roupa pronta e de lá seguiu para a casa de Rebeca, aonde o motorista ia busca-las as oito horas.

            As portas do elevador se abriram a garota foi em direção a entrada do apartamento. Tentava equilibrar tudo nas mãos. Com dificuldade conseguiu colocar a digital e assim entrou. Ouviu uma música baixa vindo do quarto da namorada. Era impressionante como ela era movida por música.

- Oi. – falou olhando-a tentar colocar o vestido. – Quer ajuda? – ofereceu com ar de riso.

- Sim. Por favor. – ficou de costas para ela.

            O vestido de Rebeca era na cor preta, com um vantajoso decote, as alças caídas nos ombros e uma grande fenda na coxa direita. Alice ajudou a namorada a fechar o zíper. A mulher se virou, a garota sentiu o ar faltar em seus pulmões com tamanha beleza que a namorada exibia.

- Que foi? Não está bom? Posso trocar. – Rebeca estava insegura por conta da gravidez, parecia que todos que a olhassem saberiam de sua condição.

- Não! Por que trocaria? Está perfeito. Você é perfeita. – se aproximou tentando beijá-la.

- Nada de beijos. – fugiu. – Não passei horas ajeitando minha maquiagem para você vir com essa cara de gato de botas e me deixar feia.

- Isso não é justo. Passei o dia longe de você, e agora não posso te beijar?

- Não. Agora vai começar a se vestir. – ordenou.

            A garota não quis retrucar. Sabia que aquela briga a namorada havia vencido. Se olhou no espelho por alguns segundos. Aquela sem dúvida era uma das raras ocasiões que se arrumava tanto. Os cílios postiços, a maquiagem forte e marcante. Não poderia dizer que estava feia, pois não era uma verdade, mas em nada parecia a Alice de todos os dias. Suspirou começando a colocar o vestido. A cor escolhida foi bordo, longo, com as costas nuas.

- Uau! – exclamou agradecendo por estar sentada.

            Sem dúvidas Alice estava ainda mais linda do que o comum. Rebeca chegou a compará-la com uma princesa da Disney. Ficou de pé indo em sua direção. Pegou sua mão, bastou tocá-la para saber que ela estava nervosa.

- Não imaginei que você poderia ficar ainda mais linda. – acariciou seu rosto. Fazendo-a sentir borboletas no estomago. – Mas falta uma coisa. – deu as costas e pegou uma linda caixa preta. – É para você. – estendeu.

            Apertou os dedos nervosa pela incerteza se ela iria gostar do presente. Alice se surpreendeu pelo gesto e ainda mais com o conteúdo do presente. Abriu a caixa com cuidado como se carregasse a coisa mais valiosa do mundo. Bastou seus olhos avistarem o lindo par de brincos para abrir um largo.

- Então? – indagou insegura.

- São lindos. Obrigada, meu amor. – trocaram um olhar cúmplice. – Pode colocar?

- Claro. – assim o fez. – Ficaram ótimos em você.

- Preciso olhar. – disse indo em direção ao espelho. Sorriu aberto e encarou a namorada pelo reflexo. – Ficou ótimo. Obrigada.

            Alguns minutos depois as quatro saíram para o local da festa. O motorista havia chegado no horário marcado, mas Anna acabou atrasando como sempre. Alice preferiu não implicar pela demora, tudo que menos queria era ficar irritada. A limusine parou na porta. A aniversariante encarou os seguranças e o monte de fotógrafos que pareciam estar dispostos a tudo pela melhor foto e melhor ângulo.

- Vamos? – Rebeca segurou sua mão, tentando encorajá-la. Já que sua vontade era ter dado meia volta e ido para o mais longe possível dos holofotes.

- Tem outro jeito? – questionou mordendo o lábio nervosa.

- Não. Mas quanto antes formos mais rápido acaba. E eu estarei ao seu lado. – apertou seus dedos nos dela.

            Enquanto respirava fundo Alice acenou para que o motorista fosse abrir a porta. Foi a primeira a sair, esticando a mão para que Rebeca pudesse segurar. Assim que os fotógrafos perceberam a movimentação se viraram para elas. Não demorou e os flashes começaram.

- Vai ficar tudo bem. – afirmou Rebeca baixo. Alice apenas assentiu.

            A loira segurou a mão da namorada na sua e assim caminharam juntas. Pararam para algumas fotos. Alice sorriu automaticamente pedindo aos céus que aquela tortura acabasse logo.

- Prometo te compensar na cama. – sussurrou Rebeca ao seu ouvido. A garota soltou um riso leve, e seus olhos brilharam apenas pela possibilidade do que poderia acontecer.

- Eu te amo. – respondeu sem se importar se alguém mais escutaria. Rebeca sorriu e deram um leve selinho.

            Nesse momento os flashes triplicaram. Com certeza essa foto seria capa de todas as revistas na manhã seguinte. Alice educadamente agradeceu a todos, mas justificou que precisava entrar.

- Você vai pagar minha cirurgia de correção de retina. Tenho certeza que fiquei cega. – Anna falava piscando várias vezes.

- E aquele beijo? – Tália questionava empolgada. – Queria só ver a cara do Diego quando souber que você agora joga no meu time. – riu a valer. Rebeca revirou os olhos, mas sorriu ao ver que Amélia e Letícia se aproximavam.

- Isso que é festa de luxo. – a médica falou.

- Não por conta da Alice, se fosse por ela estaríamos de biquini comendo carne e tomando cerveja. – Anna disse rindo.

- E isso seria ruim?

- Nem um pouco. – falaram em coreto.

- Parabéns. – Letícia abraçou a garota.

- Obrigada.

- Esses são os nossos presentes, aonde colocamos?

- Acredito que naquela mesa. – apontou Anna.

- Será que podemos conversar? – Amélia indagou para a irmã.

- Claro. Podem ir na frente, logo iremos. – falou para as outras.

            Saiu para um lugar mais reservado. Amélia olhou para todos os lados garantindo que ninguém mais poderia ouvir o que iriam conversar.

- A Virgínia está aqui. – afirmou.

- Como?

- Eu a vi no meio dos fotógrafos, algo me diz que ela vai tentar entrar na festa.

- Com toda essa segurança? – comentou olhando ao redor.

- Sim. Ela está cega de ciúmes, ainda mais agora. Depois daquele beijo na frente de todo mundo.

- Você viu? 

- Sim. Estávamos nos aproximando. Mas o beijo não importa, vocês estão namorando. O que me preocupa é o que a Virgínia pode fazer.

- Ela não seria louca!

- Beck, a Alana entrou na empresa armada e atirou na Larissa. Não estou dizendo que ela vá fazer o mesmo, mas não posso deixar de me preocupar. – afirmou.

- Tudo bem. Não vou sair do lado da Alice.

- Deveria avisar a Isabella.

- Claro. Ela vai alertar aos seguranças.

- Isso. Acho melhor voltarmos.

            Caminharam juntas. Não foi difícil localizar as amigas. Procurou Alice, mas não a encontrou.

- Aonde está Alice?

- Um segurança veio chama-la. – Anna deu de ombros.

            As irmãs trocaram um olhar preocupado. O que aconteceu foi que Sodré e Marcela estavam do lado de fora da festa, insistindo para entrar. Tudo que Alice não queria era uma confusão.

- Aí está a aniversariante da noite. – o homem comentou sorridente.

            Alice sentiu o olhar julgador de Marcela em si. Mas abriu um largo sorriso se aproximando do casal.

- Eu disse que deve haver algum erro. Não era possível que você não tivesse nos convidado para sua festa.

- Claro. Deve ter sido um engano. – falou entre sorrindo, mas por dentro queria arrancar a peruca torta do prefeito e ex-sogro. – Pode deixá-los entrar.

- Está vendo só. – falou para o segurança.

            A garota revirou os olhos com enfado. Por um segundo pensou ter visto um rosto conhecido em meio à multidão. Mas logo afastou essa ideia e voltou para dentro. Enquanto caminhava viu Isabella e Rebeca conversando.

- Veja se não é a minha neta mais linda. – Helena falou tomando sua frente.

- Vovó, eu sou a sua única neta. – sorriu recebendo o abraço da mulher. Mas continuava olhando a interação entre a namorada e sua mãe.

- E continua sendo a mais linda. – afirmou. – Você está uma deusa.

- Obrigada, vovó.

            Em seguida abraçou o avô. Cumprimentou outros convidados pelo caminho até chegar à mesa das amigas. Rebeca já estava sentada ao lado de Amélia, a loira ocupou a cadeira ao lado da namorada.

- Está tudo bem? – indagou próximo ao seu ouvido. – Vi você em um papo sério com a mammy.

- Está tudo bem. – afirmou.

            Pouco a pouco os convidados foram chegando. A pista de dança já estava animada. Anna e Tália estavam dançando juntas. Rebeca viu Iara parada a alguns metros observando as duas.

- Isso não vai prestar. – segurou o braço de Alice fazendo-a olhar na mesma direção.

- Quem é aquela mulher que está prestes a voar em Anna e Tália? – Letícia indagou confusa.

- Aquela é a tia da Alice.

- Elas tiveram algo?

- Sim. É melhor eu ir até lá. – disse se levantando.

            Caminhou a passos largos entre os convidados, mas conseguiu alcançar Iara antes que ela chegasse até ao casal.

- Não faz isso. – Alice suplicou segurando delicadamente o braço da tia.

- Eu só...- ficou envergonhada, não sabia o que iria fazer. Talvez aproveitar que George ainda não havia chegado e ir falar com Anna.

- As coisas estão bem para ela. – afirmou. Não quis ser dura, mas precisava mostrar que Anna seguiu. – Elas vão morar juntas, o relacionamento é sério. E a Anna merece isso. Eu sinto muito, tia. – a mulher deu um leve sorriso e se afastou sem dizer nada.

            Alice virou-se já exausta por toda a confusão que a noite séria. Primeiro Sodré, agora Iara que parecia disposta a beber tudo que vinha pela frente. O que só causaria um problema mais tarde. A garota começou a se sentir zonza, tudo à sua volta parecia distante, as vozes, a música. Procurou o olhar de Rebeca, mas não encontrou. Com dificuldade caminhou sozinha em direção ao banheiro.

            Respirou fundo algumas vezes na tentativa de se acalmar. Sabia que aquilo era apenas seu emocional falando. Apoiou suas mãos na pia, mantendo os olhos fechados tentando focar apenas em sua respiração.

- Você está bem? – uma voz indagou fazendo-a abrir os olhos rapidamente.

            Piscou diversas vezes acreditando que aquilo poderia ser um truque de sua mente. No final percebeu que se tratava mesmo de Virgínia.

- O que você faz aqui? – indagou séria.

- Precisava te ver. – deu um passo em sua direção, mas Alice recuou.

- Para quê? A gente nem tem se falado.

- Só precisava te dar os parabéns.

- Aí teve a brilhante ideia de invadir minha festa de aniversário?

- Me desculpe por isso. Foi o único jeito. – deu mais um passo. – Alice...- falou baixo.

            A garota estava encurralada contra a parede. Virgínia se aproximou ainda mais. Ficando próximas o suficiente para os perfumes se misturarem.

- Eu sinto sua falta. – acariciou seu rosto.

- Virgínia. Não. – conseguiu sair de perto dela. – Eu estou namorando.

- Você não gosta dela. Gosta de mim, eu sei. Estraguei tudo por conta da minha indecisão. Mas estou aqui, dizendo que gosto mesmo de você.

- Na verdade, eu gosto muito da Rebeca. E acho que isso aconteceu antes mesmo que eu pudesse perceber. Tive sentimentos confusos em relação a ela enquanto estivemos separadas.

- Mas é a mim que você ama. – afirmou  segurando sua mão.

- Infelizmente não. – soltou-se. – Rebeca me dá uma tranquilidade que você não soube me proporcionar. As coisas foram sempre verdadeiras, feitas com calma e no tempo certo. Eu fui apaixonada por você, foi arrebatador, mas passou. Passou quando vi que o seu sentimento por mim na verdade era uma gaiola. Eu não sou pássaro para você me prender. Liberdade não é infidelidade. – afirmou.

- Não pode ser! Eu não aceito isso. – insistiu segurando sua mão novamente, juntou seus corpos segurando a cintura da loira.

- Pode sim. É o que eu sinto. Eu amo a Rebeca. – afirmou e ela arregalou os olhos surpresa.

- Amor? Como assim amor? Vocês estão juntas a tão pouco tempo, como pode saber que a ama? Você está apenas confusa.

- Nunca estive tão certa de uma decisão. Eu a amo. E desejo uma vida ao lado dela. Por muito tempo me perguntei se teria um amor igual ao das minhas mães. Acabei encontrando. Quero uma família com Rebeca. Quero casar, quero filhos. Quero coisas que nunca pensei que um dia iria querer. Ela me tira o fôlego, mas ao mesmo tempo me dá um animo para viver. – Virgínia mantinha uma expressão incrédula. – Gostei de você e do que tivemos, me libertou para uma vida nova. Mas infelizmente essa vida não é ao seu lado, não mais.

- Isso tudo é...- começou a chorar.

- Eu sei. É muita coisa. Mas estou sendo sincera. – segurou sua mão, tentando passar um pouco de consolo.

            Virgínia interpretou o gesto de outra forma. Acabou agarrando a loira e beijando-a. Alice foi pega totalmente de surpresa, nem ao menos teve alguma reação. A porta foi aberta e Rebeca apareceu. Por Alice manter os olhos abertos conseguiu ver a namorada.

- Garota, é melhor você tirar suas mãos e sua boca de cima da minha namorada. – falou com a voz baixa.

            A mulher se virou com um riso diabólico, acreditando que aquela era a chance de abalar o namoro das duas.

- Isso só quem pode me mandar fazer é ela. – olhou para Alice. – E claramente não é o que ela quer.

- Amor, não é nada...- Rebeca ergueu a mão mandando que ela não tentasse explicar.

- Eu sei, ouvi tudo. – aproximou-se segurando a mão da namorada. – Você não tem um pingo de dignidade, não é? Alice claramente disse que quer se casar comigo, e mesmo assim você insistiu e a atacou. O que tem na cabeça? – Virgínia murchou, não esperava que a mulher estivesse ouvindo a conversa.

- Rebeca, quanta demora...- Amélia veio procurar a irmã, mas parou ao vê-la encarar furiosa Virgínia. – O que aconteceu?

- Tira essa garota da minha frente. – falou entre dentes, Amélia estremeceu com o tom de voz. Sabia que ela estava prestes a perder a postura e a boa educação.

- Vem, acho melhor irmos embora. – segurou o braço de Virgínia e saiu levando-a porta a fora.

            Rebeca passou a mão nos cabelos sentindo cada musculo do seu corpo em chamas. Pela raiva da ousadia da garota em vir até ali, e ainda por cima por beijar Alice. Fechou os olhos tentando apagar essa imagem que tanto a incomodou. Sua respiração estava acelerada, seu peito subia e descia com força e rapidez. Estava irritada, estava muito irritada. Talvez fosse culpa dos hormônios da gravidez.

- Meu amor, você está bem? – Alice se aproximou tocando sua mão.

- Não. – respondeu de olhos fechados.

- Eu não tive culpa.

- Alice, eu ouvi tudo. Mas estou irritada com a ousadia dela. – abriu seus olhos e ao ver a aflição nos da namorada sentiu seu coração palpitar. – Não precisa se preocupar. – sorriu tentando acalmar os nervos. – Temos uma festa para voltar. Podemos? – esticou sua mão esperando que ela segurasse.

- Você ouviu tudo?

- Sim. – afirmou.

- Tudo, tipo tudo? – ficou nervosa por saber que ela havia escutado sobre casamento, tudo o que menos queria era assustar a outra com a intensidade de sentimentos que tinha.

- Sim. Tudo. – Rebeca sorriu, acariciando seu rosto. – Depois falamos sobre essa coisa de casamento. – beijou seu rosto e saíram do banheiro juntas.

            Alice ficou um pouco aliviada, mas sabia que em algum momento o assunto voltaria à tona. Até que isso acontecesse iria apenas curtir cada momento ao lado da mulher que ama. E a noite estava apenas começando...

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi. Voltei.

Boa leitura.


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Comentários para 53 - Capitulo 53:
Baiana
Baiana

Em: 22/10/2021

Não estou gostando dessa versão Alana da Virgínia,ela poderia ter um outro legado,não o da irmã psicopata. Será que fazer terapia ajuda? Eu gosto da Virgínia e queria ela seguindo a vida,amando e sendo amada de verdade.

Ah,que pena da Iara, queria ela com a Anna,mas...

Gostei da Rebeca ter escutado a conversa,mas eu acho que mesmo se não tivesse,ela tem maturidade suficiente para escutar e entender toda a dinâmica do que aconteceu,não que ela não fosse sentir ciúmes,mas não teria o relacionamento abalado,como era a intenção de Virgínia.


Resposta do autor:

Na verdade, acredito que Virgínia não soube administrar o que sente por Alice. NEm sobre o amor, e muito menos o ciúme.

Rebeca é muito madura, e acho que a relação delas é bem sólida, apesar do pouco tempo.

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lay colombo
lay colombo

Em: 21/10/2021

Olha qm voltou kkkkkkk 

Primeiro desculpa não ter comentado nós capítulos anteriores, tô acompanhando sempre e amando muito, só não tava muito bem pra interagir. Eu amo o relacionamento da Alice e da Rebeca, e uma das coisas q eu mais amo é a honestidade e disposição de conversar q elas tem, acho isso fundamental pra qlqr relacionamento funcionar, tanto é q apesar de todo o drama q rodeia elas, nada abala o relacionamento q elas tem, na verdade só tem fortalecido. Acredito q elas tão vivendo TD no tempo certinho, sem apressar as coisa, algo q muitas histórias fazem e acaba deixando o relacionamento forçado, o q não é o caso aqui. Embora o relacionamento delas tenha pouquíssimo tempo, elas já viveram coisas q alguns casais demoram anos pra encontrar, as vezes nem encontram, enfim muito fã desse casal kkkkkkk.

Fiquei triste por vc ter escolhido dar qse a mesma personalidade da Alana pra Virgínia, embora movimente bem a história e faça as leitoras q odiavam ela por tá indecisa entre Alice e Amélia felizes, não gosto dessa coisa de serem iguais só pq são parentes, mas aí já é do meu gosto pessoal, então eu supero kkkkkk 

Acho q os Sodré, Amélia e Pedro vão acabar formando uma aliança pra tentar separar o casal, George acho q vai ser uma variável externa a essa aliança q tbm vai trazer muito BO. Minhas meninas q lutem.

Enfim tá muito grande isso aqui já, um bjo e até o próximo q eu já vou ler agora kkkkkk (tô amando essas atualizações diárias)

 


Resposta do autor:

Tô adorando você marcando presença. Espero que esteja melhor, para interagir. kk

Exatamente isso, a conversa é importante para fazer as coisas funcionarem para elas. Acredito que Virgínia não seja igual a irmã. Ela apenas não soube o que fazer quando se viu dividida entre duas paixões e mesmo tendo escolhido Alice, ficou toda a insegurança em relação a Rebeca.

Adorei a tua formação de quadrilha. kkk

beijosss.

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preguicella
preguicella

Em: 20/10/2021

Adoro! Alice soltou tido em cima da Virgínia doida e Rebeca ouviu, evita aquele clichê estressante de separação por conta de uma doida. Vamos ao próximo!

Ah, concordo em gênero, número e grau com a moça que falou da licença poética e digo mais a história é sua, vc decide os rumos e acontecimentos, não gostou, não lê! Ninguém é obrigado a nada.
Resposta do autor:

Tu sabe que eu detesto o clichê. As vezes rola?As vezes, mas não sou fã. E imaginação é o que não falta na minha cabeçola de cearense. kkkk

beijos

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SPINDOLA
SPINDOLA

Em: 20/10/2021

Boa noite, caríssima.

Eita que a glicose está nas alturas com tanta fofurice deste casal apaixonante, amoooooo.

Agora poderia me dizer pra que esse tanto de ave de rapina rondando minhas meninas, kkkkk, eu hein, já passou da hora de começar a sumir com esse povo.

Amei que a Beca escutou tudo, mas tenho um pedido autora, maneira na tensão que não tenho estrutura pra essas loucuras não, kkkk, tem louco demais nessa história. Quero paz e amor, muito amorrrrrrrr.

Bjs


Resposta do autor:

Boa tardee.

O povo esperou demais por essa melação das duas. Tava passando da hora já.

O tal jogo da batatinha frita vai começar, uma hora ou outra. kkkk

Vou pegar leve na tensão, quero nem ser responsável pela sua morte.

beijos

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paulaOliveira
paulaOliveira

Em: 20/10/2021

Estou torcendo pra Isa acabar com a raça da Virgínia.
Resposta do autor:

Todo mundo espera a mesma coisa. kkkk

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